Capítulo 25
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Ele estava abaixado, então eu não podia ver seus olhos, porque seus cabelos estavam tapando. E cada um dos fios acinzentados, quase brancos, estavam muito bem alinhados e pareciam tão macios que me dava vontade de tocar. Seu casaco preto estava tocando o chão, enquanto ele terminava de colocar o pequeno curativo sobre o arranhão que sujou minhas calças de sangue, esta que, por sinal, estava com um rasgo na horizontal.
Eu tentava deixar meu corpo inteiro paralisado, não querendo atrapalhar o que ele fazia. E aqui, sentada sobre sua enorme cama com lençóis pretos, eu estava me sentindo tão nervosa que nem conseguia reparar nos detalhes que compunham seu quarto, o lugar do qual eu nunca deveria entrar sem ser convidada.
Eu sei que vou ficar bem, meu machucado nem doía mais, e quando eu voltar para casa de vovó, apenas preciso preparar uma pasta com Erva-Laranja, e esse machucado vai sumir em poucos dias, assim como foi com o corte em minha mão. Mas ele estava sendo alguém gentil agora, se preocupando em fazer esse pequeno curativo, então não posso dizer nada.
Suas mãos se afastam de meu joelho e observo o curativo que ele colocou por entre o rasgo de minhas calças sujas de sangue.
– Obrigada. – Com as mãos sobre as coxas, em nervosismo, agradeço.
Taehyung me olha através dos fios de cabelos que cobriam seus olhos, e depois se levanta enquanto pega alguns papéis sujos de sangue, para ir em direção a porta que levava até o banheiro dentro do seu quarto.
Sozinha dentro do quarto, olho ao meu redor, vendo desde as cortinas pretas e longas que tocavam o chão coberto por um carpete vinho, até os lençóis de seda que cobriam a enorme cama da qual eu estava sentada. Ao lado do enorme guarda-roupas escuro que parecia ser de mármore, havia uma pequena mesa quadrada de madeira, onde um vaso muito bonito de vidro, abrigava alguns lírios que reconheço como sendo os que presentei Taehyung, sei disso por conta do cordão de sisal que amarrava as flores.
Me levanto da cama e caminho até a pequena mesa quadrada, sorrindo minimante por saber que no final das contas, ele acabou gostando das flores, as mantendo em seu quarto. Elas ainda estavam bem cuidadas, exatamente como eu trouxe, com cada um dos caules mergulhados na água do vaso.
Com a ponta dos dedos, toco as pétalas brancas, contendo um sorriso maior que teimava em surgir em meus lábios. Esses lírios se destacavam em tanta cor escura que havia nesse quarto, e isso os tornavam ainda mais especiais
Escuto Taehyung sair do banheiro, e me viro parcialmente para olhá-lo. Seus olhos encontram os meus, e ele me observa por alguns segundos, antes de andar até uma poltrona preta que ficava ao lado direito de sua cama. Ele retira o casaco que vestia, ficando apenas com a blusa preta de gola alta, da qual ele ergue as mangas até os cotovelos. A blusa estava por dentro de suas calças jeans justas, de mesma cor.
– As flores ficaram ótimas aqui. – Encolho os ombros, me sentindo um pouco envergonhada por estar em seu quarto, ao mesmo tempo que me sinto deslumbrada em como ele parece bonito agora.
O longo brinco que ele usava em sua orelha direita o deixava ainda mais charmoso, assim como os dois furos em sua orelha esquerda, com brincos pequenos e simples. Suas unhas estavam pintadas de preto, algo que eu me recordo de ver em Jimin e em alguns de seus irmãos quando os conheci.
De alguma forma, o cinto preto de suas calças deixava sua cintura mais fina, tornando sua imagem elegante. Seu corpo nessas roupas justas, era magro e esbelto, de uma forma que nunca vi antes.
– Como está o seu joelho? – Ele pergunta.
Taehyung coloca as mãos para dentro dos bolsos das calças e caminha calmamente para perto de mim.
– Eu estou bem, nem dói mais. – Sorrio fechado, agradecida.
Ele assente em silêncio.
Sem saber o que dizer, desvio o olhar para os lados, me sentindo nervosa sobre o seu. Olho para algumas direções, fingindo prestar atenção em outras coisas.
