Daejeon

Eu levei Sunny para o banheiro o mais rápido possível, precisava lhe aquecer para que não pegasse resfriado. Após um banho quente, a levei para meu quarto e coloquei uma blusa de moletom nela como pijama improvisado. Enquanto isso, %Suho% preparou uma generosa xícara de chocolate quente e levou no quarto, para que eu desse a criança, que entre soluços de um possível choro, tomou com bastante incentivo meu.

  — Tome querida, assim ficará quentinha — repeti novamente assim que ela tentou me entregar a xícara ainda na metade.

  Assentindo novamente, ela terminou de tomar o chocolate. Voltei meu olhar para %Suho%, que se encostava na porta, por alguns instantes.

  — E agora? O que pretende fazer? — perguntou ele.

  — Tenho que ligar para o pai dela e tentar entender como ela chegou aqui.

  Apesar de ter levado Sunny uma vez no apartamento, em extremo caso de urgência, em que sujamos seu vestido de sorvete, seria um tanto surreal uma criança guardar o caminho de uma vez só.

  — O zelador disse que foi um professor que a trouxe aqui, ela estava em frente ao prédio da escola onde trabalha — disse %Suho% ao desligar o telefone.

  — Será que foi o professor Han?! — me perguntei. — Me sinto aliviada por terem encontrado ela.

  — Se quiser posso ligar para o pai dela — disse ele.

  — Faria isso? — o olhei. — Não quero deixá-la sozinha.

  — Claro. — Ele sorriu de canto.

  — Obrigada, %Suho%. — Sorri de volta.

  Me aproximei um pouco mais de Sunny, assim que ela me entregou a xícara, me aconcheguei ao seu lado então ela aninhou-se em meu braço, aos poucos comecei a acariciar seus cabelos e a cantarolar uma música aleatória. Assim que ela pegou no sono, saí do quarto deixando a luz do abajur de Yuri acesa, então voltei para sala.

  — %Nalla% — disse %Baekhyun% ao me ver.

  — Boa noite, %Baekhyun%. — Adentrei um pouco mais passando por %Suho%, que se dirigia ao corredor.

  — Onde ela está?

  — No quarto dormindo. — Me coloquei a alguns passos dele.

  — Não entendo o motivo dela ter fugido desta vez — seu tom frustrado estava tão aparente quanto o olhar preocupado.

  — Nem sei o que dizer, ela estava progredindo tanto — comentei.

  Olhei para %Suho% de relance, encostado na parede, com as mãos no bolso e de cabeça baixa.

  — Aconteceu alguma coisa que pudesse ser um gatilho para isso? — perguntei tentando entender. — Você brigou com ela?

  — Não, eu jamais… Tenho me esforçado ao máximo para conquistar o afeto de minha filha, eu não sei o que poderia tê-la incentivado a fazer isso… Como disse, estamos progredindo.

  Fiquei em silêncio e pensativa por um tempo.

  — Eu sei que não deveria pedir, mas deixe-a aqui esta noite — pedi a ele. — Pode ser pior ainda se ela acordar e não me encontrar, ou se ver novamente no lugar de onde fugiu.

  — Confesso que me dói saber que minha filha se sente mais segura com você do que comigo — seu tom amargo não me abalou. — Espero que não se ofenda.

  — Não me ofendi, eu te entendo. — Respirei fundo. — Mas agora, o que importa é ela se sentir confortável.

  — Você tem razão, como sempre. — Ele se sentou no sofá abaixando a cabeça. — Sou o pior pai do mundo, não consigo criar minha filha e nem ser presente em sua vida.

  Eu não sabia o que dizer e nem como confortá-lo, me sentei ao seu lado e o olhei de forma gentil, então peguei em sua mão para que voltasse sua atenção em mim.

  — %Baekhyun%… Sunny precisa de você — disse direta e abertamente — Eu não sei o que aconteceu com a mãe dela, mas ela ainda tem um pai, e mesmo que possa ser difícil agora, vocês dois têm um ao outro e com certeza se amam muito, são uma família.

