First Sensibility

Escrita porPams
Editada por Jubs

Capítulo 2

Tempo estimado de leitura: 24 minutos

“Levados pela brisa ao seu mundo, yeah
Eu vou bem perto de você e você me pergunta de onde eu vim
Você me perguntou inocentemente, então eu respondi que era segredo.”

— Angel / EXO

  Passei a noite em claro, não acreditava que estava mesmo com insônia, justo quando eu precisava descansar. Quanto mais eu me remexia na cama, mais a imagem daquele vislumbre de asas em %Kyuhyun% permanecia fixada em minha mente.
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  Levantei da cama ainda sentindo meu corpo pesado e fui para o banheiro, tomei uma ducha quente, para acordar meus músculos e estimular a circulação do sangue. Saí do banheiro enrolada na toalha, secando meu cabelo com uma toalha de rosto, abri o armário e fiquei olhando o que vestiria, optei por uma camisa feminina verde claro e uma calça jeans preta, calcei meu confortável all star.
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  Peguei minhas chaves e o celular joguei dentro da bolsa e desci para a garagem, entrei no meu carro e dei partida em direção a casa do meu irmão. Ao chegar fui recebida com os abraços dos meus sobrinhos Johnny e Sam, eles eram meus motivos de sorri nos meus dias de folga. Minha cunhada sempre gentil e simpática comigo, fazia de tudo para que eu me sentisse à vontade e confortável.
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  Nesse almoço comemoraríamos os 12 anos de casados deles, eu vi o brilho nos seus olhos, ambos passaram por tantos preconceitos por terem se casado, eu estava feliz que tudo tenha saído bem com eles, o amor entre eles era visível.
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  — Noona, estamos felizes que você está aqui. — disse Johnny ao se sentar ao meu lado na mesa.
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  — Que amor. — eu sorri — Também estou feliz — olhei para meu irmão — Só não tive tempo de comprar um presente para vocês.
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  — Não se preocupe unnie. — disse minha cunhada — Sua presença já é um presente.
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  — Oh, muito gentil suas palavras. — eu provei um pedaço do frango que ela tinha assado.
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  — Para dizer a verdade, estávamos preocupados com você. — disse meu irmão — Não tem vindo nas suas folgas, e fomos ao seu apartamento, não tinha nada na geladeira.
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  — Eu como no hospital. — retruquei — A comida de lá também é boa.
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  — Sabe do que estou falando. — ele me olhou — Você não tem nem vida social.
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  — Tenho sim, meus pacientes são muito falantes, até tenho um noivo. — eu ri.
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  — É sério. — Joseph me olhou atravessado — Há quanto tempo você não sai com os amigos?
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  — Que amigos? — eu perguntei.
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  — Viu. — ele soltou um riso estranho — Nem amigos você tem.
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  — A %Rafaela% é minha amiga. — retruquei.
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  — Yeobo, talvez a unnie não goste de sair, eu também sou uma pessoa caseira.
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  — Viu. — eu olhei para ele — Minha cunhada me compreende.
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  As crianças riram de toda a nossa conversa, mas era mesmo a minha realidade, eu não gostava de sair, mesmo com as insistências de %Rafaela%. Quando voltei para casa, já era noite, troquei de roupa colocando meu pijama e me joguei novamente na cama e coloquei no viki, desta vez eu iria mesmo terminar meu episódio. Aos poucos fui sentindo minhas pálpebras ficarem cada vez mais pesadas e adormeci.
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* Spin off — Sonho on *

  Eu não conseguia reconhecer aquele lugar, era um tipo de casa abandonada, estava meio escuro e havia teias de aranha em todos os lugares, senti um vento frio passar por mim, não sabia o que fazer, se ficava onde estava ou se avançava ainda mais.
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  Olhei ao meu redor, a casa era de madeira, velha e cheia de buracos de cupins, os móveis quebrados e totalmente revirados, os vidros das janelas quebrados e as portas caindo aos pedaços, a cada passo meu o assoalho do piso rangia ainda mais alto, me veio um certo medo daquele lugar.
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  — Que lugar estranho. — sussurrei para mim mesma — Será que estou sonhando?
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  De repente senti um vulto passar por mim, virei meu corpo e olhei para a porta de entrada, havia uma sombra de um homem, não conseguia ver direito, mas conseguia sentir sua respiração, ele se afastou saindo para fora da casa. Por mais que minha razão quisesse ficar e tentar me fazer acordar, eu queria saber o que era aquela sombra, então o segui.
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  Fora da casa ainda era mais frio e escuro, aquilo me passava um sentimento estranho como se não houvesse vida naquele lugar. Continuei seguindo a sombra até o que parecia uma floresta, mesmo com minhas pernas bambas de medo, tive uma pequena coragem para continuar. Me escondi atrás de uma das árvores, a sombra parou no meio da clareia e em um piscar de olhos uma luz foi surgindo dela, uma luz intensa e forte, eu olhei com meus olhos semicerrados por um instante e consegui ver seu rosto.
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* Spin off — Sonho off *

