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História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

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Cena Inesperada

Escrita porNyx
Editada por Lelen

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Capítulo 3 • Proposta Indecente

Tempo estimado de leitura: 25 minutos

  — Vai, %Isa%! Anda! — Jae praticamente empurrou a amiga pelo braço, enquanto as câmeras disparavam flashes incessantes. — Antes que eles te engulam viva!
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  %Isa% olhou uma última vez pra Jae e pra Mrs. Jenkins, que tentavam, em vão, bloquear os fotógrafos com os corpos, e respirou fundo. As mãos tremiam, as pernas também, mas ela foi.
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  Subiu no carro preto, quase tropeçando nos próprios sapatos, e entrou apressada, batendo a porta atrás de si como se o som abafado pudesse, de alguma forma, calar o caos lá fora.
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  O silêncio dentro do veículo era tão sólido que poderia ser cortado com uma faca.
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  No banco traseiro, %Ethan% %Blackwell% estava lá. Sentado. Perfeito demais. Impecável demais. Com aquele maldito par de óculos escuros, mesmo à noite, e a expressão travada, como se cada músculo do rosto estivesse em modo de contenção.
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  %Isa% se encolheu no canto oposto, o mais longe possível dele. Encostou no vidro, puxou a bolsa contra o colo como se aquilo fosse algum tipo de escudo e evitou, a todo custo, olhar na direção dele.
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  O motorista deu partida. Do lado de fora, o som abafado dos cliques e dos gritos dos paparazzi foi ficando para trás, mas a tensão dentro do carro parecia se agarrar às paredes, apertando o peito dela.
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  %Isa% apertou os olhos, respirou fundo e tentou se convencer de que aquilo era apenas mais uma situação surreal da qual, em breve, acordaria, mas não estava dormindo.
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  O cheiro dentro do carro era uma mistura de couro novo, perfume caro e… %Ethan%. Maldito fosse aquele cheiro bom.
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  %Ethan% não disse uma palavra. Apenas cruzou os braços, apoiou uma das pernas sobre o joelho e manteve o olhar reto, encarando o nada. Pelo menos parecia. Porque, vez ou outra, %Isa% sentia aquele olhar escorregar, como se ele a observasse de canto, mesmo sem virar o rosto.
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  Ela apertou mais a bolsa em seu colo.
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  Ótimo, — pensou, mordendo o lábio inferior. — Só faltava isso. Ficar trancada num carro com o homem que, até ontem, era só um pôster na parede do cinema do bairro. E hoje… hoje é o protagonista do meu colapso existencial.
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  O silêncio não era confortável.
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  Não era educado.
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  Não era nada.
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  Era só... sufocante.
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  — Isso... isso é inacreditável. — A voz de %Ethan% quebrou o silêncio, seca, fria, cortante.
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  %Isa% nem precisou olhar pra ele pra sentir o peso da reprovação naquelas palavras.
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  — Um único take. Um. — Ele balançou a cabeça, rindo sem humor. — E você conseguiu estragar tudo.
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  %Isa% piscou, lentamente, como se o cérebro precisasse de alguns segundos para processar se ela tinha ouvido certo.
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  — Desculpa? — virou-se na direção dele, incrédula.
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  Ele tirou os óculos escuros, revelando os olhos castanhos-dourados que agora pareciam ainda mais intensos de perto — e, no momento, carregados de desprezo.
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  — Era uma cena simples. Uma fala. Uma movimentação básica. Você segue a marcação, diz “desculpe, senhor”, e sai. Mas não... — Ele jogou a mão no ar, irritado. — Você simplesmente... você beija alguém no meio da cena! Quem faz isso?
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  O choque virou indignação na mesma velocidade de um clique. %Isa% apertou a bolsa contra o colo, sentindo o rosto queimar, mas não era mais vergonha. Era raiva.
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  — Você tá falando sério? — Ela arqueou as sobrancelhas, o tom já afiado, com aquele sotaque mineiro surgindo mais forte, carregado pela indignação. — “Eu beijei alguém”? Jura? Porque, na minha lembrança, foram DOIS lábios se encostando, não um. Então, se eu “beijei”, você também beijou, querido.