  — Ela nos deixou — disse %Baekhyun%.

  — Como?

  — A mãe da Sunny nos deixou. Mina foi uma namorada que eu tive no primeiro ano da universidade... Estávamos bem juntos, eu tinha planos de pedí-la em casamento após a formatura, mas muito antes disso ela desapareceu por um tempo, então no ano passado Sunny apareceu na minha vida, foi deixava na recepção da minha empresa com uma carta da mãe dizendo que era meu dever cuidar da nossa filha a partir de agora. — Ele manteve seu olhar para baixo, era nítido que segurava as lágrimas. — Ainda me sinto perdido com tudo isso, por não saber amar minha filha como deveria.

  Oh céus! A história era ainda mais profunda e complicada que eu imaginava, respirei fundo e limpei algumas lágrimas que apareceram na emoção de ouvir aquelas palavras. %Baekhyun% não era um péssimo pai, ele só precisava aprender a ser um.

  — Deve estar sendo difícil para ambos essa realidade, mas sei que você ama sua filha, vejo isso em seus olhos, então não desista de ser o pai que ela precisa que seja. — Mantive segurando em sua mão e sorri de forma singela.

  — Eu não consigo sozinho. — Seu olhar veio de encontro ao meu como um pedido de socorro. — Me ajuda, por favor.

  Assenti com a face mantendo meu olhar suave.

  — Obrigado — sussurrou ele.

  — Eu que agradeço em poder ajudar.

  — Eu preciso ir, amanhã de manhã, volto para buscar a Sunny — disse ele se levantando.

  — Estaremos te esperando — assenti.

  Guiei %Baekhyun% para o quarto de Yuri por alguns minutos para que visse a filha, então o levei até a porta. Ele parecia um pouco mais confiante e seguro antes de ir, talvez por eu ter dito que lhe ajudaria, ou por ter desabafado comigo. Suspirei fraco ao fechar a porta e voltei meu olhar para %Suho% adentrando a cozinha, indo pegar algumas tigelas no armário.

  — Você não comeu ainda — comentou ele puxando a cadeira para que eu me sentasse.

  — Você é incrível, sabia? — Me sentei. — Obrigado por hoje.

  — Não precisa agradecer. — Ele terminou de colocar a panela com a sopa na mesa e se sentou na cadeira de frente para mim. — Percebi que o assunto é mais complicado que imaginei.

  — Lidar com criança já não é fácil, e agora sabendo o que aconteceu com Sunny... — Mantive meu olhar no quarto. — Aquela criança passou por muitos traumas, sua relação com a mãe provavelmente não foi boa antes, ela foi abandonada e não vê segurança no pai.

  — Você acha que consegue ajudá-los? — perguntou com um olhar preocupado. — Talvez seja algo pesado demais.

  — Sei que não será fácil, mas não posso cruzar os braços e não fazer nada, mesmo que seja um empurrão, quero dar para que ambos possam ser felizes — respondi. — Não sei como poderei ajudar, mas vou continuar tentando.

  — Então, acho que precisa de uma noite longa de sono.

  — Tem razão. — Sorri de leve.

  — Mas antes, vamos atacar essa comida — brincou ele.

  Ri um pouco e agradeci novamente.

  Na manhã seguinte, assim que %Baekhyun% chegou, sugeri a ele que fôssemos ao parque, nosso café da manhã seria um divertido piquenique com Sunny, assim todo aquele trauma da noite passada poderia ser suavizado com uma manhã alegre entre eles. Sunny prontamente me ajudou a preparar os sanduíches enquanto seu pai fazia algumas ligações para desmarcar seus compromissos na sua empresa.

  — Tem certeza que não quer vir junto? — perguntei %Suho% antes de sair.

  — Não, esse é um momento em família onde não irei me encaixar — disse ele.

