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ATENÇÃO!

História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

O Espaço Criativo não se responsabiliza pelo conteúdo das histórias hospedadas na sessão restrita ou apontadas pelo(a) autor(a) como não próprias para pessoas sensíveis.

Garota S

Escrita porNatashia Kitamura
Revisada por Natashia Kitamura

Há características sobre Harvard que são verdadeiras e outras que são fictícias para melhor adaptação da história.
História inteiramente escrita por Natashia Kitamura.


Capítulo 18

Tempo estimado de leitura: 22 minutos

Aspen é o protótipo de mulher perfeita. Seus cabelos louros, mesmo desgrenhados, a tornava ainda mais linda. Estava vestindo uma baby-doll e regata; me lembrou as personagens de seriados típicos americanos, com aquela bunda lisa e sem nenhum resquício de estria. Além disso, parecia não usar sutiã, o que comprovava minha teoria de seus seios serem do tamanho perfeito. Caminhou à minha frente calada até a cozinha. Perdi tanto tempo analisando seu porte físico que mal olhei para os lados, apenas para me certificar de que ela havia voltado de vez para %Ansel%.
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  — Você quer beber algo? Preparei um detox, mas não é do agrado da maioria das pessoas. — apontou para uma bebida verde escura em um corpo de vidro na bancada repleta de guloseimas que %Ansel% sempre tem em sua casa, já que acha o café da manhã a alimentação mais importante do dia.
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  — Uma água. — respondi como se fosse convidada. Para dizer a verdade, responder dessa maneira me fez sentir um pouco ofendida. Recentemente, eu era mais moradora da mansão do que ela, contudo, é bastante claro quem parece a dona da casa e quem parece a visitante. Por esta razão, dei-me a liberdade de me sentar na mesa de jantar localizada no ambiente ao lado da cozinha, fazendo com que ela viesse até mim com nossos copos e se sentasse à minha frente.
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  — Você não precisa ir para o estúdio também? %Ansel% disse que você é uma funcionária lá. — ela olhou para mim com descaso. — Irei para lá depois do café, não sou tão apressada quanto ele, mas há um carro na garagem; você pode pegar carona comigo.
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  “Então esse é o tipo de relacionamento que noivos têm.” Pensei. Aspen pode chegar e usar de tudo o que é de %Ansel% por direito. Mesmo sem um certificado comprovando que ela em breve será dona por direito de todos os bens, eles já se comportam como se fossem casados. Por um milésimo de segundo, me perguntei se deveria estar ali mesmo, tentando provoca-la ou mostrar que quero acabar com seu relacionamento. Suspirei, me acalmando. Não posso me precipitar e me colocar como a vilã do noivado deles; se eu pensar assim, não terei coragem de fazer o que vim fazer. Eles nem são mais noivos de verdade. Me recordo do que Kendra disse.
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  — Você não tem ideia da razão de eu estar aqui? — perguntei, tentando não coloca-la contra a parede tão cedo. Como uma boa advogada, eu devo primeiro analisar o campo, para em seguida atacar.
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  Aspen inclinou a cabeça para o lado, como se estranhasse receber uma pergunta dessa. Em seguida, suspirou e balançou a cabeça, concordando:
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  — Bom, não irei negar. Eu sei porque você está aqui.
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  Não sei se deveria me sentir aliviada ou mais nervosa. Por um lado, diminuiria bastante minha introdução ao assunto; por outro, ela provavelmente já estava preparada para debater comigo sua posição e a minha na vida de %Ansel%.
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  — Sei que agora é um momento muito importante na vida de %Ans%. — ela começou a falar. — Você não é a primeira pessoa a ficar preocupada com ele, acredite. Ouvi um enorme sermão de Violet quando mencionei meu retorno.
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  Violet? Violet sabia de tudo?
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  — Eu fiquei sabendo que você é uma pessoa que já faz parte do grupo, por isso estou disposta a ter essa conversa com você. Se %Ansel% a inseriu no círculo de amizade dele, é porque confia em você.
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  Círculo de... Amizade?
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  — Espere. — levantei uma mão para ela. — Violet sabia sobre o seu retorno? O que você sabe sobre mim?
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  Aspen demorou mais um tanto para me responder. Acredito que nossa conversa não está seguindo o mesmo rumo.