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  %Ethan% arregalou os olhos, claramente não esperando a resposta.
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  — Isso aconteceu porque você não seguiu o roteiro!
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  — Mentira. — Ela rebateu na hora. — A culpa foi do assistente. Ele gritou a coordenada errada. Eu só fiz exatamente o que ele mandou. Move now, lembra? — Ela cruzou os braços, inclinando o corpo pra frente, como quem estava pronta pra luta. — Se alguém aqui não seguiu o roteiro, foi o seu próprio time. Então parabéns pela logística maravilhosa da sua produção.
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  Por um segundo, %Ethan% ficou em silêncio. Não porque não tivesse o que dizer, mas porque, aparentemente, não estava acostumado a ser enfrentado. Não naquele tom. Não naquele olhar. Não... por alguém como ela.
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  Ele respirou fundo, apertando o maxilar.
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  — Você não faz ideia do que fez.
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  — Ah, e você faz? — %Isa% rebateu. — Porque, até onde eu sei, eu não pedi pra viralizar. Não pedi pra estar no trending topic. Não pedi pra ser perseguida por gente que nem sabe meu nome, mas acha que tem direito sobre minha vida.
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  Ela piscou, respirando com dificuldade, sentindo a mão tremer de raiva, mas não recuou.
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  %Ethan% passou a mão pelos cabelos, visivelmente perdendo a paciência, mas, no meio da frustração, algo nele travou. Por um segundo, os olhos dele deslizaram pelo rosto dela, demorando mais do que deveriam na curva da boca, no arco da sobrancelha, na maneira como ela segurava a bolsa, como quem segurava a própria dignidade ali.
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  Coragem demais pra alguém que devia estar intimidada. E isso… isso o incomodava mais do que ele gostaria de admitir. Ele voltou a colocar os óculos, como se aquilo fosse uma barreira física.
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  — Ótimo. — A voz saiu mais baixa, mas ainda tensa. — Perfeito. Então estamos de acordo: eu não gosto de você, você não gosta de mim. Ótimo ponto de partida.
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  %Isa% deu uma risada curta, amarga.
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  — Finalmente, alguma coisa em que a gente concorda.
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  O silêncio que se seguiu parecia mais denso do que o ar. %Isa% olhava pela janela, fingindo que observava a cidade, quando na verdade estava ocupada demais tentando entender como tinha ido parar na própria versão caótica de uma fanfic ruim.
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  Até que, de repente, a ficha caiu. O corpo enrijeceu. A testa franziu. Ela se virou na direção dele, com o tom levemente alarmado:
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  — Onde a gente tá indo, afinal?
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  %Ethan%, sem tirar os olhos da frente, respondeu no mesmo tom que se responderia a uma pergunta idiota.
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  — Resolver isso. — Ela arqueou uma sobrancelha.
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  — “Resolver isso” não é uma resposta. Resolver como? Me jogando no mar? Porque, se for, pode parar o carro agora e me deixar na esquina que é menos humilhante. — Ele bufou, impaciente, apertando o maxilar.
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  — Se você tivesse dois neurônios funcionando, saberia que fugir não resolve. A gente vai pro escritório do meu agente.
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  — Seu agente? — %Isa% soltou uma risada incrédula. — Ah, não. Não. Eu não vou. Não tô te devendo nada. Não sou sua funcionária, nem sua... sei lá o quê. Me leva de volta agora.
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  %Ethan%, então, virou-se ligeiramente na direção dela, abaixou os óculos até a ponta do nariz, revelando os olhos castanhos-dourados que, no momento, ardiam de irritação misturada com algo que nem ele sabia nomear.
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  — Ótimo. Você quer que eu te deixe onde? No meio da rua, pros paparazzi te engolirem viva? Ou prefere que eu mande o estúdio acabar com qualquer chance sua de trabalhar em LA de novo? Escolhe, %Campos%.
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  Ela arregalou os olhos.
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  — Você não seria tão baixo.
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  — Quer apostar? — respondeu, curto e frio, empurrando os óculos de volta pro lugar. — %Isa% cruzou os braços, respirando fundo, tentando não surtar.
