Drácus Dementer


Escrita porHels
Revisada por Natashia Kitamura


Capítulo 2

Tempo estimado de leitura: 15 minutos

  – Levantem! Levantem! Está um dia lindo lá fora.
  Me remexo sobre a cama, contorcendo o rosto em uma careta de desgosto.
  – Já está tarde, vocês precisam levantar.
  Solto um suspiro ao escutar a insistente voz de minha avó.
  Wendy resmunga algo inaudível ao meu lado.
  – Aconteceu alguma coisa? – Abro apenas um olho, espiando a figura de vovó parada a beira da cama, com as mãos na cintura. Ela estava arrumada para sair.
  – Eu preciso ir para a loja, e vocês vão comigo. – Ela responde, sorridente.
  – Não podemos ir depois? – Wendy pergunta, atrás de mim.
  – Não. Eu conheço muito bem você duas, se não forem agora, não irão depois.
  – Que horas são? – Pergunto, estendendo a mão até a cabeceira ao lado da cama, para alcançar meu celular.
  Com a visão um pouco embaçada, encaro o visor luminoso do celular, vendo que marcava dez horas da manhã.
  – Ainda é muito cedo. – Resmungo com a voz rouca de sono
  Vovó suspira alto e agarra o edredom branco que nos cobria, puxando-o para fora da cama.
  – Levantem e se vistam, estou esperando lá embaixo. – E dizendo isso, ela deixa o quarto.
  Sem alternativas, me sento sobre a cama, olhando para qualquer ponto do quarto, na esperança de que meu corpo desperte de vez.
  – Vai, Wendy, não enrola. – Levo minha mão esquerda até as costas de minha irmã, que estava escolhida na cama, e a chacoalho de leve.
  Depois de levantarmos, Wendy e eu tentamos nos arrumar com pressa, para que vovó não gritasse pela milésima vez. E como ela havia dito, o dia estava lindo, com o sol brilhando bem forte do lado de fora, por isso, revirei minhas coisas a procura de alguma roupa que fosse agradável a está manhã ensolarada e calorosa.
  – Use essa saia com a blusa branca de mangas caídas. – Wendy joga duas peças de roupas em minha direção.
  Encaro as peças de roupas em minhas mãos, pensando se deveria ou não as usá-las.
  – Confie na sua irmã mais velha, eu tenho mais experiência.
  – Só temos dois anos de diferença, Wendy.
  – Mas ainda são dois anos. – Ela me lança uma piscadela, e eu reviro os olhos em resposta.
  Com outro grito de vovó vindo do andar de baixo, acabo colocando as roupas que Wendy sugeriu; uma saia azul floral, uma blusa branca de mangas caídas e tênis brancos.
  Ao descermos para o segundo andar e escutarmos alguns resmungos de nossa avó, nós três partimos para a loja. E, durante todo o caminho, vovó cumprimentou praticamente todos que passaram por nós, e alguns deles até nos reconheceram, mesmo tendo se passado muito tempo desde que estivemos em Upiór.
  Talvez, depois de uns quinze minutos, nós finalmente chegamos na loja de vovó, que agora estava com a fachada pintada de rosa-claro, com uma grande placa de madeira entalhada com flores e folhas que representavam as ervas; o sobrenome Van Helsing era o único no meio dos desenhos, indicando o nome da loja.
  – Você pintou... eu gostei. – Digo, enquanto me aproximo da porta com detalhes dourados.
  – Era a cor favorita de seu avô. – Vovó explica, me fazendo sorrir.
  Vovó destranca a porta da loja, nos dando passagem para entrar. Por dentro, tudo era organizado e colorido, seja pelas diversas flores e ervas, ou pelas cores nas paredes, prateleiras e balcão.
  – É como uma loja de bonecas, tudo aqui é tão pequeno e fofo. – Wendy comenta, olhando de forma maravilhada.
  Vovó solta uma gargalhada alta e depois pede para que a acompanhássemos até os fundos da loja, onde tivemos que passar por detrás do balcão e depois por outra porta com detalhes dourados. E com isso, demos diretamente em um quintal dos fundos, um pequeno e adorável jardim dividido entre flores e ervas plantadas.
  – É aqui que eu cultivo tudo que vendo. – Vovó diz orgulhosa, olhando suas pequenas plantações de flores e ervas.
  Haviam delicadas plaquinhas indicando o nome de tudo que estava plantado. E ao fundo, uma simétrica cerca cinza que separava o jardim das árvores da floresta.

