Black & Diggory II


Escrita porReh
Revisada por Lelen


Vinte e três

Tempo estimado de leitura: 24 minutos

  Ninfadora sorriu escorada na parede ao ver o casal sentado no sofá, brincando com seu filho; %Sam% segurava o garotinho no colo enquanto Cedrico estava ao lado, ainda com algumas marcas avermelhadas espalhadas pelo corpo, fazendo cócegas na barriga da criança e parando por alguns instantes para deixá-lo respirar antes de repetir o gesto, ouvindo a risada alta do bebê como resposta.
  Teddy já tinha um tufo colorido de cabelos e parecia sempre atento ao que acontecia ao seu redor, virando os olhos %castanhos% para os lados sempre que ouvia vozes diferentes.
  Andrômeda e Sirius estavam mais ao canto conversando entretidos, olhando vez ou outra quando ouviam a risada um pouco mais estridente do garotinho.
  — Quem é o garoto mais lindo do mundo todo? — dizia %Sam% com uma voz engraçada, fazendo caras e bocas para o bebê que ria mexendo as mãozinhas agitado. — É você!
  — Quem vai ser o melhor jogador de Quadribol do mundo? — dizia Cedrico ao seu lado, fazendo cócegas na barriga gordinha de Teddy. — Será que fazem uniforme de Quadribol pro tamanho dele? — perguntou no instante seguinte, passando a mão pelos cabelos.
  — Acho que primeiro ele precisa aprender a andar! — Dora riu, aproximando-se do casal e pegando o filho no colo. — Já tá com fome?
  — A gente podia ter um desses — comentou Cedrico pouco depois, passando o braço pelos ombros da namorada enquanto recostava-se no sofá. %Sam% o encarou com a sobrancelha arqueada.
  — Espero que você esteja insinuando querer roubar o Teddy!
  — Eu espero o mesmo! — Ouviram a voz de Sirius que encarou Diggory com cara de poucos amigos. — Era só o que me faltava, ser avô tão novo!
  — Caramba, Sirius, já pensou no quanto você vai poder estragar a criança? — respondeu Cedrico rindo, vendo-o arquear a sobrancelha, pensativo.
  — Desculpe, mas o que te faz pensar que eu tenho responsabilidade o suficiente para ter um filho? — questionou %Sam% olhando-o como se o namorado tivesse perdido a cabeça. — Eu provavelmente esqueceria a criança em algum canto!
  — Ah, disso eu tenho certeza! — concordou Diggory rindo, vendo-a rolar os olhos. — Não quis dizer pra agora, de qualquer forma… — Deu de ombros. — Mas já pensou o quão bom ele ou ela seria em Quadribol?
  — Ninguém venceria a Grifinória por sete anos! — Riu, pensando sobre o assunto, Cedrico fez careta.
  — O que te faz pensar que iria pra Grifinória ao invés da Lufa-Lufa?
  — Até parece que seus genes seriam predominantes — comentou a loira irônica —, passei doze anos longe do meu pai e somos idênticos, imagina uma criança que vai ter nós dois ao lado o tempo todo! Você já tem que se dar por satisfeito pela criança usar seu sobrenome, Diggory.
  Cedrico cruzou os braços emburrado, negando com a cabeça.
  — Aposto que vai para a Lufa-Lufa!
  — Por Merlin, acho que nem Dora e Remo estão pensando para qual Casa o Teddy vai e vocês já estão brigando por isso? — comentou Andrômeda aos risos. 
  Sirius concordou divertido, passando a mão pelos cabelos antes de virar-se para o mais novo.
  — Espero mesmo que não estejam me dando uma indireta, porque eu juro que sumo com seu corpo se você tiver engravidado minha filha, Diggory.
  Cedrico engasgou-se com a própria saliva, negando veementemente, o rosto vermelho.
  — Não tem nem como, Sirius! 
  O homem encarou a filha, disposto a descobrir se era alguma indireta, a mesma deu de ombros.
  — Pai, você consegue garantir que a gente passe mais tempo separados agora do que quando estávamos em casas diferentes, a gente nem se beija!
  Sirius abriu a boca para retrucar, mas antes que pudesse, a porta da entrada abriu-se de supetão, assustando-os por um instante até verem Remo olhar em volta, afoito.
  — Potter invadiu o Gringotes!
  — O quê? — Perguntaram ao mesmo tempo, levantando-se e se aproximando de Lupin, que respirava fundo tentando recuperar o fôlego.
  — É o que estão dizendo, os três invadiram o Gringotes e fugiram em um dragão. Ninguém sabe o motivo…
  Viraram-se para a loira que sorriu de lado.
  — Será que ninguém lembra que meu pai apagou minha memória? Sei tanto quanto vocês!
  — Por que é que eles invadiriam o Gringotes? — começou Sirius andando de um lado para o outro. — Quais as chances de entrarem procurando por ouro?
  — Nenhuma, principalmente por causa do cofre que invadiram. Bellatrix Lestrange.
  — Que é que eles poderiam querer no cofre dela? — questionou Cedrico confuso, passando a língua pelos lábios. — Será outra joia?
  — Que joia? — questionou Sirius curioso, vendo Andrômeda afastar-se para ficar com Dora, querendo evitar que ela descesse e escutasse sobre a confusão que estavam.
  — Ahn, bem… Quando invadiram o Ministério, Harry me disse que estavam procurando por um colar…
  — E você só nos diz isso agora? — perguntou Remo, negando com um aceno. — Que tipo de colar?
  — Não faço ideia, parecia bem normal, Umbridge dizia que tinha herdado de alguém da família e que era uma prova do Sangue-Puro de todos eles!
  — Eles fugiram mesmo em um dragão? — questionou %Sam% impressionada, vendo o outro concordar. — Não acredito que me deixaram para trás nisso! — Negou com a cabeça, cruzando os braços chateada.
  — Quer invadir um banco agora? — Sirius arqueou a sobrancelha.
  — Ah, sei lá, invadiram o Ministério sem mim, não foi? Aposto que eu teria um plano muito melhor do que o deles.
  — E o que foi que aconteceu? Para onde foram? — Cedrico voltou ao tópico principal.
  — Ninguém sabe, conseguiram fugir e ninguém nem sabe o que roubaram, mas Você-Sabe-Quem está furioso — contou Lupin, soando pesaroso no instante seguinte. — Matou todos que estavam lá quando chegou, bruxos e duendes.
  — Seja lá o que roubaram, deve ser importante para ele estar tão furioso… — comentou Sirius, coçando a barba. — Mas o que poderiam querer no cofre de Bellatrix?
  — Talvez seja o que eles precisam para derrotar Você-Sabe-Quem, por isso ele matou todos? Está com medo? — %Sam% arriscou-se, vendo-os concordarem com a possibilidade. 