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  — Eu liguei para Violet há algumas semanas perguntando se %Ansel% estaria por aqui. Minha turnê acabou e eu finalmente tenho tempo me dedicar ao nosso relacionamento como ele queria. O fato de eu ter me afastado por muito tempo causou uma sensação de repudia da parte de Violet, que sempre o considerou como um irmão.
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  — Mas disseram que o noivado de vocês... — balancei a mão para não dizer ‘acabou’. Mesmo ela sendo a inimiga, eu ainda era polida demais para ser insensível. Aspen abriu um pequeno sorriso e concordou com um aceno de cabeça.
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  — %Ansel% e eu sempre tivemos uma relação grudada. Nós começamos a namorar quando ainda estávamos no ginásio, então quando se passam anos e você não se separa, acredita que será para sempre. Entramos juntos no grupo de dança em Nova Iorque e participamos de várias temporadas. E então chegou um ponto em que %Ansel% já não tinha mais interesse algum em se apresentar para os outros. — ela o queixo na mão, cujo braço pendia sobre a mesa. — Muitas pessoas o bajulavam; ele realmente havia chegado ao ápice da carreira muito cedo, mas ninguém desconfiaria que ele iria se aposentar tão rápido. Com o número de pessoas ao redor dele dizendo que ele deveria pensar em dar algumas palestras a novos dançarinos, ele achou que a missão dele não era dançar, mas sim ensinar os outros a dançarem. Acabamos nos separando, porque eu ainda gosto de estar no palco. No início nossos relacionamento era como sempre foi: continuávamos conversando, mantendo contato, falando sobre nosso dia a dia; eu voltava alguns dias de folga para me encontrar com ele, matar a saudade. E então as coisas foram apertando para mim. Eu não tinha mais ele para dividir as despesas e tinha de pegar mais turnos na temporada, se quisesse guardar o meu dinheiro. Comecei a diminuir as vezes que vinha até parar. Eu sabia que %Ansel% não se importaria de me esperar, por isso não me arrependi do meu ato, mas não sabia que os nossos amigos ficariam do lado dele. — ela abriu um pequeno sorriso, encarando a mesa. — Ele nunca disse “vamos terminar”, apenas que gostaria de seguir sua vida livremente. Quando uma pessoa é indireta assim, você coloca na sua cabeça que nada terminou, apenas deu um tempo. Foi por isso que voltei.
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  — Você voltou depois um enorme tempo afastada dele e quer se casar?
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  — Vocês falando me faz pensar que pareço alguma aproveitadora. — ela deu uma risada. — %Ansel% é forte. Quando ele quer algo, ele consegue ter. Eu não vim para cá porque sei que agora ele tem um negócio próprio e estabeleceu uma vida econômica estável. Eu vim porque quero realizar um plano que temos feito desde nossa adolescência.
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  Ficamos caladas por um tempo trocando olhares. Aspen teve um passado ótimo com %Ansel%, pelo que eu entendi. Eu não deveria ter ido tão a fundo, ou ela não deveria ter dito tanto. Se meu relacionamento com Gabriel fosse verdadeiro, eu não gostaria de voltar para o Brasil e uma garota com quem ele tenha se relacionado no meio tempo aparecesse achando que tem o direito de interferir em nossa relação; no entanto, não posso desistir da minha felicidade. %Ansel% é minha única saída para ser feliz. Desisti de praticamente tudo para permanecer ao seu lado, não posso deixar que Aspen estrague tudo.
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  — Eu não vim para lhe dar qualquer lição sobre seu retorno na vida de %Ansel%. — comecei a falar, vendo-a me dar a mesma atenção que lhe dei enquanto estava falando. — Contudo, vim mostrar meu interesse em não fazê-la suceder com seu plano de casar com ele.
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  — O que está querendo dizer?
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  — %Ansel% e eu estamos em um relacionamento. — tento não parecer nervosa e controlo meu tom e velocidade da voz para não demonstrar nada. — Não é tão sério quanto o seu, mas ainda assim é um relacionamento de grande importância. Para ser franca, %Ansel% nunca mencionou sobre possuir uma noiva, um erro dele. Mesmo assim, nosso relacionamento está em um nível em que não posso desistir assim, tão facilmente.
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  Aspen encostou suas costas no encosto da cadeira, me olhando séria.
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  — E qual é o seu nível de relação com ele?
