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História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

O Espaço Criativo não se responsabiliza pelo conteúdo das histórias hospedadas na sessão restrita ou apontadas pelo(a) autor(a) como não próprias para pessoas sensíveis.

Garota S

Escrita porNatashia Kitamura
Revisada por Natashia Kitamura

Há características sobre Harvard que são verdadeiras e outras que são fictícias para melhor adaptação da história.
História inteiramente escrita por Natashia Kitamura.


Capítulo 11

Tempo estimado de leitura: 38 minutos

Ao chegarmos no estúdio, Gillian se manteve ao meu lado e, consequentemente, Bob se acomodou perto de nós. Desde a primeira vez que o vi, achei que ele fosse o tipo de homem que gostasse de tomar a iniciativa, porque era seguro o suficiente para fazê-lo. Contudo, assistindo sua performance perto de Gillian, não me parecia que ele era tudo o que eu imaginava. Seus olhos demonstravam ansiedade, como os adolescentes fazem durante a época escolar e seus paqueras estão por perto; observa de lado para saber se está sendo o alvo da atenção de Gillian. Por um lado, acho extremamente engraçado o modo como ele fica na retaguarda, apenas esperando que ela dê o primeiro passo, porque ele ainda é inseguro demais para puxar qualquer assunto com ela. Do outro lado, me sinto incomodada, pois achei que encontrando com ela em seu habitat natural, seria capaz de agir normalmente.
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  Enfim percebi que talvez essa fosse a característica dele com ela. Mesmo com a fama de machão dentre suas alunas e pegador entre os alunos do estúdio, Bob na verdade é um homem de coração puro quando se trata da pessoa por quem tem sentimentos verdadeiros. Mais uma vez me pego comparando a situação com Gabriel; sempre achei que ele fosse tímido. Acredito que me confundi, pois se fosse tímido, mesmo que estivesse fingindo não prestar atenção em mim, seu mundo seria onde estava, contudo, tudo o que fazia era digitar coisas em seu celular enquanto fora de casa e no computador dentro de casa. Bob sequer presta atenção quando as pessoas lhe dirigem a palavra, porque está compenetrado demais em não perder Gillian de vista.
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  Antes de entrar no estúdio, não me sinto me preparada para encontrar com %Ansel%, porque sei que terei de lhe dizer a verdade. Sua mensagem no dia anterior me fez sentir as borboletas no estômago que Helena uma vez disse que era normal ter, mas que nunca havia sentido de verdade com Gabriel; ele estava feliz e falar que Gabriel está aqui não é a melhor maneira de se começar uma semana após seu aniversário.
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  — Ace? — o chamo a tempo de vê-lo parar antes de entrar. — Eu... Hum... Gostaria de conversar, será que teria um tempo?
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  Vi sua expressão divertida ao ouvir minha pergunta, mas ao ver algo em meu rosto, suponho que tenha visto que não é uma insegurança, mas sim preocupação.
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  — Claro, vamos comprar algo para beber. Hey, Bob, leve a baixinha número dois para conhecer o estúdio, encontramos com vocês lá dentro.
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  Foi como se o botão de “start” tivesse sido apertado em algum lugar de Bob. Rapidamente, corrigiu sua postura e olhou para Gillian, como se esperasse que ela negasse sua companhia. Depois de eu e ela trocarmos um breve olhar, Gillian apenas concordou e olhou para Bob, que limpou a garganta e o suar das mãos na bermuda.
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  — Bem, então vamos. — segurou a porta para ela, que agradeceu em um tom abaixo do normal.
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  Eu e Ace ficamos observando os dois entrarem acanhados e trocamos um olhar cúmplice. Assim, passamos a caminhar até o mercado mais longe para dar tempo o suficiente para os dois iniciarem um diálogo que não seja falar sobre o tempo ou a estrutura em reforma do prédio.
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  — Fala aí, não foi por causa dos dois que me chamou, não é?
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  — Também. — disse. — Mas há um assunto que acho que deveria falar com um... Hum, amigo. Digo, do sexo oposto.
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  — Ahh, acho que sei do que iremos falar, essa segunda não pode ficar melhor! — seu sorriso branco apareceu em seu rosto e não pude deixar de sorrir junto, vendo-o me dar toda sua atenção.
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  — Não é tão bom assim. — encolho meus ombros durante nossa caminhada. — É só que... Ontem. Hum, %Ansel% me mandou uma mensagem. Me senti feliz, acho que estamos em um tipo de relacionamento.
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  — Baixinha. Vocês estão namorando. — Ace sorriu e bagunçou meu cabelo. — %Ansel% pode não falar, mas sabe muito bem agir. Ele não é de ficar com uma mesma pessoa por mais de dois dias, acredite. Conheço-o bem o suficiente para saber quem é namorada e quem não é para ele.
