Black & Diggory II


Escrita porReh
Revisada por Lelen


Dezoito

Tempo estimado de leitura: 35 minutos

  %Samantha% olhou sorridente para a prima, ajeitando o enfeite em sua cabeça para que o mesmo não ficasse torto.
  — Está maravilhosa!
  — Obrigada! — Sorriu nervosa, passando a mão pela roupa que usava. O vestido era de um tom claro colorido e bastante elegante, destacando ainda mais os cabelos rosas e compridos, presos em um rabo-de-cavalo alto. — Nem acredito que isso está realmente acontecendo! Achei de verdade que Remo nunca aceitaria…
  — Ninguém consegue ficar longe de você, Dora! É óbvio que o Lupin está apaixonado por você, não seria diferente. Só precisava tomar juízo. Olha a mulher com quem ele vai casar agora! — elogiou a mais nova, piscando para a mais velha.
  — Eu deveria agradecer ao seu pai mais vezes por isso! — Riu, concordando.
  — Pronta? — perguntou %Samantha% após alguns instantes, vendo a outra concordar depois de respirar fundo, acalmando-se. — Dora?
  — Só queria que meus pais estivessem realmente felizes por mim, entende?
  Black aproximou-se, abraçando a prima apertado.
  — Tenho certeza que eles vão entender, eles estão preocupados, mas sempre vão ficar felizes por você! — Afagou os cabelos da mulher por um instante, não querendo estragar o penteado. — Vai dar tudo certo e você está realmente maravilhosa! — Beijou-lhe a bochecha, afastando-se em seguida.
  Acenou com a cabeça para o pequeno grupo mais à frente, avisando que a noiva estava pronta antes de ficar ao lado de Cedrico e Sirius, ao tempo que Ted caminhou para o fundo do salão.
  Uma música calma começou e pouco depois Ninfadora e o pai caminharam de braços dados até o pequeno altar improvisado onde Remo esperava, sorrindo largamente para a mulher.
  — É melhor você realmente cuidar dela! — sussurrou Ted para o outro ao apertarem as mãos, antes de juntar-se aos convidados sentando-se em uma das cadeiras ao lado da esposa.
  Quim Shacklebolt começou a cerimônia, embora não tivesse, de fato, o poder de realizá-la oficialmente, era a única opção viável para o casal, já que o Ministério da Magia não aceitava o casamento de lobisomens. A cerimônia em si não era oficial, o Ministério nem mesmo sabia da realização, mas era simbólica para o casal.
  — Remo, você aceita Ninfadora como sua esposa?
  — Aceito! — disse, olhando nos olhos da mulher que mantinha um sorriso tão grande em seu rosto que não achava que um dia poderia sentir-se mais feliz do que naquele momento.
  — Ninfadora, você aceita Remo como seu esposo?
  — Com certeza! Aceito! — respondeu animada, fazendo os convidados rirem baixo.
  — Eu então os declaro marido e mulher, pode beijar a noiva! — acrescentou para Lupin, que inclinou-se para juntarem os lábios.
  O pequeno grupo aplaudiu o casal parabenizando-os antes que os dois aparatassem para um esconderijo protegido pela Ordem para terem alguns dias de sossego.
  — Ainda brava, tia? — %Sam% virou-se para Andy, a qual mantinha o olhar preso no chão.
  — Tenho certeza que Remo é uma boa pessoa, mas não posso ser hipócrita ao ponto de dizer que estou feliz… Nenhuma mãe ou pai deseja que os filhos casem com um lobisomem… É… Perigoso… Ninfadora poderia casar-se melhor…
  — Mas é dele que ela gosta, Andrômeda — disse Sirius colocando uma mão em seu ombro. — Sei que pode não parecer o ideal, mas ela está feliz, não? Casou-se com o homem que ama. Não é isso que conta? A felicidade dos filhos?
  — Ainda assim — a mulher suspirou —, ele é um lobisomem. E se algo acontecer?
  — Dora é uma Auror, membro da Ordem, e após todos esses anos, imagino que Lupin saiba se cuidar quando está em época de lua cheia, vai ficar tudo bem! — acrescentou Ted, passando o braço pelos ombros da mulher.
  — Espero que estejam certos, porque se algo acontecer a ela… — Silenciou-se. — É melhor voltarmos agora, até mais.
  Despediram-se abraçando a sobrinha e apertando as mãos dos demais, aparatando pouco depois.
  — Achei que ela já tivesse aceitado… — comentou Quim após o casal afastar-se.
  — Sinceramente, ela só veio para deixar Dora feliz — explicou Sirius —, Ted aceitou melhor, mas também não está muito confiante. Contudo, entendo o lado deles, imagino que se fosse o mesmo com %Samantha% também não estaria de todo feliz com a situação… — comentou, coçando a barba. — Mas é o que eu disse, no final, o importante é Ninfadora estar feliz com suas escolhas, não?
  — Só espero que Remo não faça nada idiota. — %Sam% deu de ombros. — Que foi? Eu ouvi vocês conversando sobre ele querer cancelar o casamento!
  — Remo também não se sente bem com a situação, ele sabe o que pode dar errado — explicou Quim.
  — Mas ele também está feliz, não é? Nunca o vi tão sorridente quanto hoje! — acrescentou Cedrico, vendo os outros concordarem.
  — Ninfadora sabe o que faz — começou Moody —, é um tanto espevitada, mas sabe o que faz! — Alastor então virou-se para Quim. — É melhor irmos e, Diggory, você faz a ronda de amanhã junto com o Gui!
  — Achei que Gui estava liberado até o casamento? — Sirius arqueou a sobrancelha, olhando para o mais velho.
  — Mudança de planos, não temos pessoal o suficiente para cobrir o tempo todo. Gui voluntariou-se para participar do grupo de transporte de Potter na próxima semana, temos que rever o plano todo. 