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  — Você é insuportável.
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  — E você é um problema ambulante.
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  Os dois ficaram em silêncio por alguns segundos, se encarando, como se estivessem decidindo se brigavam mais ou se pulavam um no pescoço do outro. O que, até aquele momento, era metafórico. Talvez.
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  Por fim, %Isa% resmungou, recostando no banco, cruzando os braços de novo.
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  — Só pra deixar claro... eu tô aqui contra a minha vontade.
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  — Ótimo. — %Ethan% respondeu seco. — Mais uma coisa que temos em comum.
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  O carro seguiu em frente, cortando as ruas iluminadas de Los Angeles, carregando dois completos desconhecidos que, naquele momento, tinham uma coisa muito clara entre eles: eles não se gostavam. Ou… era o que achavam.
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  O carro desacelerou em frente a um prédio espelhado, com linhas modernas e elegantes que refletiam as luzes da cidade como se fossem parte de uma produção cinematográfica.
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  %Isa% olhou pela janela e mordeu o lábio, apertando mais forte a alça da bolsa.
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  — Claro. — murmurou pra si. — Porque se for pra ser sequestrada emocionalmente, que seja num prédio de luxo.
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  O motorista abriu a porta e %Ethan% saiu primeiro, absolutamente indiferente à presença dela, como se %Isa% fosse só... uma entrega, um pacote, uma notificação do celular que ele precisava resolver.
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  %Isa% hesitou, mas acabou saindo também. Olhou em volta, notando a fachada impecável, as plantas perfeitamente podadas, o hall de entrada todo em mármore branco e dourado, com detalhes em preto.
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  Quando ela colocou os pés no saguão, uma recepcionista imediatamente ergueu o olhar, e assim que viu %Ethan%, abriu um sorriso profissional, daquele tipo que era treinado para parecer genuíno.
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  — Senhor %Blackwell%, boa noite. O senhor Grant já está esperando no andar de sempre.
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  — Ótimo. — %Ethan% respondeu, seco, sem retribuir o sorriso.
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  %Isa% seguiu atrás, meio pisando com força só pra ter certeza que ele notava sua presença, mas também meio querendo desaparecer no ar.
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  O elevador se abriu.
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  E lá estavam eles.
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  %Ethan% entrou primeiro, encostando-se na lateral, cruzando os braços, olhando fixamente para os números do painel, como se os botões tivessem ofendido alguém.
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  %Isa% entrou depois, posicionando-se no canto oposto, segurando a bolsa como se ela fosse seu escudo contra a vida, ou contra ele.
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  O elevador começou a subir. O silêncio? Ensurdecedor. Só o som mecânico do elevador subindo preenchia o espaço entre eles. %Isa% fingia olhar pro chão. %Ethan% fingia olhar pro teto. Os dois claramente preferiam estar em qualquer outro lugar do planeta.
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  O visor marcava: 16º andar. O elevador parou, as portas se abriram e os dois saíram juntos, ainda sem dizer uma palavra.
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  O corredor era amplo, silencioso, com paredes de vidro, quadros modernos e aquele cheiro clássico de escritório caro, uma mistura de café, couro e dinheiro bem investido.
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  Uma porta dupla de vidro se abriu automaticamente, revelando o escritório de Oliver Grant.
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  Minimalista. Sofisticado. Frio. Móveis em tons neutros, paredes brancas, plantas estrategicamente posicionadas e uma estante impecável com livros de negócios, prêmios e mini estatuetas de filmes.
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  Atrás de uma mesa de mármore preto, Oliver levantou o olhar, ajeitou os óculos e abriu um sorriso perfeitamente calculado.
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  — Ótimo. Que bom que vocês chegaram. Temos muito o que conversar.
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  Oliver entrelaçou as mãos sobre a mesa, ajeitou o relógio no pulso e lançou um olhar breve para os dois, um de cada lado da sala, parecendo dois pólos opostos prontos para se repelir a qualquer segundo.
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  — Bem... — começou, com a calma irritante de quem estava absolutamente no controle. — Eu acho que vocês sabem por que estão aqui.
