At Midnight


Escrita porBetiza
Editada por Lelen


CAPÍTULO NOVE

Tempo estimado de leitura: 25 minutos

  %Mia%’s POV:

Assim que senti os lábios de %Jongho% tocarem de leve os meus, foi como se o ar tivesse sido arrancado dos meus pulmões. O toque era tão sutil, quase como um teste, mas o suficiente para fazer meu coração disparar e um calor inquietante se espalhar pelo meu corpo. Meu instinto inicial foi fechar os olhos e me render àquele momento, àquela tensão que parecia estar nos envolvendo há horas.
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  Mas então, como se uma onda fria me atingisse, a realidade se impôs. Eu não podia dar aquele gostinho a ele, não podia ceder e alimentar seu ego já inflado. O que era pior: a possibilidade de que ele pudesse se gabar depois ou o fato de que eu, contra todos os meus instintos, estava perigosamente atraída por ele?
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  Assustada com meus próprios pensamentos, levantei-me de uma vez, a água escorrendo do meu corpo e formando pequenas ondas na banheira. Levei as mãos às partes visíveis do meu corpo, tentando desesperadamente cobrir o que pude, como se isso fosse apagar o momento constrangedor.
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  — Eu... acho que já está tarde... quase meia-noite, talvez — gaguejei, minha voz saindo trêmula, incapaz de soar convincente até para mim mesma.
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  %Jongho% me olhava, claramente surpreso, mas com aquele brilho divertido nos olhos que só me deixava ainda mais desconfortável. Não, desconfortável não era a palavra certa. Mexida. Sim, ele estava me mexendo de um jeito que eu não sabia lidar.
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  Peguei a toalha que havia deixado na beirada da banheira e a enrolei ao redor do meu corpo o mais rápido que pude, ainda sentindo o olhar dele me acompanhando.
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  — É isso, preciso... sair daqui. Vou... me trocar. Ou dormir. Sim, dormir. — As palavras saíam atropeladas, e eu balbuciava coisas que nem eu mesma conseguia organizar direito.
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  Sem lhe dar tempo de responder ou reagir, saí do banheiro praticamente correndo, tentando ignorar o som da risada baixa e rouca que escapou de seus lábios. Assim que fechei a porta do quarto atrás de mim, encostei-me nela, respirando fundo e tentando organizar a confusão que %Jongho% havia deixado em minha mente.
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  Eu odiava admitir, mas ele estava me afetando mais do que qualquer um jamais havia feito. E isso me apavorava.
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  O corredor parecia mais longo e silencioso do que antes, e meus pés descalços faziam um som suave contra o piso frio. Cada passo parecia ecoar, e eu rezava mentalmente para não dar de cara com %Jongho%. Eu ainda podia sentir o calor em meu rosto, o desconforto misturado com algo que eu não queria nomear.
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  Olhei rapidamente para os lados ao sair do quarto, e ao não vê-lo, aproveitei a oportunidade para atravessar o corredor. Cheguei ao banheiro compartilhado e entrei rapidamente, fechando a porta atrás de mim com um clique que soou alto no silêncio da casa. Tranquei a porta e soltei um suspiro, encostando-me nela por um momento, como se estivesse fugindo de algo — ou de alguém.
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  Me aproximei do chuveiro, ligando a água quente, e entrei, sentindo as gotículas lavarem os resquícios de espuma que ainda grudavam no meu corpo. Passei as mãos pelos braços, pelo pescoço, como se quisesse apagar o toque de %Jongho% da minha pele.
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  Mas não era tão simples.
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  Minha mente insistia em voltar àquela banheira, ao jeito como ele me olhava, como se estivesse desafiando cada decisão que eu tomava. Ele não precisou de muitas palavras para mexer comigo, e o pior era que ele sabia disso. O maldito sabia exatamente o que estava fazendo.
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  “Por que ele tem que ser assim?”, pensei, mordendo o lábio. Era irritante. %Jongho% era irritante. Com aquele sorriso confiante, aquela risada baixa e provocante, aquele jeito de me provocar com pequenas palavras e toques calculados.
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  Passei a mão pelo rosto, tentando afastar os pensamentos. Eu deveria estar aliviada por ter saído de lá antes que algo mais acontecesse, mas a verdade era que, por um breve momento, eu quase não quis sair.
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  — Droga — murmurei, esfregando o rosto.
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  Era como se %Jongho% estivesse conseguindo desmontar todas as minhas defesas, e isso me deixava ainda mais confusa. Eu sabia que ele era perigoso para minha paz de espírito, mas de alguma forma, não conseguia parar de pensar nele. No som da risada dele, no toque leve das mãos dele contra a minha perna... no jeito como nossos olhares se encontraram e o mundo pareceu parar por um instante.
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  Deixei a água quente escorrer por meus ombros e respirei fundo. Talvez um banho longo ajudasse a colocar minha cabeça no lugar, porque naquele momento, tudo que eu conseguia pensar era nele.
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⚡️⚡️⚡️