  — Ah! — acordei no susto, sentindo meu coração acelerado, olhei para o relógio ao lado da minha cama, marcava 3 da madrugada — O que foi isso? Que sonho esquisito.
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  Senti alguns calafrios, tentei respirar fundo controlando meus batimentos, logo um barulho surgiu na cozinha, minha primeira reação me encolhi, será que tinha entrado um ladrão no meu apartamento? Me levantei com cuidado e abri a porta do quarto, peguei um bastão de beisebol que sempre mantinha escondido atrás da mesa que ficava ao lado da porta e caminhei em direção a cozinha.
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  Mesmo estando escuro, a luz que entrada pela janela conseguia clarear alguns pontos da casa, quando cheguei na metade da sala, olhei para a direção da cozinha. Paralisei por alguns segundos enquanto olhava para aquela sombra, a mesma sombra do meu sonho, de leve eu belisquei minha coxa para ver se ainda não era um sonho.
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“Você estava parada em frente ao meu eu,
Desesperado e orando.”

— Angel / Teen Top

  E não era, mantive minha respiração baixa e controlada, segurei firme no bastão, olhando, aos poucos percebi que havia algo em suas costas, eram asas. Eu dei alguns passos lentamente até o apagador e acendi a luz, quando olhei de volta não tinha mais nada lá.
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  — O que foi isso? — eu sussurrei — O que aconteceu?
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  Caminhei até a cozinha ainda segurando o bastão, olhei para o chão rapidamente e vi algo estranho, me ajoelhei para ver de perto, não acreditava mesmo naquilo, era uma pena branca em suas bordas havia um brilho prateado.
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  — Impossível. — eu não acreditava naquilo, era surreal de mais, porém eu estava segurando aquela pena.
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  Me levantei e voltei para o quarto, coloquei a pena na mesa ao lado da minha cama e fui para o banheiro, precisava relaxar meu corpo, minha mente e esquecer essas coisas loucas que estavam acontecendo. Tomei uma ducha quente, demorei mais que o costume, quando saí, coloquei minha roupa para ir trabalhar, peguei minha bolsa e meu jaleco.
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  Quando cheguei na rua, ouvi alguns comentários sobre o mercadinho ter sido assaltado, fiquei meio perplexa, pois eu tinha estado naquele mercadinho e iria demorar um pouco mais se %Kyuhyun% não tivesse aparecido, senti como se de alguma forma talvez ele tivesse salvado minha vida.
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  Ao chegar no hospital, assinei minha entrada na recepção da enfermaria e preenchi alguns papeis referentes ao meu último plantão. Neste momento ouvi mais alguns comentários sobre o tal assalto ao mercadinho, e que houve uma vítima que tinha dado entrada na UTI e ainda estava em estado grave.
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  — Bom dia. — disse %Kyuhyun% ao se aproximar de mim.
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  — Bom. — aquilo me pegou de surpresa — Dia.
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  — Espero que tenha um tranquilo plantão, já que hoje estou na emergência. — ele sorriu de canto e se virou para a chefe dos enfermeiros — Senhora Goo, aqui está meu relatório.
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  Ele saiu tranquilamente, eu fiquei mesmo sem reação, e mais ainda %Rafaela% que estava parada ao meu lado.
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  — O que aconteceu na sua folga? — perguntou ela.
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  — Nada. — eu entreguei os papeis para a senhora Goo e me afastei.
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  — Aconteceu sim. — ela caminhou ao meu lado — Eu saí daqui na quinta e você estava chamando ele de arrogante, agora um “Bom dia” que nunca aconteceu antes?
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  — %Rafaela%. — eu a olhei e continuei a caminhar pelo corredor — Foi somente um bom dia.
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  — Não foi. — ela me olhou, e %Rafaela% me conhecia muito bem — O tom da voz dele significava algo mais íntimo, que só um trivial bom dia.
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  — Que insistência. — eu entrei no elevador — Ele só me pagou um café.
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  — O que? — ela entrou junto — Como assim, quero detalhes.
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  — Não tem detalhes. — eu apertei o andar da minha sala de consultas — eu estava no mercadinho, que por sorte minha foi assaltado depois que eu saí de lá, ele me viu lá e me convidou para o café.
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  — E você diz que ele só te pagou um café, de forma tão seca. — ela cruzou os braços me olhando — %Jenie%, ele te convidou para tomar café, não é qualquer convite.
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  — Para mim não foi nada demais. — o elevador se abriu e a enfermeira SunHill entrou.
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  — Como assim não é nada demais. — ela cochichou para mim — É do doutor %Cho% que estamos falando.
