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ATENÇÃO!

História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

O Espaço Criativo não se responsabiliza pelo conteúdo das histórias hospedadas na sessão restrita ou apontadas pelo(a) autor(a) como não próprias para pessoas sensíveis.

Garota S

Escrita porNatashia Kitamura
Revisada por Natashia Kitamura

Há características sobre Harvard que são verdadeiras e outras que são fictícias para melhor adaptação da história.
História inteiramente escrita por Natashia Kitamura.


Capítulo 9

Tempo estimado de leitura: 78 minutos

— Caramba, esse é o recorde. — Ace dizia enquanto eu terminava de beber meu copo d’água na cozinha.
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  Eram quase duas horas da manhã e todos estavam exaustos da viagem. Como o dia seguinte seria cheio a partir das dez horas para o tour que faremos pela cidade, quase todo mundo decidiu retornar para a comodidade de seus quartos e usufruir das belas camas que o hotel cinco estrelas oferecia para seus hóspedes. Contudo, assim que Ace, Kendra, Bob e Hans entraram no quarto, me flagraram na sala sentada lendo um livro e %Ansel% no quarto assistindo à TV.
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  — Nunca vi um casal novato se aborrecer tão rapidamente. — Ace continuou, olhando em minha direção, para %Ansel% dentro do quarto. — Isso quer dizer que...
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  — Hans dormirá com %Ansel% hoje. — falei, olhando para Kendra que abriu a boca para retrucar, mas pensou melhor.
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  — Pegue suas coisas. — empurrou Hans, que a olhou transtornado.
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  — E nossa noite?
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  — Teremos muitas noites em Ibiza, Hans. Agora eu tenho uma amiga, preciso me dedicar à ela. Anda. Enquanto você troca, eu e %Emma% iremos até a loja de conveniências que há ali no térreo para comprar algumas guloseimas para comermos.
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  Sem dizer nada, apenas obedeci as ordens de Kendra. Eu não gostaria de dividir qualquer lugar com %Ansel% no momento. Ele acha que está certo, eu estou certa. Fim. Simplesmente não consigo acreditar na infantilidade dele achar que só porque aceitei ficar com ele que farei tudo o que ele quer. O que custa me respeitar um pouco? Por que as coisas sempre devem ser da maneira dele?
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  — Porque ele sempre mandou em tudo, oras. — Kendra falou, sentada na cama de casal que dividiria comigo essa noite. Acabei me expressando para ela, que foi completamente compreensível com minha posição. Se ouvir sem interromper e prestar atenção no problema para depois dar a opinião é ser amiga, acho que não terei problemas em ser uma boa melhor amiga para ela e Gillian. — %Em%, veja só: %Ansel% é um cara que sempre teve tudo o que quis, não porque ele é um almofadinha, mas porque ele sempre deu um jeito. Ele tem essa maneira cativante que ninguém sabe da onde vem, mas ele é assim. Cativante. E ele cativa mesmo. Seja pela dança ou pelo papo. Desde quando o conheci, você é a primeira pessoa que diz verdades que ele nunca ouviria se não te conhecesse. De verdade, te admirei ao ouvi-lo chamar de idiota.
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  — Qual o problema dele com a palavra? — a lembrança de sua reação quando o chamei assim pela primeira vez me chamou a atenção. Ninguém fica tão nervoso como ele ao ser chamado de ‘idiota’.
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  — Você não sabe? — Kendra perguntou e tive de lhe mandar o meu melhor olhar para que entendesse que era claro que eu não sei. Se ela não me contar, não saberei de nada sobre ele. — Bem, o pai de %Ansel% faleceu fazem alguns anos. Deixou algumas dívidas, o que o fez ser um garoto rebelde quando mais jovem. Foi quando ele fez amizade com a turma da zona onde está localizado o estúdio. A mãe de %Ansel% sempre foi namoradeira e como queria arranjar um novo marido, acabava tratando %Ansel% como se fosse um estorvo e o chamava de ‘idiota’. Não sei bem sobre os detalhes da relação com a mãe dele atualmente, apenas sei que ele não pode ser chamado de ‘idiota’. Aparentemente, você é a única pessoa que o chamou assim que não saiu com qualquer parte do corpo roxa ou quebrada.
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  Fechei meus olhos, pensando no transtorno que lhe causei ao desenterrar memórias indesejáveis. Não gosto de machucar as pessoas inconsciente da dor que estou causando. Olho para a parede que divide o quarto que estou com Kendra, do quarto que Hans e %Ansel% estão. Continuo firme achando que estou correta quando ele deveria ter me perguntado antes se eu gostaria de participar da apresentação de final de ano, contudo, também sinto o peso de tê-lo feito relembrar os momentos de aflição que passou com sua mãe. Olhei para Kendra, que me encarava com o olhar “você sabe o que fazer, não sabe?”
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  — Continuo nervosa por ele ter me colocado na lista de apresentação. — falei, ao me lembrar que este era um compromisso que não poderia ser cancelado facilmente e que ele não teria força de vontade de fazê-lo mesmo assim.
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  — Entendo. — ela cedeu mais fácil do que estou acostumada a ver alunos de direito fazer. — Dentre as duas situações, qual é a pior?
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  Pronto. Isso é o que um aluno de direito de Harvard faz. Ao invés de nos dar uma resposta e abrir a possibilidade de haver discussão, nos faz refletir sobre a situação, enviando mensagens subliminares que possam ativar nossa sensibilidade. Suspiro, da maneira que ela gostaria que eu fizesse, cedendo à ideia de que era claro que o fato de eu tê-lo chamado de idiota e lembrar de um passado ruim era muito pior do que minha vontade de não dançar na apresentação.
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  — O que irá fazer? — Kendra perguntou, comendo mais um punhado de Doritos. Olhei para os outros pacotes lacrados e então a memória do olhar de raiva que %Ansel% expressava ao ouvir ser chamado de “idiota”. Como ele podia não me odiar depois de tê-lo chamado dessa maneira tantas vezes? — É a semana de comemoração do aniversário dele e ele está sozinho num quarto com o colega de trabalho.
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  Meu peito diminuiu ainda mais. Era verdade. Havia dito que não atrapalharia sua comemoração, mas até agora, tudo o que fiz foi deixa-lo infeliz. Mesmo que esteja nervosa com ele, não posso evitar sentir a culpa e responsabilidade de sua programação ter dado errado. Também me senti infeliz por tê-lo deixado imune ao fato dele ter tido relações sexuais com Uma e agora ser tão arduamente punido por ter colocado meu nome na lista de apresentações, uma situação, de fato, possivelmente controlável. Mexo meus pés até a porta, parando nela mais uma vez, lembrando que se for até o quarto de %Ansel%, não poderei voltar atrás sobre a dança. Acredito que com ele não haverá a possibilidade de substituição. Ele não irá me tirar da lista somente porque fui me desculpar por chama-lo de “idiota”. Deixei meus ombros caírem e bati a cabeça na porta. Por que ele não veio até mim se desculpar até agora? Fez coisas piores para me ajudar e até então não apareceu. Será que gostava tanto assim da dança? Será que...
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  — Kendra. — virei meu rosto, vendo-a me encarar, curiosa. — Você acha que ele está demonstrando querer ter este tipo de relacionamento comigo somente porque quer que eu dance no final do ano?
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  Não pude evitar me sentir um pouco desconfortável com a risada que veio em seguida. Kendra levou a mão à boca e com a outra, balançou na frente enquanto mexia a cabeça de um lado para o outro.
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  — %Emma%, %Ansel% pode conseguir qualquer parceira que quiser. Ele não escolheu você porque estava com dó ou dispersa do grupo.
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  Concordei com a cabeça e voltei a encarar a porta, fechada. Pensei mais uma vez se deveria ir me redimir com ele. O que me impedia de agir era o fato de achar que ele poderia vir até mim primeiro.
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  — Apenas vá. — Kendra falou da cama, me encorajando a sair e encontrar Bob sozinho no sofá.
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  — Demorou. — ele disse. — Sabe quantas vezes a porta do lado foi aberta e fechada? — apontou na direção do quarto onde %Ansel% estava. — Você não se sente mal?
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  — Ele teve a intenção de vir para cá? — arregalei meus olhos, surpresa, mas somente recebi uma risada como resposta.
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  Olhei para a porta do quarto onde %Ansel% e Hans estava e me perguntei se já estavam dormindo. Caminhei para mais perto e encostei o ouvido na porta, tentando ouvir qualquer tipo de som ou ruído que desse sinal de que um dos dois estavam acordado. Obviamente, não ouvi nada. Talvez ele estivesse dormindo. É melhor conversarmos no dia seguinte, quando estaremos descansados e com um humor melhor...
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  — Apenas vá. — a voz de Hans atrás de mim me deu um susto; não tive tempo de reagir, pois sua enorme mão me empurrou pelas costas enquanto a outra abria a porta para me fazer entrar no quarto de %Ansel%. Então ele não estava lá dentro?
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  — Espere! — virei para a porta, já fechada. Tentei abri-la, mas, de alguma maneira, ele conseguiu trancá-la pelo lado de fora. Ouvi Hans resmungar com Kendra sobre ela não ter peso na consciência por fazê-lo dormir com outro homem e Bob manda-los se calarem para que pudesse dormir.
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  Virei meu rosto para trás, não encontrando com %Ansel% no quarto. Ele não está, então. Caminhei até a porta do banheiro, tentando ouvir o som da água do chuveiro, mas a porta se abriu assim que a toquei, mostrando que não havia ninguém ali dentro. Ele não estava mesmo. Suspirei, exausta por ter me preocupado à toa. Ele deve ter ido se divertir com as garotas locais ou que vieram conosco. É a comemoração de aniversário dele, afinal, não há razão para se aborrecer e trancafiar dentro de um quarto somente porque discutiu comigo mais uma vez. Pensando melhor, Ace também não estava no quarto e sempre os vi saírem juntos para paquerar.