  Cedrico bateu na porta de entrada, ajeitando os cabelos um pouco mais compridos do que o acostumado, estava trabalhando tanto entre o Ministério e as funções extras na Ordem que quando tinha um tempo para cortar o cabelo, simplesmente preferia descansar ou ver a namorada, e não parecia que ela se importava com seu cabelo vários centímetros mais longos.
  — Oi! — Sorriu quando a garota abriu a porta, logo puxando-o para dentro. — O que foi?
  — Papai saiu. — Encarou-o, arqueando uma sobrancelha, sugestiva.
  Diggory passou a língua pelos lábios secos, contendo um sorriso de lado.
  — Vai demorar?
  — Pelo menos mais uma hora.
  O rapaz abriu o sorriso aproximando-se da namorada e puxando-a para um longo beijo.
  Fazia algum tempo que eles não conseguiam ficar sozinhos desde que Black voltou de Hogwarts, Sirius parecia focado em não dar uma oportunidade para os dois ficarem “de agarramento”, como ele gostava de dizer. Diggory estava quase certo de que o homem tinha alguma espécie de feitiço que o avisava quando o rapaz estava muito próximo de %Samantha%, pois era quase como se ele aparatasse ao lado dos dois no instante seguinte.
  Parte de si, entretanto, preferia dessa forma, pois Sirius tinha receio em deixar o casal sozinho por imaginar que Cedrico poderia “avançar o sinal”, como já tinha comentado outras vezes. E era claro que ele preferia que Black imaginasse que eles mal se beijavam do que descobrir que eles já tinham transado. Não que tivessem tido muitas oportunidades após a primeira vez na praia, de qualquer forma, era melhor que Sirius continuasse a pensar que estava atrapalhando-os o suficiente para nada acontecer. Conseguirem ficar sozinhos era uma surpresa realmente boa que eles deveriam aproveitar o quanto pudessem, já fazia quase um mês desde que tinham conseguido ter privacidade o suficiente para mais do que uns amassos.
  Subiram as escadas rapidamente, a última coisa que precisavam era Sirius abrindo a porta de casa e dando de cara com o casal aos beijos no sofá. A loira também parecia extremamente feliz em poder passar algum tempo com o namorado, sentia sua falta durante o ano letivo, principalmente depois que ficou difícil de se encontrarem em Hogsmeade devido ao trabalho do outro. Contou nos dedos o tempo que faltava para as férias, e não ter aproveitado como queria deixava-a, no mínimo, desapontada. 
  Assim que fechou a porta de seu quarto, Diggory tornou a puxá-la para perto de si, finalmente beijando-a como queria e aproveitando para deixar as mãos vagarem pelo corpo da mais nova. Sentia falta de tê-la por perto, gostava de quando ficavam sozinhos para conversar e passar o tempo, mas não seria hipócrita de fingir que não sentia falta do resto.
  Foi quando começou a beijar o pescoço da garota e sentir seu perfume que Cedrico notou que sentia falta dela muito mais do que imaginava. Parecia que faziam anos que não se viam, embora estivessem juntos pelo menos duas vezes na semana desde que ela havia voltado de Hogwarts.

  — Shiu. Você ouviu isso? — questionou a loira com o cenho franzido, empurrando o namorado para o lado.
  — Isso o quê? — perguntou o loiro distraído, voltando a beijar-lhe o queixo, apertando-a contra si.
  Ouviram um barulho alto da sala e logo a voz de Sirius:
  — %Sam%, já voltei!
  Os dois se encararam assustados, Diggory pareceu perder a cor do rosto — até então um tanto avermelhado — rapidamente.
  — Ele vai me matar — sussurrou apavorado, vendo %Sam% morder o lábio inferior, logo levantando-se da cama e jogando sua camiseta e calça.
  — Se esconde, rápido.
  Demorou dois segundos para o rapaz mexer-se, ainda um tanto apreensivo, puxando as roupas e os sapatos que estavam jogados no chão, arrastando-se para baixo da cama.
  %Sam% tornou a deitar, puxando as cobertas por sobre o corpo, agitou a varinha para as luzes apagarem e então fingiu dormir.
  — %Sam%? — Sirius bateu na porta antes de abrir.
  A luz do corredor iluminou minimamente o quarto e só o que o homem pôde ver foi a mais nova dormindo, abraçada ao travesseiro.
  — Depois passa horas acordada à noite… — resmungou consigo mesmo, fechando a porta.
  O casal esperou até não ouvirem mais nenhum passo ou barulho para começarem a se mexer. Cedrico saiu debaixo da cama se vestindo em poucos segundos.
  — Nunca pensei que eu sobreviveria a esse momento, estou um pouco surpreso — contou em voz baixa, fazendo a loira rir.
  — Vou confirmar se ele está no quarto antes de você sair.
  Ela andou até o corredor abrindo a porta com cuidado para não fazer nenhum barulho e colocou a cabeça para fora, ouviu os passos e algo caindo vindo do quarto do pai, e então acenou para o namorado.
  — Seja rápido e silencioso!
  Os dois andaram apressados pelo corredor em direção às escadas, Cedrico descia dois degraus de cada vez, até pisar em falso e cair dos últimos, fazendo um barulho alto.
  — Você está bem? — sussurrou a garota assustada, vendo o namorado fazer uma careta colocando a mão nas costas, a qual tinha batido ao escorregar.
  — %Samantha%? É você? — Ouviram a voz de Sirius próxima do corredor.
  — Eu… Caí da escada! — gritou, sinalizando para o namorado correr até a porta. Cedrico beijou-a rapidamente nos lábios antes de andar mancando para a saída. A garota sorriu, negando com a cabeça.
  — O que aconteceu? — Sirius apareceu no topo da escada, preocupado.
  — Ahn… Estava com um pouco de sono, desci pra pegar água e não vi o último degrau… — Sorriu para o pai, que rolou os olhos voltando para seu quarto.
  — Pensei que estava dormindo, achei que tinha mais alguém na casa…

