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História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

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Finally Th

Escrita porPams
Revisada por Natashia Kitamura

8 • Colorful

Tempo estimado de leitura: 19 minutos

“Eu quero dizer
Não sou um cara maneiro ou bonito
Eu sou apenas um honesto bad boy.”

- Ring Ding Dong / SHINee

  Fiquei o olhando sem reação, enquanto se afastava indo em direção aos outros. Permaneci parada, ainda perto da porta olhando o treinador Chang orientar cada um deles. Após alguns minutos vendo eles trocando alguns passes dentro da quadra, o treinador se aproximou de mim com uma lista na mão:
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  — Aqui está. — ele esticou a lista.
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  — O que é isso? — eu peguei o papel olhando assustada.
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  — Este são os horários do treino e suas tarefas, no verso tem um pedido meu para que você possa se ausentar das aulas que precisar, para acompanhar os treinos quando necessário.
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  — Ah. — eu assenti meio sem reação novamente, acho que não estava preparada psicologicamente para aquilo.
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  Eu olhei novamente para lista e comecei a ler:
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  “Horário:
  9am — 10am — treino leve*
  1pm — 1:30pm — prática de arremesso*
  4pm — 6pm — treino intenso*

  Tarefas:
  — manter toda a quadra limpa
  — manter as bolas guardadas
  — levar as toalhas para lavanderia
  — auxiliar os jogadores com a hidratação, fazendo a manutenção das garrafas de água
  — manter sigilo quanto aos treinos

  * Indispensável a presença da assistente”

  — Legal, porque o asterisco se já deu pra perceber que terei que estar aqui em todos os treinos? — sussurrei de leve, tentando absorver tudo aquilo.
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  Como aquele dia tinha sido reservado para a prova dos alunos do segundo ano, o time ficaria todo o horário dedicando-se aos treinos, e eu teria que ficar lá com eles. Dobrei o papel e guardei no bolso, coloquei minha mochila ao lado do armário das toalhas e fiquei olhando o treino mais um pouco. A cada cesta que eles faziam, as líderes de torcida gritavam um pouco mais alto.
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  — Ei, ajudante. — disse Minsoo.
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  — Hum? — eu o olhei sem saber o que faria.
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  — Preciso de água. — ele segurou o riso.
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  — Eu também. — gritou Junhae após dar uma enterrada na cesta.
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  — Ok. — eu caminhei até a máquina de água e retirei duas garrafas e levei para eles — Aqui está. — disse entregando.
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  — Preciso de outra toalha, ajudante. — disse %Taehyung% ao chegar perto, dando um sorriso de canto.
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  — Mais alguém quer mais alguma coisa? — eu disse segurando minha raiva.
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  — Precisamos comer alguma coisa, ajudante. — disse Hwang ao se aproximar. — Você terá que ir pegar comida para nós.
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  — O quê? — eu o olhei.
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  — Não podemos parar o treino. — explicou Hwang. — Se quiser, posso chamar o treinador.
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  — Não. — eu disse engolindo seco. — Eu vou. — me afastei indo em direção à porta.
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  — Minha toalha. — %Taehyung% riu baixo.
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  Respirei fundo indo até o armário, peguei uma toalha e levei até ele, joguei em sua cara com toda raiva que consegui reunir. Fui até a cantina, estava tão afundada em minha revolta que me distrai e trombei em uma pessoa.
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  — Mianheyo. — disse quase em sussurro.
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  — Sem problema, %Ann%. — disse %Ho%.
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  — Oh, você. — eu sorri de leve.
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  — Sim. — ele me olhou curioso. — O que estava fazendo na quadra?
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  — Hum... — eu me encolhi um pouco. — Estou ajudando o time de basquete agora.
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  — Você gosta de basquete? — ele me olhou surpreso.
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  — Digamos que sempre tive curiosidade. — eu menti, mas por uma causa nobre, não queria dizer que era por causa de Min.
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  — Espero que consiga fazer um bom trabalho. — ele sorriu de leve.
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  — Eu também! — o olhei curiosa, — E você? Não voltou para casa por quê?
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  — Me juntei ao clube de ciências. — explicou ele. — Hoje foi nossa reunião sobre a feira de ciências que vamos organizar.
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  — Que legal! — o olhei admirada, até que me lembrei da minha missão. — %Suho%, tenho que ir agora, nos vemos amanhã.
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  Me afastei dele e segui em frente. Quando cheguei na cantina, pedi à ajumma super simpática, para que separasse o lanche do time de basquete, ela havia preparado vários sanduíches para eles, me deu duas sacolas, uma com os sanduíches e a outra com as latas de suco.
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  — Aqui querida, este é para você. — disse ela colocando um embrulho feito com papel de alumínio dentro da sacola dos sanduíches.
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  — O que é, ajumma? — perguntei a ela.
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  — Um bolo de cenoura, espero que goste.
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  — Oh, não precisava!
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  — Ah. — ela sorriu para mim — Você me parece ser uma menina muito especial, é para adoçar seu dia.
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  — Obrigada, ajumma, comerei feliz. — eu sorri de volta e me afastei dela.
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  Retornando, andei um pouco devagar olhando para o céu, estava um dia lindo e ensolarado, ao chegar perto da quadra, ouvi alguns risos vindo de dentro e quando entrei, eles já estavam sentados no chão no centro da quadra com as líderes de torcida comendo, fiquei paralisada por um tempo.
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  Meus olhos se encheram de lágrimas, deixei as sacolas caírem de repente e eles olharam para mim. Não consegui continuar ali, estava muito chateada com aquilo, saí correndo da quadra antes mesmo que eles pudessem dizer alguma coisa.
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  * %Taehyung% - on *