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  — Ele é só um médico a mais que divide plantão comigo. — eu olhei para o lado disfarçando.
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  — Você já viu aquele olhar dele, não é só um médico à mais, ele te convidou para um café. — ela suspirou fraco — Não acredito que só eu estou vendo sentimentos nisso.
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  — %Rafaela%, vamos parar por aqui. — o elevador abriu no meu andar e eu saí, deixando ela lá.
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  Caminhei até minha sala em silêncio, entrei e sentei na minha cadeira macia, confesso que naquele dia eu estava muito desanimada. Li alguns papéis que estavam em cima da minha mesa, com certeza era do doutor Park, ele tinha cuidado dos meus pacientes habituais. A única novidade é que a pressão arterial da senhora Lee havia aumentado um pouco, mas já estava normalizada.
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  — Acho que vou começar vendo meus queridos pacientes. — eu peguei minha pasta de prontuário e saí da sala.
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  O primeiro foi o jovem Dongho, medi sua pressão arterial e cheguei seus batimentos, conferi o resultado dos exames que tinha solicitado para ele, para minha alegria, o remédio que tinha prescrito estava deixando seus músculos menos contraídos e ele não estava mais sentindo tantas dores nas articulações.
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  Depois fui até o quarto da senhora Lee, ela estava tão feliz em me ver, seus olhos brilharam quando eu entrei.
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  — Bom dia senhora Lee. — eu disse ao me aproximar da cama dela.
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  — Oh, que bom que veio me ver hoje, aquele doutor de ontem era tão sem alegria. — disse ela num tom de queixa.
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  — Ah, senhora Lee, eu estava de folga.
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  — Oh, sim, por esse motivo sim. — ela sorriu com gentileza — Você é tão dedicada, precisa mesmo de um tempo para descansar.
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  — Com certeza, agora vamos medir sua pressão, soube que ela se elevou. — eu a olhei sério — A senhora não andou fugindo da sua dieta não é?
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  — Ah, claro que não, sou muito obediente. — ela brincou.
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  Eu conferi sua pressão e conferi mais algumas anotações que o doutor Park havia feito, prescrevi mais um remédio para pressão caso ela aumentasse novamente e retirei um outro que estava fazendo ela ter dores de cabeça. Passei mais alguns minutos conversando com a senhora Lee, ela estava me contando suas histórias de quando era garota e estava apaixonada por seu marido, ela era um pouco engraçada quando contava suas aventuras do passado.
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  E por último fui ao quarto do senhor Kim, ele estava alegre conversando com um enfermeiro, eu o cumprimentei e entrei de intrusa no assunto, estavam falando sobre futebol. O senhor Kim já estava bem mais calmo e suas suspeitas de seguidores já haviam sido esquecidas, eu prescrevi alguns exames para ele refazer, estava querendo tirar algumas dúvidas quanto sua rotina alimentar com a nutricionista do hospital, e pedi outro encefalograma para saber como anda seu tumor.
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  Na hora do almoço, marquei com a %Rafaela% para comermos juntas no restaurante do hospital, %Kyuhyun% chegou alguns minutos depois de nós e se sentou bem no canto perto da janela, ele ficou me olhando discretamente. Eu comi tranquilamente, com meu prato variado de cores e sabores, estava tentando realmente levar minha dieta saudável a sério, %Rafaela% riu de mim, ela não abria mão de suas guloseimas.
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  Logo no final da tarde fui chamada para a sala do diretor Jun, estava curiosa para saber o assunto da vez, quando entrei havia mais três pessoas e uma delas era %Kyuhyun%.
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  — Bem, me chamou doutor Jun. — eu fechei a porta depois que entrei.
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  — Sim, doutora %Brown%. — ele se levantou da sua cadeira — Queria te apresentar o novo diretor geral financeiro do hospital senhor Bang Yongguk, o senhor Hwan como estava previsto se aposentou.
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  — Boa tarde. — disse Yongguk de forma séria e fria.
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  — Boa tarde. — eu confesso que me senti meio acuada ao olhar para ele.
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  — E este é Suho, o novo cardiologista que estávamos esperando tanto. — continuou o doutor Jun.
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  — Me desculpe a demora doutor Jun. — disse ele com um sorriso simpático — Estava um pouco afogado em minhas palestras, mas estou feliz por fazer parte da equipe.
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  — Bem, é um prazer conhece-lo também. — eu disse.
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  — Igualmente. — ele me olhou com tranquilidade.
