Capítulo 20
Tempo estimado de leitura: 11 minutos
Fechos os olhos e respiro fundo, começando a caminhar pelo corredor do oitavo andar. Lentamente me aproximo da sala de música, vendo Taehyung sentado sobre o pequeno banco do piano, de frente para o instrumento quebrado e caído. Ele não se mexia, era como uma estátua, pelo menos, era o que eu pensava até ele olhar em minha direção.
O seu olhar era sem emoção, e não do seu jeito típico e apático, parecia sem vida, vazio.
Em silêncio, me aproximo e sento do seu lado. Ele continua me encarando, mas não diz nada.
– Espero que esteja se sentindo um pouco melhor. – Falo baixo. Ele me encara por mais alguns segundos antes de voltar a olhar o piano quebrado.
– Eu vou matá-lo.
O fito receosamente.
– Vou matá-lo do mesmo jeito que ele fez com ela. – Sua boca era a única a se movimentar em seu rosto.
Suspiro alto.
– Acho que você não deveria pensar nisso agora. Tente apenas ficar melhor. – Falo, sincera. – Eu tenho certeza que é o que ela gostaria. E sei que você se parece muito mais com a sua mãe, do que com seu pai, então não aja como ele, Taehyung.
Ele me encara de canto de olho.
– Eu sou um vampiro, Elena. Você consegue entender isso de uma vez por todas? Pare de me cobrar ações como as suas, porque eu não sou e nem posso ser um humano.
Sei que ele está passando por um momento difícil, mas não vou brigar com ele e deixar que essa raiva de seu pai o consuma.
– E a sua mãe alguma vez ligou pra isso? – O encaro firmemente, e ele devolve o olhar na mesma intensidade.
– Eu não sei como é sentir dor por um mísero corte. Eu não sei como é envelhecer depressa, Elena. – Sua voz se torna um pouco mais alta. – Eu não sei como é sentir prazer ao beber alguma coisa que não seja sangue, ou como é estar em um lugar sem sentir o cheiro do sangue das pessoas. Não sei como é entrar em um lugar sem sentir a presença de alguém. Eu não sei como é ter um corpo quente o tempo todo. – Ele se inclina um pouco em minha direção, enquanto sua voz ganha mais expressividade, acompanhando seu olhar. – Eu não sei como é enxergar as cores do seu jeito. Eu não sei como é estar dentro de uma igreja, porque eu não posso entrar em uma, e não sei como é ser um humano... porque eu sou um vampiro!
Suas palavras me atingem certeiramente, porque eu conseguia sentir a sua dor.
Solto uma grande quantidade de ar pelo nariz, fazendo barulho.
– Você fala como se eu fosse uma humana comum. Eu também passei por isso, Taehyung. – Me mantenho firme, antes de olhar ao redor e pegar uma pequena lasca de madeira no chão, da qual, uso para fazer um pequeno corte em meu pulso.
O vermelho vivo logo se faz presente em minha pele em uma pequena quantidade.
– Isso é o que você é e o que quer, Taehyung. – Estendo meu pulso em sua direção. – Então, quem liga se você é um vampiro? Ela não ligou, e eu não estou ligando agora.
Uma única gota de sangue escorre do meu pulso, pingando sobre o banco do piano entre nós. Taehyung a acompanha com o olhar, antes de me encarar.
Seus olhos voltam a ganhar vida de um jeito único e forte, e Taehyung não é capaz de resistir, pois segura meu pulso, antes de se curvar e tocar seus lábios sobre o pequeno corte, bebendo a pouca quantidade de sangue que fluía dali.
Com os olhos fechados, ele afasta sua boca do corte, e quando os abre, seus olhos estão tão vermelhos quanto o sangue que manchava sua boca. Taehyung me encara como se fosse capaz de me dilacerar, e me puxa pelo pulso, fazendo-me ficar com o rosto perigosamente perto do seu.
– Eu matei milhares, mas não posso matar você. – Seus olhos ferozes, encaram minha boca. – Porque tocar você me faz sentir vivo.
Minha respiração começa a se tornar nervosa.
– E tocar você me faz morrer por dentro. – Confesso, perto da sua boca, antes que ele me beije.