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  Não sinto sono para dormir. Pego um livro para estudar durante o tempo em que estou sozinha e sigo para a sacada, grande o suficiente para possuir mesa e cadeiras de sol. Sinto a maresia bater em meu rosto suavemente e sigo até uma das cadeiras, me sentando e abrindo o livro. Pela primeira vez, encontrei dificuldade em ler um parágrafo; não porque não entendo o conteúdo, mas sim porque %Ansel% não me sai da cabeça. Apoio o livro em minhas pernas e olho para o mar à frente. Por que penso tanto nele? Por que não me sinto culpada por trair Gabriel? Será que a educação que meus pais me deram me faz ter uma mente mais aberta com relação a relacionamentos? Ou será a raiva de tê-lo me ignorando por mais de um mês inteiro?
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  Pego meu celular e vejo o horário. Estou a seis horas à frente do Brasil, então ele poderia estar em casa. Se aqui são duas da manhã, ele deve estar jantando antes de se preparar para dormir ou ir para alguma confraternização que sempre tem nos finais de semana. Nas duas últimas vezes que nos falamos, ele tem estado mais sociável com seus amigos; Helena, minha colega do Brasil, comentou achar estranho eu não me sentir insegura ou ciumenta. Na verdade, achei bom que ele finalmente tivesse um tempo para se divertir, achei que quando voltasse, ele estaria acostumado e me levaria para suas programações.
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  A ligação chamou, chamou, chamou até cair na caixa postal. Ele não ouviu minhas mensagens? Tentei não deixar tantas quanto gostaria e mesmo assim não me retornou nenhuma. Queria falar que vim para Ibiza, mas ele não me atendeu e não estou com vontade de lhe deixar um recado dessa vez. %Ansel% ainda está em minha mente e, por incrível que pareça, estou mais nervosa com ele do que com Gabriel, que tem sido como um fantasma em nossa relação.
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  Desisto de tentar e deixo o celular com o livro em cima da mesa ao lado da cadeira. Cruzei meus braços e passei a observar o céu estrelado com o som das ondas do mar ao fundo. É realmente o paraíso. Nunca imaginei, quando assistia à TV, que pudesse haver algum lugar tão maravilhoso. Meus problemas parecem estar tão longe de mim neste momento. Abro um pequeno sorriso por estar tão à vontade. Gostaria que não estivesse brigada com %Ansel%. Ele poderia me fazer companhia, segurar em minha mão, falar sobre minhas qualidades, olhar em meus olhos... Espere.
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  Pisco e meu corpo está sentado ereto. Meus pensamentos estão errados. Como posso ter tantos pensamentos íntimos com %Ansel%? Não posso simplesmente me dar ao luxo de, toda vez que me deparar com uma sensação boa, relacioná-lo à mim. Ter esse tipo de sentimento por um homem é... Errado. Kendra uma vez disse que %Ansel% é assim, conquistador. Entra na cabeça das mulheres e nunca sai.
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  — Talvez ele saiba me dizer como fazer para tirá-lo de minha cabeça... — murmuro para mim mesma, resolvendo me levantar e voltar para o quarto para dormir.
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  Tomo um susto ao vê-lo encostado de pé na parede ao lado da porta de vidro que ligava a sacada com o quarto; seus braços estavam cruzados e trajava somente uma bermuda de dormir, mostrando seu tronco formado e trabalhado.
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  — O que faz aí?
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  — Estou aqui desde antes de sair.
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  Como não pude vê-lo? Senti-lo? Ele então esteve me observando todo este tempo. Vendo minha tentativa de falar com Gabriel e me concentrar nos estudos. Sinto minhas bochechas esquentarem e pego o livro e o celular da mesa.
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  — Você poderia ter falado comigo.
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  — Foi você quem veio primeiro, não é?
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  Fiquei calada. Ele tinha razão. Eu quem tomei a iniciativa, mas isso não queria dizer que eu deveria falar primeiro. Pode haver a possibilidade de ter vindo para ouvir suas desculpas.
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  Desculpas.
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  Fecho meus olhos, lembrando a razão de ter-me feito vir até o quarto.
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  — Bem. — comecei a falar, sem graça. — Vim, porque soube a razão da palavra “idiota” lhe aborrecer tanto. — olhei para o chão, querendo cavar um buraco para enfiar a cabeça.
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  — O que você soube?
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  — Sua mãe, hum, o chamava assim depois que... Hum, você sabe. Seu pai...
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  — Depois que meu pai morreu? — ele finalizou. Concordei com a cabeça. — O que tem minha mãe a ver?
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  — Ela não... Te chamava? — ergui minha cabeça, confusa.
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  — De idiota? — ele levantou as sobrancelhas. Assenti e ele riu. — Claro que não.
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  — Então... Por que...
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  — Não gosto dessa palavra, porque sempre ouvi as pessoas falarem que dançar é idiota. Dançar não é idiota. As pessoas que dançam não são idiotas. Minha família não tem nada a ver com minha opinião sobre a palavra.
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  Eu. Vou. Matar. Kendra.
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  Concordei com a cabeça e apertei os passos em direção ao quarto. Não acredito que me deixei levar por mais uma mentira. Será que não aprenderei nunca? Não tenho a opinião que se pode mentir para amigas. Se ela queria ter uma relação sexual com Hans essa noite, não haveria problema para mim dormir na sala com Ace e Bob. Ou somente Bob, seja lá onde Ace esteja no momento.
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  Entrei com a intenção de sair do quarto para realizar a façanha que pensei a alguns segundos, pegando um dos travesseiros da cama. Não olhei para trás, por estar extremamente envergonhada em ter sido claramente enganada por Kendra. Contudo, quando toquei na maçaneta da porta para abrir, a mão de %Ansel% apoiou na mesma para me impedir de finalizar a ação.
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  — Aonde você vai?
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  — Dormir na sala com Bob.
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  — E por que você dormiria com ele?
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  — Porque ele, até então, é o único que não me aborreceu.
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  Ouvi %Ansel% soltar uma pequena risada e encostar sua testa em minha cabeça. Travei ao sentir sua respiração tão perto de mim, praticamente em minha nuca. Olhei em direção à porta em pânico, sem saber se deveria agir ou reagir.
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  — Você não deve falar para o cara com quem está se relacionando, que irá dormir com outro.
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  — Não estamos nos relacionando.
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  — Quer dizer que você é uma garota de programa? Somente elas beijam homens sem estarem em um relacionamento.
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  Virei meu corpo ao ouvir a palavra que tanto desgosto. Pensei em empurrá-lo, mas ele se encontrava tão perto, mas tão perto, que acabei travando.
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  — Você entendeu por que não gosto da palavra “idiota”? É a mesma coisa que você sente ao ouvir a palavra “prostituta” e seus derivados. Não gostamos que nos chamem de algo que não somos.
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  — Mas você é idiota... — resmunguei, sofrendo com sua respiração tão próxima à minha. Seus lábios parecem tão macios vendo-os de perto. Formaram um sorriso de repente.
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  — Desse jeito, vindo de você, começarei a interpretar como um elogio. — sussurrou, me deixando sentir o aroma da parta de dente que usou. — Você quer esquecer nossa discussão?
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  — Se você concordar em não me fazer dançar na apresentação... — falei de volta. %Ansel% fez o som de um estalo com a boca e negou com a cabeça.
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  — Você pode tentar me convencer, se quiser, mas raramente volto atrás com minhas decisões.
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  Não pude evitar fechar meus olhos durante suas palavras. Relaxei meu corpo e encostei na porta; logo, senti os lábios de %Ansel% no dorso de meu pescoço, distribuindo pequenos beijos estalados que me dava cócegas, mas não me fazia querer que parasse. Suas mãos se mantiveram longe de meu corpo, mas não pude fazer o mesmo com as minhas. Aos poucos, automaticamente levantei as mãos até o cós de sua bermuda, sentindo o osso de sua bacia frontal. Deslizei-as para cima, passando por todo seu abdômen definido; o ar começava a faltar em meus pulmões, estava tão focada em dar atenção aos lábios de %Ansel% passeando por meu dorso, que acabei me esquecendo que preciso respirar para viver.
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  Em conversas com Kendra, ela sempre me falou que todas as garotas com quem %Ansel% já teve uma relação sexual disseram que tentaram se fazer de difícil, mas que seus toques são tão convidativos, que é impossível manterem-se sóbrias e relutantes. Agora entendo por que. Quando suas mãos finalmente enlaçaram minha cintura e seus lábios foram de encontro aos meus, sabia que simplesmente não tinha mais saída. Queria tanto aquele beijo que me esqueci de qualquer discussão que tivemos há pouco. Estar prensada entre a porta e o corpo enorme de %Ansel% não me pareceu ruim, principalmente quando seus lábios voltaram para meu dorso e suas mãos passeavam por minhas costas, massageando-as com a força que utilizava durante a trajetória.
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  Suas mãos seguiram para a área abaixo de minhas axilas e, com a maior facilidade, seus braços me levantaram, fazendo minhas pernas enlaçarem em sua cintura. Parecia até que estávamos dançando juntos. Apenas soube nosso rumo quando senti a cama em minhas costas. A ideia de transarmos me despertou:
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  — %Ansel%... Não... — murmurei, arfante, ouvindo seu resmungo. — É sério...
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  Seus lábios pararam antes que pudesse descer mais para um lugar que ninguém jamais havia tocado antes. Levantou sua cabeça e olhou em meus olhos.
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  — Você não quer?
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  Desviei seu olhar. Não sei o que eu quero. Na verdade, eu quero. Ao mesmo tempo, não quero. Não quero achar que me arrependerei amanhã. Não quero pensar que minha falta de experiência fará que ele tenha a pior relação sexual de sua vida. Não quero decepcioná-lo. Ele já transou com tantas mulheres, será que sabe que eu nunca fui tocada por alguém antes?
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  Percebi minha demora para lhe responder, quando ele se retirou de cima de mim, pronto para se levantar. Segurei em sua mão e achei que ele fosse brigar, mas somente arregalou levemente seus olhos ao me encarar. Manteve seus olhos em mim por um longo tempo até soltar uma risada e balançar a cabeça.
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  — Kendra havia me dito. — murmurou. — Me desculpe. Não quero assustá-la.
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  — Não estou assustada. Apenas... Sem rumo. Querendo ou não, ainda estou em um relacionamento com outra pessoa. Eu não... Traição é errado.
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  — Você já o traiu, %Emma%.
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  — Eu sei. O fato de não me sentir culpada está me matando. — sento meu corpo, afastando-me de %Ansel%, que me olhava, sério. — Eu... Quero... Hum, com você. Sabe? Mas não quero machucar Gabriel. Ele, apesar de distante, é uma pessoa importante.
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  — No momento, quem está sendo mais importante para você? Eu ou ele?
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  Que pergunta desnecessária! Como posso responder? Se disser ele, estaria ignorando minha relação com Gabriel e todo o amor que sinto por ele desde a época do colégio. Se responder Gabriel, corro o risco de não poder me perder novamente nos olhos de %Ansel%.
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  — Você deveria pensar melhor nisso, %Emma%. Assim como as mulheres, os homens também não gostam de se ver em um impasse. Honestamente, eu nunca estive deste lado da relação, então acho que você deveria se decidir logo ou alguém sairá machucado. — ele pegou seu travesseiro e se levantou. Porém, antes de sair, disse: — Não se preocupe comigo, tenho certeza de que não me deixarei cair muito alto.
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  As festas em Ibiza sempre me pareceram coloridas e repletas de pessoas alegres. Quando li matérias e vi fotos dos eventos que ocorrem durante toda a madrugada em hotéis e mansões próprias para a algazarra, tentei me preparar psicologicamente para enfrentar toda animação e êxtase que há no local; as festas daqui são muito piores que as da mansão de %Ansel%. As pessoas não se importam de nunca terem se visto na vida. Com o teor alcoólico em alta, apenas trocam um olhar antes de se beijarem como se já se conhecessem.
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  Como sempre, fui deixada para trás por Kendra, Hans e Ace. Bob conheceu uma garota chamada Eva, no qual está sempre em sua companhia fazem alguns dois ou três dias. Eu e %Ansel% conversamos casualmente, mas não nos beijamos desde nossa conversa no quarto. Dividimos a cama, mas dormimos e acordamos em momentos diferentes, de modo que não há nenhuma troca de olhares ou vontades. Na última noite, sequer voltou para o hotel, dando o sinal de que deve ter passado a noite com alguma garota. Por alguma razão, me senti incomodada com sua ausência.
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  Aproveitei o tempo matutino e vespertino para conhecer a cidade. Como todos gastam bastante tempo nas festas, não tenho companhia para conversar ou me acompanhar nos passeios. Tentei fazer o máximo de programações que não requereram dinheiro e descobri que é possível fazer muitas coisas. Por sorte, encontrei um casal de idosos que estavam dispostos a me incluírem em suas programações, no qual foram muito divertidas. Entretanto, esta noite, Kendra disse que eu não poderia perder a festa que eles iriam. Não pude dizer ‘não’, porque não tive tempo, mas me senti na obrigação de acompanha-los, já que não me uni a eles nos últimos três dias.
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  — Você está sozinha? — Patricia gritou, tentando soar mais alto que o som da música. Concordei com a cabeça, depois de olhar para os lados e não ver nenhum rosto conhecido. — Parte do grupo está indo para uma festa menor. Afim?
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  Era a primeira vez que Patricia me chamava para acompanha-la em uma festa. Acredito que se ela me chama, é porque as garotas de seu grupo concordaram e eu estava dentro. Abri um pequeno sorriso, feliz por estar finalmente sendo mais aceita pelo grupo e concordei. Segui ela por um longo caminho, passando por Bob e Eva, Kendra e Hans e Ace com uma nova garota loira. Mais uma vez, não vi %Ansel%; é o dia do aniversário dele e não nos encontramos. Achei que poderia falar com ele para desejar os parabéns, mas ele deve estar ocupado, proporcionando seu próprio presente com as nativas de Ibiza. As vi várias vezes tomando sol na praia com o topless que entendi por que os homens gostam tanto daqui.
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  A festa no qual Patricia se referia era restrita. Aparentemente, o grupo chamou atenção porque possuíam mais mulheres que homens, por isso, alguns organizadores chamaram somente as mulheres para participar. Uma festa de garotas organizada por homens? Não me pareceu normal, mas não as questionei. Elas pareciam gostar da minha presença, então apenas acompanhei, recebendo uma pulseira amarela antes de entrar gratuitamente em um ambiente fechado com a música alta e a visão obstruída pela fumaça que era constantemente lançada no espaço. Quando passei pela segurança do local, logo desejei sair.
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  Era uma festa swing. Uma orgia, na verdade. Dezenas de homens nus passeando pelo local, à procura de uma mulher que possa satisfazê-los. Aqueles que estavam acompanhados, não tinham vergonha de transar publicamente, sendo alvo de câmeras gravadoras e celulares. Estava apavorada. Me encostei na parede, tentando evitar contato visual com qualquer homem ou mulher que tivesse a intenção de ter uma relação com outra mulher. Não tenho preconceitos, mas não quero ser tocada por outra mulher. Mal fui tocada por um homem.
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  Peguei meu celular para ligar para Kendra, mas obviamente, ela não me atendeu. Tentei Ace e Bob, mas eles deveriam estar ocupados com suas companheiras. Procurei por Patricia ou as meninas do grupo e elas estavam entretidas com três dos homens que caminhavam com o pênis de fora, fazendo coisas que jamais imaginaria ver na minha vida. Sem ar, saí do local correndo.
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  — Hey, gata, não achou ninguém para satisfazê-la lá dentro? — um latino com o sotaque muito forte segurou meu braço assim que saí. Dei alguns passos para trás, mas ele não pareceu entender minha vontade de ser deixada em paz. — Posso fazer uma rápida para você, se quiser. — o modo como me olhou me deu náuseas.
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  — Não, obrigada. — tento me soltar, mas ele não parecia querer me soltar.
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  — Vamos lá, gata, você irá gostar, garanto.
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  — Eu disse que não.
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  — Você irá soltá-la ou terei que chamar a polícia? — a voz de %Ansel% surgiu atrás de mim.
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  O latino não disse nada, apenas soltou uma risada e levantou as mãos, como se provocasse %Ansel%, mostrando que estava o obedecendo. Não pensei duas vezes antes de virar as costas e sair andando apressada, afim de me afastar daquele homem o mais rápido possível.
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  — Você já está fora da festa, %Emma%. — a voz de %Ansel% dizia atrás de mim depois de um longo tempo.
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  Parei de andar e vi que estava na rua a caminho do hotel. Soltei o ar, aliviada e encostei no muro de pedra que separava a rua da beira mar.
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  — O que fazia ali? Você entrou?
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  — Patricia me chamou... — comecei a falar, mas não terminei. Lembrar do ambiente, me fez passar mal. — Como pode existir um lugar daqueles...
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  — Você somente não está acostumada, mas aquilo existe em qualquer lugar.
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  Neguei com a cabeça, certa de que acabaria com toda essa ilegalidade quando fosse uma aluna formada e profissional. Há leis que impedem que exista essas casas de sexo. O número de doenças sexualmente transmissíveis que deve ser passada diariamente...
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  — Você parece que vai vomitar.
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  — Eu acho que vou vomitar. — digo, nauseada.
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  — Vamos, vamos de volta para o hotel. — ele começou a caminhar ao meu lado.
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  De acordo com que fomos andando, a sensação de bem-estar começou a voltar. Estar livre de toda aquela poluição sonora e visual me fazia querer continuar observando a baía de Ibiza. A ilha, mesmo sendo relativamente pequena, possuía muitos lugares para conhecer. O casal de idosos sempre vêm até o local para aproveitarem juntos suas férias. Disseram que se conheceram aqui, quando as festas eram ainda mais proibidas, devido ao ceticismo de antigamente. Por serem tão dóceis e animados, não me pareceu que um dia eles foram como aquelas pessoas dentro da festa.
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  Olhei para %Ansel%, que caminhava com as mãos nos bolsos da bermuda. Achei que ele estaria com alguma garota, afinal, era o dia do aniversário dele. O aniversário!