  Cedrico esperou meia hora sentado ao lado de Bicuço no galpão que Sirius havia construído para o hipogrifo a alguns metros da casa. O animal não se incomodou com a companhia, até gostou do carinho que recebia do rapaz antes de começar a limpar as penas e preparar-se para dormir.
  Diggory respirou fundo, arrumando os cabelos e a roupa da melhor forma possível antes de caminhar para a casa e bater na porta.
  — Boa noite, Sirius! Como vai?
  — Cedrico? Achei que não viria aqui hoje… — comentou surpreso, dando espaço para o mais novo entrar. — Não era para você estar em uma missão ou algo do tipo?
  — Ah, Moody acabou trocando de última hora, Quim foi no meu lugar já que estarei na guarda de Potter. — Deu de ombros, as mãos nos bolsos da calça.
  — Ced! — %Samantha% apareceu do topo da escada, os cabelos molhados do banho recente. — Parece que fazem semanas que não te vejo!
  — Ah, pronto. — Black rolou os olhos, sentando-se no sofá e puxando o livro que lia. — Porta aberta e nada de passarem mais de dez segundos se beijando, estarei de olho.
  — Sim, senhor!

  Harry viu pela porta de vidro várias pessoas aparecendo à medida que os Feitiços da Desilusão se desfaziam. Em frente a todos, viu Hagrid de capacete e óculos de proteção, montando uma gigantesca motocicleta com um sidecar preto. À volta, outras pessoas desmontaram de vassouras, dois testrálios e, para sua surpresa, Bicuço. O grupo logo entrou pela casa e Harry abraçou os três amigos, o padrinho e Hagrid, cumprimentando Moody, Arthur, Fleur, Gui, Lupin, Fred, George e Cedrico, sorridente.
  Se espremeram na cozinha enquanto Olho-Tonto explicava o que aconteceria para tirarem Harry com certa segurança da casa.
  Potter continuou reclamando por alguns instantes, após Mione puxar fios de seu cabelo.
  — Eu achando que tínhamos deixado os dias de Poção Polissuco no segundo ano… — Suspirou %Sam%, olhando com pesar para o cantil à sua frente.
  — Você parece muito mais gostoso que o Crabbe ou o Goyle, Harry! — comentou Granger, olhando para seu copo.
  — Como é? — questionou Rony, o ar risonho.
  Granger ficou vermelha no mesmo instante.
  — Você entendeu o que eu quis dizer… — falou em voz baixa, ouvindo alguns risos ao redor.
  Moody rolou o olho mágico, batendo no chão com seu cajado.
  — Muito bem, muito bem. Quando eu disser três, vocês tomam ao mesmo tempo… Um, dois, três!
  Hermione cresceu alguns centímetros, Fleur, Fred, George e Rony encolheram. %Samantha% continuou na mesma altura, mas seus cabelos, assim como de Mione e Fleur, pareceram reentrar na cabeça, escurecendo. Os gêmeos viraram-se, se encarando por um instante.
  — Uau… Estamos idênticos!
  — Não sei, acho que estou mais bonito! — argumentou Fred, olhando o próprio corpo.
  — Bah! — exclamou Fleur, mirando-se no micro-ondas. — Gui, nam olhe parra mim: estam horrenda!
  — Fale por você — retrucou %Sam%, próxima a Cedrico e Sirius, que olhavam divertidos para o grupo de Harrys. — Nunca me senti melhor! Estou pronta para salvar o mundo bruxo ou escapar mais uma vez do Lorde das Trevas!
  — Isso é tão estranho! — comentou Diggory ao lado de Gui, o qual riu concordando.
  %Samantha% arqueou a sobrancelha.
  — Sabia que eu sou O Escolhido? Escapei de Voldemort três vezes. Mais respeito, Diggory!
  — Eu nunca falei assim! — o verdadeiro Potter comentou ao seu lado, negando com um aceno.
  — Está perdendo seu tempo, Raio, deveria aprender comigo enquanto eu sou você! — Sorriu para ele, fazendo-o rir.
  — Eu vou tomar uma poção dessas para ser você, quero ver se será tão engraçado…
  — Não é uma boa ideia, Harry, já imaginou se o Cedrico te confunde com a verdadeira? — falou Fred alto.
  — Eu já consigo ver a cena, Diggory todo feliz indo beijar a Black e, opa, era o Harry! — completou George às gargalhadas.
  Cedrico e Harry ficaram constrangidos, enquanto os demais riam.
  — É óbvio que isso não aconteceria! — Diggory negou, sorrindo pequeno. — Acho que sei diferenciar minha namorada, mas admito que pela primeira vez Sirius não tem com o que se preocupar; pelo menos pelas próximas horas eu não terei vontade nenhuma de beijá-la. — Então virou-se, olhando para o homem parado ao seu lado. — Não que eu fosse fazer isso, de qualquer forma. Só nos beijamos na bochecha!
  Sirius o encarou com a sobrancelha arqueada, fingindo acreditar na cara inocente do outro.
  — Chega de conversa, estamos com o tempo apertado, vocês todos coloquem as novas vestes! — gritou Moody, deixando um saco com calças, camisetas e jaquetas iguais no chão.
  — Eu sabia que era mentira aquela história de tatuagem — mencionou Rony ao ver o próprio peito nu.
  — Caramba, Harry, sua visão é horrível mesmo! — comentou Mione do canto, colocando um dos óculos.
  — Cedrico, como você se sente podendo finalmente ver sua namorada sem roupas e ela nem estar com o corpo dela? — Fred tornou a questionar do canto, querendo mais que tudo deixá-lo sem graça na frente de Sirius, adorava quando Cedrico se sentia ameaçado por Black.
  Diggory apenas riu do canto, os braços cruzados, negando com a cabeça.
  — Até parece...
  — Até parece o que, Diggory? — Sirius virou-se afoito, olhando bem para a cara do rapaz.
  Cedrico ficou vermelho.
  — Até parece que eu iria querer vê-la sem roupas, Sirius. Nunca. Só depois do casamento!
  — Relaxa, pai. O máximo que aconteceu aqui foi ele tirar a camiseta molhada depois da prova no Lago Negro, no Tribruxo. — O Harry mais próximo apareceu, colocando a jaqueta.
  — Ótimo, peguem suas corujas empalhadas e vamos separando os pares! — Moody cortou antes que Sirius pudesse dar mais algum ataque. — Rony, você vai comigo. Arthur e Fred…
  — Eu sou o George! Nem quando somos o Harry vocês conseguem nos diferenciar?
  — Desculpe, George…
  — Eu só estou zoando você, na verdade sou o Fred!
  — Chega! — Olho-Tonto tornou, fazendo os adolescentes pararem de sorrir. — O outro, Fred ou George, seja lá quem for, você vai com Remo no testrálio.
  — Ainda bem que ainda não estamos na lua cheia, não é?
  — Srta. Delacour…
  — Vou levar Fleur em um testrálio — disse Gui. — Ela não gosta muito de vassouras!
  Fleur foi para o lado do noivo, lhe lançando um olhar apaixonado. %Sam% olhou para Harry ao seu lado, rindo baixo.
  — Sua sorte é que eu não vou beijar o Cedrico enquanto pareço com você! — Piscou brincalhona antes de levar uma cutucada na costela.
  — Srta. Granger você vai com Sirius no hipogrifo.