  Estavam reunidos na sala ainda pensando em teorias que talvez se encaixassem com o recente feito de Potter, Granger e Weasley, quando uma luz prateada irrompeu pela janela parando no meio de todos.
  — Harry Potter está em Hogwarts! Preparem-se para lutar! Passagem pelo Cabeça de Javali!
  A voz de Quim soou grave por alguns instantes e ainda podiam ouvi-la reverberar pela sala enquanto o Patrono se desfazia. O grupo pareceu sair de um transe após alguns segundos, piscando e olhando uns para os outros, sabendo o que aquilo significava.
  — Bem, é isso, então! Chegou à hora! — Sirius foi o primeiro a pronunciar-se, levantando-se da cadeira e virando em um gole o resto do Uísque de Fogo em seu copo.
  Ninfadora parou na escada com Teddy em seu colo ainda olhando para o ponto em que o Patrono havia sumido, passou a língua pelos lábios, pigarreando ao vê-los se arrumando para saírem.
  — Remo…
  Lupin parou por um momento ao virar-se para a esposa, sentindo o peso da escolha que estava prestes a fazer. Batalhar contra Voldemort e seus Comensais correndo o risco de não voltar para casa ou ficar com Dora e Teddy em segurança.
  Andrômeda seguiu com Cedrico, Sirius e %Samantha% para o lado de fora da casa, despedindo-se de cada um ao tempo que deixavam o casal ter um momento à sós. Sirius virou-se para a filha por um momento, sabendo qual seria sua resposta, mas não podendo deixar de pedir-lhe aquilo, considerando que ela talvez estivesse em um risco maior que os outros.
  — Você tem certeza que quer ir? Talvez devesse ficar e…
  — Sem chances, pai, não vou ficar aqui vendo todo mundo lutando, não foi para isso que me treinaram durante todo esse tempo?
  O homem suspirou, passando as mãos pelos cabelos, logo mirando o namorado da mais nova.
  — Você não diz nada sobre isso, não?
  Cedrico deu de ombros, sem graça.
  — Mais fácil ela me fazer ficar do que o contrário!