  No momento em que vi as lágrimas se formarem em seus olhos, senti meu coração apertar um pouco, acho que havia exagerado demais naquela brincadeira, não sabia o que havia dado em mim. Eu era mesmo um babaca, sempre errado ao invés de acertar.
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  Me levantei automaticamente e saí correndo atrás dela, não sabia onde procurá-la primeiro, corri por toda a escola meio desesperado. Parei no meio do pátio para recuperar meu fôlego sem saber o que fazer, eu tinha magoado ela mais uma vez e, desta vez, eu não estava feliz com o resultado final.
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  — %Taehyung% hyung! — gritou Junhae correndo até mim. — Encontrou ela?
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  — Não. — eu desviei meus olhos para o chão.
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  — Não precisa se explicar, já entendemos o que sente por ela, hyung. — ele colocou a mão direita no meu ombro. — Vamos procurar juntos de novo.
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  — Junhae? — eu o olhei surpreso.
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  — Prince Line toda. — ele se afastou um pouco e eu pude ver os outros de longe nos olhando. — A escola não é tão grande assim, vamos achá-la.
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  — Sim. — eu assenti agradecendo a ajuda.
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  Cada um correndo em uma direção olhando de sala em sala, de repente, me lembrei que não havia ido a biblioteca antes, estava tão desesperado que nem estava pensando direito. Quando entrei na biblioteca, a ajumma veio até mim em silêncio, ela apontou para o fundo, já estava entendendo o que ela queria me dizer, aquela ajumma era muito gentil comigo e sempre me ajudava quando eu precisava.
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  Pedi a ela para não deixar ninguém entrar e me afastei, segui em silêncio até o fundo, ela estava sentada no chão abraçada aos seus joelhos chorando. Parei em sua frente e fiquei a olhando por um tempo, estava pensando no que iria falar para ela, não sabia como me desculpar. Nunca havia pedido desculpas a uma garota antes, acho que este meu lado malvado estava entrando em conflito comigo, este era o lado do meu pai que eu odiava, mas havia herdado também.
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  — %Annia%.
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  * %Taehyung% - off *