  Mione seguiu tranquila para o lado de Sirius que sorriu de volta para a garota, apoiando uma mão em seu ombro.
  — %Samantha%, você segue com Cedrico em vassouras. E Harry, o verdadeiro, você vai com Hagrid.
  — Acho bom mantê-la em segurança ou você realmente terá problemas comigo dessa vez, Diggory — avisou Sirius, olhando da filha para o mais velho.
  O rapaz concordou com um aceno, sem qualquer vestígio de brincadeiras.
  — Não se preocupe, dou minha palavra.
  %Sam% rolou os olhos levemente.
  — Te vejo depois, pai! — Abraçou-o de lado.
  Sirius também se aproximou do afilhado, sorrindo para ele enquanto passava a mão por seus cabelos arrepiados.
  — Tome cuidado você também, nos vemos daqui a pouco!
  — Achamos que os Comensais esperarão que você esteja voando em vassouras — avisou Alastor, vendo o mais novo um tanto constrangido andando em direção ao sidecar junto a Hagrid. — Snape já teve tempo suficiente para acabar de informar a eles tudo que sabe sobre você, por isso, se toparmos com Comensais, apostamos que irão escolher primeiro um Harry que pareça à vontade montando uma vassoura.
  Harry concordou com um aceno, sentindo-se um tanto aflito ao pensar sobre isso. Fred, %Sam% e Rony estavam em vassouras.
  — Boa sorte a todos! Nos vemos em meia hora n’A Toca! Quando eu contar três! Um…
  — Quer apostar uma corrida, Cicatriz? — A garota piscou em sua direção, preparando a vassoura.
  Harry riu segurando a gaiola de Edwiges entre suas pernas.
  — Até mais tarde, %Sam%!
  — Três!
  Os testrálios, hipogrifo, vassouras e a moto de Hagrid saíram ao mesmo tempo, subindo juntos no céu escuro e ganhando cada vez mais altura. %Samantha% sentiu o frio da noite sobre seu rosto e corpo. Moody poderia ter encontrado roupas mais quentes do que aquelas, nem queria imaginar o estado em que estaria até chegarem à casa de Quim, a qual ela e Diggory pegariam a Chave de Portal até os Weasley.
  Não pareciam nem ter pegado altura suficiente quando ouviu uma movimentação estranha ao seu lado, olhou por sobre o ombro a tempo de ver mais três sombras que não pertenciam aos membros da Ordem começarem a segui-los.
  — Diggory! — gritou virando-se para o namorado. Cedrico já tinha a varinha em mãos, apontando-a para uma das sombras, disparando um feixe de luz azulada. Os vultos se separaram por um instante, mas não demoraram nem vinte segundos para tornarem a aparecer.
  — Continue indo, precisamos chegar ao ponto! — gritou ele voando ao seu lado, a expressão séria enquanto circulava ao seu redor, garantindo que nenhum dos Comensais se aproximasse demais da garota.
  — E os outros?
  — Você ouviu o Moody, temos que continuar. Siga o plano! — tornou a gritar ao seu lado antes de mirar a varinha para um dos Comensais, o qual reconheceu pouco depois como Avery.
  A garota apontou a própria varinha para uma sombra ao seu lado, sem nem ver quem tentava acertar, abaixou-se rapidamente com a vassoura, desviando de um jato de luz vermelha ao tempo que lançava outro feitiço, acertando quem quer que fosse na terceira tentativa. Cedrico sumiu de sua vista por um momento, mas logo reapareceu voando ao seu lado. %Samantha% notou um corte profundo em seu rosto, entretanto, ele sorriu para ela garantindo que estava bem, dizendo para continuarem.
  Tudo ficou silencioso por um momento e não sabiam se era algo bom ou não, não conseguiam ver mais nada devido à escuridão que os cercava. Precisaram desviar as vassouras para lados opostos de repente, pois duas sombras apareceram logo no caminho dos dois, separando-os.
  %Samantha% conseguia ver pelo canto do olho a troca de feitiços entre Cedrico e o Comensal que o perseguia, enquanto ela mesma gritava feitiços aleatórios que vinham à sua mente, desviando-se com rapidez sempre que via um feixe de luz em sua direção.
  O Comensal emparelhou-se com ela e assim que sua máscara caiu, reconheceu seu tio, Rodolfo Lestrange. O qual sorria com os dentes amarelados em sua direção.
  — Será você dessa vez, Potter?
  %Samantha% encarou-o por um segundo, sorrindo antes de apontar-lhe a varinha.
  — Descubra sozinho. — A luz vermelha foi de encontro ao homem, que desviou-se com agilidade do feitiço.
  — Potter! — gritou Diggory ao aproximar-se.
  Por um momento %Sam% sentiu-se satisfeita ao ver que, por mais preocupado que estivesse, Cedrico não se deixou levar pelo momento e seguiu o plano. Aquilo, no entanto, pareceu ser a confirmação que Lestrange aguardava, sorrindo antes de parar de segui-los por um momento.
  — Você está bem? — perguntou ao aproximar-se, vendo-a concordar. — Abaixe-se!
  Black deitou-se sobre a vassoura, virando de ponta cabeça ao tempo que Cedrico lançava um feitiço na nova sombra que apareceu ao seu lado. O casal assustou-se ao notar que não era apenas um Comensal, mas o próprio Voldemort.
  — Então aqui está você, Harry? — disse em tom divertido, voando ao lado da garota, sem uma vassoura ou qualquer outro meio que pudesse mantê-lo no ar. Voldemort realmente voava.
  Dois outros Comensais apareceram, separando o casal.
  Diggory duelava poucos metros abaixo, enquanto tentava aproximar-se da namorada mais uma vez.
  — Cuidado, Tom — disse a garota, notou os olhos vermelhos brilharem —, não vai querer ser derrotado mais uma vez, não é?
  Voldemort esticou a varinha em sua direção, mas seu olhar parou por um instante na que estava nas mãos da garota, sorrindo de lado.
  — Você quase conseguiu uma Maldição da Morte pela petulância, Black. Mas tenho outros planos para você! — Afastou-se de repente, ao tempo que Cedrico aproximava-se afoito, emparelhando as vassouras.
  — Você está bem? O que aconteceu?
  — Ele viu minha varinha! Sabia que não era o Harry — disse olhando para trás, não vendo mais nenhuma das sombras. — Cadê todo mundo?
  Diggory respirou fundo, procurando qualquer sinal do grupo. Ouviram então um barulho alto e luzes começaram a formar-se a menos de um quilômetro, do lado contrário ao que deveriam voar.
  — Temos que ajudá-los! — gritou %Sam% olhando na direção das luzes, parou a vassoura no ar seguida por Diggory, que estava em uma batalha interna. Ao mesmo tempo que queria ajudá-los, precisava tirar Black dali o mais rápido possível.
  — Precisamos seguir o plano… — disse sem tanta convicção, olhando para as luzes que se intensificaram.
  — Cedrico…
  Diggory a olhou por um instante. %Sam% ainda parecia com Potter, e se a atingissem por pensarem que era Harry?
  — Fique atrás de mim — disse por fim antes de voltarem a voar, seguindo para a direção dos gritos.

