Genie

Escrita porPams
Editada por Jubs

Capítulo 2

Tempo estimado de leitura: 16 minutos

  * %Jenie% POV

  Eu estava desesperada com tantos tremores em pouco espaço e tempo, até que uma forte luz apareceu e tudo começou a se transformar em fumaça. Eu só havia experimentado aquela experiência uma vez na vida e há muito, muito, muito tempo atrás, com meu coração acelerado e tremendo, estava com medo do que fosse encontrar quando abrisse meus olhos.
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  — Ahhhhhhhh!!! — duas vozes gritaram em um coral.
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  Mesmo com receio abri meus olhos e me deparei com duas crianças, meu corpo congelou no mesmo momento, não sabia como reagir nem o que fazer, elas usavam uma roupa estranha, não parecia com as que um dia eu já tinha visto. Ficamos por alguns segundos nos encarando até que percebi a aproximação de uma terceira pessoa, eu fechei os olhos e estalei os dedos, assim literalmente como uma fumaça me transportei para um objeto de madeira guarde que tinha encostado na parede, foi o primeiro lugar pra onde olhei, minha sorte é que estava com uma pequena fresta por onde passei.
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  — O que aconteceu? — perguntou ele entrando no quarto recuperando o fôlego — Vocês estão bem?
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  — Sim. — a menina se virou para ele colocando as mãos para trás, percebi que ela estava com minha garrafa nas mãos.
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  — Tem certeza? — insistiu o homem olhando por todos os lados, tinha traços de preocupação em seu olhar.
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  — Sim. — o menino que estava com a tampa da minha garrafa também colocou a mão para trás e riu — Só estávamos competindo para ver quem gritava mais alto.
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  — Hum, por que será que desconfio de vocês sempre. — o homem era alto e tinha uma face até bonita, seus olhos eram profundos mas com leves traços de tristes.
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  — Pode confiar. — a menina sorriu de leve para ele.
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  — Papai, estamos com fome.
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  — Tudo bem, arrumem a cama e troquem de roupa. — o homem sorriu de leve e saiu do quarto fechando a porta.
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  Eu achei estranho o modo de falar deles, mas estava começando a imaginar que não estávamos mais na Grécia Antiga. A menina se virou para o objeto em que eu estava e caminhou até ele o abrindo, eu respirei fundo e sai dele olhando para eles.
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  — Uah. — disse a menina — Quem é você?
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  — Eu? — eu dei uma risada rápida — Vocês tocam minha porta e sou eu quem devo me apresentar?
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  — Sua porta? — o menino riu — Como assim?
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  — É essa tampa que está em sua mão. — eu peguei a tampa dele — É minha porta, e essa garrafa minha casa. — eu peguei a garrafa de volta.
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  — Você mora dentro da garrafa? — a menina me olhou desacreditada e boquiaberta.
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  — Sim. — assenti com satisfação, afinal minha casa era pequena e apertada, mas era minha.
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  — E como? A fumaça?
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  — Ah. — eu suspirei de leve me lembrando dos ensinamentos que tive com minhas irmãs, era estranho depois de muito tempo eu ser despertada novamente, nunca fui a melhor filha da família — Bem, me desculpem minha falta de prática, é que esta é minha segunda vez.
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  — Segunda vez do que? — perguntou a menina fazendo uma cara estranha.
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  — Eu sou %Jenie%, seu gênio pessoal. — expliquei — E posso te realizar alguns desejos.
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  — Gênio pessoal? — disseram eles em coral.
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  — Sim. — confirmei.
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  — Isso explica essa roupa estranha que você veste. — o menino riu um pouco.
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  — Hum. — eu fiz careta de novo — Olha só quem fala.
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  — Nossas roupas são normais. — a garota ainda ria — Mas se você é um gênio de verdade, não deveria conceder somente três desejos?
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  — É verdade, assim como o gênio do Aladim.
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  — Ala, quem? — eu olhei para ele.
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  — Aladim, é um garoto pobre que encontra uma lâmpada mágica com um gênio. — explicou ele — É um desenho da Disney.
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  — Ah, bem. — eu fiquei tentando entender sobre o que ele falava — Eu não conheço esse tal de Aladim e nem o gênio dele, menos ainda essa Disney, mas gênios que dizem que só podem conceder três desejos são trapaceiros.
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  — Uah, verdade? — a menina me olhou impressionada.
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  — E você pode fazer qualquer coisa?
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  — Não exatamente, infelizmente todos temos nossos limites. — eu olhei para eles — Mas como vocês acharam minha casa? — estava curiosa.
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  — Não sabemos, estava com nosso pai. — respondeu a menina.
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  — Aquele homem que estava aqui com vocês?
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  — Sim. — assentiu o menino me olhando de forma curiosa — Posso fazer um pedido?
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  — Claro, faz tempos que ninguém me pede nada. — eu sorri para ele.
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  — Eu quero um xbox one.
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  — O que é isso? — perguntei meio confusa.
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  — Você não sabe? — o menino me olhou com uma cara de indignado como se fosse um pecado eu não saber.
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  — Ah. — a menina olhou para ele — É claro que ela não vai saber o que é.
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  — Já percebi que perdi muita coisa nesse mundo.
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  — Jullie, Mike, onde estão vocês? — a voz do homem soou como um grito.
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  — Nosso pai. — disse a menina ao olhar para porta, será que era a Jullie?
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  — Sim, mas o que vamos fazer com ela? — o menino me olhou.
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  — Como assim o que vão fazer comigo? — eu olhei com um pouco de medo.
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  — Calma, não vamos te fazer nenhum mal. — a menina riu — Mas se nosso pai te ver aqui, ele vai te mandar embora.
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  — Eu me apresento para ele. — disse como uma solução para o problema.
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  — E aí ele liga para polícia. — o menino suspirou fraco, fiquei me perguntando o que seria essa tal polícia.
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  — Você vai ter que voltar para sua garrafa e ficar nela até pensarmos em algo. — a menina pegou a garrafa da minha mão — É o único jeito.
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  — Ah, não, não quero voltar para a garrafa. — eu caminhei até a cadeira e me sentei nela — Vou ficar aqui.
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  — Por favor, antes que o papai volte. — ela fez uma carinha tão fofa que não consegui recusar o pedido.
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  — Tudo bem, mas terão que me soltar de novo.
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  — Prometemos. — assentiu ela esticando a garrafa para mim.
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  Mesmo contrariada fechei meus olhos estalando os dedos e como fumaça me transportei para a garrafa, ao chegar senti a menina colocando minha garrafa em cima de algo e logo o barulho da porta se fechando. Mais uma vez eu estava sozinha dentro do meu pequeno espaço, porém com a certeza que não ficaria ali dentro por muito tempo.
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  * %Suho% POV