  %Jongho%’s POV:

  Assim que ela saiu às pressas da banheira, me deixando para trás sem dar tempo de falar nada, soltei um suspiro pesado. Por mais que eu tentasse entender, %Mia% era uma confusão ambulante — e, ironicamente, isso era parte do que a tornava tão fascinante.
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  Balancei a cabeça, espantando o pensamento, e decidi que também já era hora de sair daquela banheira. Me levantei, deixando a água escorrer por minha pele enquanto me livrava da espuma ainda grudada no corpo. Peguei uma toalha e a passei pelos cabelos, pelo torso, enquanto minha mente insistia em revisitar o jeito como ela me olhou antes de fugir.
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  %Mia% parecia determinada a se proteger, a manter uma barreira entre nós, mas eu conseguia ver através das rachaduras. Por trás das respostas afiadas e da postura defensiva, havia algo mais. Algo que me instigava, me puxava na direção dela, mesmo quando ela parecia querer me empurrar para longe.
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  — Por que você é tão complicada? — Murmurei para mim mesmo, jogando a toalha de lado e começando a me vestir.
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  Escolhi algo que não fosse completamente casual, mas que ainda assim fosse confortável. Uma camisa de linho leve, com as mangas dobradas, e uma calça escura. Eu sabia que a noite estava próxima do seu ponto alto — logo seria meia-noite, e as pessoas começariam a estourar fogos na praia. Um momento perfeito para sair daquele clima tenso e tentar convencê-la a aproveitar a virada do ano de forma mais leve.
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  Passei a mão pelos cabelos, bagunçando-os de propósito, e me olhei rapidamente no espelho. Não era sobre impressioná-la, mas sim mostrar que eu estava disposto a quebrar a tensão e trazer um pouco de diversão à noite.
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  Caminhei até o quarto dela, sentindo uma ponta de ansiedade que eu preferia ignorar. Bati duas vezes na porta, firme, mas não invasivo.
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  — %Mia%? — chamei, encostando o ombro na moldura da porta. — Sei que você provavelmente está evitando qualquer tipo de contato humano agora, mas... o que acha de ir à praia comigo?
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  Não ouvi resposta de imediato, então continuei:
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  — Fogos. Areia. Ar fresco. Um pouco de paz antes que você decida me expulsar da sua vida de novo.
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  Esperei, curioso para saber se ela abriria a porta ou me ignoraria completamente.
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  Soltei um suspiro pesado, coçando a parte de trás da cabeça enquanto olhava para a porta fechada à minha frente. Ela vai me ignorar. A possibilidade parecia cada vez mais real, mas, por alguma razão, eu não conseguia simplesmente desistir.
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  — %Mia%, vamos lá. — Minha voz soou mais baixa, quase um apelo. — Não é como se fosse uma proposta indecente. É só um passeio na praia... Você não vai se arrepender.