  Gui e Fleur estavam cercados por quatro Comensais, o testrálio não conseguia voar sem ser bloqueado pelo grupo. Fleur gritava feitiços de proteção, tentando evitar que o animal fosse atingido, enquanto o ruivo tentava se encarregar dos Comensais. Por um momento pensou que estavam com ainda mais problemas ao ver mais duas sombras aproximando-se, mas viu um dos feitiços ser lançado contra uma das sombras ao seu lado esquerdo, acertando-a no ombro e logo reconheceu Diggory e um dos Harrys ao seu lado.
  — Cuidado! — gritou Black, apontando a varinha para Dolohov, que tentava acertar Fleur pelas costas.
  A francesa escorregou do testrálio quando o animal mexeu-se nervoso, caindo rapidamente.
  — Não! — gritou Gui desesperado, tentando afastar-se dos Comensais para ajudá-la.
  %Samantha% afastou-se rapidamente, deitando sobre a vassoura e acelerando o voo para tentar pegar Fleur antes que a mulher batesse em algo.
  Cedrico e Gui tentaram segui-las, mas foram impedidos pelo grupo que não parava de lhes lançar feitiços da morte.
  %Sam% estava apenas alguns metros de distância, conseguia escutar o grito desesperado da mais velha conforme ela caía. Delacour tentou esticar as mãos para que a outra conseguisse segurá-la, mas girava rápido no ar, incapaz de manter-se estável. Black a agarrou pela jaqueta, puxando-a com força enquanto tentava manobrar com a vassoura, emparelhando com a francesa pouco depois, a qual a agarrou desesperada, jogando-se sobre seu corpo. Demoraram alguns instantes para conseguirem ajeitar-se, mas logo Fleur estava sentada atrás da mais nova, segurando-se com força.
  — É porr isse qu eu odeiam voarr! — Suspirou, ainda agitada com tudo.
  — Caramba, você claramente nunca jogou Quadribol, não é? Já caí da vassoura umas quatro vezes! — contou %Sam%, tentando amenizar o clima ao tornarem a voar para próximo dos outros dois.
  Fleur tentou rir, mas ainda parecia assustada demais para qualquer coisa.
  — Obrrigade!
  %Samantha% olhou por sobre o ombro, piscando de lado.
  — Eu sou O Escolhido, é meu dever ajudar!