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  %Ethan% bufou, cruzando os braços.
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  — Não vejo como isso é problema meu.
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  %Isa% arqueou uma sobrancelha.
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  — Nem meu. Eu nem deveria estar aqui, pra ser honesta.
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  Oliver sorriu, profissional, absolutamente imune ao caos prestes a se instaurar. Deslizou o tablet pela mesa, girando a tela para que ambos vissem. Ali estavam os números. Gráficos, notificações, prints de redes sociais, manchetes de sites, stories, tweets, tudo.
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  — Desde ontem, o vídeo de vocês dois explodiu na internet. — Ele abriu outra aba. — O vídeo já ultrapassou quarenta e três milhões de visualizações somadas em todas as plataformas.
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  %Isa% arregalou os olhos, sentindo o corpo gelar.
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  — Quarenta e três... o quê?
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  — Milhões, querida. — Oliver confirmou, como se estivesse falando do clima. — E isso em menos de vinte e quatro horas. — Deslizou mais uma aba. — O nome do filme disparou nas buscas. Os algoritmos explodiram. E, adivinhem? — Ele virou o tablet, exibindo uma tela cheia de hashtags — As principais são...
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  #%Ithan%.
  #QuemÉEla.
  #%Blackwell%Affair.
  #OBeijoDoAno.
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  — O ship tá formado. — Oliver cruzou os braços, satisfeito. — E se eu fosse vocês... começariam a aceitar isso. — %Ethan% passou a mão no rosto, claramente à beira de um colapso.
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  — Isso é uma piada.
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  — Sinto dizer que não é. — Oliver respondeu, ainda calmo. — E quanto antes aceitarmos isso, melhor.
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  %Isa% apertou o braço da cadeira, sentindo o estômago embrulhar.
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  — Tá... mas e o que exatamente você quer com isso? — Oliver ajeitou o blazer, como quem se prepara para dar um xeque-mate.
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  — A solução é simples. E eficaz. — Olhou diretamente para %Ethan%. — Você vai assumir um namoro com ela.
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  O silêncio que se seguiu foi tão absoluto que parecia que o mundo parou de girar por alguns segundos. %Ethan% arregalou os olhos. %Isa% quase engasgou.
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  — O QUÊ?! — eles gritaram juntos.
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  — Vocês dois. — Oliver gesticulou com elegância. — Juntos. Publicamente. Um casal.
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  — Você tá maluco. — %Ethan% levantou, rindo sem humor. — Isso não vai acontecer.
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  — Nem morta. — %Isa% rebateu, levantando quase ao mesmo tempo. — Isso é loucura. Eu nem conheço esse cara!
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  — E nem eu quero conhecer você! — %Ethan% disparou, virando pra ela.
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  — Ótimo, o sentimento é recíproco, Sr. Eu-sou-perfeito-demais!
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  — E você é um desastre ambulante!
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  — Pelo menos eu não fico andando com um palito enfiado no...
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  — Chega! — Oliver levantou a mão, firme, interrompendo os dois. — Vocês podem se odiar o quanto quiserem. Na verdade, é até melhor que se odeiem. Faz parte do charme.
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  %Isa% piscou, incrédula.
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  — Parte do... quê?!
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  — Vocês não estão entendendo. — Oliver se inclinou para frente, apoiando os cotovelos na mesa. — Isso não é só sobre vocês. É sobre imagem. É sobre controle de narrativa. O vídeo saiu do nosso controle, ou vocês assumem esse relacionamento publicamente... ou isso vai virar uma guerra.
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  Ele virou para %Ethan%.
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  — Você nunca teve um escândalo, nunca teve um affair público. E agora, pela primeira vez, o mundo inteiro tá te olhando de uma maneira diferente. E você sabe o quanto sua imagem vale.
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  Depois, olhou pra %Isa%.
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  — E você... bem, você é a garota misteriosa que virou o assunto mais comentado do planeta. Isso pode destruir sua vida, %Isa%. Ou... abrir portas.