“Você é a garota que me deixa inquieto sempre que te vejo.”
- Bad / Infinite

  Aquela era a primeira vez que ele havia falado meu nome, senti meu corpo arrepiar quando ouvi sua voz. Mesmo chorando, chateada, aquela única palavra tinha me aquecido por dentro, levantei minha face e o olhei deixando algumas lágrimas caírem.
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  — O que está fazendo aqui? — eu fixei meus olhos nos dele. — Veio rir de mim de novo?
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  — Não. — ele pegou em minha mão e me puxou de repente.
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  Meu corpo levantou com seu impulso indo em direção ao corpo dele, ao ficarmos bem próximos; %Taehyung% me abraçou imediatamente de forma suave. Eu não deveria demonstrar fraqueza, mas seu abraço era tão acolhedor que desabei em lágrimas novamente.
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  Não acreditava naquilo, como ele conseguia fazer eu me sentir tão mal e depois tão bem? Não conseguia entender como ele tinha esse controle sobre mim, e isso me deixava ainda mais irritada e intrigada com ele. Ficamos por um tempo abraçados, até que ele se afastou um pouco e secou minhas lágrimas com sua mão suavemente, seu olhar era tão encantador que me fazia esquecer de tudo.
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  — Vamos, o treino ainda não terminou.
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  — Ah? — eu o olhei de novo sem reação, isso já estava virando um costume, ele sempre fazia isso comigo.
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  Ele sorriu de canto – que sorriso! –, que vontade de matar ele de tão lindo, segurou em minha mão e me guiou em direção à saída. Quando entramos na quadra, as sacolas não estavam mais no chão e os amigos dele estavam treinando naturalmente como se nada tivesse acontecido.
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  O treinador estava monitorando os passes deles atentamente, %Taehyung% soltou minha mão de forma discreta e correu para o centro da quadra. Eu fiquei no canto olhando até que o treinador se aproximou de mim ainda atento aos meninos.
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  — Espero que não esteja muito cansada.
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  — Não, não estou. — eu desviei meu olhar colocando a mão na barriga, estava sentindo fome.
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  — Não comeu ainda, não é? — perguntou ele.
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  — Não.
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  — Vá se alimentar na minha sala, os meninos deixaram seu lanche lá.
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  Eu assenti meio admirada e corri até a sala dele, ao entrar perto da mesa da porta, estava meu bolo de cenoura, um sanduíche e uma lata de suco me esperando, meus olhos brilharam de imediato. Puxei a cadeira e me sentei, nada como a comida para me fazer esquecer %Taehyung%. Quando estava terminando, me virei para porta e lá estava ele encostado na porta, meu pesadelo.
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  — Estava gostoso o bolo? — perguntou ele.
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  — Sim. — eu desviei meu olhar para a lata de suco na minha frente, não dando importância para ele.
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  — Que bom, fui eu quem pediu para a ajumma fazer para você.
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  — Hum? — eu o olhei novamente meio surpresa. — Você?
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  — Sim. — ele sorriu de canto. — Disse a ela que uma garota especial iria buscar.
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  — %Taehyung%? — eu sussurrei.
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  — Agora que já terminou seu lanche, ainda tem tarefas a cumprir. — ele se afastou um pouco da porta. — O treino acabou e a quadra deve ficar organizada.
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  Ele saiu, mantendo aquele sorriso em sua face, e eu fiquei novamente indignada com ele, como uma mãe tão simpática e fofa como a ajumma Seohyun pode ter um filho como ele? E como eu, depois de tudo, poderia ficar encantada com aquele sorriso? Comecei a fica indignada comigo mesma.
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  — Babaca. — eu sussurrei.
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  Ele era mesmo um pabo, que me fazia ficar maluca e irritada a todo momento. Joguei as embalagens do lanche no lixo e saí da sala do treinador, todos os jogadores e as líderes de torcida estavam sentados conversando na arquibancada. Exceto MinSoo, que estava em pé no canto com uma menina também do segundo ano chamada Sooyong, ela tinha entrado recentemente para o grupo das líderes de torcida.
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  Eles ficaram em silêncio quando me viram, respirei fundo e comecei a juntar as toalhas primeiro, andando de uma ponta a outra da quadra, parecia que eles tinham espalhado as toalhas de propósito, e isso não era surpresa para mim. Depois que coloquei todas as toalhas no cesto, passei para as bolas que também estavam espalhadas.
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  Permaneci em silêncio todo o tempo com eles olhando para mim entre risos e cochichos, aquilo me dava uma raiva, mas preferi manter minha tranquilidade mínima e continuar minha tarefa. Felizmente, a única coisa que não precisava fazer era varrer ou limpar a quadra, isso o zelador faria com uma máquina apropriada.
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  Voltei para a sala do treinador e comecei a organizá-la, o que me levou a pensar como ele conseguia se localizar no meio de tantos papeis soltos pela mesa. Assim que terminei, percebi um silêncio estranho do lado de fora, saindo da sala, vi que todos já haviam ido embora. Peguei minha mochila e dei alguns passos em direção à porta, até que %Taehyung% me pegou pela mão me virando.
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  — Aonde está indo? — perguntou ele.