  Diggory ainda duelava com Dolohov quando viu os dois Harry Potters voando na mesma vassoura em direção ao grupo. Antônio, lançou uma Maldição da Morte a qual Cedrico desviou por um triz, o que o deixou com ainda mais raiva, no instante seguinte, o rapaz lançou ele mesmo um jato verde em direção ao Comensal. %Sam% ficou um tanto surpresa ao notar, não achava que o namorado estivesse pronto para matar uma pessoa, mas não o julgava por usar a Maldição em meio ao duelo.
  Gui derrubou Rowle da vassoura após quase ser nocauteado pelo mesmo, e então virou-se para ajudar Diggory, mas não foi necessário, pois o outro conseguiu estuporar Dolohov poucos segundos depois.
  — Estão todos bem? — perguntou o Weasley, olhando diretamente para a noiva, que parecia um pouco enjoada. Voou para perto das duas, ajudando Fleur a subir novamente no testrálio. — Não sei como agradecer a vocês dois, não estaríamos aqui agora se não tivessem aparecido.
  — Eu cerrtemment naum estarria! — comentou Fleur, encarando a mais nova, agradecida.
  — Não tem o que agradecer, tenho certeza que fariam o mesmo — respondeu Diggory ao reparar que a namorada estava um pouco constrangida. — É melhor continuarmos. Devemos ser os últimos a chegar!
  — Sim, já perdemos a primeira Chave de Portal — concordou Gui, olhando o relógio de pulso. — Se formos rápidos agora, talvez consigamos a segunda.
  — Até daqui a pouco! — Acenaram uns para os outros antes de Cedrico e %Sam% voltarem a voar na direção norte, enquanto o casal no testrálio seguiu em frente.
  Cedrico olhou para o lado, notando os cabelos loiros voando com o vento, sorriu sozinho.
  — Olha só, voltou a ser você mesma!
  %Sam% virou-se confusa, olhando para o próprio corpo, nem mesmo tinha reparado.
  — Finalmente, achei que minha visão estava arruinada para sempre! — disse, retirando o óculos que usava e colocando-o no bolso.
  — Está bem? Está muito quieta — perguntou ele ao seu lado, ao aproximarem-se do perímetro protegido.
  Black concordou com a cabeça, suspirando em seguida.
  — Só queria confirmar que estão todos bem.
  — Não se preocupe — Diggory sorriu —, logo estaremos todos juntos e você poderá contar que salvou a noiva!
  %Sam% riu baixo, concordando com a cabeça.
  — Potter teve tanta sorte de eu nunca ter tentado ser apanhadora, obviamente seria melhor que ele!
  Diggory gargalhou, sentindo-se mais tranquilo ao notarem que já tinham passado o local protegido, logo os dois pousaram no quintal de Quim. Cedrico abraçando-a apertado assim que desmontaram das vassouras.
  — Você foi muito bem hoje!
  — Você também, até parecia um Auror! — Sorriu de lado antes de ele inclinar-se, juntando seus lábios em um beijo rápido. — Como está o corte?
  — Nada que vá me matar, não se preocupe.
  Ouviram passos apressados e, no instante seguinte, Shacklebolt apareceu, respirando aliviado ao notar o casal.
  — Por Merlin, vocês estão muito atrasados! O que aconteceu? — perguntou chamando-os para entrar, notando o corte em Diggory.
  — Fomos atacados pouco depois de sairmos — explicou, aceitando uma xícara de chá que lhe foi oferecida. — Dezenas de Comensais, depois o próprio Voldemort.
  Quim respirou fundo, negando com a cabeça.
  — Como foi que a notícia se espalhou? Não tinha como saberem…
  — Você vai junto para A Toca? — perguntou %Sam%, dando um gole na bebida e sentindo o corpo todo esquentar.
  — Sim, precisamos saber o que aconteceu… Por falar nisso, está na hora da terceira Chave! — Apontou para uma escova de dentes que começou a brilhar.
  Os três aproximaram-se, deixando às xícaras na mesa, Cedrico e %Sam% segurando firme em suas vassouras. 

