Genie

Escrita porPams
Editada por Jubs

Capítulo 27

Tempo estimado de leitura: 13 minutos

  * %Jenie%

  Eu não sabia o que fazer, nem o que sentir, algo dentro de mim me fazia somente pensar que algo ruim estava para acontecer naquele dia. Respirei fundo e tentei ocupar minha mente colocando a casa em ordem de forma manual, quem sabe com literalmente a mão na massa, minha mente se ocupava e não pensava em coisas negativas.
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  — Alô?! — disse ao atender o telefone que estava tocando há alguns minutos sem que eu percebesse.
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  — %Jenie%?! — a voz era da senhora Hana, de imediato reconheci traços de preocupação.
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  — O que aconteceu com o %Suho%?!
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  De alguma forma, meu coração dizia que era algo relacionado a ele, o que me deixava ainda mais temerosa.
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  Senti um aperto no coração, quando Hana ahjumma disse que %Suho% havia se envolvido um grave acidente, enquanto dirigia, foi como se minha mente paralisasse diante daquela notícia. Não pude me deixar ser afetada com aquele choque, pois Hana havia me pedido para buscar as crianças na escola e contar a elas, o que seria ainda mais difícil para mim, que sempre fazia eles sorrirem, agora levar algo que os fariam chorar.
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  Mike foi o primeiro a chorar, enquanto Jullie entrou em choque, certamente pensando que perderia o pai assim como a mãe. Assim que chegamos ao hospital, os pais de %Suho% estavam na sala de espera acompanhados do seu amigo John, as crianças correram até eles indo abraçar a senhora Hana, que aparentemente se mantinha calma, mas por dentro imaginava que estava em prantos.
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  — Como aconteceu?! — perguntei.
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  — Um carro que estava atrás perdeu o controle e causou uma confusão no trânsito, o carro do %Suho% foi atingido. — respondeu John, seu olhar de preocupação também era perceptível — Felizmente, ele estava com o cinto de segurança, não é muito grave, porém ainda não acordou.
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  — O papai vai acordar, não é?! — Jullie desviou seu olhar para mim, como se estivesse me fazendo um pedido.
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  — Vamos ter esperanças que sim. — sorri de leve para ela.
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  Como naquele momento, poderia dizer a uma criança que não posso interferir no curso da vida? Não sabia o que fazer naquele momento, eu queria poder ajudar, mas não sabia como.
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  — Você não pode fazer nada. — disse uma voz distante.
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  — O que?! — sussurrei para mim mesma, olhando em minha volta.
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  De repente, tudo se congelou como se tivesse apertado o botão de pause, então a porta do elevador se abriu, saindo uma mulher vestida com um jaleco branco segurando em sua mão um estetoscópio. Um sorriso singelo estava em sua face, o que me fez reconhecê-la de imediato, era uma de minhas irmãs.
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  — Nalla. — sussurrei seu nome, ela era a mais velha — O que…
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  — Olá %Jenn%. — disse ela dando um suspiro fraco — Já tem muito tempo que não te vejo.
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  — O que você fez com as pessoas? — perguntei olhando todos ao nosso redor imóveis.
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  — Eu não fiz nada, você fez. — respondeu ela.
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  — Eu?! — fiquei um pouco confusa.
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  — Bem, achei um pouco perigoso quando você foi para aquela casa, mas fiquei feliz com o que aconteceu. — ela continuou sorrindo — Desta vez você conseguiu cumprir seu propósito.
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  — Meu propósito?!
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  — Sim, mostrar ao %Suho% que sua segunda chance estava em sua família, em seus filhos. — ela respirou fundo — Sua missão nesta família finaliza aqui.
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  — Mas… — eu não queria terminar nada, nem sabia como isso funcionava — E as crianças? Meu casamento? Nossos dias de diversão?
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  — Tudo que viveram com você, será um lindo sonho para eles. — explicou ela.
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  — Mas…
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  Eu não me lembrava daquela parte.
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  — Então é isso?! Entramos na vida de uma pessoa somente para virar sonhos depois? — perguntei um pouco indignada — Não é muito justo.