  Eu estava desconfiado da demora das crianças, eles estavam aprontando alguma, coisa tinha certeza, coloquei todas as coisas que preparei sobre a mesa e os chamei novamente, logo ouvi o telefone tocando. Caminhei até a sala e assim que peguei no telefone, as crianças passaram por mim correndo.
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  — Cuidado ou vão derrubar a casa junto. — disse a eles e colocando o telefone no ouvido — %Suho% falando.
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  — Finalmente atendeu. — disse John na outra linha.
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  — O que você quer? — perguntei estranhando a ligação — Disse que só iria depois do almoço, hoje é sexta e vou aproveitar que meus filhos não tem aula para passar a manhã com eles.
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  — Infelizmente terei que estragar seus planos. — disse ele num tom sério.
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  — O que aconteceu? — a preocupação estava surgindo em mim — Qual o problema da vez?
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  — Então, estamos com um problema na obra da galeria de arte, me parece que o engenheiro estrutural fez um cálculo errado e uma das fundações está comprometida.
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  — E isso quer dizer que só eu posso resolver? — eu perguntei já ficando nervoso — %James% é o arquiteto responsável, não deveria ser ele?
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  — Sabe que %James% só está nessa empresa para fazer cena. — retrucou ele — Se não fosse mesmo sério nem te ligava, você sabe disso.
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  — Tudo bem, vou tentar encontrar alguém para ficar com meus filhos. — eu desliguei o telefone e respirei fundo querendo explodir aquela construtora.
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  Quando entrei na cozinha meus filhos estavam parados ao lado da mesa me olhando com aquele olhar frequente de decepção e a face triste.
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  — Nós ouvimos. — disse Jullie.
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  — O senhor tem mesmo que ir? — perguntou Mike vindo me abraçar — Prometeu que passaria a manhã com a gente.
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  — Tenho. — eu o olhei tentando manter meu lado racional no controle — Adultos tem algumas responsabilidades que devem cumprir.
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  — Mas papai…
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  — Não posso. — interrompi Jullie — Vou ligar para babá de vocês e pedi para ela vir.
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  Não deixei nem mesmo eles insistirem, eu tinha que ser responsável com meu emprego, infelizmente a sociedade exigia que eu tivesse uma boa renda para manter meus filhos comigo, e meu lado racional sempre vencia. Não era fácil deixá-los com estranhos ou com meus pais, mas era necessário, como a babá demoraria uns vinte minutos para aparecer e eu teria que sair naquele momento, pedi para a vizinha ficar com eles até a babá aparecer.
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  Assim que me despedi deles, entrei no carro e acelerei até o local da obra, tinha que verificar a situação com os meus próprios olhos. John já estava na frente me esperando, alguns trabalhadores estavam em sua pausa para o descanso, estacionei o carro próximo ao local e me aproximei de John.
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  — Quem foi o engenheiro que fez esses cálculos errados? — perguntei.
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  — Donson. — respondeu ele — Mas já foi afastado da obra, acho que ele não está em condições psicológicas para o trabalho, seu filho está no hospital.
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  — Deveriam ter colocado outro no lugar então. — retruquei sua explicação.
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  Realmente não era desculpa, a construtora contava com dois engenheiros estruturais, o Donson e a Penny, ambos eram ótimos profissionais, apesar do Donson ter mais tempo de carreira. Porém Penny mesmo sendo mais jovem, era muito competente e %James% sabendo dos problemas de Donson, poderia ter entregado esse projeto para ela. John me levou até o local das fundações com problemas e analisamos as trincas que continha nelas, não poderia ser derrubado, pois gastaria mais do orçamento proposto pelo cliente e não poderia ficar com a espessura errada, então teria que ser feito um estudo para encontrar uma solução eficaz e barata.
