Daughter

Escrita porNatashia Kitamura
Revisada por Natashia Kitamura

Capítulo 4

Tempo estimado de leitura: 12 minutos

  %Caroline% estava morando numa pensão. House não a convidara para morar consigo, ela tampouco pediu a ele. Apenas ia ao hospital quando era convidada - nunca pelo pai - e tentava o máximo se manter longe dele. Sabia que o homem não se sentia confortável com sua presença e o que menos queria era que ele também não gostasse da companhia dela.
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  - Nem o exame de sangue, nem de urina, nem--
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  - Resumindo. - House corta Chase. - A mulher tem uma doença que está evoluindo perigosamente e não há testes que indique alguma solução.
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  - Ela tem piercing interno na coxa? - %Caroline% olhava para um raio-x. Os quatro a olham.
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  - O lugar é um tanto quanto inadequado, mas...
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  - Não, não tem. - Cameron corta House, que a olha como se ela fosse a maior estraga prazeres.
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  - Então isso é algum problema bem grande para que tenha aparecido no raio-x.
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  House se aproxima da filha e olha o exame. Sorri.
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  - Não é a toa que tem minha genética. - e se dirige para a lousa do escritório enquanto os outros três se dirigiam para perto da luminária onde se analisava o exame e %Caroline% seguia de volta para seu canto de sempre. - Ela tem o verme...
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  - Carne suína. - Cameron novamente o corta. - Faz todo sentido.
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  - Comecem o tratamento. - House ordena e os três logo saem do escritório, deixando pai e filha sozinhos. - Você não espera que eu...
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  - Não. - ela pega seu livro de volta e se senta na cadeira ao canto. Tosse fortemente e respira fundo.
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  - Desde quando? - ele apoia em sua bengala e ela levanta a cabeça. - Essa sua tosse.
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  - Dois dias. Já estou me medicando.
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  - É mesmo? E com o quê?
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  - Anatrex.
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  - Remédio para dor de cabeça para curar uma tosse. É. Você se preocupa mesmo com sua saúde.
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  Ela sorri e balança a cabeça.
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  - Vá até o lobby principal e pegue a ficha do quarto 3940. - ele caminha até sua sala. A menina suspira e se levanta. - E pegue um Coretran para essa garganta.
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  Ela o fica olhando por mais alguns minutos até se mover para fora da sala, chamando a atenção do homem, que pega seu telefone e digita um número:
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  - Aqui é o doutor House, gostaria de marcar um horário para o MIR. Não, paciente mulher, 20 anos, problemas no coração. Olá, eu sou o médico aqui, apenas marque o horário.
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  - House, ela não vai concordar...
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  - Provavelmente, mas tenho certeza de que se eu parecer bem preocupado e paterno, a probabilidade dela ceder aumenta. - o médico caminhava com sua equipe logo atrás de si. Haviam acabado de sair de um caso e ele estava interessado até demais na situação da própria filha. - Eu gostaria de uma desculpa muito bem feita para a demora de uma hora para trazer uma simples ficha até meu escritório. - ele diz ao ver a garota apoiada no balcão do lobby esperando.
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  Ela se vira para ele e os quatro arregalam os olhos.
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  - Minha boca está seca, perdi o tempo na farmácia procurando por um...
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  - MIR. Agora. - ele corta a garota que tinha seu aspecto pálido e a boca quase branca e desidratada.
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  - O que--
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  - Vamos lá, %Caroline%. Você não está bem. - Chase diz se pondo a frente e segurando a garota, para encaminhá-la ao laboratório.
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  - Mas eu--
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  - %Carol%? - ouvem atrás de si. Os cinco se viram e a garota arregala os olhos, dando dois passos para trás. - %Caroline%! O que aconteceu com você? - o garoto se aproxima e ela se afasta ainda mais.
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  - O que faz aqui? - ela pergunta, se afastando.
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  - Você faltou essa semana nas aulas, vim ver o que--
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  - Você não tem que se preocupar comigo, Jake.
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  - Claro, você está muito bem, eu vejo. - o garoto ironiza a fazendo abrir a boca para responder, mas ao invés disso, começa a tossir.
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  - Por que ninguém obedece ao médico quando ele manda alguma coisa com calma? - House diz caminhando em direção ao laboratório. - Você - aponta para Jake. -, se quer ajudar, fique aqui. Ou volte depois. %Caroline% não estará disponível pelas próximas quinze horas.
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  - E quem é você? - Jake pergunta vendo os outros três médicos saírem em direção ao elevador com %Caroline% junto de si. House o olha e suspira, revirando os olhos.
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  - Adolescentes, nunca sabem o momento certo de parar. - e olha para o garoto. - Sou o médico de %Caroline%...
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  - Eu faço medicina, sei o que...
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  - E pai dela.
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  Jake se cala.
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  - O pai dela é Kyle--