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  — Assim como o doutor %Cho%, eu a chamei aqui para apresenta-los primeiro, pois são os melhores médicos do nosso hospital.
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  — Ah, doutor Jun. — eu sorri meio sem graça — Só tento fazer o que gosto com dedicação.
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  — Concordo. — disse %Kyuhyun% — Faço minhas, as suas palavras. — ele me olhou meio profundo, senti minha perna bambear um pouco.
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  Confesso que esse era o motivo de eu não olhar muito para ele, aquele olhar era realmente de te deixar sem reação.
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  — Oh, não sejam modestos. — disse o doutor Jun.
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  — Concordo. — Suho se sentou no sofá — Eu vi o currículo de vocês, realmente são os melhores daqui, acho que terei que trabalhar duro para me igualar.
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  — Ah, sim. — doutor Jun riu.
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  Eu estava me sentindo incomodada, não pelos olhares de %Kyuhyun%, mas pelos olhares atravessados de Yongguk, como se ele não me quisesse ali.
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  — Bem, se me dão licença, meus pacientes me esperam. — eu me afastei um pouco até a porta.
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  — Não disse. — doutor Jun me olhou — Os pacientes sempre em primeiro.
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  — Bem até breve. — eu saí o mais rápido de lá.
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  Caminhei rapidamente pelo corredor até chegar ao elevador, quando se abriu entrei, e acompanhada.
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  — Está tudo bem? — disse %Kyuhyun%.
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  — Sim. — eu olhei para o chão.
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  — %Jenie%?! — ele apertou o botão de travamento e o elevador parou — Poderia olhar para mim.
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  — O que? — assim que meus olhos encontraram o dele, senti como se ele pudesse ver minha alma, meu corpo congelou.
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  — Você está estranha. — disse ele.
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  — Você não me conhece, como pode dizer que estou estranha?
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  — Posso ver isso em seus olhos. — ele continuou me olhando tão profundo, que chegava a doer dentro de mim.
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  — Já disse, estou bem. — eu apertei o botão e o elevador voltou a se mover — Só um pouco preocupada com meus pacientes.
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  Quando o elevador abriu, dei de cara com %Rafaela%, ela entrou e eu saí mais que depressa, estava mesmo evitando falar com todo mundo. Acho que nem eu mesma estava intendendo o que estava sentindo naquele momento, mas faria o possível para ficar o mais longe possível daquele Yongguk.
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  Meus três dias se passaram com tanta rapidez que nem senti meu corpo ficando cansado com toda aquela correria, eu até pensava que seria tranquilo, mas sob a influência de Yongguk, o doutor Jun me colocou na emergência também. E oficialmente eu iria trabalhar com %Kyuhyun%, o que eu menos queria naquele momento.
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  Como era esperado, tanto eu como %Kyuhyun% fomos liberados para mais três dias de folga, eu saí do hospital meio desanimada. Como havia pedido Joseph para levar meu carro para revisão, resolvi voltar para casa caminhando, fazia tempos que não andava pelas ruas de Busan. De repente a tarde que ainda estava ensolarada começou a escurecer, será que %Cho%veria?
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  Parei por um momento para decidir que caminho tomaria, era muitas as opções de ruas e transportes, mas resolvi ir pelo mais longo, caminhei um pouco mais olhando as mudanças que ocorriam no céu, estava tão distraída que não percebi que estava passando a poucos metros de um posto de gasolina. De repente ouvi um barulho estranho, senti um vento gelado passar por mim fazendo meu corpo se arrepiar, me fez lembrar do meu sonho estranho. Em um breve piscar de olhos, um carro que parecia sem freios e sem passageiros veio descendo a rua desgovernado em direção ao posto, até que bateu na bomba de gasolina.
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  Eu acompanhei tudo aquilo em choque, não conseguia mover os membros do meu corpo, meus sentidos paralisados, houve uma explosão imediata e uma bola de fogo subiu ao céu. Era como se estivesse apertado a tecla stop, eu conseguia ver tudo aquilo sem nenhum movimento de minha parte, como se fosse um filme, o fogo veio em minha direção, senti meus olhos brilharem com aquela claridade toda, minha pele sentia o calor se aproximar, eram segundos que pareciam horas. Senti meu corpo despertar no suto e tentando sair de lá caí, não sabia como iria me proteger, se teria como, me encolhi fechando os olhos, estava me preparando para meu fim.
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“Eu sei que estive longe,
Mas eu posso te salvar agora.”