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  O lugar seria um anexo da galeria destinado a expor obras de grafite e arte de rua no geral, teria um médio fluxo de pessoas, podendo variar em dias de grandes exposições. Tirei algumas fotos com a ajuda de John e conversei um pouco com o mestre de obras, deixaríamos a parte do anexo parada por um tempo até decidimos o que fazer, enquanto isso todos os trabalhadores focariam no prédio principal da galeria.
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  — Então John. — parei perto do meu carro — Vamos para a empresa, preciso das cópias desse projeto para rever os cálculos com a Penny e encontrar a solução.
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  — Sem problemas, ela já está trabalhando nisso, só falta você. — respondeu ele entrando no meu carro — E tem mais.
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  — Mais o que? — eu entrei e o olhei — Odeio surpresas.
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  — Daqui dois meses teremos o aniversário da construtora amigo, e adivinha quem vai estar lá?
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  — Lá vem você. — eu virei minha face para frente e liguei o carro — Já disse que não quero que me arrume nenhuma namorada.
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  — Yah, e quem falou em namorada, só uma diversão não mata ninguém — ele riu — %Suho% você está assim há quantos anos? — ele bufou um pouco — Precisa viver de novo amigo.
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  — Para sofrer de novo. — acelerei o carro rumo a empresa.
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  John ficou falando em minha cabeça o quanto eu precisava retomar minha vida sexual de novo, acho que ele se preocupava mais do que eu por não ter me envolvido com nenhuma mulher desde a morte de Mary. Se meu corpo precisava de diversão eu até concordava, tinha este lado que me fazia mesmo olhar para algumas mulheres, até mesmo já pensei em chamar Penny para jantar, mas uma parte de mim insistia em dizer que estava traindo minha esposa.
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  — Penny. — disse ao entrar em sua sala.
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  — Ah, que bom que chegou, temos muito trabalho para esta manhã. — disse ela ao me olhar, parecia muito tranquila em meio a mais um desafio frequente do trabalho.
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  Penny era uma mulher muito bonita de cabelos ondulados e loiros, todos os dias ia para a empresa com vestidos básicos de cores sóbrias e um salto que me fazia me perguntar se nunca ficava cansada com eles, suas pernas sempre a mostra e um batom vermelho nos lábios que arrancava olhares de todos os homens da construtora. Até mesmo o senhor Finn, por mais apaixonado por sua esposa já o observei olhando para as pernas de Penny, uma mulher desejável que só fui perceber seu potencial dois anos após a morte de Mary, mesmo assim não me imaginava com ela ainda.
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  — Já percebi, acabo de chegar da obra. — eu retirei o paletó ficando somente com a camisa azul que tinha colocado para este dia, arregaçando as mangas — Mais um dia em busca de soluções.
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  — Com certeza. — ela abriu em sua mesa de projetos a prancha estrutural do anexo para analisarmos melhor.
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  Ficamos um bom tempo trancados em sua sala, John nos ajudou com alguns palpites de várias pesquisa de materiais para ajudar no caso das trincas e rachaduras. Quando eu pensava que não poderia ter mais notícia louca neste dia, notei que meu celular estava no silencioso e tinha muitas ligações perdidas da babá, me preocupei com isso e liguei para o celular dela, a notícia me deixou meio paralisado.
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  — Como assim você foi dispensada? — perguntei tentando assimilar o que ela tinha falado — Mas de onde meus filhos tiraram outra babá?
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“Aumente o volume, apenas aumente
É isso mesmo, vamos lá.”
- Genie / Girls' Generation

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