Sem qualquer tipo de delicadeza, sua língua invade minha boca, trazendo junto, o gosto do sangue que compartilhamos. Sinto suas mãos deslizarem por minhas coxas, antes que ele me pegue e me levante do banco. Rodeio minhas pernas em sua cintura e o seguro nos ombros, apertando-os com força.
Afasto minha boca da sua, com a respiração quente.
– Aqui não, Taehyung. – Digo, vendo suas pupilas se dilatarem em meio ao vermelho das íris.
Taehyung volta a me beijar. E com rapidez e agilidade, seu corpo se movimenta. E, em instantes, estamos em seu quarto, que ficava próximo a sala de música, apenas a uma porta de distância.
Com brutalidade, minhas costas se chocam contra a parede ao lado da porta fechada. As mãos de Taehyung voltam a deslizar por minhas coxas, indo para perto do interior delas, fazendo com que uma onda de calor começasse a surgir em meu corpo.
Ele pressiona seu quadril para frente de encontro ao meu, fazendo-me sentir a excitação que crescia entre suas pernas. Separo nosso beijo, respirando com dificuldade. Seguro entre os botões de sua blusa preta de sede, puxando-os para os lados, revelando seu tronco pálido.
Taehyung me coloca no chão e depois se agacha, parando com o rosto rente ao cós das minhas calças jeans. Ele solta o botão e começa a puxar minhas calças para baixo, tirando meus sapatos junto, me deixando apenas de calcinha.
Suas mãos deslizam pelas minhas pernas, antes que ele comece a deixar uma trilha de beijos na minha pele, chegando perto na minha calcinha, que estava começando a ficar úmida. A ponta do seu nariz toca a lateral da minha coxa, bem perto da minha intimidade, me fazendo suspirar. E com um beijo sobre o tecido de renda, ele se levanta, indo em direção à minha blusa branca. Taehyung enfia suas mãos para dentro dela e do meu sutiã, os empurrando para baixo, fazendo meus seios serem expostos por cima do tecido.
Suas mãos deslizam por minha pele sensível, antes que sua língua me toque por pouco segundos, apenas me provando, de modo que eu aperte minhas pernas uma na outra, quando minha intimidade começa a formigar.
Segurando em seus cabelos, o puxo até minha boca para que eu pudesse despejar um pouco de nosso desejo em um beijo molhado e apressado.
Taehyung volta a me pegar no colo, apenas para que depois eu escute o barulho do seu zíper sendo aberto. Com apenas uma mão me segurando, sinto quando ele usa a outra para afastar minha calcinha para o lado, de forma que consiga me tocar com seu membro molhado, deslizando-se para dentro de mim.
Deixo um gemido escapar entre nosso beijo quando ele começa a me estocar com força, sem qualquer preparo, pegando-me completamente de surpresa e me fazendo ainda mais quente.
Enquanto minhas costas subiam e desciam pela parede, nosso beijo se tornava mais cheio e desajeitado, misturando nossas salivas de um jeito ímpio. E com os dedos enterrados entre os fios macios dos seus cabelos, puxo-os para trás toda vez que sentia meu corpo vibra pelo prazer.
Taehyung para de me estocar e movimenta seu corpo com rapidez até que eu sinta a maciez de sua enorme cama. Por cima mim, ele logo tira por completo meu sutiã e blusa. Ele acaba tendo que retirar seu membro de mim por um momento, deixando um pequeno fio de nossas excitações se formar e cair no colchão. Rapidamente, me livro de minha calcinha e ele das roupas que ainda vestia. E incapaz de me controlar, não espero que ele volta para cima de mim, pois logo o agarro enquanto ainda está de joelhos, me sentando em seu colo.
Ele me segura pela cintura e levanta meu corpo e, após posicionar seu membro em minha entrada, Taehyung começa a abaixá-lo, me fazendo deslizar por cima dele.
Eu nunca fiz isso dessa forma, mas não estou me importando agora, não quando estou com ele.
Passo os meus braços ao redor do seu pescoço e deixo minhas pernas uma em cada lado do seu quadril, com os pés apoiados no colchão que afunda quando começo a me movimentar nele.
Suspiro baixo quando Taehyung ergue seu quadril de encontro ao meu, fazendo a sensação ser ainda mais prazerosa. Ele se inclina para frente, me beijando com fervor, enquanto meus movimentos se tornam mais confiantes.