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  Dei uma olhada no relógio, que marcava quase três horas da manhã. Seu dia já havia acabado.
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  — Feliz aniversário atrasado. — encolhi os ombros ao vê-lo virar a cabeça para me encarar. — É muita tolice viajar para uma ilha para comemorar seu aniversário e acabar dando os parabéns atrasado.
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  — Obrigado mesmo assim. — ele respondeu, voltando a colaborar com o silêncio que paira entre nós.
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  Durante os dois últimos dias, achei que ele estivesse bravo comigo por não tê-lo respondido sua pergunta com agilidade. Observando suas reações agora, não acho que ele esteja tão nervoso quanto aparenta. Com o pensamento de que ele poderia estar me evitando até dar-lhe uma resposta, me obriguei a pensar mais no assunto, principalmente quando prestava atenção na troca de carinho do casal de idosos que acompanhava nos passeios. Ibiza, mesmo sendo uma ilha repleta de festas e atividades proibidas, também era cheio de família e casais felizes. Durante a parte do dia, quando o sol toma conta da ilha, tenho vontade de passear de mãos dadas com alguém como as outras garotas que passaram por mim com seus namorados ou maridos.
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  Minha resposta à pergunta de %Ansel% veio durante estes pensamentos. A pessoa que eu mais gostaria de ter ao meu lado dividindo toda a vista e aproveitando o local.
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  Chegamos ao quarto ainda calados. %Ansel% entrou no banheiro para tomar uma ducha, enquanto eu trocava a roupa por um pijama de verão. Pensei em tomar uma ducha também depois que ele saiu, mas seu corpo umedecido me fez querer falar com ele mais uma vez.
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  Caminhei até a porta do quarto que dava para a sacada, onde ele se mantinha em pé com os braços cruzados à frente do peitoral, observando a vista. Fiquei calada apenas vendo suas costas nuas e os ombros largos subirem e descerem de acordo com a respiração.
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  — Você é a pessoa mais especial para mim agora. — disse, sem pensar que estava realmente falando em voz alta. A cabeça de %Ansel% girou, olhando em minha direção. — Quero passear com você de dia e de noite, não com Gabriel.
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  Quando terminei de falar, %Ansel% não se moveu. Continuou me olhando, sério. O vento passou e ele continuou parado à frente da sacada. Depois de longos minutos, caminhou lentamente até mim e, sem dizer uma palavra, segurou meu rosto com suas duas mãos e me fez, novamente, me perder em seus olhos %azuis%. Senti seus lábios grudarem nos meus e, brevemente, as mãos rodearem minha cintura. Toquei seus braços como se tivesse ainda medo, mas assim que ele sussurrou meu nome em meu ouvido, foi como se eu soubesse que ele era meu.
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  Abri os olhos enquanto sentia sua língua deslizar por meu dorso. Minhas mãos estavam apoiadas entre seus braços e ombros e eu observava o mar durante o carinho que recebia de %Ansel%. Que união perfeita de visão com sensação. Estremeci ao sentir seus dedos deslizarem com cautela por minha barriga. A cada minuto, subia alguns centímetros até chegar à borda de meu sutiã. Minhas mãos apertaram seus braços, como se avisasse-o para parar, atitude que ele tomou assim que sentiu minha reação.
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  — Se você não quiser, apenas me diga. — falou, ainda me abraçando.
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  Minhas mãos permaneceram em seus braços. Olhei para o mar, o céu azul marinho com pontos brancos que piscavam fracamente. A brisa passou, levando consigo qualquer insegurança sobre o que eu queria de verdade.
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  — Eu quero. — sussurrei à altura de seu ouvido. — Quero muito. Com você.
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  Em um simples estalo, senti meu sutiã afrouxar em meu corpo. Por ser tomara que caia, um modelo que para mim era mais confortável, senti a peça cair em cima de meus pés, enquanto %Ansel% levava suas mãos para a barra da peça de cima que usava e, com um ágil puxão, retirou-a, me deixando com o tronco nu.
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  Desviei os olhos quando ele deu um passo para trás para me olhar.
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  — Tire os braços da frente. — ele tocou em minhas mãos, que formavam um ‘x’ à frente de meus seios, fazendo uma leve pressão para volta-las ao lado do corpo. — Você é linda... — sussurrou em um tom admirado. Um tom que Gabriel nunca usou comigo.
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  Tirou sua própria camiseta e segurou em minha cintura, colando seu corpo no meu e me dando um longo abraço. Fiquei surpresa com seu toque tão sensível. Ficamos na posição por um longo tempo, nossos troncos nus se tocando sem nenhum pudor. Durante nosso abraço, senti que poderia confiar nele para minha primeira vez. A energia que recebia de seu corpo me dizia que ele sabia o que estava fazendo e sabia que eu era virgem. Saber que ele tinha essa consideração por meu corpo jamais tocado antes me fez feliz.
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  — Você tem certeza? Não irei mais perguntar depois de agora. — ele sussurrou em meu ouvido.
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  — Eu tenho certeza. — falei, tentando meu melhor para passar a mensagem de que era isso o que eu queria agora. Kendra tinha razão, o lugar era mágico e %Ansel% é um conquistador.
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  Seu primeiro toque foi um beijo em meu ombro nu. Abracei-o em sua cintura e encostei minha cabeça em seu peitoral, sentindo, aos poucos, os estalos se tornarem um beijos e então sua língua começar a passear. De acordo com que os toques acima ficavam mais ousados, suas mãos decidiram acompanhar o movimento. A primeira vez que meu seio foi tocado ele estava tão inchado que me deu orgulho de ter proporcionado algo para ele tocar. Soltei um pequeno gemido com a sensação de prazer ao tê-lo massageando meu seio direito, que sequer me lembrei do que poderia acontecer daqui a pouco. Pouco tempo depois, sua outra mão cobriu meu outro seio.
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  — %Ansel%... — falei, com o susto. Senti seus lábios formarem um sorriso enquanto beijava meu dorso. Nos dirigimos até a cama, onde, lentamente, me deitei e o observei acima de mim com um brilho nos olhos.
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  — Irei beijá-la agora, apenas relaxe. Se quiser, feche os olhos e somente sinta o prazer. — tocou em meus olhos, de modo que senti a obrigação de lhe obedecer.
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  Suas mãos percorreram meu tronco novamente. Contudo, a surpresa foi, de repente, a boca de %Ansel% cobrir um de meus seios, me fazendo arquear o corpo com o susto e suspirar ao sentir suas mãos se firmarem em minha cintura, como se quisessem me manter deitada. Não pude evitar gemer ao sentir sua língua dançar no bico do seio. Sem ter conta de meus atos, minhas mãos agarravam a colcha e os cabelos de %Ansel%. Aos poucos, seus movimentos se tornavam mais rápidos, fazendo meus gemidos aumentarem pouco mais. Como era bom. Por isso as pessoas gostam tanto do sexo?
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  Dei um pequeno sobressalto ao sentir sua mão em cima de minha virgindade. Mesmo com a calcinha e o pijama impedindo de termos o contato direto, não pude evitar sentir um espasmo estranho com o toque. Seus lábios desceram até minha cintura, enquanto sua mão que continuou em meu seio massageava-o, ainda me proporcionando prazer. Aos poucos, as mãos se dirigiram até a bermuda do meu pijama de verão e, em um rápido movimento, %Ansel% retirou tanto o pijama, quanto a calcinha de mim.
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  — Nossa... — ele disse, ajoelhado à minha frente.
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  — Não olhe muito... — falo, sem graça. Nunca havia tido um par de olhos tão vidrados em meu corpo. A vergonha rapidamente tomou conta de minhas bochechas, que queimavam forte sob os olhares de %Ansel%.
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  Abriu um sorriso e me deu um longo beijo. No meio dele, senti seus dedos tocarem minha virgindade intacta, me fazendo separar nossos lábios.
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  — Shhh... Calma, gata. — ele falou em um sussurro. — Relaxa, lembra?
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  Não respondi. Comecei a tentar relaxar conforme havia me pedido. Contudo, não pude fazer o que mandou por muito tempo, principalmente quando seus dedos começaram a percorrer desde os lábios de minha virgindade, até o clitóris já inchado. Nunca imaginei que um pré sexo assim traria espasmos tão fortes em um corpo sem vida como o meu.
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  — Vou me preparar, irá doer um pouco. Quanto mais relaxar, mais rápido a dor passará. — ele disse, se separando de mim e pegando o pacote de camisinha que Kendra havia me dado. Assim que vi o pedaço de silicone, não pude evitar olhar o volume em sua bermuda. Corei mais uma vez ao ver o que jamais imaginei ver senão de Gabriel ou na noite de núpcias. Retirou sua própria bermuda e quando a cueca foi retirada, virei o rosto para o teto. Ouvi sua risada. — Sua vergonha é um charme, você sabia?
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  — Não estou me esforçando em ser charmosa. — falei, sem graça.
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  — Relaxe... — ele sussurrou. — Vou aos poucos, mas não me peça para parar, tudo bem? Eu não irei parar.
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  — Tudo bem.
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  Ele cobriu sua boca na minha. Suas mãos encostaram nas minhas, nossos dedos se entrelaçando. Aos poucos, a primeira mão percorreu meu braço até meu ombro, passou pela lateral do meu corpo até se apoiar na cama de modo que seu corpo ficou muito próximo do meu. O outro somente foi até meu rosto, acariciando durante o beijo, garantindo que estava relaxada. Quando senti essa mão parar de tocar meu rosto, não tive tempo de pensar muito até sentir a ponta de seu membro deslizando por minha entrada. Minhas mãos seguraram em seu braço e na lateral de seu corpo, tensionadas. Achei que ele diria algo, mas somente continuou a me beijar, passando para meu pescoço. Fechei meus olhos e senti seu corpo começar a se mexer acima do meu. Mesmo que tentasse relaxar minha entrada, não conseguia. Seu ombro tocando ali me deixava sem graça. Então, aos poucos, senti-o fincar dentro de mim.