  Remo abraçou a esposa e o filho ao mesmo tempo, lutando com a própria vontade de ficar para protegê-los, o medo de não tornar a vê-los o dominava por completo.
  — Você poderia ficar… — começou Ninfadora em voz baixa, deixando lágrimas grossas caírem por seus olhos.
  — Sabe que não posso, Dora — respondeu no mesmo tempo, encarando-a nos olhos. — Nem você ficaria se não tivesse Teddy aqui… — Virou-se para o filho pegando-o no colo, vendo-o mexer-se agitado em seus braços. — Preciso fazer isso para garantirmos que Teddy terá um futuro melhor do que o nosso.
  — Eu vou com você!
  — O quê? Não, Ninfadora!
  — Você mesmo disse, Remo — a mulher olhou-o decidida —, faremos isso para garantir que Teddy viva em um mundo melhor do que o nosso, eu tenho que ajudar! — explicou-lhe, vendo-o negar assustado. — E, por favor, não me chame de Ninfadora!
  Remo sorriu pequeno ao tempo que tornava a abraçá-la.
  — Você deve ficar e cuidar do Teddy, Dora, mantê-lo a salvo. Deixe essa luta para os outros, Teddy precisa de você!
  — Assim como precisa de você, Remo! — protestou, olhando para o filho que continuava a brincar com os cabelos do pai, alheio à conversa. — Por favor, não me peça para ficar, como vou ficar tranquila sem ter notícias suas ou dos outros? Preciso lutar!
  — Você precisa ficar com o nosso filho, assim que isso tudo acabar voltarei para casa para ficar com vocês, mas não poderei lutar contra Você-Sabe-Quem sabendo que você também estará lá!
  — Remo…
  — Por favor, preciso saber que você e Teddy estão a salvo! Nos vemos depois, eu prometo! — disse segurando em seu ombro, tornando a abraçá-la. — Conhecer você foi a melhor coisa que aconteceu em minha vida, nunca fui tão feliz como sou tendo vocês dois, não posso arriscar perdê-los, Dora! Preciso que você entenda, eu amo vocês. Por favor, fique aqui!
  O pequeno garoto resmungou ao sentir-se esmagado pelos pais, fazendo com que os dois rissem baixo, antes de se afastarem. Ninfadora fungava limpando as lágrimas que escorriam por seus olhos, enquanto Remo beijava a bochecha gordinha do filho antes de virar-se para a esposa, beijando-lhe os lábios demoradamente.
  — Tome cuidado, Remo!
  — Vejo vocês dois mais tarde! 