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  — Tudo bem. Isso não me fez sentir melhor. — levantei a mão para calá-lo ao se sentir confuso sobre minha afirmação. — A questão não é nossos sentimentos. Estou confiante sobre eu e %Ansel%, somos, bem. Somos um casal. Estamos felizes...
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  — Mas... — ele balançou a mão, me incentivando a ir direto ao ponto. — É o sexo? Foi ruim?
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  — Não! Não... Ace! Claro que não! — minhas bochechas rapidamente começaram a queimar e sua risada ecoou pela rua. — Não tem a ver com ele!
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  — Então o que é? Una não foi deportada de verdade? Ela apareceu no campus?
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  — Não! Deixe-me dizer. Só preciso saber como...
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  — Baixinha, seja direta.
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  — Tudo bem. — parei de andar quando chegamos à frente do pequeno mercado de uma família de asiáticos. — Gabriel está aqui.
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  Não consegui esperá-lo associar os personagens de nosso diálogo. Antes que pudesse demonstrar algo, adentrei à loja, sendo seguida somente alguns minutos depois por Ace.
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  — Você está falando sério?
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  — Por que brincaria com um assunto desses? Estou desesperada!
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  — Caraca... — o vi passar a mão pela careca brilhante. — Baixinha... Você está em uma enrascada.
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  — Achei que você poderia me ajudar mais do que apenas dizer o que eu já sei. — reclamei, o vendo se desculpar e colocar-se a pensar. — Tenho que falar para o %Ansel%. Não consigo mentir.
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  — Você tem certeza? Digo, falar é o certo, já que %Ansel% não gosta quando descobre verdades por outras pessoas; mesmo assim, essa verdade em específica não me parece que ele tem vontade de saber.
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  — Mas ele irá eventualmente descobrir. Não posso não passar meu tempo livre com Gabriel e ele virá me buscar no estúdio alguns dias.
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  — Ele sabe onde você trabalha?
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  — Ace, você sabe que não sou a melhor pessoa com mentiras. — jogo algumas latas de bebida coreana na cesta.
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  — Sei, precisamos trabalhar nisso. Não sei como não pensei nisso antes, uma pessoa não sobrevive neste mundo sem saber blefar.
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  Fiquei calada ouvindo seus comentários sobre a mentira. Mas não poderia mentir. %Ansel% está sendo sincero com seus sentimentos e tudo o que eu faço é me manter na dúvida. Tenho que tomar uma decisão. Preciso avaliar a situação e chegar a um consenso.
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  Como ele havia dito no dia anterior, quando cheguei, estava atrás de sua mesa, digitando algo em seu notebook. Desviou o olhar para mim assim que bati na porta e depositei as latas de bebida em sua mesa, deixando entender que trouxe para ele. Sem esperar qualquer troca de palavras, se levantou e foi até a porta do escritório, fechando-a para que pudesse me beijar. Foi então que descobri que não tenho o poder de negar seu carinho.
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  — Preciso falar com você sobre algo sério. — me sento na cadeira em frente à sua mesa assim que nos separamos. %Ansel% soube que era grave, por isso, fechou a expressão e sentou-se ao meu lado.
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  — %Emma%, se você quer falar sobre nós, acho que é tarde demais. Nós estamos...
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  — Eu sei. Estamos em um relacionamento. Mas preciso ser sincera, você sabe que não posso mentir para você.
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  O vi engolir seco. Não me parecia nervoso, mas sim, ansioso. Manteve-se calado e pensei na melhor maneira de anunciar Gabriel.
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  — Achei que sabia sobre o amor. Vivi uma vida tranquila quando se tratava sobre o relacionamento amoroso, achei que estivesse certa sobre meus sentimentos por Gabriel; é claro que agora tudo mudou. Você chegou e foi como um furacão que destrói tudo e nos faz recomeçar uma nova vida, como se estivesse em um novo lugar, mesmo estando no lugar de sempre. Tudo o que eu achava que soubesse, não era nada do que imaginava.
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  — %Emma%...
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  — Deixe-me terminar, por favor. — levantei uma mão, calando-o. — Não estou dizendo que é algo ruim. Claro que prefiro o seu modo de amar. Sinto borboletas no estômago, penso em você quando não estou com você e minhas mãos formigam sempre que andamos de mãos dadas. Se isso é amor, então eu gosto desse sentimento. Acontece, que não posso simplesmente ignorar o meu passado com Gabriel. Mesmo que o seu amor seja diferente do dele, eu pus sentimentos ali e dediquei anos da minha vida a ele. — era agora. Não posso travar. Tenho que falar. — O que quero dizer, é que... Bem. Sei que não gostará, mas não tenho como evitar. Não quero mentir para você. — arrisquei olhar em seus olhos e fiquei em receio quando os encontrei. Suspirei e, com os olhos fechados, disse: — Gabriel está aqui.
