Genie

Escrita porPams
Editada por Jubs

Capítulo 1

Tempo estimado de leitura: 12 minutos

  * %Suho% POV

  Horas e vôo, check-in e liberações dos passaportes, estava totalmente cansado de tudo aquilo, mais uma vez eu havia sido a salvação daquela empresa que em certos momentos me tirava a tranquilidade. Mas como um homem com dois filhos e sem esposa, poderia jogar sua carreira profissional no lixo sem pensar em suas responsabilidades? Respirei fundo assim que saí do táxi que tinha estacionado em frente ao prédio da empresa, ainda com minhas malas pois nem poderia passar em casa antes. Deixei as malas na recepção com a senhorita Hayley, que era sempre simpática comigo, não entendia muito porque não tínhamos nenhum tipo de intimidade, mas ela sempre ficava com meus filhos quando eles iam me visitar na empresa.
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  Meus filhos, ando sentindo a falta deles, mesmo Jullie tendo dez anos e Mike tendo oito anos, eles demonstram ainda sentir saudades da mãe, e para piorar, não tenho dado tanta atenção a eles. Não os recrimino, pois também sinto falta da minha linda esposa que nos deixou forçada por uma doença, se eu tivesse um pedido para fazer naquele momento, seria para trocar de lugar com ela e sentir sua dor.
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  — %Suho%?! — disse uma voz grossa vindo atrás de mim.
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  — Hum? — eu me virei — Ah, John, que bom que está aqui, trouxe o relatório que precisávamos.
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  — Uah, que bom, e como estava a filial de Los Angeles? — perguntou ele pegando a pasta da minha mão.
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  — Não muito amigável, a maioria dos funcionários estavam fazendo greve e ouve alguns desvios de recursos que causaram todo o caos. — respondi indo em direção ao elevador.
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  — Que bom que temos você para resolver estes problemas, você é um cara que sabe solucionar problemas. — ele brincou me seguindo.
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  — Vou acreditar no seu elogio. — ri apertando o botão do elevador.
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  Não deixava de ser correto o que ele estava falando, mas depois de sete anos trabalhando naquela construtora eu desejava ser bem mais que o arquiteto que resolvia os problemas com funcionários e gerenciava obras mal iniciadas. E era isso que eu tinha feito em Los Angeles, por acaso descobri que um dos gerentes tinha desviado o dinheiro das obras e por acaso seria eu que teria que resolver este problema e conseguir render o pouco que tinha sobrado. E depois de dois meses longe de casa, ainda não poderia voltar sem antes dar as devidas notícias para o diretor geral da construtora, acho que se eu não tivesse toda a responsabilidade e se aquele idiota do %James% não fosse o genro do dono, o senhor Finn, eu realmente já teria socado a cara dele.
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  — Ah, aí está o homem das soluções. — disse %James% ao se levantar da sua cadeira que parecia mais um trono, sua cara de deboche e ironia era a mesma de quando o conheci na universidade.
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  — Sábias palavras. — concordou John ao entrar comigo esticando a pasta para %James%.
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  — Aí estão todos os relatórios e cronogramas, as obras foram retomadas e os trabalhadores já receberam seus honorários. — disse de forma direta e resumida — Agora vou para casa, se tiver alguma dúvida amanhã chegarei após o almoço.
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  — Hum, tudo bem. — ele abriu a pasta olhando os papéis — Fez um bom trabalho como sempre.
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  Eu saí da sala antes que %James% usasse a oportunidade para tirar minha pouca paciência, ele já tinha tirado tanta coisa de mim. Na volta da recepção peguei minha mala e antes de sair, fui parado pela senhora Smith, minha secretária, ela tinha guardado muitas correspondências que chegaram nesses dois meses, mas infelizmente eu não a esperaria buscar e chamei um táxi. Vinte minutos parado por causa do trânsito e finalmente estava em frente à minha casa, um pouco modesta e de dois andares, em um bairro de classe média de New York, todas as vezes que olhava para aquela varanda me lembrava de minha esposa Mary e de como ela gostava de cuidar das plantas do jardim, ela era a melhor paisagista que eu conheci.