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  — Sinceramente, você não acha justo porque se apegou a eles, talvez por ter se tornado mais próxima do que deveria. — seu olhar continuava tranquilo — Não acha que se tivesse se aproximado deles da forma tradicional, como uma pessoa normal, teria mesmo se apegado tanto?
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  Eu não conseguia imaginar outra forma diferente.
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  — De qualquer forma, o amor e a amizade que sinto pelas crianças, isto é real e verdadeiro, mesmo que tivesse sido de outra forma, ainda assim seria verdadeiro. — retruquei.
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  — Hum, você cresceu bastante.
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  Demos alguns passos pelo corredor.
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  — Nalla, o que aconteceu com ele, foi por minha causa? — perguntei receosa.
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  — Sim e não. — ela sorriu novamente — Venha, você precisa ver uma pessoa.
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  Eu a segui, até a porta de um quarto. Era o de %Suho%, ele estava na cama com alguns aparelhos ligados em seu corpo, percebi que perto da janela tinha uma médica olhando para o lado de fora, Nalla me deixou ali e saiu do quarto.
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  Assim que ela fechou a porta…
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  — Obrigada por fazer eles sorrirem novamente. — eu reconhecia aquela voz.
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  — Mary?! — sussurrei.
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  — Oi %Jenn%. — ela se virou e sorriu para mim — Posso te chamar assim?
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  — Como?? — eu já não estava entendendo mais nada.
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  — Como eu sou sua irmã? Ou como eu tive coragem de deixá-los? — era confuso suas teorias para minha reação.
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  Porém, ambas eram válidas.
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  — Como eu sou sua irmã? — repetiu ela com sua voz serena, exatamente como eu havia representado no natal — Eu também não sei como isso funciona, nunca sabemos quem somos até voltarmos para casa, com nossa missão cumprida. Apesar de não ser tão fácil assim fazer as pessoas se voltarem para o caminho certo e encontrar a sua segunda chance.
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  — Eu já entendi essa parte, sempre que terminamos uma missão, nossa mente é apagada e uma nova história é colocada no lugar. — eu respirei fundo — Mas, por que deixou eles? Você era parte daquela família.
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  — Sim, eu era. — ela desviou seu olhar para %Suho% — Sinto muito por tê-los deixado, mas não tive coragem de renunciar nossa vida, coragem esta que estou vendo em seus olhos.
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  — Confesso, não quero deixá-los, o sorriso deles alegra meu dia. — era a maior verdade que poderia dizer — Não é somente apego, mas eu amo eles.
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  — Amor, acho que isso faltou um pouco em mim. — ela suspirou fraco — Estou feliz por você estar na vida deles, mas sabe que não poderá voltar da mesma forma.
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  — Como assim? Da mesma forma?! — me peguei um pouco confusa.
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  — Você não vai se lembrar deles, e eles não se lembrarão de você. — explicou ela — Restará somente uma leve sensação de que já se conhecem. Você conseguiria viver assim?
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  — Não sei, mas mesmo não me lembrando, se tiver ao menos uma pequena oportunidade de nossas vidas se cruzarem, tenho certeza que será melhor do que ficar longe deles. — fui direta e sincera com meus sentimentos.
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  — Bem, então desejo que possa ser feliz em sua escolha. — ela sorriu e se aproximou de mim — Admiro sua coragem.
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  Eu a abracei no impulso, era como o abraço de uma mãe.
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  — Eu gostei muito, de ter conhecido você. — sorri de leve para ela.
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  — Respire fundo, tudo irá mudar assim que eu sair por aquela porta. — alertou ela dando alguns passos para longe de mim.
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  — Espere, Mary. — a chamei novamente.
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  — Por que um gênio? Nalla disse que entramos na vida das pessoas para ajudá-las de várias formas diferentes, na sua vez, você era uma universitária na praia, mas no meu caso... — hesitei um pouco em continuar — Eu entrei na vida deles como um gênio, por que?