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  — Ele me chamou para morar com ele. — menti. Na verdade, não menti. Em nossas conversas %Ansel% sempre deixou claro que assim que eu me graduasse e não tivesse um local para viver, eu deveria vir ficar com ele. — Mas não aceitei, porque assim como você, acredito que devo finalizar o que comecei. — suspirei, me mexendo na cadeira. — Eu deveria me sentir envergonhada por dizer isso à mulher que está ou foi noiva do homem com quem estou me relacionando, mas não estou. Vim aqui para reivindicar meu direito como, hum, atual namorada dele. — olhei francamente em seus olhos e, com toda a coragem do mundo, disse: — Eu não vou desistir do %Ansel%.
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  Aspen não pareceu gostar do meu discurso. E então, sem nem hesitar, soltou uma gargalhada enorme e relaxou seus músculos até então rígidos.
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  — Eu não entendo a razão de sua risada. Fui bastante séria no que disse. — mencionei, ligeiramente ofendida.
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  — Sim, sim, me desculpe. — ela limpou uma lágrima que escorria devido à risada. — É só que você me pareceu tão séria que não pude evitar descontrair, mas tem razão, fui bastante insensível. — ouvi seu suspiro e então me observar por mais algum tempo: — Eu menti quando disse que voltei para casar com %Ansel%.
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  — Como?
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  — Foi o que ouviu. — ela olhou para o lado externo da casa, onde haviam condôminos se divertindo em seus jet-skys no lago. — Para ser sincera, eu tive a intenção de me casar com ele, se ele ainda estivesse disposto, mas parte de mim já sabia que isso não iria acontecer. Foram mais de dois anos separados, o suficiente para ele ter se apaixonado por uma nova mulher. — ela abriu um pequeno sorriso e soltou um novo suspiro enquanto mexia em seu copo vazio. — Eu achei na obrigação de voltar e colocar o devido ponto final que nosso relacionamento merece. Violet já havia me falado que ele estava em algo novo, mas seu aviso era apenas uma parcela de sua vontade em me ter de volta. Ela não poderia exigir que eu não voltasse, porque sempre acreditou que eu e %Ansel% não terminamos da maneira certa.
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  Vi seu olhar em mim e me avaliar por um tempo.
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  — Ontem, assim que você foi embora, %Ansel% pareceu perder o chão. Ao mesmo tempo em que não queria me ofender depois de tanto tempo separados, não queria te perder. Me trouxe para cá, já que eu não teria outro lugar para ficar, e me explicou sobre vocês dois. Eu sei quem é você, %Emma%. E sei qual é o seu papel na vida de %Ansel%. Já sabia quando me apresentei à você como noiva dele.
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  Abri a boca, em parte surpresa, em parte sem graça.
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  — Desculpe por testá-la dessa maneira. Eu gostaria de me certificar que você não seria o tipo de mulher por quem me arrependeria de deixar %Ansel% nas mãos. Quando me disseram que você era a melhor aluna da turma de Direito em Harvard, não pude deixar de achar que poderia dificultar e pressionar um pouco as coisas, já que você consegue levar tão bem sua vida naquele inferno. — ouvimos o som da porta se abrindo. — Bem, você passou. Vou me arrumar, tenho de pegar o avião esta tarde e uma amiga minha está para chegar. Vocês dois tem um pouco sobre o que conversar. — ela se levantou. — Cuide bem dele, %Emma%, ou terei de voltar para exigi-lo de volta.
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  — Não será necessário. — disse, me levantando e vendo %Ansel% parado atrás com os cabelos bagunçados e a respiração acelerada.
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  — Ah! — Aspen olhou para mim uma última vez. — Eu menti sobre ele ter ido ao estúdio também. — abriu um pequeno sorriso e seguiu para fora da cozinha, dando dois tapas no ombro de %Ansel%, que não desviou o olhar de mim.
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  — %Emma%... — ele começou a falar, mas o interrompi.
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  — Ela já me contou tudo. — peguei os copos vazios de cima da mesa e os deixei na pia. — Obrigada por ser honesto comigo. — não pude evitar exalar mágoa. Dei-lhe as costas e caminhei para o lado externo da casa, sentindo o frio do inverno me pegar desprevenida.
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  — Não! Me ouça, por favor. — ele segurou meu braço, impedindo de dar mais um passo.
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  O vi me encarar com os olhos de quem estava para perder algo precioso e meu coração se aqueceu o suficiente para me fazer não sentir mais frio. %Ansel% estava tão desesperado em me fazer ouvir sua versão da história que mal percebeu que eu apenas estava tentando-o fazer sofrer um pouco por ter me feito passar ontem o dia e madrugada inteira na agonia.