  — Eu não sou da família e estou indo — retruquei.

  — Você é exceção — ele sorriu. — Obrigado por me convidar, mas eu também tenho um compromisso.

  — Não vá trabalhar demais — brinquei.

  — Sim senhora — ele riu. — Bom piquenique para vocês.

  Eu sorri de volta e sai. %Baekhyun% nos levou até uma parte da cidade em que havia um mirante, onde a vista para toda Daejeon era encantadora. Foi fofo ver a forma que %Baekhyun% interagia com a filha, por horas ele se tornou quase uma criança ao brincar com Sunny, e o sorriso em sua face ao olhar para o pai por instantes me fazia esquecer as lágrimas da noite seguinte.

  — Não acredito que já está cansada — disse assim que ela se sentou ao meu lado, já apoiando seu corpo no meu.

  Ela assentiu com um sorriso, mas ficou séria de repente.

  — O que foi? Por que ficou triste? — Meu olhar ficou preocupado.

  Sunny se manteve com o olhar baixo e apontou para a flor que estava desenhada em minha blusa. Não entendia direito o que significava, até perceber que já havia dias que não a via com a flor que eu lhe dei.

  — Sua flor sumiu?! — perguntei.

  Ela assentiu com a cabeça novamente.

  — Não precisa ficar triste por isso, eu vou te ensinar a fazer uma flor ainda mais linda. — Sorri para ela, que olho mostrou um olhar mais esperançoso.

  — Eu também quero aprender a fazer essa flor — disse %Baekhyun% ao se sentar de frente para nós duas.

  — Vou ensinar os dois então — ri de leve. — Nos meus tempos do ensino médio, me chamavam de rainha dos origamis.

  — Hum… Uma bela rainha — comentou ele de forma direta e levemente espontânea.

  — Obrigado. — Tentei não ficar muito envergonhada pelo elogio, e logo olhei para Sunny e seu sorriso sapeca.

  Vasculhei por alguns instantes minha bolsa até achar meu bloco de notas de folhas coloridas, então entregando uma para cada um, comecei a explicá-los como fazia o mais simples origami de flor. Sunny se divertiu ainda mais ao ver seu pai todo confuso com suas dobragens, enquanto eu seguia rindo das caretas que ele fazia, seu olhar de criança abandonada ao me pedir ajuda foi a melhor parte.

  — Hoje eu aprendi que definitivamente não levo jeito para origamis, nem mesmo com a ajuda de vossa majestade — brincou ele ao pegar a cesta que utilizamos para transportar as coisas.

  — Não deveria desistir assim — disse segurando o riso. — Você até que foi bem para a primeira vez.

  — Uma simples flor e não consegui fazer, que negação.

  Sunny que estava segurando minha mão, riu novamente do pai.

  — E você ainda ri de mim, mocinha. — Ele a olhou tentando falsamente mostrar indignação. — Vai passar a noite me ensinando a fazer essa flor.

  Ela assentiu ainda rindo, mostrando empolgação pelas palavras dele.

  — Eu terei que deixá-los agora — anunciei.

  — Por quê? Achei que fosse almoçar conosco — perguntou ele.

  — Bem, tenho uma reunião com a diretora, ela soube que Sunny apareceu na escola, então certamente terei que contar tudo o que aconteceu — expliquei. — Ainda sou a professora responsável por essa mocinha, e como o professor Han levou para minha casa e não a sua…

  — Entendi, se houver algum problema para você, me avisa, posso ir em sua defesa.

  — Agradeço a preocupação e ajuda, mas creio que após esclarecer tudo, não haverá problemas para mim.

  — %Nalla%. — Ele segurou em minha mão e me olhou de forma profunda. — Obrigado, não sei o que seria de mim e de Sunny se não tivesse entrado em nossas vidas.

  — É um prazer ajudá-los.