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  Caminhei com minha mala e entrei em casa fechando a porta, estranhei o silêncio, mas logo me lembrei que as crianças certamente estavam na escola, olhei para o velho relógio do pai de Mary, que ficava na parede da sala, ainda faltava duas horas para as crianças voltarem. Peguei novamente minha mala e subi as escadas, entrei em meu quarto e a abri, coloquei as roupas sujas no cesto e as limpas no armário, passei alguns minutos meio distraídos em meus pensamentos, mesmo com a morte de Mary tendo feito cinco anos, eu ainda não conseguia deixar de pensar nela e sentir sua falta.
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  Foi neste momento que percebi que tinha um objeto a mais em minha mala, objeto esse que eu não conhecia sua origem, era uma garrafa estranha e meio arredondada na base, toda roxa com alguns traços rosa, achei estranho a primeiro momento, mas depois vi um bilhete amarrado nela.
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  — Boas pessoas merecem segunda chance. — li em voz alta — Isso não faz sentido.
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  E não fazia mesmo nenhum sentido, coloquei a garrafa em cima da escrivaninha do meu quarto, retirei minha camisa indo direto para o banheiro, uma ducha bem quente me esperava e eu demoraria o máximo de tempo que pudesse. Vesti roupas confortáveis e voltei para cozinha, o jantar seria especial para minha volta, dois meses longe dos dois motivos para eu continuar vivo. Passei um bom tempo preparando tudo até que ouvi um barulho vindo da sala, e logo a calmaria que existia foi quebrada por gritos de felicidade de ambos em me ver.
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  — Papai, estávamos com saudade. — disse Jullie ao me abraçar apertado.
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  — Sim. — concordou Mike pulando em minhas costas.
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  — Ah, como estão fortes e animados. — eu sorri para eles um pouco e olhei para a porta da cozinha — Olá mãe.
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  — Que bom que voltou meu filho. — ela sorriu de leve — Como passou esses meses?
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  — Sobrevivi. — brinquei e olhei para Mike — E vocês? Espero que tenham se comportado.
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  — Claro papai. — Jullie fez uma de suas caras de inocente que não me enganava nenhum pouco.
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  — Mas estamos felizes por ter voltado. — completou Mike — O senhor cozinhou papai?
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  — Sim, um prato especial para vocês.
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  — Oba. — disseram em coral.
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  — Bem, eu vou indo para casa.
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  — Não vai jantar conosco? — perguntei confuso por sua partida.
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  — Não, seu pai está me esperando, eu liguei mais cedo para sua empresa e me disseram sobre seu retorno, então vim para trazer eles.
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  — Mande um abraço ao pai.
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  — Sim. — ela olhou para as crianças — E vocês? Quero um abraço de cada um.
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  — Até amanhã vovó. — disseram eles a abraçando.
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  — Até. — minha mãe sorriu de leve e saiu pela porta da sala mesmo.
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  — Quero vocês dois no banho e roupas limpas para o jantar. — anunciei — E tem que ser rápido pois está quase pronto.
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  — Sim senhor. — disse Jullie batendo continência de leve rindo.
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  — Olha mocinha.
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  Ela e Mike saíram correndo em direção a escada, eu ri um pouco, estava mesmo com saudades daquela alegria que eles me proporcionavam. Assim que terminei de tirar a travessa de lasanha do forno eles desceram para a cozinha, nos sentamos à mesa, agradecemos pela refeição e nos saboreamos do nosso jantar.
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  — Então, podem ir me contando tudo que aprontaram nesse tempo que estive fora. — disse servindo nossos pratos com generosos pedaços.
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  — Hum, não aprontamos nada papai. — Jullie sorri de leve e piscou para Mike.