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  Me sentou na cadeira à beira da piscina e suspirou antes de começar a falar:
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  — Eu e Aspen tivemos um passado juntos. Nos conhecemos quando ainda éramos crianças e vivi com ela sempre desde então.
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  — Vocês estão noivos.
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  — Estávamos. — me corrigiu, como gostaria que fizesse. — É verdade, nós éramos noivos, mas todo o tempo separados fez com que abrisse meus olhos para ver que ela não era a pessoa para mim.
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  — Se uma pessoa com quem viveu desde pequeno e conhece tudo de você não é a certa para você, então eu que acabei de lhe conhecer, muito menos. — tento me levantar, mas ele me impede. Passa uma mão no rosto, impaciente:
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  — Por que você dificulta tanto... %Emma%, olhe para mim. — segurou meus braços, fixando meu peso em cima da cadeira, de modo que não tinha outra escolha a não ser encará-lo. — Eu estou com você agora. Mais ninguém. Só você.
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  — Prove.
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  — O quê?
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  — Prove que você só está comigo.
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  — Como é que você quer que eu prove isso? — ele solta uma risada de descrença.
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  — Diga que me ama.
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  %Ansel% parou de sorrir no mesmo instante. Olhou para mim, desacreditando no meu pedido.
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  — Se você não consegue fazer isso, então...
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  — Não, espere! — ele me impede de levantar novamente. — Sente-se.
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  Me sentei lentamente e o observei se aproximar de mim, seu braço direito rodeando minha cintura e a outra subindo de meu braço para meu rosto. Permanecemos calados apenas encarando o outro quando ele, de repente, sussurrou muito perto de mim:
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  — Eu te amo.
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  — Mesmo perto, acho que ainda não consegui ouvi-lo bem. — abro um pequeno sorriso, vendo-o finalmente perceber minha real intenção.
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  — Se quiser ouvir novamente, terá de dizer primeiro. — vi seus olhos descerem para meus lábios e então de volta para meus olhos.
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  — Você não está em condição de exigir qualquer coisa. — falo.
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  — Para ser sincero. — o vi abrir um sorriso. — Eu nunca estive em uma condição melhor para exigir ouvir isso de você.
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  Solto uma risada e subo minhas mãos até seu rosto, segurando-os bem em minha direção:
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  — Eu amo você, %Ansel%. — e beijei seus lábios.
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  — Meu Deus, dá para desgrudar dela por um minuto? — Kendra empurrou %Ansel% de perto de mim. — Ela disse que te ama, ótimo, deixe-me contar uma novidade agora, %Gemini%. — ela levantou uma mão quando ele foi retrucá-la. — Não será a última vez que irá ouvir, então não precisa colar nela com super bonder, porque ela não dirá isso em público.
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  Nós estávamos no estúdio, onde as pessoas ainda me olhavam em parte desconfiadas. Aparentemente, a turma de %Ansel% havia conversado com seus alunos explicando sobre o acontecimento e quem eram meus pais. Não sei como a história foi contada, mas às vezes sinto que as pessoas estão com um olhar de dó ou consideração por mim.
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  O evento havia começado e tudo estava indo muito bem até Cori dizer que estava passando mal. Ela definitivamente não parecia bem e %Ansel%, como um bom patrão, não hesitou em pedir que ela fosse para um hospital verificar o que estava causando tamanho mal estar. Tan acabou a levando, mas o espaço na agenda da apresentação ficou em branco. A verdade é que Cori e Tan iriam dançar para ocupar o espaço que eu deveria dançar com %Ansel%.
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  Enquanto observava-o tentar arranjar algo para encaixar nos poucos minutos que agora estava sobrando, o via ter um mau momento por ninguém ter coragem de se apresentar sem ter treinado antes.
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  — E se você fizer uma pausa? — Pietro sugeriu.
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  — Pausa de menos de dez minutos? — Hans questionou, como se a ideia fosse absurda, o que realmente era. — Coloque Ace para enrolar no palco.
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  — Vocês realmente acham que eu sou um palhaço, não é? — Ace olhou para Hans e Bob, que havia aprovado a ideia com um aceno de cabeça. — Sobre o que eu falaria?
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  — Sei lá, sobre o estúdio, as inscrições, os estilos das aulas...