– Gostei do seu quarto, tem cores bem escuras, mas acho que combinam com você. – Encolho os ombros outra vez e o encaro de canto de olho.
– Você saiu com o Jungkook? – Ele pergunta, me fazendo voltar a olhá-lo como antes.
Sua feição não era séria, nem irritada, era apática como sempre.
– Talvez eu tenha saído. – Seguro minhas próprias mãos, mexendo meus dedos inquietamente.
Taehyung fica em silêncio outra vez.
– Você saiu com a Amia também. – Encaro o carpete-vinho, dizendo de maneira baixa e um pouco lenta.
Continua mexendo os dedos e encarando o carpete, completamente tensa.
– Mas acho que isso não é muito importante, não é? – Forço um sorriso fechado para o carpete.
– Não é. – Ele responde, e consigo ver quando Taehyung retira as mãos de dentro dos bolsos, e as aproxima das minhas, tocando meus dedos gelados e nervosos.
Com as batidas do coração começando a ficar rápidas, hesitante e gradativamente, volto a encará-lo. Os olhos escuros de Taehyung estavam contra os meus, e o ar que respirávamos no quarto, parecia ter sido substituído por tensão.
Taehyung solta uma de minhas mãos, levado ela até o meu rosto, lugar que ele toca com a ponta dos dedos. Sua mão desliza para parte detrás de minha cabeça, onde seus dedos entram entre os fios loiros de meus cabelos.
Ele começa a aproximar seu rosto do meu, e meu coração acelera de uma vez, me fazendo sentir as batidas rápidas contra meu peito.
– Não é importante. – Ele sussurra com sua boca avermelhada bem próxima a minha e, dessa vez, não sou capaz de me conter ou esperar por ele.
Me sentindo completamente perdida em seus olhos escuros, dou um passo para frente, soltando sua mão e agarrando na blusa de gola, para depois juntar sua boca com a minha em um beijo que ele prontamente retribui.
As mãos de Taehyung vão até a minha cintura, a abraçando e trazendo meu corpo para perto do seu. Solto sua blusa e passo os meus braços ao redor do seu pescoço, levando a ponta de meus dedos até seus cabelos que, como imaginei, estavam incrivelmente macios.
Nossas línguas se movimentam de forma sincronizada e avida, causando alguns barulhos em nosso beijo. Expiro profundamente quando sinto ele me virar e me empurrar para trás, até que meu corpo fique entre ele e o guarda-roupas. Suas mãos escorregam para dentro de meu casaco vermelho e blusa de frio, me fazendo contrair a barriga ao sentir seus dedos tocarem minha pele que começava a ficar quente.
Taehyung leva suas mãos de volta para minha cintura, arrastando seus dedos para cima, me fazendo ter alguns arrepios. Seus lábios se afastam dos meus, indo em direção ao meu pescoço, onde ele começa a distribuir lentos e molhados beijos gelados. Aperto meus dedos contra seu cabelo, suspirando algumas vezes quando sua língua tocava a pele de meu pescoço.
Suas mãos saem de dentro de minha blusa, indo até o topo de meu casaco, desabotoando-o. As batidas de meu coração se tornam mais fervorosas com seu gesto, e me sinto completamente nervosa por isso, eu realmente estava nervosa agora, em todos os sentidos possíveis.
Quando termina de desabotoar meu casaco, ele se afasta de meu pescoço e me encara enquanto desliza por meus braços o casaco, me deixando apenas com a blusa de frio preta. Ele joga meu casaco no chão e me beija de novo, desta vez pressionando seu corpo contra o meu, me fazendo ficar completamente presa entre o guarda-roupas.
Sinto que não posso pensar com clareza agora, definitivamente não posso, e muito menos consigo controlar meus próprios gestos, e nem mesmo as minhas mãos que descem até seu tronco e puxam sua blusa de gola para fora de suas calças, me fazendo sentir por alguns segundos, a pele de sua barriga. Afasto minha mão de seu tronco, sentindo meu rosto esquentar, e agradeço por estar o beijo agora, pois não conseguiria encará-lo neste momento.