Sua mão vai para parte detrás do meu pescoço, onde ele segura o lugar com firmeza, deixando nosso beijo mais intenso, tornando minha mente tonta dentro do próprio corpo. E, por isso, acabo afastando nossas bocas quando não consigo controlar a imensa vontade de gemer seu nome.
Fecho os olhos e pendo meu corpo para trás, enquanto me mexo sobre Taehyung, que desliza suas mãos por minha barriga até chegar em meus seios, onde ele os aperta com muita vontade, quase me fazendo gritar de prazer. E permanecemos assim por mais alguns minutos, antes que ele empurre meu corpo para trás, me deitando na cama.
Outra vez por cima, Taehyung sai por completo de dentro de mim, entrando com uma força e rapidez que fazem minha intimidade pulsar. Seu tronco encosta em meus seios e seu rosto vai em direção ao meu pescoço, que ele beija para depois enterrar suas presas em minha pele, fazendo-me gemer de dor.
Enquanto bebia meu sangue através da marca que ele mesmo fez, Taehyung me estocava com mais veracidade, fazendo a dor se transformar em prazer. E isso parecia tão errado, muito errado, algo excitantemente sem perdão, porque eu estava gostando.
Quando se sente satisfeito, Taehyung afasta sua boca do meu pescoço e me encara e, nesse momento, enxergo o inferno dentro dos seus olhos vermelhos.
Com uma mão apoiada do lado da minha cabeça, sobre o travesseiro, ele segura a cabeceira da cama com a outra, de modo que consiga tomar mais impulso para entrar e sair de dentro de mim.
O som do nosso sexo molhado se misturava aos nossos gemidos altos, enquanto a cama batia com força na parede, nos balançando.
Aos poucos, os cabelos de Taehyung começam a grudar em torno do seu rosto, e seu corpo pálido ganha o brilho do suor. Seus olhos parecem queimar e seus lábios cobertos de sangue ficavam entreabertos para que ele me oferecesse vários gemidos, que me arrepiavam.
A cama continua batendo na parede, enquanto me contorço embaixo de Taehyung, que não tinha qualquer delicadeza ao me estocar, colocando em mim toda a sua raiva por essa noite miserável.
Pego um dos travesseiros perto de mim e cubro o rosto, quando sinto vontade de gritar pelo prazer. Aperto-o com força até sentir meus dedos rasgarem o tecido fino, tocando as plumas que o enchiam por dentro.
Meu corpo se curva quando um arrepio me faz contorcer os dedos do pé, enquanto sinto toda minha excitação escorrer sobre o membro de Taehyung. O travesseiro abafa o grito que solto quando alcanço o meu ápice.
Taehyung tira o travesseiro de cima do meu rosto, fazendo-me perceber que minha visão havia escurecido parcialmente, como se eu, literalmente, fosse desmaiar de prazer. No segundo seguinte, ele mistura nossas respirações descompassadas em um beijo, enquanto continua se estocando com força para dentro de mim, até conseguir se desfazer de forma quente.
Ao mesmo tempo que sua excitação escorre para dentro de mim, me preenchendo, Taehyung me beija com vontade, fazendo o barulho do nosso beijo ecoar por todo o quarto.
Ele se afasta lentamente, abrindo seus olhos para me encarar. Seguro seu rosto entre as mãos, e ele retira seu membro de dentro de mim, enquanto sinto um pouco do líquido quente pingar de minha intimidade para o colchão.
Taehyung se deita, colocando meu corpo deitado sobre o seu, enrolando nossa nudez nos lençóis vermelhos e sujos com nossa excitação. Da maneira como eu estava agora, eu conseguia ver com perfeição as rachaduras na parede atrás da cama, causadas pelo fizemos.
Me fitando com seus olhos de vampiro, Taehyung passa as costas dos seus dedos pela lateral do meu rosto.
– Obrigado por estar aqui. – Sua voz grave soa baixo, apenas para que eu o escute.
Seguro a mão que afaga meu rosto e inclino meu rosto, dando-lhe um selar cheio de sentimentos.
– Eu sempre vou estar. – E algumas gotas de sangue escorrem por meu pescoço.