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  Por ter ido devagar, não dei um grito, como achei que faria. Apenas suspirei alto, cravando minhas unhas em seu corpo nu. Sei que não fincou seu membro inteiro, mas parou o corpo mesmo assim, para que me acostumasse com a abertura. Aos poucos, o membro foi entrando mais e mais, me fazendo começar a ofegar alto e gemer.
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  — %Ansel%...
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  — Calma, gata, calma. — ele sussurrou, aparentando também estar se segurando. Sei que queria aumentar a velocidade, mas realmente, como ele havia dito, estava doendo. — Feche os olhos e apenas tente relaxar. Se eu não romper você, não conseguirá gozar.
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  Não respondi, indicando que faria o que ele quisesse. Seu corpo estava tão quente, a respiração tão perto. Fechei meus olhos e tentei relaxar meu corpo, enquanto ele saía de dentro de mim para entrar com um pouco mais de força que da primeira vez. A cada vez que saía de dentro de mim, a velocidade para retornar aumentava, fazendo com que a dor também crescesse.
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  — Pare... — murmurei, quando a velocidade já estava alta. Nossos movimentos era um só. Ele parecia querer me rasgar ao meio, mesmo assim, a dor era boa, tolerável e viciante. Ao fundo, sentia que queria que fosse mais forte e mais rápido. — %Ansel%...
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  — Relaxe, relaxe... — ele dizia.
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  Abri meus olhos, sentindo seu membro sair e entrar de dentro de mim com força. Meus gemidos cresciam, ouvi-lo gemer junto era sensacional. O som de nossos corpos se unindo era tão bom que aos poucos a dor foi cessando.
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  — Oh... — gemi, sentindo seu lábio grudar ao meu.
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  Como se soubesse de minhas vontades, ele finalmente grudou seu corpo bem próximo ao meu e aumentou a velocidade, me fazendo gemer tão alto que provavelmente qualquer um no hotel teria ouvido. Era tão bom, tão viciante. Como pude viver sem isso durante mais de vinte e um anos da minha vida? Como Gabriel pode não ter vontade de fazer isso? Não irei mais fechar as casas de sexo; se elas proporcionam este prazer, eu não irei acabar com isso.
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  — Acho que vou explodir. — disse, pedindo em seguida que fosse mais rápido. %Ansel% disse que se prepararia para acabar, então somente aumentou suas estocadas para dentro de mim, até eu estremecer em seus braços e vê-lo cair ao meu lado, exausto.
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  Depois de alguns minutos, nossos corpos virados de frente para o outro, senti sua mão percorrer a lateral de meu corpo em forma de carinho. Fiquei observando seus olhos %azuis%, minha mão em seu rosto, fazendo carinho em sua maçã, tão avermelhada.
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  — Esse foi o melhor presente de aniversário que já recebi. — ele disse com um sorriso. Abri um sorriso de volta.
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  — Esse foi o melhor presente de aniversário que já dei. — finalizei nossa conversa, ouvindo sua risada e em seguida seus lábios junto aos meus.
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  Fiquei com vergonha de pedir por mais depois que meu corpo parou de tremer. Contudo, parece que nossos corpos estão conectados de alguma maneira, pois tão rápido quanto terminei de sentir os espasmos dentro de meu corpo, %Ansel% voltou para dentro de mim, me fazendo enlouquecer mais uma vez naquela madrugada.
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  O dia seguinte foi diferente de todos os outros dias que já vivi em minha vida. O fato de ter acordado nua ao lado de um homem me fez encolher em baixo das cobertas, com vergonha de que ele me veja no estado deplorável que sempre me encontro durante as manhãs.
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  — Eu já vi tudo, %Emma%, você não precisa se esconder. — a voz de %Ansel% soou grudado em minha nuca, fazendo meu corpo repentinamente estremecer.
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  Apoiou seu braço na lateral de meu corpo e beijou meu ombro nu assim que teve uma oportunidade. Ficamos calados, comigo de costas para ele, apenas sentindo a presença do outro e prolongando nossa estadia na cama, ao invés de nos levantarmos e nos unirmos ao resto do grupo, que sabe-se lá se estão acordados ou aqui no hotel.
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  — O que faremos hoje? — perguntou ainda perto de mim.
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  — Vou passear mais e depois estud...
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  — Você não irá estudar nesta viagem, %Emma%. Você estudou nos últimos três dias? — parte de seu tronco se ergueu, cobrindo meu corpo de modo que pude visualizar seu rosto e peitoral. Encolhi meus ombros e o vi soltar uma risada irônica. — Você é mesmo surpreendente.
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  — Eu gosto. — desviei o olhar de si, apertando o lençol branco contra meu corpo.
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  — Bem, então como estamos aqui com a finalidade de comemorar o meu aniversário, faremos o que eu quiser.
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  — Justo. — falei, depois de um tempo.
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  — Ótimo. Então levante-se e vá tomar um banho enquanto peço nosso café da manhã. — sorriu, levantando e não se importando em me deixar ver seu corpo completamente nu.
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  Sem graça, desviei o olhar e esperei que ele se retirasse do quarto depois de colocar a cueca e sua bermuda, mas apenas ficou me encarando com uma expressão divertida estampada no rosto.
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  — Você não irá se levantar?
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  — Pode sair primeiro. — abanei uma mão, ouvindo sua risada.
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  — Irei te perdoar hoje. — comentou, se retirando antes que pudesse ouvir minha reclamação.
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  Assim que a porta fechou, encarei o teto. Era uma mulher completa agora. Abri um pequeno sorriso de acordo com que relembrava a noite passada. O corpo de %Ansel%, meu corpo, suas expressões, seus beijos... Tudo me pareceu perfeito. Me levantei e, afim de obedecer %Ansel%, peguei minhas roupas para coloca-las depois do banho. Ao olhar minha expressão no espelho do banheiro, vi meu rosto corado, o sorriso nos lábios. Não pude me reconhecer; a verdadeira eu nunca havia sorrido assim. Mordi o lábio, descrente que pudesse estar tão satisfeita com a minha vida, mesmo em uma situação tão precária.
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  %Ansel% e eu passamos todo o tempo em Ibiza juntos. O clima do fim de verão não era razão suficiente para nos fazer desistir da roupa de calor. Ele não se importou em se unir à mim e ao casal de idosos para fazer a visita durante o horário claro do dia. Pelo contrário, pareceu tão confortável quanto eu na presença dos dois. Durante as refeições, preferíamos ficar sozinhos, conversando e nos conhecendo mais. Falei sobre a razão de ter vindo a Harvard e ele me explicou sobre sua família.
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  — Meu pai pegou AIDS. Ele era dono de um restaurante em Atlanta; na época me disseram que a doença era pneumonia. Aparentemente, mais tarde minha mãe achou que seria melhor que eu soubesse a real causa de sua morte. Ele era bissexual e em uma das escapulidas que deu dos olhos de minha mãe, acabou pegando a doença. Como eles não tinham uma vida sexual ativa entre eles, minha mãe não correu o risco de receber a doença. Eu tinha quinze e já sabia que queria dançar. Em uma das conversas com minha mãe, falei sobre meus planos em entrar no mundo artístico e, ao invés de se preocupar como qualquer pai sobre as instabilidades que os profissionais enfrentam em suas vidas, acabou por animar-se, pois poderia encontrar um novo parceiro rico e famoso para satisfazer todas as suas vontades. Nos mudamos para Los Angeles, onde me separei dela depois que consegui um trabalho fixo na dança. Quando completei 26 já havia recebido dezenas de prêmios e ido centenas de vezes ao redor do mundo. Todos os meus sonhos, eu já havia realizado. Violet falou comigo sobre um grupo de adolescentes que me viram dançar e estavam importunando-a para que lhes ensinasse. Vi neles uma oportunidade de espalhar a arte da dança para todos os lugares. Foi quando tive a ideia de criar um estúdio.
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  — Violet te ajudou a criar. — comentei, sentindo um pingo de ciúmes. Ela esteve com ele desde o início, apoiando-o e dando-lhe o devido suporte.
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  — Somos bons amigos. Ela é a única pessoa, até você chegar, que me diz verdades que não sou capaz de enxergar e aceitar sozinho.
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  Aperto os lábios, indecisa sobre meu repentino ciúme sobre %Ansel%. Ele sempre foi e sempre será o homem mais cobiçado pelas mulheres. Além de ser o exemplo de dançarino, é o chefe e muito bonito. Não percebi que me perdi em meus pensamentos até tê-lo balançando sua mão direita em minha frente.
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  — Está cansada? — pergunto, apoiando seus braços de volta à mesa. — Se quiser, podemos voltar.
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  — Não, estou bem, apenas saí um pouco de órbita. — abri um sorriso e virei minha cabeça para observar a paisagem.
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  — Eu estava dizendo, nós poderíamos fazer algo só nós dois amanhã.
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  — Já não estamos fazendo? — perguntei, voltando minha atenção para ele.