  Em um piscar de olhos, ele me puxou para perto e me abraçou de forma carinhosa e acolhedora, certamente em agradecimento. Não deveria, mas estranhamente meu coração se aqueceu com aquele abraço, me fazendo sentir paz e alegria.

  — Bem… — eu me afastei um pouco dele. — Preciso ir agora.

  — Posso te levar se quiser — ofereceu ele.

  — Não precisa, aproveita para aproveitar mais a manhã com Sunny. — Eu me abaixei para ficar da altura dela. — E você, mocinha, guarde bem essa flor.

  Sunny assentiu e sorriu.

  — Vejo você amanhã. — Sorri de volta e me levantei. — Se precisar de algo, não hesite em me ligar.

  Ele sorriu em agradecimento e eu me afastei deles. Ao longo do caminho até a escola fui reunindo forças e pedindo a Deus para me ajudar a enfrentar a diretora Lee e suas regras cansativas.

  As semanas foram passando…

  Comigo dividindo meu tempo entre dar aulas, orientar Sunny com as atividades externas e agora substituir a professora Choi como orientadora dos alunos, certamente a diretora Lee achava que eu não trabalhava o suficiente. Ainda tinha minha dissertação de mestrado que andava ainda mais lenta que bicho preguiça, eu tinha tantas coisas para pesquisar, dados a coletar e estudo de caso para registrar que não sabia como estava sobrevivendo àquele estágio. Estava sendo uma oportunidade única para mim, mas cansativa, física e psicologicamente.

  Felizmente, após aquele fatídico episódio, %Baekhyun% estava mais participativo com a rotina diária da filha, estando até mesmo presente em algumas das aulas ao ar livre. O que me ajudava bastante, já que em raros momentos conseguia uma certa interação de Sunny com outros alunos, principalmente nas aulas de artes.

  — Ela realmente se diverte com você — comentou %Baekhyun% ao ver a filha brincando com bolhas de sabão.

  — Acredite, ela está mais feliz assim porque você está aqui — assegurei. — É bom que esteja tendo esse tempo de qualidade com ela, isso aumenta sua confiança e o amor entre vocês.

  — Já disse que devo isso a você?! — Ele me olhou e sorriu, um olhar de gratidão nítido. — Muito obrigado.

  — Já disse que é um prazer ajudar?! — ri de leve e voltei meu olhar para a criança. — Em pouco tempo, desenvolvemos um grande carinho uma pela outra.

  — Você foi a melhor coisa que aconteceu em nossas vidas. — Seu olhar se mantinha em mim, um toque de sinceridade e talvez até intensidade.

  O que fez meu coração acelerar um pouco.

  %Baekhyun%, apesar de sério e silencioso na maioria das vezes, no fundo conseguia demonstrar o quão atencioso e protetor era. Não somente com a filha, mas surpreendentemente comigo, quando se preocupava em me levar para casa ou pagar o meu jantar, quando me perguntava sobre meus alunos e minhas aulas era ainda mais intrigante. O que se tornou inevitável não pensar nele durante algumas horas do dia, já que nos aproximamos tanto por causa de Sunny.

  — Então, se divertiu, mocinha?! — Abaixei-me ficando em sua altura.

  Ela assentiu dando um sorriso e me abraçou de forma espontânea, senti aquilo como forma de agradecimento.

  — Não foi somente ela que se divertiu. — %Baekhyun% segurou em minha mão. — Obrigado, graças a você, meu coração está aquecido novamente.

  Eu poderia dizer o mesmo, mas me mantive em silêncio com um sorriso singelo em minha face.

  — Olha só quem está acordado — disse ao ver %Suho% sentado no chão da sala lendo alguns papéis. — Que bom saber que não sou a única louca que trabalha de madrugada.

  Ele me olhou e riu.

  — Perdeu o sono? — perguntou.

  — Sim.

  — Aconteceu alguma coisa?

  — %Baekhyun% me pediu uma coisa e não sei o que vou responder. — Suspirei fraco. — Mas não quero pensar nisso agora.