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  — Sim, nos comportamos como pediu. — ele segurou o riso concordando com a irmã.
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  — E eu não conheço vocês. — eu ri me sentando na cadeira — E a escola?
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  — Tirei A positivo em matemática. — Jullie respondeu mais que depressa pegando seu garfo.
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  — Parabéns, sabia que esta sua mente fértil não servia somente para travessuras. — brinquei um pouco fazendo ela rir.
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  — Eu também tirei A. — Mike me olhou — Em educação física, sou o melhor em esportes.
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  — Olha só o aluno medalha de ouro. — Jullie o olhou como se estivesse o provocando.
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  — Serei sim, o melhor do time da escola. — ele a olhou de volta e mostrou língua.
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  — Yah, vocês dois. — eu ri de leve — São boas notícias e estou orgulhoso disso.
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  — O senhor não vai viajar mais, não é? — perguntou Jullie.
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  — Não sei querida. — respirei fundo, não sabia mesmo a resposta.
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  — E quando vamos terminar nossa casa da árvore? — Mike me olhou com uma carinha de decepção — O senhor prometeu que seria antes do meu último aniversário.
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  — Sei que estou em falta com vocês, mas prometo que vou compensar. — olhei para eles — E nada de cara triste, eu vou mesmo terminar aquela casa.
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  — Por que será que não acreditamos. — resmungou Jullie.
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  — Ei mocinha, e desde quando eu deixei de cumprir uma promessa? — perguntei.
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  — Desde quando a mamãe morreu. — respondeu Jullie.
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  Desviei meu olhar para o prato, não sabia o que dizer para desfazer aquela má lembrança que pairou em nosso jantar. Eu realmente estava em falta com meus filhos e precisava reparar toda ausência que meu emprego forçava, eu tinha que ser mais presente, só não sabia como. Após o jantar sentamos na frente da televisão e começamos a ver um desenho, minutos depois nós três já estávamos apagados no sono, fui o primeiro a acordar e levei ambos para seus quartos. Senti algumas dores em minhas costas, acho que estava mesmo ficando velho ou meus filhos que estavam crescendo rápido demais.
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  Entrei em meu quarto e fechei a porta, peguei meu pijama e o vesti tranquilamente, quando fui fechar a janela olhei para a escrivaninha, aquela estranha garrafa estava diferente e tinha mudado de cor, talvez fosse algum efeito por causa da luz ou algo do tipo. Eu a sacudi um pouco para saber se tinha algum líquido dentro, mas não consegui ouvir nada, achei meio estranho e ainda não entendia qual era o significado do que estava escrito naquele bilhete. Deixei a garrafa novamente em cima da escrivaninha e me deitei, assim que apaguei a luz a porta do meu quarto se abriu, liguei a luz novamente, era meus dois filhos.
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  — Papai. — Mike estava encolhido atrás da sua irmã.
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  — Venham. — disse, sabia que eles queriam dormir comigo.
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  Eles pularam na cama, cada um de um lado, me deixando no meio, eu apaguei a luz do teto e deixei o abajur ligado para iluminar um pouco o quarto, ambos se aninharam em meus braços e em poucos minutos pegamos no sono novamente. Eu pedi o sono pouco antes de amanhecer e para não acordá-los antes da hora habitual deles, saí do quarto e desci as escadas, fiquei na sala lendo o jornal do dia anterior durante aquele tempo. Assim que o sol saiu, ouvi um grito vindo do meu quarto, me levantei no susto da poltrona que ficava perto da janela e subi correndo as escadas.
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“Ei me diga o que você precisa
Diga-me o que você espera.”
- Genie / Girls' Generation

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Mili

Fanfic maravilhosa! <3 Quero ler mais, continua, amor! <3

Pâms

Novos capítulos já enviados para a beta!!! Obrigada por ler *-*

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