Drácus Dementer: Lycanthrope


Escrita porHels
Revisada por Natashia Kitamura


Prólogo

Tempo estimado de leitura: 4 minutos

  – Espera, só mais um pouquinho... tadã! – Lilu afasta suas mãos de mim depois de prender a máscara no meu rosto.
  Ela pula da cama, segurando a barra de seu vestido para não cair, fazendo seus longos cabelos pintados de laranja, balançarem com o movimento.
  – Você está linda, Eleninha. Vem ver. – Lilu vira meu corpo e me empurra até o banheiro do pequeno quarto da pousada onde estávamos desde que chegamos na Transilvânia. – Não sei se dá pra enxergar muita coisa, mas você está linda, pode acreditar. – Lilu pula animada atrás de mim.
  Arregalo um pouco os olhos, ao encarar a minha imagem através do espelho.
  Algumas mechas de cabelo estavam presas para trás, deixando meu rosto em evidência na máscara, enquanto outra parte estava sobre meus ombros descobertos pelo vestido vinho aveludado, e sobre as costas, tapando um pequeno pedaço da marca/tatuagem que carrego até hoje em minha pele. Um grande decote estava exposto, e no começo precisei de um tempo para me acostumar, mas, olhando agora, não parece tão mal assim.
  – Meu Deus, olhe só pra você! – Wendy grita, parando na porta do banheiro.
  Seus cabelos estavam inteiramente presos em um bonito penteado que combinava perfeitamente com o vestido preto que ela usava, assim como o colar de mesma cor.
  – Espero que vocês se lembrem que estamos em missão. – Sally passa atrás de Wendy, indo para o outro lado do quarto.
  – A Sally está certa. Nós só estamos indo para esse baile para descobrir quem mandou as cartas. – Digo, passando ao lado de Wendy e voltando para dentro do quarto.
  – E qual o problema de nos divertimos um pouco? – Lilu pergunta, saindo do banheiro e indo atrás de sua máscara.
  – Eu não confio em você se divertindo. – Sally diz, enquanto esconde uma pequena faca na cinta liga que usava debaixo do vestido escuro, justamente para isso.
  – Vai dar tudo certo. E se não der, nós já estamos encrencadas mesmo. Quero só ver quando o Padre Albert souber que viajamos escondidas. – Wendy se joga em uma das camas de casais que dividíamos, apoiando o peso de seu corpo nos cotovelos.
  – Quando vai avisar ele que viemos pra Transilvânia? – Sally pergunta, pegando sua máscara que estava na mesma cama que Wendy deitou.
  – Antes de sairmos eu mando uma mensagem eu aviso. – Respondo, e Lilu ri de maneira escandalosa, adorando toda essa situação impulsiva em que nos metemos. Ou melhor, em que eu nos coloquei.
  Caminho para perto da pequena cômoda de duas gavetas, onde deixei o envelope que me trouxe até esse lugar distante. Abro ele e puxo para fora o anel de pedra vermelha que veio junto. E, delicadamente, o coloca em meu dedo anular da mão esquerda, já que uso o anel de família na mão direita.
  – Já são quase dez horas. – Wendy avisa.
  – Todas prontas? – Pergunto, ficando de costas para a cômoda de duas gavetas.
  As três assentem, devidamente vestidas e mascaradas.
  – Vamos repassar rapidamente o que faremos. – Digo, colocando as mãos na cintura por cima do vestido. – Não sabemos quem nos convidou, mas pelo local e pela má experiência que tive com bailes de máscaras, provavelmente é um vampiro. Estamos indo para essa festa tentar descobrir quem está por trás de tudo isso. Mas, também, não se esqueçam do que eu falei antes, muitos humanos são hipnotizados ou seduzidos para comparecerem a esse tipo de evento, então, libertem todos que puderem.
  – Pode deixar. – Lilu ergue a barra do seu vestido, deixando uma das suas pernas à mostra, revelando a cinta liga que carregava pequenos frascos de Erva-Amarela.
  – Sem hipnose. Mandaremos todos os humanos pra bem longe desse lugar, Eleninha. – Wendy sorri animada, e quase suspiro com a empolgação dela e de Lilu.
  – Seja o que Deus quiser. – Ergo as mãos para cima, sabendo que a noite da Transilvânia, o covil dos vampiros nos aguardava.

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