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  Esperei alguns segundos para ouvir sua reação ao invés de enxergá-lo. Não estou pronta para ver sua expressão de desapontamento ou saber que tudo o que passamos na semana passada foi somente algo momentâneo. Achei que estivesse pronta para ouvir as ironias de quando nos conhecemos, mas a verdade é que estou morrendo de medo. Não quero vê-lo bravo comigo. Estando perto de si, vejo que não tenho que pensar na situação, quando ela é tão clara. %Ansel% é a pessoa. Não Gabriel.
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  Imediatamente, assim que chego à minha conclusão com meus olhos fechados, me arrependo de ter-lhe dito a verdade. Deveria ter treinado o blefe com Ace ou pensado mais antes de vir correndo lhe dizer, achando que amenizaria minha dor ou dúvida. Agora estou pior que antes. Não quero abrir os olhos e vê-lo prestes a terminar nossa relação. Quero continuar recebendo mensagens de texto de noite e receber suas caronas imprevisíveis a locais novos.
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  Antes mesmo que pudesse unir a coragem para abrir meus olhos, ouvi sua voz, séria, dizer:
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  — Eu sei.
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  Abri a boca.
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  Eu ouvi direito? Não estou sonhando? Ele está falando sério?
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  Abri os olhos e pude vê-lo sério, sentado de frente para mim com os braços um apoiado no encosto da cadeira e outro em cima de seu colo. Não se movia, nem parecia estar me testando. Fiz uma careta, confusa.
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  — Você... Sabe?
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  — Sei. — suspirou e se levantou, dando a volta na mesa e se sentando em sua cadeira de chefe. — Achei que fosse mentir, por isso, fingi que não sabia. Não esperava que fosse ser tão sincera assim comigo.
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  — E isso é ruim?
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  — Em partes. — encostou. — Preferia viver fingindo que está tudo bem e esperar que você terminasse logo com o seu ex.
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  Abri a boca para dizer algo, mas a voz não saiu. Ele está agindo como se eu já tivesse me decidido. Talvez eu não devesse ter feito a minha declaração. Ele agora está todo pomposo, como se fosse meu rei.
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  Limpei minha garganta:
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  — Bem, ainda preciso confirmar...
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  — %Emma%, mesmo que eu saiba e esteja levando numa boa, não quer dizer que minha tolerância é infinita. Para ser sincero, ela só vai até aqui. O próximo passo é entrarmos em uma briga, então seria bom que você me dissesse que irá terminar com ele hoje.
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  — Hoje?
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  — Você quer continuar com ele? — ouvi seu tom de riso. — Não sou eu quem me julgou quando transava com duas garotas ao mesmo tempo.
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  — Não comece... — semicerro os dentes. — Uma coisa não tem nada a ver com a outra.
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  — É quase igual, sim. — Você quer ficar com nós dois ao mesmo tempo enquanto não se decide qual é o melhor para você. — levanta uma mão. — Eu queria transar com as duas, porque não sabia qual delas era melhor na cama. — levanto a outra mão. — No final, um dos lados sairá machucado e você sairá ganhando. Apenas jogue direito e faça as escolhas certas, assim a satisfação tem longo prazo.
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  Eu não acredito que ele está me comparando a ele e comparando meus gostos com duas... Garotas de programa. Estou ofendida. Em minha atual posição, não deveria estar, mas estou.
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  — Por que você sempre dá um jeito de parecer um canalha? — me levanto, vendo sua expressão se tornar escura.
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  — Você preferia que eu terminasse com você? Estou sendo compreensivo!
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  — E eu, sincera! Eu sei que você pode brincar com os meus sentimentos, porque sabe muito mais sobre o amor do que eu! Mas isso não quer dizer que o que eu sinto por você e sentia pelo Gabriel, é o que você sente com as garotas com quem só quer transar! — apontei, fazendo-o enxergar o erro que cometeu com suas palavras.
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  — Você sabe que eu não quis dizer isso...
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  — Mas você disse! Sabe, %Ansel%, você precisa pensar mais antes de falar. Você não sabe o tanto que me preparei psicologicamente para dizer tudo aquilo para você; se você não quer aceitar meus sentimentos, tudo bem! Mas não os inferiorize apenas porque você é melhor do que eu! — e sem dizer mais nenhuma palavra e não afim de ouvir nada dele, me retirei de sua sala em passos pesados.