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  O silêncio pesou de novo. %Ethan% massageava a testa, claramente lutando contra cada fibra do próprio ser. %Isa% cruzou os braços, apertando os lábios, o peito subindo e descendo rápido, como se faltasse ar.
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  — Isso é um absurdo. — %Ethan% rosnou.
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  — É surreal. — %Isa% completou.
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  — Perfeito. — Oliver sorriu. — Então estamos todos de acordo.
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  Os dois viraram ao mesmo tempo pra ele, em uníssono:
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  — De acordo em quê?!
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  — Que vocês não se gostam. — Oliver ajeitou o tablet, satisfeito. — E é exatamente por isso que vai funcionar.
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  — Esquece. — %Ethan% jogou as mãos pro alto, dando alguns passos pela sala. — Eu não vou fazer isso. Nunca precisei desse tipo de farsa na minha carreira e não vai ser agora que vou começar.
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  Oliver cruzou os braços, impassível.
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  — Sério? Vai me dizer isso com aquela tela ali mostrando o seu nome no trending mundial por causa de um escândalo?
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  — Isso não é um escândalo! — %Ethan% retrucou, visivelmente irritado. — Foi um erro! Um maldito erro de marcação!
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  — O mundo não se importa com erros, %Ethan%. — Oliver rebateu, seco, apontando pro tablet. — Eles só enxergam narrativa. E, neste momento, a narrativa é essa: você e ela. O galã intocável e a garota misteriosa. O público tá obcecado. E se você não assumir o controle disso agora, eles vão assumir por você.
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  %Isa% cruzou os braços, respirando fundo, tentando não surtar.
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  — Olha... eu não sei vocês, mas isso tudo é completamente insano. Eu sou atriz, mas eu não sou famosa. Eu nem queria estar aqui! — gesticulou, perdida entre indignação e pânico. — E, sinceramente, eu não tenho nada a ganhar com isso.
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  Oliver deslizou uma pasta preta elegante sobre a mesa.
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  — Tem, sim. — %Isa% piscou, desconfiada.
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  — O que é isso?
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  — Um contrato. — Ele respondeu, calmo, puxando a tampa e revelando as folhas cuidadosamente alinhadas. — Acordo temporário. Você entra nesse namoro de fachada, cumprimos algumas aparições públicas, postagens nas redes, eventos... e, em troca… — Ele deslizou uma página específica na direção dela, apontando com a caneta. — Você recebe um suporte financeiro confortável durante o tempo do contrato, além de uma coisa que, imagino, te interesse muito mais.
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  %Isa% franziu a testa.
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  — O quê?
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  Oliver sorriu, persuasivo.
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  — Representação. Eu te coloco nos melhores workshops de atuação em LA. Cursos, testes, audições. Você passa a ter acesso a portas que, sozinha, levaria anos pra abrir. Se quiser mesmo ser atriz... este é o seu passe de entrada. E, claro, uma participação especial no filme que estamos gravando, não uma figuração, mas um papel de relevância.
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  %Isa% ficou em silêncio. As mãos apertaram o tecido da bolsa no colo. A garganta parecia fechar. Porque, sim... uma parte dela queria. Queria muito. Só não sabia se queria desse jeito.
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  %Ethan% apertou o maxilar, observando tudo. A princípio, achou que ela fosse se jogar na proposta. Era o que qualquer um faria, certo? Mas, olhando melhor... percebeu que não era bem isso.
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  O desconforto dela não era encenado. Ela não estava ali por dinheiro. Ela só queria... paz. Queria que sua vida voltasse a ser dela.
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  O olhar dele suavizou, mesmo que por um segundo. Uma pontinha minúscula de respeito acendeu, escondida entre camadas de irritação.
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  — E se eu não quiser? — %Isa% perguntou, a voz mais baixa, quase engolida pelo próprio receio. — E se eu só quiser... sumir?
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  Oliver respirou fundo, firme, direto.
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  — Você viu o que tem lá fora. A sua cara já tá em todo lugar, %Isadora%. Você não tem mais como desaparecer. Você só tem como decidir: ou é você quem controla essa história... ou deixa eles controlarem por você.