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  — Eu danço. — falo alto depois de pensar muito no assunto.
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  Senti todos os olhares se desviarem para mim. Quando levantei meu rosto para encará-los, vi as expressões de surpresa estampados em seus rostos.
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  — Você o quê? — %Ansel% perguntou.
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  — Eu danço. — repeti, vendo-o abrir um enorme sorriso.
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  — Mas... — Violet começou a falar, mas ele a cortou.
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  — Então está decidido. Vi, preciso que arranje uma roupa para %Emma%, nós iremos discutir sobre a dança e já nos encaminharemos para o backstage. — %Ansel% pegou em minha mão e me puxou em direção ao segundo andar, até sua sala. — Você tem certeza?
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  — Bem, essa era a programação inicial de qualquer maneira...
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  — Não vou perguntar novamente para não lhe dar a chance de voltar atrás. — ele abriu um sorriso. — Estou feliz que está disposta a tentar.
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  — Se não der certo, você deve prometer não me pressionar mais a dançar. — falei, apontando para ele, séria. Ouvi sua risada; %Ansel% levantou a mão e concordou.
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  — Tudo bem, mas se você gostar, deverá admitir. — ele sorriu. — Vamos dançar aquela música que dançamos uma vez juntos. Você já conhece a melodia; vamos ver ser sua memória é mesmo fotográfica.
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  A dança seria no fim da tarde, um tipo de chave de ouro por ser uma dança completamente profissional. Até lá, eu fiquei assistindo o vídeo da dança de %Ansel% com uma dançarina que não conheço. Ninguém ousou atrapalhar minha linha de raciocínio, sequer comi direito no almoço. Uma hora antes da apresentação, fui para o backstage, onde Kendra e Violet prepararam meu cabelo e maquiagem; Gillian me ajudou a colocar a roupa da dança e praticar minha respiração. Violet havia dito que aquele era uma das roupas de dança dela, por isso, quando vestiu perfeitamente em mim, fiquei um tanto feliz por ter um corpo parecido com o dela, que acho tão lindo.
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  — Ok — Kendra disse assim que Violet saiu para me dar um tempo de concentração antes de entrar no palco. -, %Ansel% mandou não te perguntar se tem certeza, mas não tenho como evitar. Você tem certeza, não é?
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  Não pude responder. Estou tão nervosa que se for para abrir a boca, direi que ‘não’, então me limitei a apenas balançar a cabeça.
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  — Ótimo, porque é o que estou sentindo de você. — ela disse, sorridente. — Não acredito que irá dançar, você irá brilhar!
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  — Dois minutos. — ouvi a voz de Violet do lado de fora. Respirei fundo e me levantei.
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  — Boa sorte. — Gillian sorriu, apertando minha mão. — Será maravilhoso observá-la dançar. Bob me disse que apesar de ser iniciante, é muito boa dançaria, por isso, espero por um grande espetáculo.
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  — Darei meu melhor. — sorri, nervosa.
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  Caminhei para o lado de fora do camarim de mãos dadas com Kendra e Gillian, como se precisasse que elas me guiassem até o palco, senão não sei se conseguiria ir sozinha. Ao chegarmos, %Ansel% esperava com uma roupa diferente da presta que eu estava acostumada. Na verdade, estava muito bonito. Ainda mais do que já era. A roupa acentuava seu corpo escultural e o cabelo estava arrumado com um gel; parecia um dançarino como a da apresentação que me levou no lado rico da cidade.
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  — Uau... — foi o que disse ao me ver. Limpou a garganta e sorriu: — Quero dizer, você ficou maravilhosa.
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  Abri um pequeno sorriso. Ouvi a voz do apresentador começar a introdução de nossa dança. Kendra, Violet e Gillian se retiraram para eu e %Ansel% termos o nosso tempo antes de entrarmos no palco.
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  Sua mão segurou minha cintura e nos aproximou. Ele encostou sua testa na minha, acalmando meu coração por estar tão perto.
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  — Apenas dance.
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  Sorri, saber que estava para sentir novamente a liberdade de me movimentar, algo que nunca tive até me livrar dos meus pais, me fez ficar um pouco mais animada. Ouvi as palmas do público que ansiava por uma ótima apresentação e quando nossos nomes foram chamados, respirei fundo e subi no palco, pronta para deixar a antiga %Emma% ingênua, antissocial e sem amigos para trás.
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Capítulo 18
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