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  Durante o resto do dia no trabalho eu e %Ansel% permanecemos longe um do outro. Enquanto Kendra e Gillian conversavam comigo sobre %Ansel%, Ace ficou do lado dele, conversando e tentando melhorar seu humor.
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  — Bob, será que por um segundo você não pode nos deixar em paz? Dessa maneira é óbvio que Gillian não irá mais voltar. Você está a sufocando.
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  Ao ouvir Kendra ser tão direta, Gillian corou e tentou consertar, mas era tarde demais. Nervoso, tudo o que Bob fez foi voltar a entrar no estúdio, deixando nós três do lado de fora. Olhei para Gillian esperando que ela fosse atrás de Bob, mas tudo o que ela fez foi agradecer Kendra.
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  — Não há de quê. Ele estava me irritando já.
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  — Ele só está tentando se aproximar de Gillian novamente.
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  — Parecendo um stalker é que não irá conseguir. — Kendra disse, entrando no carro de Hans. — Ele foi viajar para ver o figurino que está sendo feito em Seattle. Enquanto isso, irei garantir que o carro dele não quebre por ficar muito tempo parado. Dá para acreditar que faltam só duas semanas para a apresentação? Você fez um trabalho e tanto com a reforma, %Em%!
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  De fato, não posso negar, fiz um milagre. Achei que era boa somente com os estudos, mas também me supero nessas reformas. Com uma boa equipe de profissionais e alguns novatos com bastante força de vontade, conseguimos completar o trabalho com uma semana de antecedência. Agora o acabamento final estava para ser finalizado e a lista de convidados confirmados já estava grande o bastante para ganharmos um bom dinheiro com o que vendermos dentro do evento.
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  — Que tal jantarmos juntas e você se livrar do Gabriel amanhã?
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  — Eu não pretendia terminar com ele hoje... — falei, sem graça.
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  — O quê? Você só pode estar brincando, irá ficar com os dois ao mesmo tempo?
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  — Não! Claro que não! Eu só... Bem. Ele veio de lá até aqui...
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  — %Emma%, não. Não, não, não e não!
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  — Isso não está certo. — Gillian concordou.
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  — Está vendo este milagre? — Kendra apontou para ela mesma e Gillian. — Pela primeira vez, concordamos em algo sem precisarmos discutir. Precisamos beber, você precisa cair na real.
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  — Hoje ainda é segunda...
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  — E mesmo assim você age como se estivéssemos na sexta-feira! Acha que a vida é um oba-oba! Você não pode criticar as pessoas por elas terem um relacionamento duplo e decidir manter o seu relacionamento duplo!
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  Resumindo: Kendra falou exatamente a mesma coisa que %Ansel%, só que sem as garotas de programa.
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  Não pude discutir. Apenas me mantive calada, olhando para a rua enquanto Kendra dirigia para o lado da cidade onde não havia dia da semana para criar festas. As luzes dos postes eram amarelas, dando um aspecto mais escuro; nunca havia estado ali antes, as garotas vestiam lingerie por debaixo dos grossos casacos que as protegiam do frio do inverno que estava para chegar daqui a algumas semanas. Os homens fumavam e usavam roupas escuras com correntes de ouro e prata.
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  — Kendra...
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  — Relaxa, frequento esse lugar desde os treze anos. São gente boa com quem é do local.
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  — Olha só quem voltou às raízes. — um homem com os braços maiores que minhas coxas das pernas se aproximou e apoiou o braço na janela aberta de Kendra assim que ela estacionou. — Trouxe amiguinhas, é? Achei que harvardistas não viessem para esses lados.
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  — Só os bonzinhos. — Kendra sorriu, realizando um tipo de toque sincronizado, mostrando que a relação deles era mesmo muito antiga. — Hoje só vim pegar uma sala e beber muito.
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  — Com o carro do seu homem? — o homem se desencostou para que ela pudesse sair. Olho para Gillian e ela sentia o mesmo medo que eu de sair e ser raptada por algum maluco. — Onde está esse filho da puta? Está me devendo cem paus.
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  — Eu sei, eu sei. — Kendra tirou uma nota de cem dólares da carteira. — Ele deu para o Clint, mas parece que ele se esqueceu de te dar. Foi há cinco meses, Bruce.
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  — Aquele branquelo filho da mãe... Fique com os cem, não é certo o alemão gastar cem a mais por causa de um ladrãozinho mirrento. Vá para a sala 12, estava reservada até agora, mas ninguém apareceu. Vou mandar que cuidem do seu carro. — deu dois tapas no capô do carro de Hans. — Mas não conte para o alemão. Só estou fazendo isso porque é você quem está dirigindo.