— Super Hero / Lunafly

  Foi quando senti uma sensação estranha de alívio, eu estava sendo abraçada. Abri meus olhos, inacreditável, era %Kyuhyun% me envolvendo em seus braços, sua face estava embriagada de brilho, minhas vistas começaram a embaraçar com todo aquele brilho que seu rosto irradiava. Mas eu conseguia ver tudo que acontecia e o que estava atrás dele, fiquei hipnotizada por um momento, havia um par de asas brancas com suas pontas prateadas em suas costas, um breve sentimento de paz e tranquilidade pousou em meu coração. Seria possível isso?
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  Eram sublimes e suaves, as asas brilhavam mais e mais devido as faíscas do fogo que a tocava, até mesmo tinha me esquecido que estava no meio de uma explosão. Ele estava formando um escudo de proteção com suas asas, eu me sentia tão segura ali, nos seus braços. Ouvi de longe o bater de asas, fechei meus olhos fingindo ter desmaiado, será que havia mais pessoas como ele?
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  — Ela está bem? — disse uma voz conhecida, era de Suho.
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  — Sim está. — %Kyuhyun% me ajeitou em seus braços me pegando no colo e se levantou — Mas…
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  — Não se preocupe. — disse a outra voz, era mais grossa, parecia a de Yongguk — Vamos cuidar disso. — assim que ele disse ouvi o som de um trovão e senti algumas gotas caírem sobre mim, estava chovendo.
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  — Leve-a para casa. — disse Suho — E cuide dela.
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  — Se ela me perguntar algo? — senti num tom de preocupação vindo de %Kyuhyun%.
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  — O que mais pode acontecer, ela já viu suas asas. — disse Yongguk — E pela segunda vez.
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  — Então devo contar tudo? — perguntou %Kyuhyun%.
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  — Você é quem decide. — respondeu Suho.
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  Eu abri meus olhos um pouco e vi que as asas de %Kyuhyun% já estavam esticadas, ele tomou um impulso e começamos a flutuar, tentei manter minha encenação de desmaio, mas estava com receio de tudo aquilo. Em instantes chegamos no meu apartamento, ele me colocou em minha cama de forma suave, e se afastou um pouco.
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  — Pode abrir os olhos agora. — disse ele.
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  — %Kyuhyun%. — eu abri meus olhos, ele estava parado perto da janela.
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  — Você está bem? — ele me olhou, seu olhar sereno.
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  — Sim, na medida do possível. — eu levantei um pouco meu corpo me sentando — O que foi aquilo?!
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  — Um vislumbre do que seria sua morte. — ele desviou seu olhar para fora da janela.
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  — Não falo disso. — eu respirei fundo — Falo de suas asas.
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  — Elas. — ele sorriu de canto — Acho que se lembra delas.
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  A primeiro momento, não sabia do que ele falava, mas depois minhas lembranças do passado foram chegando em minha mente.
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  — Os psicólogos sempre diziam que era do meu trauma do acidente. — eu suspirei fraco — Que aquilo era uma forma que eu tinha encontrado para superar a morte dos meus pais.
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  — Sim.
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  — Quem acreditaria que uma criança tinha visto um anjo. — eu o olhei, senti as lágrimas se formarem no canto dos meus olhos.
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  Sim, naquele momento eu me lembrava de tudo, eu já havia visto suas asas quando era criança. Eu tinha 7 anos quando isso aconteceu, meu irmão estava de férias na casa dos meus avós em Jeju, e eu e meus pais estávamos em viagem para a Daejon onde morávamos, o tempo ficou nublado e começou a chover de repente, um raio atingiu uma das turbinas do avião fazendo ele cair.
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  Era para ter morrido com meus pais, se não fosse a intervenção de %Kyuhyun%, por isso fui a única sobrevivente, foi naquele dia que eu vi suas asas pela primeira vez.
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  — Você não me deixou lembrar seu rosto, mas me lembrava das suas asas.
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  — Sim.
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  — Por isso sempre tenho o mesmo sonho desde aquele dia, aquela sombra é você, agora faz sentido. — eu limpei as lágrimas que estavam caindo — Por isso que eu finalmente vi seu rosto na última vez que sonhei com aquela sombra.
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  — Sim. — ele me olhou com ternura — Desde aquele dia eu venho salvando sua vida.
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  — Por quê? — eu me senti um pouco apreensiva — Porque eu deveria ter morrido naquele dia?
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  — Não. — ele respirou fundo e ficou em silêncio por um momento — Mas porque você viu minhas asas.
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“Não há lugar para eu voltar
Minhas asas foram levados.”

— Angel / EXO

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