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  - Sou o pai biológico dela. - House diz se afastando. - Eu mandarei lembranças.
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  - Negativo. Sem problema em nenhuma parte do corpo. - Cameron dizia na sala. - Cérebro em ordem, nervos em ordem, músculos em ordem, se isso o que ela tem é uma doença, é uma rara.
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  - Nenhuma doença pode se esconder assim. Christie disse que o coração está fraquejando.
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  - Vem diminuindo os batimentos a cada hora. É invariável. - Foreman diz.
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  - Artérias, veias...
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  - Abertas e funcionando. De certo, é apenas o coração que está fraquejando e mandando mensagens para o cérebro, que interpreta como problema de respiração, mandando mensagens então para o pulmão, que bombeia mais rápido, descompassando com o próprio coração. - Foreman dizia sério. House então balança a cabeça.
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  - Então o próprio coração está matando o corpo inteiro.
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  - Não faz sentido. - Chase diz. - Um coração começar a mandar mensagens assim sem nenhum histórico de doença anterior ou ingestão de tóxico?
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  - Problemas neurais? - Cameron olha para todos.
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  - Impossível, o cérebro funciona melhor do que qualquer coisa ali. - Foreman responde.
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  - Histórico familiar? - ela tenta novamente. Os três olham para House, que olha para sua perna.
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  Compreensão.
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  - Ataque cardíaco inotável. - falam juntos.
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  - Sem cura. - Wilson diz com os braços cruzados. - Pensem da seguinte maneira, o que House teve nos músculos em sua coxa - e aponta para o tal. -, %Caroline% tem no coração.
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  - Não é impossível? - Cameron pergunta.
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  - Aparentemente, parece que não. Só o que podemos fazer é assistir seu coração acabar com seu corpo inteiro.
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  "Emergência no quarto 3423, doutor House dirija-se imediatamente para o local."
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  Todos se entreolham e correm para o quarto no mesmo andar.
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  - Convulsão, Ciretrix 3mm. - Chase diz se dirigindo a %Caroline%, que tremia na cama. Os quatro faziam um trabalho árduo enquanto House observava a filha com sua séria expressão pensativa. Toda doença tinha uma cura, seja ela descoberta ou não.
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  - 70% de melhora, porém não se sabe até quando isso vai durar. - Chase diz olhando para a garota que caminhava do lado de fora da sala com o soro pendurado num cabideiro que se arrastava ao seu lado.
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  - Ela melhora e piora. - Cameron diz também olhando a menina e então o garoto que viera dias antes a visitar.
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  House se levanta e dirige até sua sala, fazendo os três se entreolharem.
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  - E Gregory House tem coração. - Foreman ironiza se levantando para se servir de café.
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  - Não seja tão maldoso, Eric, ela é a filha que ele não sabia que existia. - Cameron diz tristonha. - Conhecê-la justamente porque ela vai morrer?
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  - Chame-a aqui. - ouvem a voz de House. Chase olha para os dois e se levanta, seguindo para fora da sala e indo até %Caroline%, a chamando para entrar, o que é acompanhada do garoto Jake. - Não minta para mim - House diz saindo de seu escritório e olhando para a filha, que nada diz. -, qual o real motivo de você ter vindo até aqui? Não foi para ver um homem que cooperou na sua fertilização.
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  Cameron estava surpresa com o que ouvira. Sabia que House era um tanto quanto insensível, porém extremo assim era impossível de imaginar. A garota assente.
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  - Vamos lá, não é uma pergunta difícil. Que eu saiba, é seu coração que está com problemas, não suas cordas vocais ou seu cérebro.
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  - Eu queria saber como você era.
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  - E... ?
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  - E saber se você conseguiria descobrir a cura.
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  - Voilá! - ele sorri e a garota se mexe desconfortável. - Há sempre um interesse maior que o emocional envolvido.
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  - Eles me falaram que você é o melhor médico daqui. Não que eu quisesse tratamento gratuito, eu posso pagar--
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  - Não, você não pode. Porque você não tem seguro de vida e o salário que você recebe no seu trabalho em uma loja de conveniências só dá para pagar sua pensão e sua alimentação. E tirar notas boas na faculdade e ajudar o professor faz com que alguém tenha uma bolsa de estudos. Mas quem se importa com isso? Eu quero saber que tipo de medicação você foi induzida pelos seus professores, sábios professores que se acham bom o suficiente para ensinar medicina mas não tão bons assim em praticá-la.
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  - O quê? - Jake perguntava fraco com todas as acusações. - Ela só queria sua atenção, qual o problema em da--
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  - Jake. - %Caroline% o corta, olhando para o pai. Todos estavam um tanto quanto confusos e desconfortáveis com toda a situação. A garota respira fundo. - Cobaia. Vírus de Strauss.
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  House assente e os outros três médicos fecham os olhos pesarosos.
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