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  — Você sempre foi demais, Bruce. — Kendra deu um beijo em sua bochecha, vendo o homem mexer as mãos para que seus companheiros se aproximassem. — Venham, meninas. Outro dia apresento ele para vocês.
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  Sem dizer uma palavra, eu e Gillian nos mantivemos quase grudadas a Kendra. Quando olhei para trás para ver o carro, o grupo do tal do Bruce formava um tipo de barreira ao redor do carro.
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  — O Bruce é o dono de toda a rua. — Kendra disse depois que estávamos seguras na sala com várias garrafas de álcool ao nosso dispor. — Quando eu cheguei, ele ainda era um dos comparsas; a rua era controlada por um grupo de traficantes italianos. Mas aqui, quando você faz parte de um clã e esse clã cresce mais do que o grupo principal, as leis podem mudar de acordo com a coragem do líder. Bruce foi preso sete vezes e já matou muita gente. Agora ele só fica encarregado das permissões. Já que a rua é dele, não há quem ouse difamá-lo. Depois que ele percebeu que não haveria ninguém que pudesse enfrenta-lo, decidiu formar laços mais pessoais com algumas pessoas. Foi quando eu cheguei e ele me adotou como uma irmã mais nova.
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  — Você morava aqui? — Gillian perguntou.
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  — Não oficialmente, eu tinha uma casa, uma família. Mas eu gostava daqui. Se não estava na escola, era aqui onde podiam me encontrar. É ele quem paga minha faculdade, sabiam? — abrimos a boca. — Eu sei, ele era contra, mas achou que seria bom uma advogada formada em Harvard em sua equipe. Alguém tem que proteger estes vilões aqui de uma pena de morte. — ouvi sua risada, mas não achei o assunto muito legal. Kendra seria praticamente a advogada do diabo. Talvez nós brigássemos em uma corte real, já que sempre pretendi ser promotora. — Mas bem, vamos falar sobre algo mais importante do que minha vida já encaminhada. — serviu meu primeiro copo. — Fala, %Emma%, o que te impede de terminar com o mala?
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  — Consideração, talvez. — suspiro. — É só que não posso deixar de me lembrar de tudo o que senti por ele durante os últimos anos. Ele deixou sua vida de lado para vir me visitar, como posso simplesmente chegar no segundo dia dele aqui e dizer que quero terminar?
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  — Achei que você fosse a favor da sinceridade. — Gillian falou. — Fingir que está tudo bem com ele não fará das coisas melhores quando decidir ser honesta. Quanto mais cedo falar, melhor.
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  — Eu sei... Só não tenho coragem o suficiente. Como pode ser tão difícil?
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  — Não é difícil, você só nunca fez isso antes. — Kendra falou. — Veja só. Não é complicado. Você vai até ele, diz que de um tempo para cá viu que sua vida poderia ser muito mais aqui do que no Brasil. Você conheceu esse cara e está apaixonada por ele...
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  — Nós discutimos hoje.
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  — O quê? Já?
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  — Ele se expressou erroneamente. — pus a explicar toda nossa discussão.
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  — Como ele já sabia? — Gillian perguntou.
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  Passamos um tempo caladas até eu e ela termos a mesma reação: Olhamos para Kendra.
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  — Tudo bem! Eu disse! Falei que o mala estava aqui, achei que isso deixaria ele puto e disposto a lutar por você e ir ele mesmo falar com Gabriel, de modo que você não precisaria tomar nenhuma iniciativa, porque sei que você é medrosa. Não esperava que ele fosse agir como se não soubesse de nada, muito menos que a primeira coisa que você faria ao chegar no estúdio, seria contar tudo para ele. Mas que droga, estamos numa segunda-feira! O que acontece com o sentido das pessoas? — olhou para a parede, onde o som de garotas gemendo realmente estava perturbador. Gillian não conseguia parar de desviar o olhar toda vez que uma gritava mais alto; ela realmente ficaria assustada com os tipos de festas que a turma fazem em épocas de feriados.
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  — Por que ele não pode ser mais carinhoso como estava sendo em Ibiza? — retorno ao assunto antes que Kendra decida ir comprar briga com a turma da sala ao lado. — Por que eu tenho que sofrer tudo sozinha? Por que ele tem que piorar?
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  — Porque homens acham que devem fazer assim para compreendermos a dor deles. O orgulho dele está ferido, é claro que está. Qualquer um se aborreceria, mas se ele decidiu fingir que estava tudo certo porque se preocupa com você e não quer te perder, poderia se esforçar mais em te ajudar ou resolver logo o problema de uma vez. Homens não pensam.
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  — Eles só pensam depois que perdem. — Gillian concorda.