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  — Para casa.
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  — Você ainda não terminou. — ele mostrou a bola em sua mão.
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  — É sério isso? — eu o olhei respirando fundo para não bater nele.
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  — Você quer? — ele sorriu esticando a bola.
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  — Não vou jogar seu jogo infantil. — eu tentei pegar, mas ele fez um movimento de jogo se desviando de mim.
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  — Assim você me ofende. — ele se posicionou e lançou a bola, que caiu perfeitamente dentro da cesta. — Se tivesse pedido, eu te daria a bola. — ele piscou de leve para mim e saiu rindo.
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  — Aish, babaca. — eu gritei, extravasando minha raiva acumulada durante o dia todo.
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  Caminhei bufando até a bola e a peguei, segurei algumas palavras de xingamento e soltei outras, coloquei a bola no lugar e saí da quadra, fechando a porta. Eu o avistei de longe saindo pelo portão com seus amigos e aquelas garotas que me enojam, acho que agora eu entendia o porquê de nunca gostar de líderes de torcida.
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  Demorei um pouco para chegar no metrô, meus passos estavam bem lentos e minha atenção bem longe dali, pela primeira vez eu não estava pensando em nada relacionado ao pesadelo. Assim que me sentei na cadeira do vagão, uma pessoa sentou ao meu lado, olhei automaticamente.
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  — Aish. — por que eu olhei?
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  %Taehyung% permaneceu em silêncio, estava com fone no ouvido, fechou seus olhos tranquilamente agindo com naturalidade. Como ele conseguia fazer aquilo mesmo? Me deixava irritada e, odeio admitir, fascinada ao mesmo tempo, intrigada a todo momento. Quando chegou na minha estação, eu me levantei e ele também, fiquei calada para ver o que ele iria fazer.
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  E como eu previ, ele saiu atrás de mim e ficou me seguindo, eu parei e me virei o olhando, ele parou e ficou me encarando ainda com seus fones no ouvido. Seu rosto suave, seu olhar envolvente, um sorriso se formando no canto da boca, respirei fundo e me aproximei dele, retirei seus fone.
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  — Está me seguindo?
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  — Não. — ele pegou os fones e guardou na mochila — Estou te acompanhando.
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  — Como?
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  — Acha mesmo que te deixaria ir para casa sozinha? — ele me olhou sério e pegou em minha mão. — Vamos antes que seus pais fiquem preocupados, vou te levar até a porta.
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  Por essa eu não esperava mesmo, inacreditável seria a palavra certa. E como dito, ele me acompanhou até a porta do apartamento. Quando eu abri, fiquei meio sem graça de não convidar ele para entrar, mesmo me fazendo raiva, eu queria agradecer por ter me acompanhado, e meus pais iriam gostar de ver ele.
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  — Omma, appa! — eu disse ao entrar.
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  — Ah, querida, que bom que chegou. — disse minha mãe vindo da cozinha com uma forma com biscoitos. — Oh, %Taehyung%.
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  — Ele me acompanhou hoje, omma. — eu expliquei meio com vergonha.
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  — Fico feliz por ter vindo. — ela me olhou. — Mas por que ele te acompanhou?
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  — Sua filha se inscreveu para ser auxiliar do treinador no clube de basquete. — ele respondeu tranquilamente como se fosse a coisa mais normal do mundo, cínico.
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  — É! — eu concordei meio que automaticamente.
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  — Que legal, seu pai vai ficar feliz, ele jogou basquete nos tempos de colegial. — ela sorriu animada. — Eu vou colocar os biscoitos em uma bandeja melhor, você vai ficar para o jantar, não é %Taehyung%?
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  — Não, não quero incomodar.
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  — Incômodo nenhum, faço questão. — ela se virou indo para cozinha.
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  — Hyung! — gritou meu irmão correndo em direção a ele.
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  — Nada de correr. — repreendeu minha mãe do corredor.
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  — Desculpa, omma. — Jinho riu. — Hyung, veio jogar comigo?
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  — Não exatamente, mas podemos fazer isso agora.
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  — Legal! — Jinho ligou seu Xbox animado e %Taehyung% se sentou no chão, pegando uma almofada para apoiar suas costas melhor no sofá.
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  Naquele momento eu percebi que já estava totalmente fora de foco, e me virei em direção ao corredor dos quartos.
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  — Não demora. — disse %Taehyung% com sua atenção na televisão.
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  Eu ri alto enquanto caminhava, entrei no meu quarto colocando minha mochila em cima da cama, peguei uma roupa aleatória e fui em direção ao banheiro. Tomei uma ducha rápida e coloquei a roupa no banheiro mesmo, quando saí, %Taehyung% estava na porta de braços cruzados me olhando.
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Por causa de você, meu coração é colorido
No mundo em preto e escuro, no momento em que tento fechar meus olhos
Você faz minha vida colorida.

- Colorful / SHINee

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