***

  Ao passar da manhã e o começo da tarde, Wendy e eu ajudamos vovó em sua loja, que por sua vez permaneceu nos fundos, cuidando de seu jardim, enquanto minha irmã e eu atendemos todos os clientes que entravam pela porta com um pequeno sino ao topo, e até nos arriscávamos montando alguns arranjos de flores.
  – Como estão as coisas por aqui? – Pergunto da porta, vendo vovó ajoelhada em frente a uma pequena muda.
  Com suas luvas brancas, segurando uma pá de mão, ela seca o suor em sua testa protegida por um grande chapéu.
  – Ainda tenho algum trabalho, mas já estou com dor nas costas de ficar abaixada na terra, e com dor de cabeça por conta do sol quente. Já não sou mais moça. – Ela ri, divertida.
  – Por que a senhora não descansa um pouco? – Pergunto, em tom preocupado.
  – Eu ainda tenho mais duas encomendas hoje, preciso esperar pelos clientes. – Ela explica, enquanto leva uma de suas mãos com luvas, até as costas.
  – Nós cuidamos disso. A senhora pode voltar pra casa e descansar. – Minha irmã surge atrás de mim, apoiando seu queixo sobre meu ombro.
  – Wendy tem razão, vovó. Nós cuidamos de tudo e voltamos pra casa assim que a última encomenda for entregue.
  Vovó pensa por alguns segundos, talvez querendo protestar, mas uma careta de dor pinta seu rosto, acho que suas costas, e isso é o bastante para fazê-la aceitar. E depois de guardar seu chapéu, luvas e pá, ela se limpa com um paninho velho e se despede de nós duas, antes, indicando o que deveríamos fazer com as últimas duas encomendas.
  – Vamos sentar lá? – Wendy aponta para porta da frente da loja.
  – Por que você quer sentar lá fora? – Apoio meus braços sobre o balcão amarelo.
  – Passamos o dia todo aqui dentro, quero ficar um pouco no sol. Podemos esperar os clientes lá fora, e quando eles chegarem, nós entramos. – Wendy explica, já tirando o avental branco florido que usava.
  Dou de ombros e retiro meu avental também, deixando junto com o de Wendy em cima do balcão.
  Juntas, caminhamos para fora e nos sentamos na frente da loja, sobre o chão de cimento, enquanto observávamos o belo dia e as poucas pessoas que passavam do lado esquerdo. Já ao lado direito, a única coisa que se podia ver era a entrada da floresta, a loja de vovó ficava literalmente a pelos menos uns dez passos da entrada da floresta, onde uma linha branca separava o vilarejo e as árvores.
  – Está tão bom aqui fora, você não acha? – Wendy apoia as mãos no chão, atrás do corpo, inclinando seu tronco para trás.
  – Sim, é até relaxante. – Solto um suspiro de satisfação ao sentir os raios de sol esquentarem minha pele de forma agradável.
  – Olhe só aquelas flores, Elena! – Meu momento de paz e relaxamento não dura mais que cinco segundos, já que Wendy quase grita, animada.
  Ela aponta em direção a floresta, onde, em meio ao único caminho aberto para passagem, haviam algumas flores dentre tantas árvores e mato.
  Franzo meu cenho ao observar a coloração preta-avermelhada das poucas flores ali, eram apenas quatro.
  – Eu nunca vi flores com esse tipo de cor. – Comento.
  – Nem eu, acho que a vovó não planta essas... e se a gente pegar aquelas?
  Desvio meu olhar até Wendy, que tinha um grande sorriso de expectativa no rosto.
  – Pegar?
  Ela assente.
  – Pegamos, e a vovó pode tirar as sementes e plantar mais. Com essa cor, com certeza venderá muito.
  – Eu não sei, Wendy. Já tem tantas aqui, e você sabe que a vovó não gosta que a gente entre nessa floresta. – Digo.
  – Isso foi quando éramos crianças, Elena. Mas se você não quer ir, fique aí, eu vou. – Wendy se levanta, determinada, e caminha sem pressa até a entrada da floresta, em direção ao pequeno caminho de terra.
  Solto um curto suspiro, e me levanto também.
  Por mais que Wendy fosse dois anos mais velha, eu me sinto no dever de evitar qualquer idiotice que ela tente, e sempre são muitas.
  Me arrasto, sem vontade alguma, atrás de minha irmã, que a essa altura já estava agachada na terra de mato, e arrancava as quatro flores.
  Com as flores em mãos, Wendy se levanta, e começa a andar pelo caminho aberto da floresta.
  – Onde você está indo, Wendy? – Pergunto, apertando meu passo para alcançá-la.
  – Quero ver se encontro mais algumas. – Ela me olha rapidamente sobre seus ombros pequenos, e depois volta sua atenção para o caminho que fazia.
  – Não podemos deixar a loja sem ninguém. – Continuo a seguindo. – Wendy! – Chamo alto, mas ela me ignora.
  Bufo, frustrada.
  Conforme vamos entrando mais para dentro da floresta, fazendo uma pequena curva para esquerda, as árvores pareciam ficar mais altas, e o verde de suas folhas pareciam mais vibrantes. Era muito bonito, não posso negar, o sol refletia as cores da floresta de uma forma única, parecia um grande sonho. Os passarinhos cantavam e voavam por todos os lados, alguns pequenos insetos se arrastavam perto de nossos pés, e várias folhas pintavam o chão de terra.
  Por um momento, fiquei tão encantada com a beleza e os sons da floresta, que só paro de andar quando trombo contra o corpo de Wendy.
  – Acho que não tem mais. – Wendy diz um pouco decepcionada, enquanto segura as quatro flores perto de seu vestido rosa.
  – Vamos voltar então, a vovó conseguirá plantar mais flores apenas com essas que você pegou. – Seguro na mão livre de Wendy, pronta para levá-la de volta a loja.
  Entre o verde das árvores e folhas, e o marrom da terra, uma pequena bola vermelha surge pelo caminho que fazíamos, trazendo uma nova cor para a paisagem da floresta.
  A pequena bola rola lentamente, batendo contra a lateral dos pés de Wendy, que se abaixa para apanhar o objeto.