Suas mãos deslizam para a lateral de meu corpo e, em questão de segundos, Taehyung agarra a parte detrás de minhas coxas, me impulsionando para cima, de modo que ele ficasse entre as minhas pernas. Me torno mais nervosa, mas suspiro um pouco aliviada quando sinto ele me sentar sobre a pequena mesa quadrada, da qual tive que dividir espaço com o vaso com os lírios-brancos. O celular que estava no meu bolso traseiro acabou saindo de meu bolso e ficando sobre a mesa.
Suas mãos se afastam de mim, assim como seu corpo também e, aos poucos, Taehyung para nosso beijo, quando abro os olhos, o vejo inclinado em minha direção com as mãos uma de cada lado de minhas coxas, sobre a mesa de madeira.
Com o rosto extremamente perto do meu, ele me encara por alguns segundos e depois se agacha na minha frente. Suas mãos tocam meus pés cobertos por botas pretas de cano curto, que ele retira sem presa junto de minhas meias, depois fazendo o mesmo com os seus sapatos e meias também.
Taehyung se levanta e me pega no colo da mesma maneira, e desta vez rodeio sua cintura com as minhas pernas, enquanto ele me leva até sua cama, não quebrando nosso contato visual em momento algum. Lentamente, ele me deita sobre os lençóis pretos de seda e se coloca sobre meu corpo, com as pernas uma em cada lado dos meus quadris, e as mãos da mesma forma, mas ao lado de minha cabeça, sem encostar nossos corpos.
Seus cabelos estavam caídos para frente, assim como seu brinco. Ele sorri quase que imperceptivelmente, e se senta sobre os meus quadris, segurando na barra de minha blusa de frio preta, a puxando para cima até que meu sutiã rosa-claro ficasse à mostra.
Meu rosto volta a esquentar quando ele joga minha blusa para fora da cama, antes de me beijar. Taehyung sai de cima dos meus quadris e se deita sobre meu corpo, me fazendo sentir algo crescendo entre suas pernas, o que fez meu coração dar um grande salto e minha respiração ficar mais rápida.
Seus dedos tocam os meus ombros, segurando nas alças de meu sutiã, as puxando para baixo. O ar gelado do quarto encontra os meus seios que, aos poucos, ficam parcialmente expostos. Taehyung escorrega sua boca para baixo, interrompendo nosso beijo, para que seus lábios molhados comecem a fazer um caminho que começa em meu queixo, passa por meu pescoço e clavículas, e para rente ao meu colo. Ele segura nas minhas mãos, entrelaçando nossos dedos contra a cama, antes que eu sinta seus lábios roçando contra um de meus mamilos. Deixo meu corpo imóvel e o encaro, mas ele estava concentrado em olhar para minha pele exposta. Taehyung coloca sua língua para fora, passando ela lentamente sobre meu mamilo, me fazendo fechar os olhos para me manter calma.
Afastando sua língua de mim, ele aproxima toda sua boca, mordiscando de leve meu mamilo. Aperto meus dedos contra os seus, e ele pressiona minhas mãos contra o colchão, enquanto começa a intercalar entre chupões e mordiscadas nos meios seios que já estavam se tornando cada vez mais rígidos, assim como o volume entre as suas pernas que estava pressionado contra o começo de minha barriga.
Mordo meu lábio inferior, mas não consigo conter os suspiros que se tornam mais altos quando suas mãos grandes tocam os meus seios, fazendo todo o meu corpo esquentar com o seu toque. Minhas mãos vão direto para seus cabelos, na tentativa de amenizar tudo que eu estava sentindo agora.
Taehyung me puxa pra cima pela cintura, me fazendo ficar sobre suas pernas, agora, sentadas sobre a cama. E suas mãos hábeis abrem o feixe do meu sutiã, o jogando para longe. Com as pernas ao redor de sua cintura outra vez, aproveito de minha posição para puxar sua blusa de gola para cima, relevando seu tronco magro e levemente definido, coberto apenas pelo fino colar ao redor de seu pescoço. Segurando sua blusa de gola, encaro sua pele exposta, esquecendo por um momento que meus seios estavam descaradamente de fora, o possibilitando vê-los por completo.