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  — Por isso eu e Hans damos certo. Ele tem a opinião dele e eu tenho a minha, mas ele sabe que estou fazendo direito não porque eu gosto da profissão, mas tenho um dom de sempre querer ganhar as discussões. Mesmo que eu esteja errada, eventualmente saberei que errei porque a consequência cairá sobre a minha cabeça, mas não será ele a pessoa que irá brigar comigo e correr o risco de ficar sem sexo por semanas. — Kendra sorri, mas logo a expressão volta a escurecer. — Agora chega. — bate as mãos na mesa e se levanta, abrindo a porta para ir até a sala ao lado.
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  — Kendra, não, deixa para lá! — me levanto e vou atrás dela com Gillian atrás de mim.
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  Assim que saímos de nossa sala, Kendra já estava abrindo a porta do lado entre gritos, no entanto, parou assim que seus olhos puderam enxergar entre a fumaça que tomava conta do local.
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  No início, meus olhos arderam. A fumaça estava muito espessa e o número de garotas seminuas ou nuas ali dentro era aterrorizante. Com a porta aberta, o ar foi se dissipando até eu poder ter uma visão mais clara do que estava acontecendo ali. Não pude evitar o choque ao ver Gabriel no meio de todas aquelas garotas, seu corpo nu grudado ao de uma, os cabelos bagunçados e o rosto vermelho.
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  — Cara, ela só precisava de um incentivo maior para terminar com você. — Kendra abriu um pequeno sorriso ao meu lado. — Parabéns, você conseguiu. — bateu palmas.
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  — %Emma%, não tire uma conclusão ainda. — ele levantou uma mão para mim. — Estou bêbado.
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  — Ninguém chega nessa rua bêbado, seu mala. Você veio aqui querendo comer garotinhas, isso sim. Fala aí Krystal. — encaramos uma garota que fumava calada em seu canto enquanto nos observava. Pela sua expressão, parecia um tanto acostumada a vivenciar esse tipo de cena.
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  — Faz cinco dias que ele vem aqui. — a tal de Krystal respondeu. — Já se tornou um de nossos clientes VIP’s.
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  — Deixa eu explicar para a %Emma%, que é a primeira vez que vem aqui, o que é um cliente VIP.
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  — Cale a boca. — Gabriel era outra pessoa. Ele não era ele. Ele nunca falou palavrão. Nunca teve aquela expressão sombria no rosto. — Cale a sua boca ou terei de calá-la para você.
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  — Tente e amanhã não existirá para você, branquelo. — a voz de Bruce apareceu atrás de nós. — Qualquer um que mexa com essa garota aqui pode se considerar carne moída.
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  Uma briga estava acontecendo, mas não pude raciocinar muito bem. Gabriel estava nos Estados Unidos há mais de um dia, como disse ontem que estava. Ele vinha aqui todos os dias desde quando chegou. Tem mentido para mim todo esse tempo?
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  — Se não se importam, gostaria de falar com minha namorada em paz. — nunca senti tanta vergonha de ser chamada de sua namorada em minha vida. Ele ali, no meio das mulheres nuas, colocando sua roupa e falando que sou sua namorada mesmo tendo sido pego no flagra... É nojento.
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  — Acho que ela não quer ficar sozinha com você, mala. — Kendra falou, ao me ver dar um passo para trás. — O que quer que tenha para falar para ela, diga agora.
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  — Você mentiu para ela sobre quando chegou aqui. — Gillian se colocou ao lado de Kendra.
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  Gabriel abriu um sorriso.
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  — Eu já menti muito mais do que um simples prazo de chegada, nerd. — senti meus lábios estremecerem com o choro preso. — Quer que eu seja honesto? Serei honesto então. Para facilitar, irei falar na língua deles para que vejam o quão idiota você foi e quão ruim é ser ingênua demais. — se sentou no sofá de couro preto, pouco se importando em ter sido ameaçado de morte pelo dono do estabelecimento e da rua. — É verdade, estou aqui faz um tempo; para ser preciso, vinte e três dias. — seus olhos encontraram os meus e foi como se eu nunca tivesse o visto antes. Ele não me parecia o garoto que conheci no colégio e que possuía um sonho de se tornar um grande engenheiro. — É melhor você se sentar, %Emma%, descobrir que nosso relacionamento foi uma farsa não será fácil.
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  — Seu... — Kendra começou a falar, mas segurei em sua mão. Eu queria ouvir. Se ele queria ser honesto, eu gostaria de ouvi-lo. Quero saber quão enganada eu fui nos últimos anos.