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  Esperei, fixando o olhar na maçaneta, como se pudesse fazê-la se mover com a força do pensamento. Mas o silêncio do outro lado começou a me dar a resposta.
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  Revirei os olhos e recuei, pronto para desistir.
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  — Tudo bem, eu entendi o recado. — Dei um passo para trás, mais frustrado comigo mesmo do que com ela.
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  Mas quando estava prestes a me virar e ir embora, ouvi o som inconfundível da porta se abrindo atrás de mim. Instintivamente, parei no lugar e virei o rosto.
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  E lá estava ela.
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  %Mia% estava diferente, como se tivesse se transformado em outra pessoa desde que saíra correndo da banheira. O vestido vermelho e longo fluía em volta dela, o mesmo era brilhante e cintilante ao mesmo tempo, com uma espécie de cinto preso em sua cintura que desenhava sutilmente seu corpo e um decote sutil. O contraste do tecido vermelho com a luz do corredor criava um efeito hipnotizante, destacando a elegância despreocupada que ela parecia carregar sem esforço.
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  Engoli seco, sentindo um nó inesperado na garganta. “Por que você tem que estar tão bonita?”
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  Ela cruzou os braços, me olhando com a mesma expressão desafiadora de sempre, mas havia algo diferente no jeito que ela parecia mais à vontade consigo mesma.
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  — E aí? Vamos ou não? — A voz dela era casual, mas eu percebia o tom levemente defensivo, como se quisesse esconder que tinha levado a minha ideia a sério.
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  Demorei alguns segundos para recuperar a compostura. Esfreguei a palma das mãos nas laterais da calça, como se precisasse me recompor.
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  — Você... hum... — Por algum motivo, as palavras ficaram presas. Limpei a garganta e tentei de novo, agora com um sorriso divertido. — Você definitivamente está tentando me fazer parecer mal vestido.
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  Ela rolou os olhos, mas não pude deixar de notar o pequeno sorriso que brincou nos cantos de seus lábios.
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  — Você vem ou não? — perguntou, sem dar muita atenção à minha provocação.
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  — Claro que sim. — Sorri, recuperando a confiança. — Mas só para constar, isso não é uma competição de estilo.
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  Ela balançou a cabeça, parecendo esconder uma risada, e então virou, começando a caminhar na direção da escada. Por um momento, fiquei parado, observando-a. Havia algo diferente nela. Algo que me fazia querer acompanhá-la onde quer que fosse.
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  Com um suspiro resignado e um sorriso surgindo em meu rosto, segui %Mia%, me perguntando como essa noite iria terminar.
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  %Mia%’s POV:

  Caminhávamos lado a lado em silêncio, os passos sincronizados, mas cada um imerso nos próprios pensamentos. As luzes do vilarejo piscavam ao longe, e o som da festa na praia aumentava à medida que nos aproximávamos. O ar salgado parecia mais intenso, carregado pelo vento que vinha do mar.
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  Eu deveria estar animada. Ou, pelo menos, curiosa. Mas, na verdade, cada passo que nos aproximava da multidão me fazia desejar voltar para o conforto e o isolamento do meu quarto.
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  Assim que chegamos à praia, um mar de pessoas se revelou. Parecia que todo mundo havia tido a mesma ideia de passar a virada do ano ali. A música estava alta, risadas e vozes se misturavam com o som das ondas quebrando ao fundo. Era um caos — barulhento, apertado, sufocante.
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  %Jongho% me olhou de relance, mas não disse nada, provavelmente achando que eu estava apenas absorvendo o ambiente. Mas, na verdade, tudo o que eu queria era silêncio. Sossego. Solidão.
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  Ajeitei o vestido, um gesto automático que disfarçava minha crescente inquietação. Olhei ao redor, procurando uma rota de fuga, mas estávamos cercados. As pessoas dançavam, conversavam e, de vez em quando, um grito mais alto de celebração surgia, quase me fazendo saltar.
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  Eu nem precisava de um espelho para saber que minha expressão denunciava o quanto eu me arrependia de ter saído.
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  — Está tudo bem? — %Jongho% perguntou, inclinando-se um pouco para falar perto do meu ouvido, sua voz abafada pelo som ao redor.
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  — Sim. — Respondi automaticamente, mesmo que não fosse verdade.
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  Ele franziu o cenho, claramente não convencido. %Jongho% podia ser irritante e teimoso, mas tinha um talento surpreendente para perceber quando algo me incomodava.
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  Antes que eu pudesse insistir que estava tudo bem, senti a mão dele envolver a minha. Era quente, firme, e a sensação de seus dedos entre os meus me pegou desprevenida.
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  — Vamos achar um lugar mais silencioso. Vem! — ele disse, a voz forte, mas amistosa, quase como se fosse uma promessa.
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  Eu nem tive tempo de reagir antes de ser guiada por ele. %Jongho% começou a abrir caminho pela multidão, ainda segurando minha mão, como se fosse natural. Olhei para nossas mãos unidas, sentindo um calor estranho subir pelo meu corpo, mas não disse nada.
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  Talvez, por um momento, eu pudesse confiar que ele sabia o que estava fazendo.
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  %Jongho% parou de repente, soltando minha mão para se aproximar de um quiosque iluminado, onde várias garrafas brilhavam em uma prateleira improvisada. Meu olhar acompanhou o movimento dele, curioso para saber o que ele estava aprontando agora.
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  — Uma garrafa de champanhe, por favor. — Ele pediu à atendente, que, ao erguer os olhos para ele, congelou por um momento antes de abrir um sorriso exagerado.
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  — Você é... você é %Jongho%, não é? Do grupo %ATEEZ%? Meu Deus, eu não acredito! — Ela praticamente gritou, atraindo alguns olhares curiosos ao redor.
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  %Jongho% sorriu educadamente, mas sem exageros. Era visível que ele estava acostumado a esse tipo de situação.
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  — Sou eu, sim. Tudo bem se tirarmos uma foto? Você quer? — Ele perguntou, já pegando o celular dela antes que ela pudesse responder.
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  A moça se posicionou ao lado dele, radiante, e eu apenas observei, tentando não parecer deslocada. Quando o flash da câmera do celular dela disparou, ela finalmente olhou para mim, o sorriso diminuindo um pouco. Seus olhos me analisaram, e eu senti o julgamento não tão sutil em seu olhar.
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  — Ah... vocês querem duas taças? — Ela perguntou, o tom casual, mas o olhar me disse outra coisa.
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  — Sim, duas taças, por favor. — Respondi, tentando soar firme enquanto devolvia o olhar, embora com um sorriso amarelo.
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  A moça entregou duas taças de plástico a %Jongho%, mas não sem antes lançar mais um olhar demorado na minha direção. Eu segurei as taças enquanto ele pegava a garrafa de champanhe e, sem cerimônia, voltava a segurar minha mão.
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  — Vamos. — Ele disse simplesmente, ignorando a tensão óbvia que pairava no ar.
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  Deixei que ele me guiasse de novo, tentando me distrair com o som do mar à distância e as luzes que piscavam no horizonte. %Jongho% parecia determinado a encontrar o lugar perfeito, e eu me deixei levar, intrigada pela seriedade repentina em sua expressão.