  %Samantha% sorriu assim que passou pela entrada vinda do Cabeça de Javali, localizando os três amigos mais a frente, abraçando-os apertado.
  — Caramba, nem acredito que estou há tanto tempo sem ver vocês! Como estão? É verdade que invadiram o Gringotes sem mim?
  — Você não faz ideia da falta que fez durante esses meses! — disse Mione ainda abraçando-a.
  — Invadimos o Gringotes e, assim como no Ministério, o plano foi horrível! — admitiu Rony assim que se separaram. — Você realmente fez falta!
  A loira riu para o ruivo, virando-se para Harry.
  — Então, qual o plano agora?
  — Não temos nenhum — confessou, coçando a nuca. — Mas precisávamos vir!
  — Harry Potter! — O garoto virou-se assim que escutou a voz do padrinho, o qual vinha junto de Cedrico e Remo pela passagem. Sorriu aproximando-se de Sirius, abraçando-o apertado.
  — Que aconteceu com Diggory? — perguntou Hermione ao cumprimentá-lo com um aceno, notando as marcas avermelhadas em seu corpo.
  — Caímos numa emboscada há algumas semanas — explicou %Sam%, olhando de canto para o namorado que falava com Monty e Daves mais ao canto —, fomos atacados por Comensais e Ced ficou alguns dias hospitalizado, tá cheio de marca pelo corpo todo — suspirou, logo virando-se para a amiga —, mas continua bonitão! — Piscou, vendo-a rir ao concordar.
  — Muito bem, qual é o plano? — perguntou Remo ao se aproximar do pequeno grupo. O olhar de todos voltou-se para Harry Potter — que, por um instante, não soube o que fazer.
  — Voldemort já sabe que estou aqui, McGonagall está reunindo os outros professores para protegerem a Escola, Snape fugiu — avisou, vendo o grupo se entreolhar. — Mas temos que tirar a maioria do pessoal, não podemos deixar todos aqui com Voldemort e Comensais prestes a invadir!
  — Mas nós queremos ajudar — gritou um aluno do terceiro ano da Corvinal, tendo o apoio de outros colegas.
  — Se Você-Sabe-Quem está atacando, podemos ajudar! — concordou Simas e mais um grupo de alunos gritou incentivando-os.
  Remo Lupin virou-se para os estudantes.
  — Não podemos pedir para nenhum aluno menor de idade permanecer aqui, por mais que vocês queiram ajudar, não podem ficar! — Os alunos mais novos protestaram, mas após Quim com sua voz grossa mandá-los voltarem pela passagem do Cabeça de Javali, os alunos formaram filas para saírem.
  — Gina, você deve ir também! — avisou Molly, apontando para a filha, a qual protestou veemente.
  — Não! Como posso ficar sozinha em casa quando toda minha família está aqui? Não vou!
  — Não estou perguntando, Ginevra! — disse a Sra. Weasley séria, ignorando o choro da mais nova. — Você vai voltar para casa!
  — Se me permite — começou Sirius, olhando de canto para a ruiva —, talvez ela possa ficar aqui, Molly? Assim não estará em perigo, mas também estará próxima o suficiente para saber o que acontece!
  Arthur concordou, embora a esposa parecesse hesitante.
  — Tudo bem, mas não saia dessa sala, está me ouvindo?
  — Muito bem, para quem vai lutar — recomeçou Quim, atraindo a atenção de todos —, vamos nos separar em setores para cobrir todos os terrenos. Precisamos encontrar Minerva e os outros! Para o Salão Principal todo mundo. — Apontou, sendo o primeiro a sair da sala, todos os outros começaram a segui-lo, mas Harry esperou, junto com Hermione, Rony e %Sam%.
  — E aí?
  — A última horcrux é o Diadema perdido de Corvinal — disse Potter para a loira, a qual pareceu confusa por alguns instantes. — Você não lembra que é isso que estamos procurando, não é? — perguntou, vendo-a fazer uma careta. — Pois bem, precisamos achar e destruir o Diadema e a cobra Nagini, se conseguirmos, então Voldemort estará vulnerável e poderemos matá-lo!
  — Bem, imagino que não seja difícil encontrar a cobra — começou a garota, passando a língua pelos lábios. — Matá-la já é outra coisa! — Virou-se para Mione ao seu lado. — Eu deveria saber o que é uma horcrux?
  A amiga sorriu, abraçando-a novamente.
  — É um objeto que contém um pedaço da alma de Voldemort! — explicou, vendo a loira olhá-la chocada por um instante, mas sem ter tempo de deixá-la fazer comentários a respeito, emendou mais alto: — Como vamos destruir a horcrux sem a espada de Gryffindor, Harry?
  Rony abriu a boca, sorrindo de lado.
  — A Câmara Secreta! — Os três viraram-se para olhá-lo, não fazendo ideia do que ele dizia. — O basilisco ainda está lá, não é? Foi com a presa dele que você destruiu o diário!
  — Brilhante! — Hermione aprovou no mesmo instante.
  — Desculpe, mas o quê? — perguntou Black extremamente confusa, mas não tiveram tempo de explicar-lhe.
  — Ok, pegue o Mapa — falou Harry, tirando o mesmo do bolso e entregando ao casal de amigos —, depois nos encontrem! Vamos, precisamos achar esse Diadema!
  Seguiram para o Salão Principal, encontrando os alunos e professores separando-se em grupos, prontos para defender Hogwarts. Remo e Quim seguiam junto aos gêmeos para os jardins, enquanto Sirius e Cedrico iriam junto de Gui e Percy para as torres. Black e Diggory pararam por um instante assim que encontraram com Harry e %Sam%, Sirius abraçou-os apertado.
  — Se cuidem, se algum de vocês se machucar ficará de castigo para sempre! — avisou, encarando-os por um momento. — Faça o que tem de fazer, Harry, vamos pará-los o máximo de tempo que conseguirmos! — disse para o afilhado que concordou, tornando a abraçá-lo, ao tempo que %Sam% despedia-se momentaneamente do namorado.
  — Te vejo daqui há pouco, ok? — Soprou contra seu pescoço, apertando-o em seus braços e sendo retribuída da mesma forma.
  — Com certeza, tome cuidado! — pediu Cedrico, inclinando-se por um instante para juntar seus lábios em um beijo rápido antes de apertar a mão de Harry e tornar a afastar-se com Sirius. 