  – Uma bola? – Minha irmã me olha com confusão, e eu dou de ombros.
  A calmaria da floresta é preenchida por duas vozes e passos apressados que pareciam vir em nossa direção. E em instantes, uma pequena figura de um garotinho surge exatamente onde estávamos, ele vinha correndo, mas para assim que nos vê.
  Seus cabelos estavam desgrenhados, com alguns fios espalhados por sua testa, e sua pele era extremamente pálida, como se todo o seu sangue fosse drenado de seu corpo, o que criava um grande contraste com sua blusa, shorts, sapatos e meias, todos na cor preta. Não posso nem imaginar como é se vestir de preto neste calor todo.
  – A bola é sua? – Wendy pergunta, e o garotinho, assente, sem dizer nada.
  Minha irmã sorri, e se aproxima dele, estendendo a bola em sua direção. E com um pouco de receio, ele a pega de volta.
  – Hyun! Eu já disse para não sair correndo na minha frente, você pode se perder!
  Um segundo garoto surge, esse, mais velho, talvez da minha idade.
  Meus olhos quase se arregalam ao vê-lo parar abruptamente quando nos vê, assim como o garotinho menor.
  Ele era realmente lindo, talvez eu nunca tenha visto alguém tão bonito antes. Seus cabelos eram de um loiro tão claro que se asselavam ao branco, talvez fossem brancos e os raios de sol estavam escurecendo-os um pouco; Sua pele também era pálida, apenas com os lábios volumosos em vermelho; E assim com o pequeno garotinho, ele vestia roupas pretas, roupas bem elegantes para se andar em uma floresta.
  – Boa tarde. – Eles no cumprimenta com um sorriso. – Quem são vocês? – O garoto maior, se aproxima do que segurava a bola vermelha, que aproveita do momento para se esconder atrás das pernas cheias, do mais alto.
  – Ahn? – Chacoalho a cabeça, tentando voltar ao meu estado de lucidez ao invés de encará-lo como se eu fosse uma estranha.
  – Eu nunca vi vocês por aqui. – Ele continua dizendo, com seu semblante gentil, e seus olhos que ficavam pequenos toda vez que ele sorria.
  – Nós viemos pegar algumas flores. – Aponto para Wendy, que encarava o garoto como se ele fosse algum tipo de fantasma.
  – Então fiquem à vontade. – E ali estava mais um de seus sorrisos.
  Um silêncio constrangedor se instala por alguns segundos entre nós, mas é interrompido pelos passos do garoto maior, que se afasta do garotinho com a bola vermelha, e vem em minha direção, parando perto de mim. Ele se inclina para frente, e eu, por impulso e surpresa, me inclino para trás.
  – Na verdade, vocês não querem levar algumas frutas também? – Ele me pergunta seriamente, como se essa fosse uma pergunta importante.
  – F-Frutas? – Me sinto nervosa, e olho para o lado, em direção a Wendy, na tentativa de fazê-la me ajudar, mas ela apenas sorri e me faz um sinal de positivo com as mãos. – Mas eu nem te conheço. – Volto a encarar o garoto, que sorri outra vez, em seus dentes brancos e bem alinhados.
  – Eu sou Jimin, muito prazer em conhecê-las. – Por conta de seu sorriso, seus olhos ficam pequenos de novo, quase se fechando. – Você pode vir comigo agora? – Ele pergunta, mas eu não respondo, então ele toma isso como um 'sim' e segura em meu pulso de forma suave, começando a me puxar pelo caminho da floresta.
  Olho sobre os ombros, exasperada, e Wendy apenas nos segue com divertimento, tendo o garotinho com a bola vermelha, a poucos passos à sua frente.
  Jimin me leva por alguns segundos, até que estivemos em frente a uma grande e larga macieira, onde algumas maçãs bem vermelhas estavam espalhadas pelo chão e pelos galhos pendurados na árvore.
  Ele solta meu pulso e se agacha nos joelhos, pegando uma das maçãs do chão.
  – São bonitas, não são? – Jimin me olha, e tudo que consigo fazer é acenar positivamente com a cabeça. – O gosto também é bom. Acho que ficariam deliciosas em uma torta. Faz tanto tempo que não como uma boa torta de maçã. – Ele sorri e se levanta. – Pegue, experimente. – Jimin me estende a maçã e, sem graça, eu a pego.
  – Acho que vou comer depois. – Forço um sorriso.
  – Eu posso experimentar então. – Wendy para ao meu lado, e toma a maçã de minha mão, dando uma grande mordida.
  – Wendy, não coma coisas que estavam no chão. – Repreendo, mas ela dá de ombros, mordendo mais uma vez a maçã.
  – Está muito boa, Eleninha.
  Jimin ri.
  – Não tem problema, a maçã não fará mal, acredite em mim. – Jimin leva as mãos para trás do corpo, nos olhando de forma amigável.
  – Eu quero voltar. – O pequeno garotinho que carregava sua bola vermelha se aproxima de Jimin, agarrando na blusa de seda preta dele.
  – Nós já vamos. – Jimin encara o garotinho, que fica um pouco emburrado.
  – Acho melhor voltarmos também. Obrigada pela maçã. – Digo, dando alguns passos para trás.
  – Espere, leve mais algumas. – Jimin volta a se agachar, e pega mais maçãs, me entregando cada uma delas. Eram tantas que mal consegui segurar.
  Ainda mais sem jeito por tudo isso, agradeço de novo pelas maçãs, e praticamente corro dali com Wendy, respirando aliviada quando voltamos para a loja.
  O resto da tarde passou com tranquilidade, e felizmente não perdemos os dois clientes. Depois de acertamos as últimas encomendas, Wendy e eu fechamos a loja. E não pude conter minha curiosidade ao espiar a floresta mais uma vez, enquanto trancava a porta da loja, mas não havia nada além das árvores.
  Consegui arrumar uma sacola de pano nas coisas que vovó deixava na loja, e assim, carreguei as maçãs e as flores dentro dela de forma mais fácil. E durante o caminho, não consegui evitar provar uma das maçãs, me surpreendendo com o gosto extremamente suculento que ela tinha, o sabor era realmente único.