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  — Tecnicamente. — o vi concordar. — Com um casal de idosos que quer nos falar sobre a história de tudo o que vemos, inclusive do asfalto. — apontou para o chão, fazendo com que risse. Era verdade. Mesmo sendo bastante gentis e animados, não pude deixar de perceber no quão tagarelas eram. A vida conjugal, depois de vários anos, me parece ser um tanto pacata, a ponto de quando aparecer uma nova pessoa com quem conversar, era uma festa. — Enquanto esperava você se aprontar de tarde, vi com a recepção sobre o aluguel de um barco para descansarmos e aproveitarmos o tempo bom.
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  Um passeio de barco pelas águas de Ibiza não era uma má ideia. Durante a viagem para cá, quando ainda tinha internet em meu celular, pesquisei lugares turísticos que pudessem me agradar e fugir de %Ansel% e Una; contudo, não esperaria que as coisas acontecessem do modo como aconteceu. A vista de Ibiza era uma das questões a favor da ilha. Mesmo não sendo uma ilha pequena, o local era mais frequentado pela fama de suas festas noturnas e, às vezes, diurnas. Não imaginava que a razão das visitas fossem praticamente todas ligadas a elas, por isso, foi difícil encontrar turmas para sair em passeio.
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  — Não quero desapontá-lo, mas creio que não tenho dinheiro para pagar um passeio de barco. — olho sem graça para o lado, a fim de fugir de seus olhos.
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  — Mas eu não disse nada sobre você pagar. Irei arcar com tudo, apenas seja uma boa companhia.
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  — Você não pode pagar tudo, já estou vindo nessa viagem sem custo algum!
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  — %Emma%, você está aqui porque eu quis que estivesse. Irá passear comigo também porque quero; não estou pagando por obrigação, mas porque quero que esteja comigo, entende?
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  Solto o ar, um pouco aborrecida por ter alguém pagando tudo. Não que não estivesse acostumada, Gabriel sempre tentou pagar tudo o que eu queria, mas nunca foram viagens ao exterior em primeira classe, hotéis cinco estrelas e passeios de barco. Tudo me parece um pouco... Exagerado. Fico vendo-o falar em espanhol com o garçom do restaurante onde jantávamos; me parecia alegre enquanto pedia dica sobre qual o melhor lugar para se assistir a uma dança local. Ele deve ser o tipo de pessoa que, independente de onde esteja, se o local for novo aos seus olhos, irá procurar a dança local para aprender mais sobre as culturas artísticas do povo nativo.
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  Seu sorriso branco era bonito. Charmoso. Como Christopher Egan em ‘Cartas para Julieta’, na cena em que passeia por uma cidade da Itália. Eles formavam um casal tão bonito. Assisti ao lado de Gabriel e imaginei como seria viajar com ele para algum lugar bonito, que se encaixasse a nós como aconteceu com o casal da história, fazendo com que as pessoas nos encarassem e achassem-nos perfeitos um para o outro. De alguma maneira, não encontrei nenhum lugar senão São Paulo para viver com ele; o fato de estarmos preocupados com sua situação econômica sempre me fez pensar que o melhor lugar para Gabriel era onde ele pudesse trabalhar menos e ganhar mais, para então passar mais tempo comigo. Agora, sentada nessa mesa em um restaurante de uma ilha da Espanha com um americano, vejo que meu mundo sempre foi pequeno demais. Gabriel é apenas uma parcela da minha vida controlada pelos meus pais. Mesmo que esteja acomodada na relação, tive mais momentos únicos e marcantes com %Ansel% em dois meses, do que Gabriel, em cinco anos.
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  Assim que soube o local apropriado para se assistir a uma dança, eu e %Ansel% nos retiramos dos restaurante para fazermos o caminho de volta ao hotel. A caminhada não era comprida, mas com passos lentos a fim de observar mais a vista noturna do lado calmo da ilha, nos levaria cerca de 40 minutos até chegarmos ao hotel. %Ansel% segurou em minha mão, cruzando nossos dedos, uma atitude que Gabriel praticamente nunca tomava. Olho para nossas mãos unidas e vejo que pareço muito mais um casal com %Ansel% do que com meu verdadeiro namorado. Suspiro, pensando quão ruim é ter de comparar todas as ações de %Ansel% com Gabriel. São pessoas completamente opostas, mas com visões parecidas sobre o futuro. Desejo que, aos poucos, pare de compará-los, pois cada vez que faço, Gabriel me parece menos apropriado para mim, mesmo brigando e discutindo menos com ele que com %Ansel%.
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  — Depois que meu contrato acabar em Dezembro... — começo a falar, mas ele logo me corta.
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  — Seu contrato é de um ano, %Emma%. Depois que terminarmos a apresentação daqui a menos de um mês, começaremos a pensar na publicidade e marketing. Preciso de alguém que continue organizando a criação dos folders e a distribuição pela cidade. — paramos à beira mar, onde uma grade bonita nos separava da água bastante calma. %Ansel% parou logo atrás de mim, seus braços rodeando minha barriga. — Podemos não falar sobre nada senão nós dois aqui? — sussurrou em meu ouvido.
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  Encaro o mar, hipnotizada. O que %Ansel% viu em mim? De onde surgiu todo esse interesse? Não acredito que seja uma diversão sua, pois nunca o vi ser carinhoso com as garotas com quem transava casualmente. Viro meu corpo para observar melhor seu rosto e ele pareceu surpreso ao identificar a expressão em meu rosto.
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  — O que foi? — perguntou.
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  — O que você sente por mim?
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  Minha pergunta pareceu pegá-lo de surpresa. Deu um passo para trás com o susto, de modo que pude ver melhor seu rosto.
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  — Por que a pergunta?
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  — Não sou uma pessoa sensual. Não tenho o charme que todas as garotas do estúdio têm. Honestamente, sou apenas inteligente por esforço. Durante esses dias, tenho pensado o que você viu em mim para se dedicar assim. É só por causa da dança?
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  — Claro que não.
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  — Então por quê? Não sou seu tipo de mulher.
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  — Com você sabe?
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  Levanto os ombros. Talvez seja porque eu vi os tipos de mulheres com quem ele se envolve? Não há uma explicação plausível sobre nossa relação. Gosto de %Ansel% porque me sinto segura com ele, às vezes discutimos por um capricho individual, mas nunca deixei de admitir que ele é bom no que faz. Com nossa relação sexual ativa, é claro que me deixei gostar dele um pouco mais, mas, realmente, quando penso sobre a razão dele gostar de mim, não consigo compreender de onde surgiu todo o interesse.
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  — Você...
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  — Tudo bem. — ele disse, trocando o peso de perna, como se estivesse impaciente. — Irei dizer. Amanhã. No barco.
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  Abri a boca, chocada com sua esperteza. Ele sabia que eu não aceitaria ir ao passeio, a não ser que algo muito importante acontecesse para que eu fosse obrigada a ir. Sou uma pessoa curiosa que gosta de sanar minhas dúvidas a todo custo. Claro que iria ao passeio. Quero saber a razão de %Ansel% gostar de mim.
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  Guaco, o capitão do iate que estávamos, explicava como funcionava o barco para %Ansel%. Assim que chegamos na marina, abri a boca o máximo que consegui ao ver que, ao invés do que imaginava, o barco não era do estilo catamarã, como são utilizado para passeio no Brasil. Um iate grande o suficiente para servir de casa estava atracado no píer 17, o número indicado para nós dois. Coloquei a mão no chapéu que usava para que o vento não o levasse para longe e um dos marinheiros que ajudaria no serviço do iate me ajudou a entrar sem que precisasse me equilibrar.
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  Ficamos na área do ‘hall’ até o iate estar em alto mar, próximo a uma ilha menor, onde outros barcos como o nosso estavam atracados; Guaco disse que ali havia um bar para aqueles que não gostam de comer sob o balanço da água parassem para se alimentar. Como nem eu, nem %Ansel% temos este problema, a equipe responsável pelo automóvel prestou o serviço pago mais caro com a alimentação completa até o final do dia, quando retornaríamos à Ibiza. A área de cima do iate era pequeno, mas grande o suficiente para nós dois. Nos acomodamos no sofá de couro que nos proporcionava uma vista perfeita do mar. Enquanto bebericamos champanhe, %Ansel% depositou seu braço apoiado no sofá, logo atrás de minhas costas. Aguardei pacientemente até o horário do almoço, quando voltamos para dentro do iate e fomos servidos pelo garçom com a entrada e uma taça de champanhe cada um. Olhei para ele e logo fiz minha pergunta:
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  — Você me deve uma explicação prometida ontem à noite.
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  Ouvi sua risada e então o observei terminar o champanhe de sua taça em um gole só, finalizando com uma leve careta.
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  — Irei considerar que você segurou sua curiosidade até a hora do almoço. — comentou, enquanto levantava a taça para o garçom servi-lo mais um pouco. — Eu conheço você muito antes de você começar a trabalhar no estúdio. — apoiou os dois braços na mesa.
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  Não pude evitar arregalar meus olhos. Até onde soube, foi Kendra quem me apresentou para todos os seus amigos, quando reclamava de nossas diferenças, na época em que elas eram maiores. Encostei em minha cadeira, disposta a esquecer a alimentação para não perder a explicação, não me recordo em ter conhecido %Ansel% antes de encontra-lo no estúdio.
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  — Foi há pouco mais de um ano. Fui até Harvard porque tinha assuntos pendentes com um dos alunos de lá. Estava perdido por causa do tamanho do campus e ninguém parecia ter tempo para ajudar; você foi a única que se aproximou de mim.
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  Flashback