Ele puxa a blusa de gola da minha mão, jogando-a para o mesmo lugar que jogou as outras peças de roupas. Taehyung segura meu rosto e o puxa delicadamente para frente, iniciando mais um beijo, este mais rápido e intenso. Sentada da maneira que eu estava, eu sentia com perfeição o volume no meio de suas pernas roçar algumas vezes contra o interior das minhas, e isso tornava impossível do meu corpo ser quieto. Eu queria poder me mexer ou sair desta possível nada confortável, mas Taehyung parecia mais rápido do que os meus próprios pensamentos.
E sem desfazer nosso beijo exasperado, ele alcança o cós de minhas calças, desabotoando-a e descendo o pequeno zíper. Sua mão permanece por poucos segundos perto do zíper, pois logo em seguida, sem qualquer tipo de aviso ou preparação, sua mão escorrega para dentro de minha calcinha.
Inclino minha cabeça para trás, e abro os olhos, o encarando de forma envergonhada e nervosa. Taehyung inclina sua cabeça para frente, roçando seus lábios nos meus, sem o intuito de iniciar um beijo. Seus dedos tocam minha intimidade pela primeira vez, e ele sorri quando me sente completamente molhada. Seus dedos escorregam para baixo, passando por toda minha intimidade, antes de subir outra vez e começar a se movimentar em lentos movimentos circulares.
Aperto minhas mãos contra seus ombros, e ele me puxa para mais perto com sua outra mão, me prendendo pela cintura. Ele começa a roçar a ponta de seu nariz contra o meu, enquanto meu peito subia e descia com rapidez e eu mordia o lábio inferior com força, reprimindo que algo além de muitos suspiros e respiração alta, saísse de minha boca.
Seus movimentos ficam rápidos e desesperadamente o beijo para abafar os meus grunhidos, mas o barulho que seus dedos faziam toda vez que se movimentavam em mim, tornava cada vez mais difícil que eu me contivesse.
Quando meu corpo inteiro se arrepia, Taehyung afasta sua mão da minha intimidade, me deixando desconfortável no meio das pernas, me sentindo pulsante e incrivelmente molhada.
Seus dedos úmidos tocam a pele de minha cintura, voltando a me deitar sobre os lençóis pretos de seda, para que ele possa puxar minhas calças para fora de minhas pernas, levando minha calcinha-rosa junto. Ele tem um cuidado especial ao passar o tecido áspero por meus joelhos, não querendo descolar o pequeno curativo que fez.
Seus olhos tomam alguns segundos para contemplarem meu corpo despido, observando cada parte com tanta atenção que fazia meu rosto esquentar. E suas íris escuras, parcialmente cobertas por seus cabelos, encontram as minhas, enquanto Taehyung começava a desabotoar suas próprias calças, relevando o topo de sua cueca preta. Minha respiração fica rápida outra vez e me sinto muito mais nervosa.
Isso estava prestes a acontecer, eu não sei se consigo, talvez eu desmaie de nervosismo agora.
Lentamente ele abaixa o zíper, enganchando seus dedos dentro do cós de suas calças e cueca, puxando ambas para baixo, pouco a pouco, relevando seu membro ereto, que faz meu nervosismo se aflorar mais do que parecia possível. Eu não conseguia desviar meu olhar de seu corpo sem qualquer vestígio de roupa, e uma grande onda de ansiedade percorria toda minha espinha por isso.
Taehyung parece notar meu nervosismo.
– Você...
– Não. – O interrompo, sentindo meu rosto esquentar pela milésima vez, enquanto desvio meu olhar. – E-Eu já fiz isso antes... mas não foi bom. – Abaixo o tom de minha voz, me sentindo constrangida por falar isso para ele.
Envergonhada, o encaro, enquanto ele me observa atento.
Taehyung repousa sua mão direta na lateral do meu rosto, aproximando seu rosto do meu, para um beijo calmo e lento. Com a outra mão, ele afasta minhas pernas, e logo depois, o sinto tocar minha entrada com a cabeça de seu membro. Meu corpo fica rígido, mas Taehyung não me deixar parar o beijo, enquanto de forma devagar, ele começa a empuxar seu membro para dentro de mim.
Seguro seus ombros, apertando minhas unhas em sua pele, sentindo uma leve ardência e desconforto no meio de minhas pernas. E embora eu não seja virgem, ter feito sexo apenas uma vez, não tornava isso mais fácil na segunda vez.