  ***

  – Onde arranjaram tudo isso? – Vovó pergunta, assim que coloco a sacola de pano sobre a mesa da cozinha. Ela checou tudo que trouxemos. – Nunca vi esse tipo de flor por aqui. – Vovó nos olha desconfiada.
  – Eu levei algum dinheiro e comprei essas maçãs de um mercador, ele acabou me dando essas flores como agradecimento. – Wendy abraça meu corpo por trás, apoiando seu queixo em meu ombro.
  Ela mente bem, assim como respira.
  – Que mercador? – Vovó continua com seu olhar desconfiado.
  – Eu não conheço, encontramos ele no caminho de volta. – Wendy se mantém calma, dando mais veracidade a sua mentira, fazendo nossa avó acreditar. – A senhora pode arrumar um vaso para colocarmos elas? Acho que ficarão bonitas no nosso quarto.
  Vovó assente, parecendo mais calma.
  – E como a senhora está agora? – Pergunto, tentando mudar de assunto.
  – Estou melhor. Só precisei de uma boa soneca. – Ela responde, divertida. – Acho que temos muitas maçãs agora, o que faremos com elas?
  – Que tal uma torta? – Wendy pergunta, animada.
  Viro minha cabeça para encará-la, e minha irmã me lança uma piscadela esperta.
  – Acho que devo ter a receita de torta de maçã, só preciso achá-la. – Vovó olha em volta, como se procurasse por algo.
  – Elena faz uma torta de maçã com canela sensacional, a senhora deveria experimentar.
  Vovó volta a nos encarar, e sorri.
  – A cozinha é toda sua então. Só não esqueça de colocar um pouco da minha erva-verde junto ao recheio da sua torta.
  E com isso, as duas me deixam sozinhas na cozinha com várias maçãs vermelhas espalhadas pela mesa, todas me fazendo lembrar do estranho garoto de pele pálida que encontrei hoje na floresta.

Capítulo 2
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