  Caminhei até ele e me sentei no chão ao seu lado.

  — Tem certeza que não quer conversar sobre? — insistiu ele.

  — Tenho. — Olhei para sua mão. — E você? O que faz aí?

  — Analisando alguns documentos, processo de separação — respondeu.

  — Por que as pessoas se casam para depois separar?! — me perguntei em voz alta.

  — Porque a maioria não são maduras o suficiente para continuarem casadas — respondeu ele.

  — E o que você acha sobre o casamento? — perguntei.

  — Algo pra vida toda — respondeu. — Não consigo me ver casando hoje e me separando daqui dez ou vinte anos.

  — Também penso assim, acho que é por isso que estou solteira até hoje — ri baixo.

  — Ainda não encontrou o homem certo?

  — Hum... Ainda não encontrei aquele que os defeitos se encaixem nas minhas qualidades, e vice versa.

  — Gostei da filosofia. — Ele me olhou de forma interessada.

  — Querendo ou não, o ser humano é dotado de defeitos e qualidades, então…

  — Como estão as atividades com a Sunny? — perguntou.

  — Vão bem, principalmente por estar finalmente construindo um relacionamento mais sólido agora com o pai — respondi.

  — Então %Baekhyun% está participando também?

  — Sim, é um tempo a mais de qualidade com a Sunny.

  — Vai ter um festival no domingo no parque, quer ir comigo? — perguntou ele de forma aleatória, mudando de assunto.

  — Claro, festival de quê?

  — Música, me disseram que este ano será bem interessante — respondeu.

  — Que legal, espero que seja divertido mesmo, tenho trabalhado tanto.

  — Aquela diretora está sugando sua vida? — brincou.

  — Sim, e pior, não imaginava que criança tivesse tanto problema para desabafar. — Suspirei fraco. — Não tenho tanta habilidade para psicologia não.

  Ele riu.

  — Por que não diz a ela?

  — Não quero decepcionar, além do mais, as crianças já estão apegadas a mim... Incrível como desabafam sobre tudo o que sentem, eu nem faço esforço para perguntar.

  — Você tem o dom, então.

  — Talvez. — Sorri com alegria. — Espero poder ajudar todas, pelos menos saber ouvi-las.

  — Ouvir certamente é a parte mais importante, você faz muito bem.

  — Hum... Sabe aquele livro que me emprestou?

  — Sim, o que tem?

  — Gostei muito dele, e vou usá-lo em uma atividade com meus alunos.

  — Uau, isso é bom, fico feliz por ajudá-la.

  — Muito, eu agradeço, você tem me ajudado bastante, aquela sua amiga da biblioteca me indicou muitos livros.

  Logo à noite %Baekhyun% me enviou uma mensagem falando que o aniversário de Sunny estava próximo, eu prontamente me disponibilizei a ajudar pedindo já o auxílio de Yuri de da ajumma Sora. Precisava de uma força tarefa para preparar tudo em tempo recorde, já que a comemoração seria na sexta à noite e já era terça feira. Entre o trabalho duro na escola e a correria para preparar a festa de aniversário da Sunny, me dividi com %Baekhyun% para convidar algumas pessoas e os alunos da sala da nossa pequena.

  — Primeiro, queremos agradecer a presença de todos — pronunciou %Baekhyun%, antes de partirmos o bolo. — Foram dias difíceis para mim e para essa pequena, mas estamos gratos a Deus por nos enviar um anjo para cuidar de nós.

  Sorri automaticamente, pois sabia que ele falava de mim.

  — Então, pequena — eu me abaixei ficando da altura dela —, está gostando do seu aniversário?!

  Primeiro ela sorriu para mim e então…

  — Komawo, omma — essas foram as palavras saídas de Sunny, acompanhadas por um radiante brilho em seus olhos.

  Tanto eu como todos os convidados ao nosso redor ficamos estáticos e surpresos.