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  — Eles estavam tão submersos em suas tristezas internas, que precisavam de um pouco de mágica para voltarem a sonhar. — ela desviou seu olhar uma última vez para %Suho% — Não se preocupe, tudo que ele precisava aprender com você, ele aprendeu, então não será problema se esquecer que tudo isso aconteceu com eles.
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  Assenti com a face e a segui com o olhar, assim que Mary saiu pela porta e a fechou, comecei a sentir uma forte dor de cabeça que a cada segundo foi de intensificando ainda mais. Até chegar em um momento em que não conseguia mais sentir minhas pernas, me deparei com meu corpo despencando até o chão, sem poder reagir logo perdi a consciência.
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  — Chamando a doutora Miller na UTI 2, chamando a doutora Miller na UTI 2.
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  Fui despertando de um longo de confuso sono, logo minha audição foi voltando ao normal e percebi que estavam solicitando minha presença, me espreguicei da minha cadeira e abri os olhos. Não conseguia me lembrar de quando e como eu tinha chegado em meu consultório, menos ainda há quanto tempo estava dormindo, o sono dos justos.
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  — Nossa, estava mesmo precisando de um pouco de descanso. — me levantei e peguei a prancheta que estava em cima da mesa, analisando novamente o quadro dos pacientes mais delicados.
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  — Chamando a doutora Miller na UTI 2. — a voz soou novamente pelo auto-falante que vinha do corredor.
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  — Bem, hora de voltar ao trabalho. — peguei meu estetoscópio e saí da sala indo em direção a UTI 2, algo me dizia que era sobre o meu paciente especial.
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  Apesar de ter sido parada pelos corredores algumas vezes, para tirar dúvidas de alguns acompanhantes, além de passar orientações aos enfermeiros responsáveis pela área de urgência e emergência. Assim que adentrei a ala leste da UTI 2, a enfermeira chefe Joy veio ao meu encontro.
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  — Doutora Miller, aconteceu um milagre. — anunciou ela de imediato — Seu paciente especial acordou.
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  — Tem certeza? — senti meu coração pulsar um pouco mais forte, estava esperando por aquela notícia por um longo tempo.
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  — Sim, ele foi realocado para um quarto particular para melhor recuperação, já que seu quadro está estável e já se encontra consciente. — ela se dirigiu para frente.
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  — Fizeram bem, o quarto separado é o primeiro passo para a alta hospitalar. — eu a segui até que entramos chegamos ao quarto e entramos.
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  Ele estava acordado, me aproximei da cama e cheguei seu prontuário médico, felizmente não havia tido nenhuma alteração, mais uma boa notícia para mim e para a família deste homem. Eu havia feito uma promessa aos seus filhos, que o ajudaria a voltar para casa, meu coração estava aliviado por poder dizer que a promessa estava cumprida, com ele consciente sua recuperação seria mais rápida.
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  — Vejo que acordou sem nenhuma alteração, sinais vitais estável. — peguei uma pequena lanterna e cheguei seus olhos — Pupilas normais, batimentos ok… Felizmente você está fora de perigo, se lembra de alguma coisa?
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  — Não, ou melhor, estava em meu carro, voltando para casa de uma viagem de trabalho. — ele ainda estava com dificuldades em falar — Estava chovendo e uma luz forte veio em minha direção, acho que…
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  — Um carro desgovernado atingiu o seu, infelizmente o acidente foi grave e você… Bem, você ficou alguns meses em coma. — expliquei sua situação — Você se lembra do seu nome completo?
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  — Park %Suho%. — ele respirou fundo e manteve seu olhar em mim — Meus filhos, como eles estão?
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  — Estou bem, esperando sua recuperação. — respondi com tranquilidade.
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  — E quem é você?! — perguntou ele quase em sussurro, ainda respirava pelos aparelhos.
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  — Sou a doutora Miller. — respondi dando um sorriso espontâneo sem entender — Mas, atualmente estou sendo chamada de %Jenn%, por seus filhos.
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  Foi estranho a reação dele, não sabia por que, mas ao dizer aquilo os olhos de %Suho% brilharam de uma forma inesperada.
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"O tempo está lentamente se esvaindo pouco a pouco,
Tudo o que faço por você não é o suficiente,
Ainda assim eu me esforço para lhe manter firme,
Não há como alguém ser capaz de te substituir,
Assim como a nossa promessa."

- Promise / EXO

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