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  — Eu não sou aluno da turma de engenharia. Nunca fui. Forjei minha entrada para que você e seus pais achassem que sou uma pessoa boa. Tive que gastar muito dinheiro para conseguir. — suas mãos começaram a mexer no maço de cigarro para prepara-lo. — Você sempre foi conhecida na escola como a garota do berço de ouro, com os pais em um sucesso inimaginável na carreira de direito. Era normal que qualquer maluco tivesse vontade de casar com você só para herdar essa boa grana. A história de que eu odeio meus pais? — soltou uma risada enquanto acendia seu cigarro. — É claro que foi mentira. Eu não tenho pais, fui “adotado” por um casal que me ensinou a viver minha vida. — abriu os braços, orgulhoso de estar no meio de tantas prostitutas. — Decidimos que você seria nossa fonte de riqueza. No começo foi fácil, conquistar uma garota boba como você era como tirar doce de criança. O problema foi que não esperava que você fosse tão mão de vaca. Tirar um carro de você foi um sacrifício. Tudo estava conforme os planos, até seus pais me inventarem de fazer a maior burrada e falirem. No começo, achei que fosse um golpe, porque eles estavam chamando a atenção demais das pessoas, mas então vi que era verdade. Os dois estavam no limbo, você estava vendendo sua alma para conseguir pagar o último ano da faculdade e eu não estava ganhando nada com isso. Decidi vir para cá me divertir um pouco e então terminar com você antes do Natal. O plano principal seria pegar a grana que você recebeu até agora. Sei da sua poupança e ela não é pequena aqui, %Emma%, só que esses americanos são bons com segurança. Não pude pegar o dinheiro e você me descobriu cedo demais. Antes que você pergunte, vou lhe responder: Não, eu nunca te amei. Nunca percebi nada novo em você e nunca senti sequer tesão pelo seu corpo magrelo. Todo meu comportamento era feito pela Helena. Você é tão burra que nem as amizades consegue escolher direito. — soltou uma risada. Olhei para os lados esperando ver Helena, mas ela não estava lá. — Ela está ocupada com uma outra pessoa. — arregalei os olhos ao me lembrar de Paulo, seu namorado. — Fiquei chocado com sua lerdice. Você mal percebeu nossa real intenção. Os meses que ficamos sem nos falar, meus horários péssimos de adaptar ao seu, Helena ligando de tempo em tempo para saber como você estava. Não é de impressionar que seus pais estejam pouco se importando com você.
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  — Você está sendo o típico cliente que gostaria de conversar em particular. — Bruce se aproximou de Gabriel com um bastão. Não conseguia me mexer. Minha boca estava aberta e meus pés, presos ao chão.
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  — Você não vai querer fazer isso. Conversamos ontem, lembra? Tenho muito mais do que aquilo escondidos nas mangas. Qualquer passo errado e você perde a sua rua.
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  Bruce riu.
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  — Eu acho que não fui claro o bastante. — ouvi o som de uma arma carregando. — Eu não preciso dar passo nenhum para acertar sua testa.
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  O sorriso de Gabriel se desfez. Mesmo que sua situação estivesse bastante delicada, certamente eu estava pior. Ouvi seu suspiro e então seus passos até minha direção. Vi seus pés tamanho 42 próximos aos meus 36. Era assim como eu me sentia perto dele, pequena. Antes que pudesse dizer algo, vi seus pés caírem no chão e o grito de dor ao ter sido acertado na cara por alguém.
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  Olhei para trás, com medo de que fosse os funcionários de Bruce, mas era %Ansel%. Seu rosto estava vermelho de raiva, o sangue subia aos olhos e só pude entender que ele ouviu toda a verdade quando já estava chutando Gabriel, que jazia no chão gemendo de dor.
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  — Venha, %Em%. — Gillian e Kendra me puxaram para fora da sala, Ace esperava de fora do estabelecimento com os braços cruzados.
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  — Você está bem, baixinha? — desencostou de sua pick-up. — Esperava que você não visse tudo aquilo.
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  — Ela ouviu muito mais do que viu, Ace. — Kendra falou. — É melhor você tirar %Ansel% de lá ou o mala morre com o tanto de chutes que está recebendo.
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  — Seria bom para ele sofrer. Ninguém faz a nossa baixinha de idiota e sai imune. — Ace se virou e tirou uma garrafa de cerveja de dentro do carro. — Não é por nada, mas se me permitem desviar o assunto, queria saber se você ainda está perturbada com o Bob, porque ele se recusa a sair do carro. — Ace olhou para Gillian, que arregalou os olhos.
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  — N-não... — gaguejou.
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  — Ótimo. Saia daí, seu mijão. — Ace deu dois socos na porta do carro, de modo que Bob saiu depois de alguns segundos.
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  %Ansel% apareceu depois de dois minutos com os cabelos bagunçados e o rosto ainda vermelho. Era acompanhado por Bruce e alguns de seus funcionários.
