Drag Me To Hell

Escrita porLelen
Revisada por Lelen

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Parte quatro • Resultado

Tempo estimado de leitura: 3 minutos

Acordei com o sol batendo em meu rosto e com alguém falando comigo.

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— %Jeremy%, por que dormiu no sofá, garoto? — Ouvi uma voz conhecida murmurar bem perto de mim.

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Abri meus olhos e quase tive um ataque. Lá estava ela, a minha pequena, a minha vida, a minha %Sarah%. Ela usava uma roupa que usaria em seu dia-a-dia: camiseta, calça jeans e seu sobretudo bege. Cocei meus olhos e pisquei algumas vezes, aquilo era real?

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— É mesmo você, %Sarah%? — perguntei sem deixar de encará-la.

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— Sim, %Jem%, sou eu. — Ela sorriu, mas logo parou. — Não devia ter feito isso. — Ela me encarou séria, seus grandes olhos pareciam irados.

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— Eu precisei… — murmurei me encolhendo um pouco envergonhado.

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— Claro… Você foi um idiota, %Jeremy% %Spencer%! — ela exclamou agora um pouco desesperada.

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— E o que vai fazer, %Sarah%?

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— Eu devia ir embora, voltar para de onde eu vim.

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— Não podemos simplesmente aproveitar o que nos deram? — perguntei me aproximando dela.

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— E o que nos deram? — %Sarah% devolveu revirando os olhos.

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— Mais tempo. — Sorri beijando-lhe os lábios, eles continuavam macios, mas o gosto era diferente.

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— Não, %Jeremy%. Sabe o que vai acontecer depois de algum tempo, não sabe? — ela perguntou com seus olhos marejados. — Precisa me deixar ir, %Jem%!

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— Não.

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Claro que eu sabia o que aconteceria depois. O ritual não estava completo. Como todo pacto com o mundo inferior, eu ainda devia uma coisa valiosa a eles: minha alma. Se eu quisesse que %Sarah% continuasse viva eu teria de me entregar em algum momento, se eu quisesse continuar vivo teria de entregar %Sarah% ao inferno e havia também mais uma opção para nós.

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— %Sarah%, não me importo com o que vai acontecer, só quero te ter ao meu lado para sempre — sussurrei abraçando-a.

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— Mas você vai para o inferno! — Ela tentou novamente me convencer.

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— Não me importo se eu tiver você por mais um tempo.

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Ela não havia voltado muito diferente de seja lá onde, continuava doce e meiga, mas seus lábios tinham um gosto de ferro, um gosto estranho que logo descobri a origem. Ela agora só se alimentava de carne crua, com bastante sangue a pingar. Esse era o único fato que me fazia ter certeza de que ela voltara dos mortos, nada mais.

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