  — Você tem certeza que ela disse isso? — perguntou %Sam% enquanto os dois subiam as escadas apressadamente em direção à Sala Precisa.
  — Sim, Helena contou ter roubado o Diadema da mãe e Voldemort o achou, depois escondeu em Hogwarts, aposto que foi no dia que veio para a entrevista para o cargo de professor! Dumbledore jamais suspeitaria e Riddle se achava melhor que todos, não imaginaria que outros tantos alunos conheciam a Sala!
  — Consegue imaginar o que teria acontecido se Dumbledore o contratasse? — comentou distraída, virando o último corredor em direção a sala. — O número de alunos que teriam virado Comensais?
  — Não acho que Dumbledore considerou nem por um instante contratá-lo…
  — Bem, e por que foi que ele o aceitou em Hogwarts? Você mesmo disse que ele estava desconfiado de Voldemort quando ele abriu a Câmara!
  Potter parou por um momento, encarando a amiga antes de tornar a olhar para a entrada invisível da sala.
  — Falamos sobre isso mais tarde, precisamos achar aquele Diadema.
  Os dois passaram pela entrada, reparando no local praticamente vazio.
  — Dora? Que é que você faz aqui? — perguntou %Samantha% surpresa assim que encontrou com a prima, Ninfadora sorriu abraçando-a por um momento. — E o Teddy?
  — Deixei com minha mãe, não podia ficar sem saber o que estava acontecendo… Vocês viram Remo?
  — Da última vez que o vi estava com um grupo de alunos em direção aos jardins e… Dora! — gritou a loira, mas a prima já andava para fora da sala.
  — E Neville? — Uma senhora com roupas extravagantes e um chapéu grande questionou, olhando diretamente para Harry. — Viram meu neto?
  — Está lutando…
  — Obviamente! — respondeu estufando o peito, orgulhosa. — Com licença, preciso ajudá-lo! — E sem dizer mais nada, seguiu para fora da sala deixando os dois amigos e Gina para trás.
  — Gina, também precisamos que você saia daqui, mas apenas por um minuto! — Potter acrescentou ao vê-la sorrir, concordando rapidamente. — Você deve ficar esperando no corredor e voltar em seguida, Gina?!
  — Até parece que a ruiva ficaria para trás — %Sam% negou com a cabeça —, a garota era uma das melhores na Armada! Lembra quando ela atacou um grupo da Sonserina?
  — É, mas ela é menor de idade, não? Molly não a quer lutando! — Suspirou, enquanto os dois saíram da sala, esperando-a se transformar no que precisavam.
  — Harry! %Sam%! — Ouviram o grito de Hermione e logo puderam ver o casal aproximar-se com os braços abarrotados de dentes do basilisco. — Vocês precisavam ver, Rony foi fantástico! Realmente brilhante!
  O rosto de Weasley ficou tão vermelho quanto seus cabelos com o elogio da amiga.
  — Caramba, eu fico alguns meses distante e agora vocês até estão sendo legais um com o outro? Que foi que aconteceu durante esse ano?
  — É melhor você nem saber! — respondeu Potter, passando a mão pelos cabelos. — Vamos? O Diadema está aqui e…
  — Esperem um momento! E os Elfos? — perguntou Rony de repente, fazendo os três o encararem. — Ninguém os avisou sobre a Batalha. Estão todos nas cozinhas!
  — E o que você está sugerindo? Que coloquemos os Elfos para lutar? — questionou Black com a sobrancelha arqueada, vendo-o negar no mesmo instante.
  — É claro que não, mas deveríamos mandá-los fugir, não queremos um bando de Dobbys, não é? Não podemos pedir para que morram por nós!
  No instante seguinte ouviram um barulho alto quando Hermione derrubou todos os dentes de basilisco que carregava e atirou-se contra o ruivo, beijando-o avidamente. Rony abriu os braços, derrubando a vassoura e os ossos que carregava, logo tratando de corresponder o beijo tão empolgado quanto Granger, tirando-a do chão por alguns instantes.
  Black e Potter se entreolharam sem graça, olhando para o lado por um instante antes de Harry pigarrear.
  — Oi? Tem uma guerra rolando aqui! Isso é hora?
  — Exatamente, colega, não existe hora melhor que essa! — respondeu Rony após afastar-se de Mione, os dois extremamente sorridentes, embora estivessem com os rostos vermelhos.
  — Tá aí uma coisa que eu não imaginei ver hoje! — %Sam% sorriu para a amiga que correspondeu tímida.
  — Muito bem, será que podemos nos concentrar agora? — pediu Harry, antes de ver os dois amigos agachando-se para pegar os dentes de basilisco e todos entrarem na Sala Precisa. 