  Assim que bateram no gramado, varinhas foram erguidas em direção aos três.
  — Diggory, o que foi que lhe mandei no último dia do Torneio Tribruxo? — questionou Sirius sério, a varinha na direção do peito do rapaz.
  — Pai! — protestou %Sam% assustada, Cedrico, entretanto, não parecia abalado.
  — Um pedaço de pergaminho com a pata de um cachorro.
  — Shacklebolt, qual foi a última coisa que Dumbledore nos disse?
  — Harry é nossa melhor esperança, confie nele.
  Sirius respirou fundo, baixando a varinha, assim como Remo e Arthur.
  — Finalmente! — Puxou %Sam% para um abraço apertado, sendo retribuído da mesma forma. — Vocês demoraram e não sabemos por quem fomos traídos, precisávamos confirmar!
  — Estão todos bem? — perguntou Diggory ao seguirem em direção à casa.
  Remo pareceu perder um pouco de cor em seu rosto.
  — O que aconteceu? — %Sam% ficou nervosa, sentindo o pai apertar-lhe o ombro.
  — Snape apareceu, acertou George com um feitiço… Ele está bem, mas… — A voz de Lupin se perdeu. Ao entrarem na casa, viram o grupo reunido ao redor do sofá e o ruivo deitado, rodeado pelo gêmeo e a mãe.
  Dora puxou a prima para um abraço assim que a viu, apertando-a contra si.
  — Você demorou, ficamos preocupados! — sussurrou em seu ouvido.
  — Agora vocês vão poder nos diferenciar, não é? — brincou George, fazendo uma leve careta com a dor. O Wesley tinha uma faixa em sua cabeça, o sangue se acumulava na região da orelha. — Com ou sem orelha, ainda sou o mais bonito. — Deu de ombros, virando-se para Remo. — Não se preocupe, poderia ser pior se você não estivesse lá.
  Lupin concordou com um sorriso pequeno, embora continuasse a se sentir culpado.
  — Cadê o Olho-Tonto? — perguntou Quim ao olhar o grupo, notando a falta do mais velho.
  Ninguém falou nada por um instante.
  — Você-Sabe-Quem… — falou Rony em voz baixa, parecendo ainda mais sem graça e vermelho do que o costume.
  Diggory fechou os olhos, bufando frustrado ao abaixar a cabeça encarando o chão. %Sam% segurou em sua mão, apertando-a gentilmente. Moody, assim como Sirius, era quem mais tinha ajudado Cedrico com os feitiços no último ano, ensinando-lhe de tudo um pouco, confiando nele para ser membro da Ordem. Se não fosse por Alastar, Cedrico provavelmente não saberia metade das coisas que havia aprendido.
  — Voldemort apareceu para todos? — tornou Quim, após alguns instantes de silêncio.
  Remo, Arthur e Gui negaram com a cabeça. Black então encarou o casal ao seu lado.
  — O que aconteceu com vocês?
  — Aqui, querido! — disse Molly a Cedrico, entregando-lhe uma toalha molhada em algum remédio vermelho. — Vai cicatrizar mais rápido.
  — Obrigado. — Sorriu de canto, colocando a toalha sobre a bochecha, limpando o corte. — Alguns Comensais nos cercaram e depois Voldemort apareceu… — Virou-se para %Sam%, esperando que a mais nova continuasse. A garota deu de ombros.
  — Ele achou que eu era o Harry por um momento e acho que pensou em me atacar, depois viu minha varinha e saiu…
  — Por que ele achou que era eu? — questionou Potter do outro lado da sala. %Sam% arqueou a sobrancelha, pronta para dizer o óbvio. — Quero dizer, ele não tentou atacar Rony ou Mione...
  Black mordeu o lábio inferior.
  — Talvez eu tenha soado como você…? — disse em tom de pergunta. — Se fosse para dizer que você estava com o Hagrid não precisaríamos do Polissuco.
  — O que você disse? — questionou Sirius curioso.
  — Perguntei se ele estava pronto para ser derrotado mais uma vez — comentou sem emoção, ouvindo as risadas dos gêmeos. 
  — Não é hora de fazer piadas. — Lupin negou com a cabeça. — Não precisava dizer que não era o Harry, mas não pode arriscar-se assim. Ele poderia ter te matado só pela brincadeira.
  — Ele iria — começou %Samantha%, suspirando —, mas viu minha varinha e notou que não era o Harry, aí… Aí ele saiu.
  — Isso foi antes ou depois de vocês aparecerem para nos ajudar? — questionou Gui curioso.
  — Antes.
  — Como assim? — Arthur olhou do filho para o casal. — O que aconteceu?
  Cedrico e %Samantha% se entreolharam.
  — Pouco depois, vimos umas luzes não muito longe, resolvemos ajudar…
  — Vocês deixaram o plano de lado? — Lupin parecia chocado.
  — Graças a Merlin vocês deixaram o plano de lado — agradeceu Gui, sorrindo de canto, aproximando-se para apertar a mão de Diggory. — Certamente não estaríamos conversando se não tivessem aparecido. Estávamos cercados e Fleur acabou caindo do testrálio…
  — Não me entenda mal, Gui, estou mais do que feliz por vocês dois estarem bem, mas quando montamos um plano como esse, temos que o seguir, Cedrico.
  Diggory concordou com a cabeça, embora não se sentisse de todo culpado.
  — Agrradeço porr aperrecerem! — Fleur aproximou-se, abraçando o casal e beijando-lhes a bochecha, demorando-se um pouco mais em Black. — Voou mui biem!
  A loira pareceu extremamente constrangida.
  — Ah, você sabe… Jogava Quadribol… E não é como se você fosse muito pesada… — Coçou a nuca, ficando vermelha ao notar o tamanho do sorriso da francesa. Virou-se para Cedrico que a olhava curioso quando a mulher se afastou.
  — Ela é bonita, me deixa sem graça — sussurrou, fazendo-o segurar a risada.
  Enquanto o grupo conversava sobre os próximos passos, incluindo o resgate do corpo de Olho-Tonto, Sirius aproximou-se de Cedrico, puxando-o para um canto.
  — Quer dizer que, além de fugir do plano inicial, você ainda arriscou a vida da minha filha mais um pouco? — Cruzou os braços, vendo o loiro ficar totalmente sem graça, sem saber o que dizer.
  — Eu…
  — Muito bem. — Suspirou, passando as mãos pelo cabelo. — Apesar de tudo, eu teria feito a mesma escolha. Bom trabalho, Diggory.