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  — Já que vocês estavam à vontade demais imaginando a cara do idiota deformado, tive que separá-los antes que eu tivesse de me explicar à polícia sobre o óbito que teríamos. Hoje ainda é segunda, não quero ter dor de cabeça pelo resto da semana. — empurrou %Ansel%, que veio até a mim e, sem dizer uma palavra, me puxou para um forte abraço.
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  Sentir seus braços ao redor de mim me fez sentir como se estivesse caindo de um abismo, mas no final uma camada de travesseiros fofos me esperasse para suavizar a queda. Apertei minhas mãos na barra de sua regata e não me mexi, já que minhas pernas estavam moles demais para sustentar meu próprio peso.
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  — Eu levo ela. — o ouvi dizer, me levando em direção ao seu carro, que estava logo entre o de Kendra e Ace. — Se você puder fazer um favor e inventar uma boa desculpa para ela amanhã...
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  — Claro. — Gillian respondeu.
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  O carro de %Ansel% estava gelado, mesmo ligando o ar quente, senti como se estivesse no meio de uma nevasca.
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  — Você pode chorar, se quiser. — ouvi sua voz serena.
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  Quando finalmente decidi enxergar o caminho que ele estava fazendo, vi que estávamos na estrada a caminho de sua mansão no condomínio fechado. Tudo o que eu precisava agora era de seu consolo; estou disposta a esquecer nossa discussão como se nunca tivesse ocorrido.
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  Na mansão, fomos direto para o seu quarto, onde ele me deitou confortavelmente em sua cama. Enquanto olhava para o teto, sentia sua mão acariciar minha cabeça e meu rosto.
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  — Você já sabia que ele estava a mais de um dia aqui? — virei meu rosto para ele. Vi, através da luz da lua, seus lábios pressionarem um contra o outro. A resposta era clara. — Por que não me contou?
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  — Você me ouviria? — era claro que não. — Minha primeira reação depois que soube foi querer te contar. Estava pesquisando sobre ele para que soubesse quem teria de enfrentar se realmente quisesse brigar por você; no meio das buscas, descobri que ele já estava aqui no país fazia um tempo, mas longe de encontrar com você. Tenho contato em todos os lugares por causa das turnês que fazia na minha carreira. Não é muito difícil encontrar um cara como ele, que gosta tanto de se mostrar para os outros. No início, achei que estava enganado. O perfil dele não coincidia com o que você havia dito, mas ele ficou com Jessica, um dos meus contatos e ela é boa em tirar verdades depois de uma noite de álcool e sexo.
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  — Por que tudo é resolvido com dinheiro, álcool e sexo?
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  — Porque é melhor do que trabalhar e ser honesto.
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  Eu estava errada sobre %Ansel% esta tarde. Ele não era um canalha. Gabriel era um canalha. Um idiota. Mal consigo pensar nos xingamentos que aprendi no estúdio para caracterizá-lo. Nunca pude imaginar que minha ingenuidade fosse tão ridícula. Mais do que raiva dele, sinto uma raiva infinita sobre mim; e vergonha. Como posso ser tão vergonhosa?
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  — Pare de se martirizar. — ouço a voz de %Ansel% no meio do escuro. — Ele foi um filho da puta, qualquer um diria. Você apenas acreditou nele.
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  — É ruim acreditar nas pessoas.
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  — É ruim quando elas nos decepcionam. — sua correção foi correta. Podemos correr esse risco, mas nada evita que eu continue me envergonhando de ser tão ingênua. Achei que não fosse grave, mas como posso atuar no Direito, quando sequer consigo identificar um mentiroso?
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  — Obrigada por bater nele. — murmurei e ouvi sua risada. — Eu realmente queria que ele apanhasse.
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  — Eu sei. Você sempre iria querer que a pessoa que odeia fosse machucada fisicamente, porque não consegue machuca-la verbalmente. — seu tom era incrivelmente simpático, fazendo com que me sentisse melhor gradativamente. A intenção de estar ao meu lado não era somente me consolar, mas sim me sentir à vontade novamente.
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  — Você não...
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  — Se você me comparar a ele, aí ficarei puto.
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  — Desculpe. Eu só estou... Bem. Me desculpe.
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  — Tudo bem. Vou considerar que você não está psicologicamente sã neste momento e qualquer homem ou mulher podem ser filhos da puta.
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  Abri um pequeno sorriso, feliz por tê-lo tão descolado ao meu lado.
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  — Posso dizer uma coisa? — sua voz veio baixa depois de um tempo.
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  — Hum?
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  — Estou aliviado por finalmente ter você só para mim e ser o único para você.
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Capítulo 11
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