Quando ele se coloca por completo dentro de mim, fica parado por alguns segundos, me dando algum tempo para lidar com a ardência que ia embora aos poucos. Separando nosso beijo, abro os olhos, encontrando os seus já abertos. Sua testa e nariz encostam nos meus, e Taehyung começa a se movimentar com cuidado, atento nas minhas reações, até que eu lhe desse o consentimento para ir mais rápido, através de um aceno de cabeça.
Neste momento, sou completamente incapaz de ficar apenas nos suspiros. Minha boca se abre de forma involuntária, deixando o primeiro gemido sair de minha boca. Meu corpo se curva para cima e jogo minha cabeça para trás, fechando os olhos ao sentir todo desconforto dar lugar ao prazer.
Sem parar seus movimentos, Taehyung aproveita de meu momento e distribui beijos por todo o meu torso curvado, desde meu queixo até o meu colo, que se movimentavam a cada penetração. Uma de suas mãos cobre um de meus seios, enquanto ele usa a boca para estimular o outro, tornando impossível que eu consiga acompanhar os seus movimentos por estar completamente perdida em todas essas sensações que pareciam explodir de dentro para fora do meu corpo.
Levo minhas mãos de seus ombros para seus cabelos, os puxando para trás, afastando sua boca do meio colo, para trazê-la até a minha. Eu não consigo explicar isso, mas sinto que posso enlouquecer a qualquer momento, e todo meu corpo quer estar devidamente encaixado contra o seu.
Nós dois tentamos iniciar um beijo, mas parecia impossível agora, não conseguíamos manter o ritmo, estava tudo bagunçado, eu mal podia deixar minha boca fechada para conter todos os meus gemidos.
Desistindo do beijo, Taehyung coloca sua cabeça na curva de meu pescoço, com a boca bem próxima de minha orelha. E bastam poucos segundos para que eu comece a escutar sua voz grave entoar alguns gemidos que ele tentava conter. O meu corpo inteiro esquenta e se arrepia ao escutar seus suspiros de prazer que se misturavam ao som de suas penetrações, preenchendo cada quanto do quarto que não parecia ter ar suficiente para nos manter aqui.
Os seus gemidos se misturam aos meus; o seu membro fazia barulho toda vez que entrava e saia de mim; a cama acompanhava cada uma das penetrações, assim como o brinco em sua orelha; os meus seios roçavam repetidamente contra seu tronco, criando uma fricção que me fazia contorcer os dedos dos pés; minhas unhas apertavam com força a pele de suas costas; os fios de seus cabelos começavam a ficar molhados pelo suor, grudando em sua testa e lateral do rosto; sua boca estava incrivelmente avermelhada e um pouco inchada e, também, entreaberta, com a respiração descompassada por seus gemidos.
Passo minhas pernas ao redor de sua cintura, tentando trazer seu quadril para mais perto do meu, como se isso fosse possível, mas não era, nós já estávamos tão próximos que eu sentia cada parte de seu corpo, que se movimentava cada vez mais rápido.
Sua boca encontra meu pescoço de novo, e com um beijo lento, sinto seus dentes roçassem na minha pele sensível, enquanto Taehyung inspira profundamente o cheiro que minha pele exalava. E não consigo mais me conter com isso, já que enquanto se atenta ao meu pescoço, ele deixa seus movimentos mais fortes, me fazendo quase gritar dentro de seu quarto ao sentir todo meu corpo tremer e relaxar no segundo seguinte.
Taehyung precisa de mais algumas estocadas para chegar ao seu clímax, em um rouco gemido rente ao meu pescoço. Com o tronco descendo e subindo rapidamente, Taehyung me encara, me fazendo perceber que nunca o vi tão bonito quanto antes, era definitivamente como admirar uma pintura que cheirava a sexo.
***
Mantenho minhas pernas juntas, e as mãos sobre as coxas, enquanto permaneço sentada sobre a ponta da cama, sentindo todo o meu rosto esquentar quando encaro a xícara vazia ao meu lado. Xícara essa que antes tinha um chá de tom roxo, do qual Taehyung disse que eu deveria tomar se não quisesse... se não quisesse...
Eu não posso nem pensar nisso.