  Draco entrou na frente de Crabbe e Goyle, impedindo-os de avançarem contra o grupo.
  — Não, o Lorde quer o Potter vivo!
  — E por acaso estou tentando matá-lo? — vociferou Goyle, empurrando o loiro para o lado. — Não recebo mais ordens suas, Draco, você e seu pai já eram!
  Malfoy irritou-se tornando a empurrar o colega de Casa para o lado.
  — Não entende? Potter entrou aqui para procurar esse Diadema, deve ser importante e…
  — Quem se importa com o que você acha, Malfoy? Se não sair da frente, acertamos você também! — respondeu Grabbe no mesmo tom, aproveitando que Hermione aproximava-se para lançar um feitiço da Morte que por pouco não a atingiu.
  — Protejam-se! — gritou Potter para os amigos quando viu Crabbe e Goyle tornarem a avançar contra os quatro, lançando feitiços da morte.
  — Era só o que me faltava, ter medo desses dois idiotas! — gritou Black irritada escondida atrás de uma pilha de livros, virando-se no instante seguinte e acertando Goyle no peito com um jato de luz vermelho.
  — Sua gentalha! — respondeu Crabbe enfurecido, gritando Crucio de tempo em tempo tentando acertá-la.
  — Vai procurar o Diadema, Potter! — disse a loira por sobre o ombro, defendendo-se com facilidade dos ataques do sonserino. — Pode deixar que desse aqui eu cuido!
  Draco Malfoy ficou mais afastado, vendo-os duelarem ao tempo que Harry, Hermione e Rony escalavam uma pilha de objetos tentando encontrar o tal Diadema. O loiro olhou na direção deles e então virou-se para a prima, vendo-a rir de Crabbe deixando-o ainda mais irritado.
  — Jura que isso é o melhor que você consegue fazer? — ironizou, vendo-o lançar feitiços da Morte com mais empenho, mas nem próximos de acertá-la.
  Draco viu Crabbe levantar-se após alguns instantes, enraivecido por ter sido derrubado por Black e então tornar a apontar a varinha para ela, logo percebendo o trio que estava distraído com a procura do Dia-D, e lançando um feitiço contra a Sangue-Ruim que estava ali. No entanto, Malfoy foi mais rápido ao perceber o que ele fazia.
  — Não! — gritou, usando a própria varinha para tirar Hermione do caminho, fazendo com que ela caísse da pilha, mas pelo menos não fosse atingida pelo feitiço da Morte.
  Contudo, apenas %Sam% percebeu o que ele havia feito, os amigos acharam que ele tinha gritado e a derrubado por notar que Hermione segurava o Diadema Perdido. Porém não tiveram tempo de conversar, pois no instante seguinte Crabbe lançava jatos de fogo na direção de todos.