  Após Remo, Gui e Cedrico saírem para procurar o corpo de Moody, o restante do grupo se dispersou aos poucos, voltando para suas casas. Harry, por um momento, ficou perdido.
  — Também já vou indo… — anunciou, levantando-se da cadeira na qual estava sentado.
  — Vai pra onde? — questionou %Sam% com a sobrancelha arqueada.
  — Para outro lugar, não posso ficar aqui… É perigoso e…
  — Harry, mas foi justamente por isso que te trouxemos para cá, fizemos tudo o que podíamos para protegê-lo! — avisou a Sra. Weasley, sorrindo bondosa.
  — Sei que sim e agradeço por isso, mas se Voldemort descobrir que estou aqui…
  — E como descobriria? Temos treze locais que você poderia estar! — avisou Arthur, enquanto tomava mais um gole de Uísque de Fogo.
  — É justamente por isso que você não vai para nossa casa, Harry — acrescentou Sirius. — Achamos que seria o primeiro local que Voldemort tentaria te procurar, mesmo que não saiba com certeza a localização… Plantamos pistas falsas por semanas, mas concordamos que aqui você estaria mais seguro do que conosco.
  — Vocês não entendem… Não estou pensando na minha segurança…
  — Sabemos que não é isso, Harry — concordou Molly, passando a mão por seus cabelos. — Mas se você for embora, tudo o que fizemos por você terá sido em vão.
  — Você deve ficar aqui, Harry! — bradou Hagrid, após minutos de silêncio, ainda pesaroso pela perda de Alastor.
  — É, perdi minha orelha sangrenta por nada? — George negou, apontando para a cabeça.
  — Você realmente acha que vai conseguir se proteger e nos proteger estando sozinho, ao invés de seguir com o plano da Ordem? — %Sam% negou, encarando o amigo. — Ouviu o que Quim falou mais cedo? Dumbledore pediu para confiarem em você, vai ser muito burro se deixar tudo isso e correr por aí desprotegido.
  — Eu não…
  — Harry, você não pode nem aparatar sem que o Ministério saiba onde você está! — lembrou Mione, fazendo-o desistir por um instante.
  — Muito bem, tudo resolvido. — Sirius sorriu ao vê-lo sem argumentos. — Como seu padrinho, estou dando uma ordem — avisou-lhe quando se aproximou para abraçá-lo. — Queria que você pudesse conhecer sua nova casa, mas vai ter que ficar para outra hora. — Piscou para o afilhado. — Nos vemos daqui alguns dias!

Dezoito
0 0 votos
Classificação do artigo
Inscrever-se
Notificar de
guest
1 Comentário
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
Lelen

Eu queria que o Moody tivesse sobrevivido, ele era meio parafuso solto às vezes e tinha um jeito peculiar de ensinar, mas eu gostava dele </3
Eu sou muito errada, mas eu trocaria o Harry pela vida de todos os nossos bonzinhos que morreram nessa guerra.
E no final, Fleuma não é tão ruim assim, vai HAHAHAHA

Todos os comentários (24)
×

Comentários

Você não pode copiar o conteúdo desta página

1
0
Adoraria saber sua opinião, comente.x