– O que foi? Está arrependida? – Taehyung pergunta, enquanto passa ao lado e coloca sua blusa de frio outra vez, cobrindo seu tronco levemente definido e pálido.
– Não, eu só... só estou me sentindo um pouco estranha... talvez, envergonhada. – Digo a última parte de maneira baixa, para que apenas eu escute.
Tampo o rosto com as mãos, querendo me esconder agora.
– Acho que é melhor eu ir. – Com as mãos ainda tapando o rosto, falo.
– E o seu amigo? – Escuto seus passos perto de mim, e quando destampo o rosto, o vejo parado na minha frente, com os pés descalços.
– Diga para o Jimin que depois eu volto. – Taehyung me observa por alguns segundos e depois assente.
Ele estende sua mão para mim e me acompanha até a saída da mansão, onde ficamos parados na porta de entrada.
Sem jeito, saio da mansão, sentindo o vento gelado da noite. E timidamente me viro para a porta.
– Até outro dia. – Aceno para Taehyung, que segurava na borda da porta e no batente da porta.
Ele inclina seu corpo para frente, e me dá um longo selinho de despedida.
– Até, Elena. – Taehyung sorri de lado, antes de fechar a porta.
Feito uma idiota, fico parada no mesmo lugar, completamente inebriada por ele, que nem ao menos estava aqui agora.
Eu vim para mansão descobrir o que aconteceu com Caleb, como eu acabei assim com o Taehyung? Por que eu continuo fazendo tudo errado?
***
Sem acreditar no que aconteceu e sentindo meu rosto esquentar várias vezes, volto para casa de vovó, a encontrando na cozinha, preparando o jantar.
– Estava na casa da Lydia ajudando ela? Você demorou. – Vovó me olha sobre os ombros, enquanto mexe algo em uma panela fumegante.
– Desculpe. – Seguro minhas próprias mãos, sem coragem de encarar vovó nos olhos, com medo que ela descobrisse sobre o que eu fiz.
– Não tem problema. Na verdade, quero falar com você sobre isso. – Vovó abaixa o fogo, e se afasta da panela, vindo em minha direção. – Você se machucou? – Seus passos ficam mais rápidos quando ela nota o rasgo em minhas calças e o sangue seco.
– Estava muito escuro lá fora, eu tropecei e acabei caindo. Não é nada, eu estou bem. – Forço um sorriso.
– Você precisa ser menos desastrada, Elena. Não é mais uma criancinha para se machucar tanto. – Vovó me repreende com os braços cruzados. – Como eu estava dizendo antes, eu acho que não vamos mais precisar procurar Caleb.
Vovó suspira.
– Por quê? – Franzo o cenho.
– Eu mostrei aquela carta para a mãe dele, e ela confirmou que era a letra de Caleb. Também disse que o garoto já falava sobre ir embora de Upiór, e que provavelmente foi escondido porque sabia que ela era contra. – Vovó explica. – O garoto criou toda essa preocupação à toa.
Eu não conseguia acreditar nisso, simplesmente não parecia certo, tudo ainda estava estranho, mas agora não tenho forças para debater com vovó, até porque ela me acharia louca se eu contasse o que penso. Tudo que eu preciso agora é de um banho e uma longa noite de sono que me faça esquecer o que fiz hoje, caso contrário, eu vou acabar enlouquecendo de vergonha.
– Isso é bom. – Forço outro sorriso. – Vou tomar um banho. – Falo e vovó assente, voltando para perto do fogão.
***
Me remexo algumas vezes sobre a cama depois que escuto o barulho de passos pesados. E, preguiçosamente, abro os olhos, tendo a visão um pouco embaça, onde, em meio ao quarto escuro e o barulho do vento que batia contra a janela, percebo a figura de minha irmã caminhando por entre o breu do quarto.
– Wendy? – A chamo com a voz embargada pelo sono.
Tento forçar um pouco mais minha visão, vendo que ela estava em seu pijama amarelo da mesma maneira de quando fomos dormir, a não ser pela barra das calças de seu pijama, que pareciam um pouco escuras demais agora, como se estivessem sujas. Mas, com certeza, estou vendo mal devido ao sono.
– Desculpa, eu não queria te acordar. Só estava indo no banheiro. – Wendy sussurra, andando para perto da porta. – Volte a dormir, Eleninha.