  Sirius descia as escadas apressado, acompanhado de Cedrico e Quim, protegendo-se vez ou outra de feitiços ou ataques inesperados de aranhas gigantes ou, como aconteceu próximo ao jardim, dos gigantes que tentavam pisoteá-los. Black afastou-se do grupo após derrotar um dos Comensais com quem duelava, aproveitando a distração dos outros para seguir por um corredor lateral ao ver Victoria Lestrange caminhando pelo mesmo. Correu até ela, puxando-a pelo braço assim que chegou perto o suficiente.
  — O que está acontecendo? — perguntou apressado, a voz pouco mais alta que um sussurro enquanto olhava aflito para os lados, garantindo que ninguém os veria. — Qual é a ordem de Voldemort?
  — O de sempre — respondeu a mulher no mesmo tom, passando a língua pelos lábios secos —, quer que encontremos Potter, mas quer ele vivo. O Lorde sabe que se causar baixas o suficiente, Potter se entregará. É só uma questão de tempo.
  O homem encarou a mulher por alguns instantes, negando em seguida.
  — E %Samantha%?
  Victoria respirou fundo, olhando-o aflita.
  — Se conseguirmos capturá-la viva, ótimo. Mas se ela entrar na frente de alguém, temos ordens para matá-la. Você sabe o que isso significa, não sabe?
  — Ele sabe que não vai conseguir levá-la sem lutar — constatou nervoso, olhando para baixo por um instante.
  — Vão matá-la, Sirius. — A mulher puxou-o pela blusa. — Bellatrix está empenhada em vingar-se por terem sujado o nome da família. Ninfadora, %Samantha% e você.
  Black então riu, negando com um aceno, ao tempo que abanava a mão no ar.
  — Como se ela fosse forte o bastante para isso…
  — Pode não ser tão forte, mas você sabe que ela não se importa de morrer por Voldemort, e vai levar o maior número de bruxos que conseguir junto dela!
  Sirius suspirou passando a mão pelos cabelos.
  — O que vai fazer? — questionou a loira, encarando-o.
  — Lutar. Não temos outra opção.
  — E %Samantha%? — perguntou apreensiva, vendo-o negar com um aceno.
  — Está com Harry, mas não faço ideia do que estão fazendo ou em que parte do castelo estejam, não a vejo desde que vocês conseguiram invadir…
  — Ela não pode estar com ele, Sirius, vão pegar os dois ou matá-la se atrapalhar a captura de Potter!
  — Você acha mesmo que vou conseguir afastá-la nesse momento? — questionou o homem com um sorriso quase irônico nos lábios.
  A mulher suspirou olhando por uma das janelas quebradas, vendo a confusão que se encontrava do lado de fora do castelo.
  — Diggory — começou, olhando de canto para o rapaz e vendo-o duelar com outro Comensal, notando Hagrid próximo a eles tentando derrubar Comensais com as próprias mãos. — Se tirarmos ele do caminho, %Samantha% vai se afastar assim que souber.
  — Você está sugerindo matá-lo? — perguntou perplexo, vendo-a rolar os olhos.
  — É claro que não, Sirius. — Negou impaciente. — Feri-lo. Se Diggory não estiver em condições de lutar, %Samantha% se afastará para garantir que ele esteja bem, não?
  Black negou no mesmo instante.
  — Você tentou isso da última vez e quase o matou. E se algo acontecer com ele hoje é mais provável que ela vá atrás de quem o acertou para vingar-se, principalmente se for você ou Bellatrix.
  Lestrange suspirou cansada, esfregando o rosto com as mãos.
  — Como foi que chegamos a esse ponto, Sirius?
  — Me pergunto isso todos os dias.

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Lelen

ISDFNASOPNDASPO Ó LÁ A VICTORIAAAAAA
GENTE, A BATALHA COMEÇOU, SOCORROOO. SALVEM TODOS, NÃO TÔ PRONTA PRA ESSAS BAIXAS NO MUNDO BRUXOOOOO
Eu tô com medo de criar esperanças e lentamente ela ir se esvaindo T_T
E qual o papel da Sam nisso tudo? Ela seria de utilidade ao tio Vold? Mas tá. BORA PRA LUTA.

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