  — Precisa de ajuda? — uma voz soou logo atrás de %Ansel%, depois de dez minutos parado no mesmo lugar sem saber como chegar até o local onde queria. Por causa deste imprevisto, estaria atrasado.
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  Olhou para trás, encontrando com uma garota claramente estrangeira. Ela vestia roupas sociais, dando a entender que era uma aluna do curso de direito. Seus cabelos estavam impecáveis e pode perceber em suas mãos, uma agenda gorda, repleta de anotações. Colocou as mãos no bolso, com a sensação de suspeita; olhou para os lados para verificar se queria fazer alguma boa ação na frente de algum professor, mas não havia pessoas velhas o suficiente para serem tutores de Harvard.
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  — Gostaria de chegar no prédio E, sala 88.
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  — Você estava indo para o lado oposto. O prédio E é para lá. — a garota esticou o braço fino coberto pelo terno que usava na direção oposta para onde %Ansel% se dirigia. — Venha, irei te levar lá ou se perderá novamente.
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  %Ansel% poderia ter se ofendido, se a garota não parecesse ser honesta enquanto falava à sua frente. Abriu um pequeno sorriso ao encontrar uma pessoa ingênua à sua frente. Geralmente, odiava esse tipo de gente, fáceis de serem enganadas e perdidas na vida. Contudo, durante o percurso, teve a oportunidade de ouvir mais sobre sua ingenuidade; ela achava que ele era um aluno novo e dava dicas de como sobreviver à universidade. Ele achou engraçado a maneira como ela mostrava os lugares, parecendo uma verdadeira profissional. Percebeu que sua presença chama a atenção de alguns alunos, fazendo-o se perguntar se ela fazia parte de algum grupo popular de alunos.
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  — Não é nada demais. — ela respondeu, quando ele perguntou durante o caminho. — Aqui há uma sala nomeada ‘S’ em cada turma. Somente os 10 melhores alunos do ano conseguem entrar nela.
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  — E você faz parte?
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  — Desde o primeiro semestre. — ela concordou com a cabeça. Mesmo parecendo, seu tom não dizia que estava se gabando. — Os outros alunos criaram um abismo entre eles e nós, porque acham difícil manter um diálogo conosco.
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  — Bem, dá para perceber. — %Ansel% soltou um pequeno riso, chamando a atenção da garota. — Digo, você fala como se tivesse quarenta anos e uma firma.
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  — Não é assim que advogados devem se portar? — ela perguntou, calando-o.
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  %Ansel% achou interessante a maneira como ela achava que tudo era uma novidade interessante. Durante os vinte minutos de caminhada até o prédio B, a garota de direito não demonstrou desinteresse em qualquer assunto abordado pelo dançarino.
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  — É aqui. — apontou para a entrada. — Os alunos devem subir pelas escadas, é o quarto andar. Até logo. — levantou uma mão, fazendo o retorno e iniciando o caminho de volta.
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  — Sua sala não é aqui? — %Ansel% perguntou, apontando para trás.
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  — Não, as salas ‘S’ são no prédio A. — ela respondeu, antes de estar longe o suficiente para não ouvi-lo mais.
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  %Ansel% abriu a boca enquanto observava a garota que fez o caminho inteiro de boa vontade, quando estava perto de seu destino final. No final das contas, não são todos os alunos de Harvard que são uma perda de tempo.
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  Fim do flashback