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  O silêncio que se seguiu parecia esmagador. %Isa% olhou pra %Ethan%. %Ethan% olhou pra ela. Duas pessoas que não se conheciam. Que não queriam se conhecer, mas que, agora, estavam no meio de um furacão que não pediram pra entrar.
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  E, de algum jeito, iam ter que decidir se encaravam isso juntos... ou deixavam o mundo engoli-los vivos.
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  %Ethan% esfregava as têmporas, claramente processando se deveria aceitar o que, até cinco minutos atrás, parecia impensável. %Isa% apertava a bolsa no colo como se ela fosse capaz de segurar não só seus pertences, mas também sua sanidade.
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  Nenhum dos dois queria isso. Nenhum dos dois pediu por isso.
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  Mas o mundo não se importava.
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  Oliver, do outro lado da mesa, esperava. Paciente. Calmo. Imperturbável. Como quem já sabia, desde o começo, que o resultado seria exatamente esse. E foi %Ethan% quem quebrou o silêncio. A voz saiu seca, dura, cortante.
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  — Que fique claro... — Ele olhou diretamente pra %Isa%, os olhos semicerrados. — Eu tô fazendo isso pra proteger minha carreira. Só isso.
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  %Isa% segurou o olhar dele, cruzando os braços.
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  — E que fique igualmente claro que eu tô fazendo isso pra proteger minha vida. Minha paz. Minha sanidade. E, se por acaso, isso abrir alguma porta... ótimo. Mas não se iluda, %Blackwell%. Eu não tô nem um pouco feliz de estar aqui.
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  Os dois se encararam. Um duelo silencioso. Nenhum dos dois piscava. Oliver, satisfeito, puxou o contrato, girou para que eles vissem, e estendeu a mão entre os dois.
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  — Então… temos um acordo?
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  %Ethan% apertou a mandíbula, respirou fundo, e lentamente estendeu a mão. %Isa% olhou pra mão dele, respirou fundo também, hesitou por um segundo, talvez esperando se ainda havia uma chance de acordar e descobrir que tudo isso era só um delírio coletivo.
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  Mas não era.
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  Com um suspiro resignado, %Isa% também estendeu a mão, encontrando a dele no meio do caminho. O toque foi rápido, firme, quase ríspido, mas era um aperto de mãos. E, com ele... um acordo estava selado.
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  — Ótimo. — Oliver sorriu, triunfante. — Então… senhores... parabéns. Vocês estão oficialmente namorando.
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  %Isa% soltou a mão no mesmo segundo, limpando a palma na perna da calça como se aquilo fosse capaz de apagar o contato. %Ethan% respirou fundo, cruzou os braços de novo, e desviou o olhar, visivelmente irritado — ou desconfortável... ou os dois.
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  — Isso é surreal. — %Isa% resmungou.
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  — Você não faz ideia. — %Ethan% respondeu, sem olhar pra ela.
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  O jogo estava oficialmente em andamento. O roteiro mais caótico que suas vidas já haviam visto… e nenhum dos dois estava preparado pro que vinha a seguir.
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  Nota da autora: O MOMENTO CHEGOU! O contrato foi assinado, o caos foi selado e agora... é namoro fake, bebê!
  %Isa% e %Ethan% aceitaram a proposta, cada um por um motivo, mas uma coisa é certa: nenhum dos dois sabe no que se meteu de verdade. De um lado, temos o astro de Hollywood todo controlado, metódico e alérgico a sentimentos. Do outro, uma figurante que só queria pagar os boletos e agora tá metida até o pescoço com flashs, farpas e um homem que beija como se fosse fácil esquecer. (Spoiler: não é). 👀
  Esse capítulo marca o início oficial do nosso trope favorito — com direito a tensão, olhares atravessados e aquele pacto que a gente já sabe que NÃO vai sair como eles planejaram.
  Se você tá aqui desde o comecinho, obrigada por cada leitura, comentário e surto comigo. Vocês são o combustível dessa história. Até o próximo, com farpas, faíscas e fake dating nível caos elevado! ✨
  Com amor e um contrato de 15 páginas,
  Nyx 🖤

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