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  Depois de alguns minutos, ele parou em frente a uma pequena colina que parecia relativamente tranquila, com apenas algumas pessoas dispersas. Subimos devagar, e, quando finalmente nos acomodamos na grama, tive que admitir que ele havia escolhido bem. A visão era espetacular — o mar parecia se estender infinitamente, refletindo as luzes coloridas que vinham da praia.
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  %Jongho% abriu a garrafa com facilidade, o som do estouro da rolha ecoando no silêncio relativo ao nosso redor. Ele encheu nossas taças com cuidado antes de me passar uma delas.
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  — Aquela sua fã acha que somos namorados. — Falei, quebrando o silêncio e tentando esconder o desconforto na minha voz.
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  Ele parou por um segundo, olhando para mim com um sorriso malicioso.
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  — E quem disse que ela está errada?
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  Rolei os olhos, mas senti o calor subir até minhas bochechas.
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  — Não comece, %Jongho%.
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  — O quê? Só estou dizendo que fazemos um belo casal. — Ele implicou, dando um gole em sua taça enquanto me observava por cima da borda.
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  — Você realmente não perde uma chance, né?
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  — Não. Especialmente quando você fica tão sem graça assim. — Ele riu, esticando uma das pernas e me olhando como se estivesse se divertindo imensamente com a situação.
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  Eu o encarei, fingindo indignação, mas, no fundo, sabia que ele estava se divertindo às minhas custas. O pior era que, de alguma forma, eu também estava gostando.
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  — Esses boatos acontecem o tempo todo. — %Jongho% comentou casualmente, como se estivesse falando sobre o clima. Ele deu mais um gole em sua taça de champanhe antes de apoiar o braço sobre o joelho dobrado, me olhando com um sorriso tranquilizador. — Não se preocupe.
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  Franzi o cenho, meio desconfiada.
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  — Como assim, "acontecem o tempo todo"?
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  — Ah, você sabe, qualquer pessoa que é vista comigo automaticamente vira alvo de rumores. A empresa já está acostumada com isso e sabe como lidar. — Ele deu de ombros, como se fosse algo insignificante.
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  — Então, você não se importa? — Perguntei, surpresa pela calma dele diante de algo que, na minha cabeça, parecia um problema enorme.
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  — Por que eu me importaria? — Ele inclinou a cabeça, me observando com curiosidade. — Eles podem dizer o que quiserem. Não vai mudar nada.
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  Tentei processar aquela resposta, mas ainda estava inquieta.
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  — Ainda assim, é minha imagem também, sabe? Não quero que as pessoas pensem... — Parei, não querendo terminar a frase.
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  Ele arqueou uma sobrancelha, claramente se divertindo com o meu desconforto.
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  — Que estamos juntos?
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  Desviei o olhar para o mar, sentindo meu rosto esquentar novamente.
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  — Só acho que não precisamos complicar as coisas, %Jongho%.
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  Ele soltou uma risada baixa, que me fez encará-lo de novo.
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  — Relaxa, %Mia%. A empresa vai desviar o foco para outra coisa antes que qualquer boato ganhe força. Eles são mestres nisso. — Ele sorriu, inclinando-se um pouco na minha direção. — Além disso, ninguém vai acreditar que você é minha namorada.
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  Meu olhar disparou para ele, indignada.
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  — O que isso deveria significar?
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  — Nada. — Ele levantou as mãos, como se estivesse se rendendo, mas o sorriso travesso permanecia. — Só que você não parece o tipo de garota que cairia nos meus encantos.
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  — E você não parece o tipo de cara que sabe quando parar de falar. — Retruquei, cruzando os braços.
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  Ele riu de novo, parecendo genuinamente divertido com minha resposta.
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  — Touche.
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  Fiquei em silêncio, encarando a taça na minha mão enquanto %Jongho% voltava a olhar para o mar. Por mais irritante que ele pudesse ser, havia algo na forma despreocupada como ele lidava com tudo isso que me deixava, contra a minha vontade, mais tranquila. Talvez ele estivesse certo. Talvez eu devesse relaxar um pouco.
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  %Jongho%’s POV:

  %Mia% estava totalmente absorta, seus olhos fixos no mar à frente. A brisa noturna bagunçava levemente seus cabelos, e o som das ondas quebrando na areia parecia ecoar o que eu sentia: uma mistura de calma e caos.
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  Me permiti observar o perfil dela por alguns segundos, talvez mais do que deveria. Não era só a beleza óbvia que chamava minha atenção — era a maneira como ela parecia alheia ao mundo ao seu redor, perdida em pensamentos que eu jamais poderia alcançar. Havia algo intrigante na %Mia%, algo que me fazia querer entender o que passava pela cabeça dela naquele exato momento.
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  Tudo isso... Era inusitado. Confuso. E fugia completamente do que eu havia planejado para essa viagem.
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  Suspirei, ainda mantendo meu olhar nela. Sabia que, para ela, as coisas também estavam completamente fora dos eixos. Ninguém escolhe dividir uma banheira com alguém que mal conhece ou acabar em um lugar como esse, em plena virada do ano, com tanta coisa não dita pairando no ar.
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  O que tudo isso queria dizer?
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  Tentei buscar algum tipo de resposta dentro de mim, mas tudo o que encontrei foi mais perguntas. Talvez isso fosse exatamente o ponto: nem tudo precisava ser planejado, calculado, seguro. Talvez essa confusão toda tivesse algo a me ensinar, algo que eu ainda não havia decifrado.
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  Meu olhar voltou para ela. O vento jogou uma mecha de cabelo no rosto de %Mia%, e ela afastou distraidamente, sem sequer perceber que eu a observava. Foi um gesto tão simples, tão natural, mas que, de alguma forma, me fez sorrir.
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  Ela era uma incógnita. E, estranhamente, eu não sentia a urgência de resolver o mistério. Talvez porque, pela primeira vez em muito tempo, eu estava começando a aceitar que algumas coisas não precisavam de respostas imediatas.
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  Dei um gole na champanhe, sentindo o sabor efervescente se misturar ao gosto dessa noite imprevisível. Seja lá o que fosse que essa confusão estivesse tentando me ensinar, eu estava disposto a descobrir.
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  Enquanto estava perdido nos meus pensamentos, o olhar de %Mia% se desviou do mar e encontrou o meu. Foi um momento simples, mas carregado de algo que não consegui definir. Talvez fosse a calmaria na confusão, ou talvez fosse o jeito que os olhos dela pareciam me perguntar algo que eu também não sabia responder.
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  Um sorriso quase imperceptível surgiu em seus lábios, como se ela tivesse lido a minha mente. Resolvi quebrar o silêncio antes que ele se tornasse pesado demais.
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  — Você sabia que o tempo não para, mas a gente insiste em criar esse momento de "recomeço"? — comentei, levantando o pulso para mostrar o relógio. — Faltam poucos minutos para a meia-noite.
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  Ela arqueou uma sobrancelha, claramente intrigada.
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  — E qual a sua visão sobre isso, %Jongho%? — ela perguntou, a voz suave, mas com um toque de provocação.
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  Dei de ombros, ainda mantendo meu olhar no dela.
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  — Acho que é uma boa desculpa para a gente deixar para trás o que não faz mais sentido. Ou, pelo menos, tentar — respondi, agora com um sorriso pequeno nos lábios. — E você? Acredita em recomeços?
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  Ela hesitou por um momento, mordendo levemente o canto do lábio inferior enquanto pensava.
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  — Eu não sei... — disse, finalmente. — Recomeços parecem fáceis na teoria. Na prática, as coisas que a gente quer deixar para trás nem sempre nos deixam tão facilmente.
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  Havia um peso nas palavras dela, algo que ela não estava disposta a aprofundar. Respeitei isso, mas não pude evitar a vontade de continuar olhando para ela.
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  — Talvez o segredo seja não tentar demais — sugeri, o tom mais leve. — Quem sabe o novo ano só precise de um pouco de improviso, como essa noite.
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  Ela riu suavemente, e o som foi como um pequeno presente naquela brisa fresca.
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  — Você tem respostas para tudo, não é?
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  — Não — confessei, sinceramente. — Mas talvez eu esteja aprendendo a perguntar melhor.
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  Ela desviou o olhar por um momento, e o silêncio voltou a nos envolver. Mas agora, não parecia desconfortável. Era como se estivéssemos ambos esperando por algo, sem saber exatamente o quê.
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  Olhei de novo para o relógio. Faltavam poucos segundos para o novo ano.
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  — %Mia%, — comecei, chamando sua atenção de volta para mim — o que você espera para esse próximo recomeço?
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  O som distante dos primeiros fogos começou a preencher o ar, como se o universo estivesse pontuando aquela pergunta no tempo exato.
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CAPÍTULO NOVE
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Lelen

Eu continuo imaginando o Yunho no lugar do Jongho, mas no começo, quando conheci ATEEZ, pra mim o Yunho era versão grande e alta do Jongho, então no meu cérebro tá tudo bem HAHAHAHAHAHAH
E o que nos aguarda no final disso tudo, hein? Será se um “final” feliz? (entre aspas porque vou querer continuação de qualquer jeito HAHAHAHH)

Betiza

Que bom saber que eu não fui a única a confundir os dois no começo por achá-lo quase gêmeos haha
Digamos que depende do ponto de vista o final feliz né? MAAAAAAAS, não estou prometendo, talvez venha aí uma continuação

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