  %Emma% não se lembrava de %Ansel% há mais de um ano. Ajudou muitas pessoas até então, por isso, não conseguia gravar exatamente o semblante de todas.
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  — Bem... — falou, sem graça.
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  — Não me sinto ofendido que você não se lembra. Uma pessoa que faz isso com alguém, dificilmente não fará com outras. — sua voz suave me fez começar a sentir as maçãs do rosto queimarem ainda mais. Não conseguia lidar muito bem com elogios partindo de %Ansel%, havia algo em suas palavras que me deixa sem reação. — Depois daquele dia, passei a vê-la com mais frequência ao redor da universidade. Sempre sozinha, geralmente em uma caminhada de saúde ou para compras na loja de conveniências. Quando Kendra me mostrou uma foto sua, não pude evitar ficar surpreso em relacioná-la com as características que ela me passou.
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  — Nós não éramos o exemplo de boas colegas de quarto.
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  — Não é muito difícil saber por que. — ele riu. — Posso dizer, que durante minha vida inteira, você foi a única mulher que conseguiu me passar uma boa impressão.
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  Abri a boca, chocada. %Ansel% é o tipo de homem que já conheceu milhares de mulheres. Ele provavelmente sabe mais sobre nós do que eu mesma. Penso em uma resposta apropriada para sua afirmação. “Obrigada”? Eu estaria me gabando. “Ah... Bem...” Não. Seria muito superficial. Fui retirada de meus pensamentos com sua risada.
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  — Você não precisa responder. — senti sua mão pousar em cima da minha, esquentando meu corpo inteiro. — Nós começamos errado. Acho que meu preconceito contra os alunos elitistas falou mais alto.
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  Assim que ouvi sua indireta de pedido de desculpas, rapidamente me lembrei sobre as desculpas que devo a ele por tê-lo chamado de “idiota” e que nunca vieram. Engoli seco, observando o horizonte sem fim. Eu não deveria ser tão orgulhosa ou medrosa sobre sua reação. Respirei fundo, chamando sua atenção.
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  — Há algo errado? — perguntou.
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  — Bem... — limpei minha garganta. — Eu... Hum. É só que, acho que devo desculpas por tê-lo chamado de “idiota”.
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  — Eu já disse...
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  — Sim, eu sei. O problema é que eu insisti mesmo sabendo que você não gostava. Na verdade, foi um golpe baixo ter usado esse ataque como meio de proteção. — apertei minha mão que estava ainda abaixo da sua. — Me desculpe.
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  Olhei para meu colo, com medo de encará-lo. Uma advogada não deveria ter medo de aceitar a culpa, caso estivesse errada; mesmo assim, olhar em seus olhos %azuis% seria condenador demais para mim. Nunca havia feito algo ruim com alguma pessoa antes, por isso, nunca precisei pedir desculpas por nada. Ter de fazer agora era muito difícil.
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  O sol foi tampado pelo corpo de %Ansel% quando ele se levantou e veio até meu lado, não separando nossas mãos. Inclinou de pé ao meu lado e, sem dizer nada, apenas uniu seus lábios nos meus. Fechei meus olhos depois do susto e retribuí o beijo que tanto gosto de sentir. Sua língua massageou a minha por alguns minutos até nos separarmos com beijos mais rápidos.
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  — Está desculpada. — sussurrou, automaticamente me fazendo sentir meus ombros relaxarem com a tensão. Nunca me senti tão aliviada desde quando meus pais permitiram que viesse para os Estados Unidos estudar em Harvard. Encarei seus olhos %azuis% afim de me perder e não sabia mais se eram seus olhos ou o mar que observava.
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  Nosso último dia de passeio foi em grupo. Depois de muito saírem para se divertirem e percebendo que eu fui a única que passou a semana com %Ansel%, os tutores e Kendra decidiram que não podiam deixar a comemoração com o chefe passar despercebido. Nós iríamos a um luau que o hotel havia preparado a pedido de %Ansel%. Não sei de onde sai tanto dinheiro para pagar viagens caras, hotéis cinco estrelas, passeios de iate e luau de aniversário, seja o que for, duvido que seja algo fora da lei. Eu, Kendra, Violet e Cori estávamos em meu quarto e de %Ansel% nos preparando para o luau.
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  — Violet, você não namora? — Kendra perguntou enquanto assistíamos Violet arrumar a enorme flor no topo de seu coque. Por não ter cabelos grossos, tampouco lisos, não era tão difícil prender o cabelo no penteado desejado. Sua agilidade em mexer com os fios descoloridos me deu um pouco de inveja, já que meu cabelo é tão liso que não há produto que permita que os cachos durem mais de trinta minutos.
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  — Tenho meus casos. — ela abriu o sorriso conquistador perfeito. Violet possui os lábios finos, assim como seu rosto. As mãos possuíam os dedos longos que quando deslizavam pelo cabelo, pareciam penteá-los.
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  — Violet joga no mesmo time que %Ansel%. — Cori falou, me tirando do transe para encará-la confusa. — Ela fica com homens e mulheres. — sorriu.
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  Abri a boca, chocada com a novidade. Violet não tinha jeito de ser bissexual, por isso, nunca suspeitaria que ela, longe dos olhos das pessoas, beija mulheres.
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  — Mas você somente as beija? — perguntei. Ela é a primeira pessoa que beija alguém do mesmo sexo com quem tenho algum tipo de relacionamento próximo. Sempre tive muitas perguntas a fazer para pessoas assim, porque nunca imaginei o tipo de preconceito que elas sofrem por vivermos ainda em uma sociedade muito quadrada. Como resposta, ouvi a risada das três juntas.
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  — Da mesma maneira que ela se relaciona com homens, ela relaciona com as mulheres, %Em%. — Kendra, parecia se divertir com minha ingenuidade sobre o assunto.
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  — Para ser mais específica, eu transo com mulheres sim, %Emma%. — Violet virou o tronco de seu corpo para trás, afim de me enxergar ao invés de somente me olhar pelo reflexo do espelho. — Algumas mulheres possuem uma pegada muito melhor que vários homens.
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  — Mas por que decidiu gostar dos dois lados? Por que não ficar somente em um? — me sentei. Já que ela não se importava em responder minhas perguntas, não fazia mal fazê-las, desde que fosse sensível.
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  — Hum, há prazeres que somente os homens podem oferecer e outros que somente as mulheres conseguem. Gosto dos dois igualmente; acredito que o dia que me decidir qual gosto mais, me decidirei qual lado quero seguir.
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  — Que tipo de prazeres?
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  — Ah, querida, isso você só poderá saber se sentir. — enviou-me uma piscadela. — Se estiver disposta a saber, me diga.
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  — A-ah... N-não, não, obrigada. — ri, sem graça.
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  Nossa arrumação perdurou até Bob bater na porta impaciente, pedindo para que saíssemos logo se quiséssemos chegar antes da meia noite no luau.
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  O local estava decorado com tochas espalhadas pela areia, além de pequenas velas que finalizava a iluminação, ambos ajudando a lua. O céu estava sem estrelas, por isso, era necessário que o hotel fornecesse mais luz para os hóspedes que participassem da festa. Um DJ local tocava em um palco improvisado; haviam dançarinos com a menor quantidade de roupa possível, mesas de frutas e petiscos e dois quiosques da praia, mais próximas do local, estavam abertas para servirem os hóspedes.
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  Os visitantes se dividiam entre conversar perto do bar, sentado afastados na praia ou dançando perto do palco. Como não sou fã de dançar na frente de muita gente, optei por ficar mais longe do som, sentada na praia observando as ondas quebrarem perto de meus pés.
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  — Achei que a intenção da festa era passar um tempo com o aniversariante. — %Ansel% sentou atrás de mim, colocando suas pernas cada uma de um lado meu, enlaçando minha cintura em seus braços e encostando seu queixo em meu ombro. — Por que então sinto que estou sendo ignorado pela minha convidada de honra?
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  — Porque a sua convidada passou as últimas setenta e duas horas com o convidado e achou que seria egoísmo dominá-lo durante sua festa de aniversário.
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  — Bem, deixe que o aniversariante decida isso. — ele sussurrou em meu ouvido, chamando minha atenção para em seguida grudar seus lábios nos meus.
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  — Ahhh, qual éé! — Ace fez uma chuva de champanhe com a garrafa que tinha em mãos. — Vocês nasceram juntos? Não dá para se separar... Baixinha, venha cá! — puxou meu braço para me levantar tão rápido que não houve tempo para %Ansel% agir. — Ela está confiscada comigo até você dar atenção para todas as pessoas que vieram para te parabenizar! Se quisesse passar um tempo só com ela, deveria ter me falado antes de dizer que queria fazer uma festa na praia!
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  Sorri, me deixando levar por Ace, que me fez dançar alguns passos improvisados na área onde o grupo de dançarinos faziam suas performances, como se já estivessem na apresentação de final de ano. Pedi para sair depois de dez minutos e ele não reclamou em ter de fazer uma caminhada comigo pela praia.
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  — Onde está sua companheira?
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  — Ah, esta é uma festa para o meu amigo, não vou trazer estranhos. — Ace sorriu, com as mãos nos bolsos. — Você está feliz, baixinha?
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  — Me sinto livre. — concordei, vendo-o soltar uma risada.
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  — Isso se chama viver. — parou à minha frente e apontou para um ponto invisível ao meu lado. — Vida, %Emma%. %Emma%, vida.
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  Enquanto caminhávamos e ríamos, não percebi o momento em que nos calamos e passamos a ouvir o som da festa longe e o mar mais alto.
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  — O que você fará quando voltar? — ele perguntou. Encarei-o, confusa. — Sobre seu relacionamento e %Ansel%.
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  Olhei para o mar, sem saber o que responder. Não havia pensado nisso até então. Estava tão preocupada em não parecer uma completa idiota na frente dele que não me lembrei de Gabriel e nosso relacionamento de anos.
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  — Eu...
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  — Pela sua expressão, é difícil não saber que acabei de surgir com um assunto que não havia passado pela sua cabeça antes. — colocou as mãos nos bolsos. Assinto, sem graça. — Bem, eu não a culpo. Sua vida nunca foi tão agitada como os três últimos dias. Eu diria a você para esquecer essa questão somente até amanhã de manhã, quando a magia realmente irá acabar e aproveite esta noite com %Ansel%, porque é o que ele espera; mas veja só, sou apenas um E tentando dar uma lição a uma S.
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  Abri um pequeno sorriso com sua brincadeira, mas não pude deixar de levar a sério. Talvez eu precisasse um pouco de um estilo de vida E.
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  Estava sendo um sonho bom. A praia de areia branca, o mar de águas transparentes e os pássaros cantarolando, felizes com o clima fresco. Geralmente, meus sonhos são repletos de ambientes escuros das salas de aulas práticas, Gabriel pedindo que eu termine logo a universidade e volte para o Brasil ou meus pais pressionando meus estudos para que me torne uma boa advogada. Ao ouvir o som do despertador, me remexi, descrente que meu sonho já teria de acabar. Gemi, preguiçosa e sem vontade alguma de me levantar.
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  De repente, me lembro do que vi pela última vez antes de dormir. Abri um dos olhos para ter certeza de que não foi ilusão minha. Assim que minha vista se fixou, pude ver %Ansel% com um sorriso nos lábios, sorrindo para mim em seu lado da cama. Estava sem a camisa; mais tarde, vim a descobrir que tanto ele, quanto eu, não vestíamos nada devido à noite passada. Suspirei, espreguiçando meu corpo.
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  — Bom dia. — sua voz saiu rouca, provavelmente por ter acabado de acordar.
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  — ‘Dia... — respondi, bastante preguiçosa. Haviam meses que não me dava o luxo de dormir até depois das seis e meia. Olho no relógio e ele marcava quase dez da manhã.
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  — Se você quiser, podemos tomar o café da manhã aqui. — sua voz estava muito próxima de mim e um de seus braços, depositado em minha lombar.
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  — Podemos mesmo? — senti minha voz rouca, exatamente na tonalidade que eu não gostava de me ouvir. %Ansel% não pareceu se importar com minha voz alterada pelo sono, meus cabelos desgrenhados ou a provável remela no canto do olho que sempre há quando abro os olhos, abriu um sorriso e se aproximou mais, encostando sua testa na minha.
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  — Podemos fazer tudo o que nós quisermos. — sussurrou, finalizando nosso diálogo.
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  Nos mantivemos calados apenas sentindo a presença um do outro. Conforme ele havia dito, eu poderia tomar o café da manhã ali com ele em privacidade, ao invés de encarar as brincadeiras que Ace e Kendra, principalmente, fariam. Nossos momentos juntos foram feitos somente pelas nossas presenças; vi que %Ansel% não é muito de falar, apesar de seus olhos dizerem muito. Como ele não tomou a iniciativa de manter um diálogo entre nós dois, não me esforcei e apenas me limitei a comer, em seguida caminhar para o banheiro para enfim me arrumar e ficar pronta para descermos até o hall, onde o check out seria feito para irmos ao aeroporto.
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  Como esperado, Ace e Kendra não nos deixaram em paz por um segundo sequer até estarmos no conforto de nossas poltronas da classe executiva. Mesmo durante o voo sermos atormentados por comentários brincalhões e risadas maliciosas, assim que as luzes se apagaram para melhor conforto dos passageiros, todos se emudeceram.
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  Durante este tempo que tinha para mim mesma, passei a pensar no que %Ansel% significava para mim. Será que isso é o que dizem ‘trair’? Será que é isso o que meu pai e minha mãe sentem quando passam uma semana ou os finais de semana na casa de seus amantes ou em companhia deles em suas viagens? Parando para analisar o caso, nenhum dos dois me pareceu agir com cautela para que não ofendesse seu parceiro ou parceira; na verdade, não posso concluir muito, porque nunca conheci nenhum dos affairs de meus pais. Eles, querendo sempre ser perfeitos para servirem de exemplo para mim, não admitiam errar em minha frente; no início achava que traição, de uma certa maneira, era crime, já que era razão o suficiente para levar casais a entrarem em recurso contra seus enteados. Contudo, com o tempo conheci o ‘outro lado da moeda’, onde os casais não têm uma vida feliz como esperavam ser quando responderam, perante Deus e a lei, que aceita amar e respeitar em quaisquer circunstâncias do casamento.
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  Enquanto saía com %Ansel% ao meu lado, acabei sentada em seu carro com Kendra e Hans junto. Ele nos levaria até o campus; Bob e Ace nos acompanhariam no carro de trás com mais alguns alunos que foram na viagem e o resto se espalharia em direção às suas residências. Kendra e %Ansel% não paravam de falar sobre as apresentações, conversa que não tinha vontade alguma de participar, já que fazer qualquer comentário significaria ceder à vontade de %Ansel% em dançarmos uma apresentação juntos no final do ano. O caminho foi rápido, já que depois de um tempo, a discussão terminou em piadas. Chegamos à Harvard, que não mudou absolutamente nada na semana que estivemos fora; o campus ainda se encontrava vazio, muitos alunos chegavam de noite, madrugada ou somente no dia seguinte para seguir direto para a aula.
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  %Ansel% retirou nossas malas do porta-malas enquanto eu terminava de arrumar minha bolsa, já que com o freio, vários objetos foram parar ao chão. Kendra e Hans ajudavam %Ansel% entre um beijo e outro. Assim que saí do carro, tinha a intenção de me dirigir até o trio e minha mala, mas não tive sucesso; tão rápido quanto coloquei o segundo pé no chão, meu nome foi anunciado:
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  — %Emma%!
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  Olhei para trás, surpresa por alguém estar chamando meu nome. Achei que fosse engano, já que há outras alunas com o mesmo nome que o meu e poderia coincidentemente estar passando por algum local perto de mim; contudo, tive certeza absoluta de que a chamada era para mim, porque, ali, parado em frente à estátua da entrada, Gabriel acenava, sorridente.
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Capítulo 9
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Ray Dias
  Como se soubesse de minhas vontades, ele finalmente grudou seu corpo bem próximo ao meu e aumentou a velocidade, me…" Leia mais »

meu deus os pensamentos dela me fazendo gargalhar aqui kkkkk coitada

Ray Dias
  Eu. Vou. Matar. Kendra." Leia mais »

A Kendra sendo uma amiga alcoviteira, a gente ama hahaha

Ray Dias
  Tirou sua própria camiseta e segurou em minha cintura, colando seu corpo no meu e me dando um longo abraço.…" Leia mais »

Ai gente, que fofura ele

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