At Midnight


Escrita porBetiza
Editada por Lelen


Capítulo Dois

Tempo estimado de leitura: 13 minutos

  %Mia%’s POV:

Quando estacionei meu carro em frente à casa, reparei que já havia um outro carro preto estacionado por lá e me indaguei mentalmente se um dos donos da casa estaria lá para me recepcionar e sorri, achando o gesto fofo.
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  Desci do carro e resolvi que daria uma olhada no local primeiro, para me certificar que não havia caído num golpe, e que de fato a casa era segura e igual à das fotos.
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  Me abaixei, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha e procurei pelo molho de chaves debaixo do tapete, conforme havia sido orientada.
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  Com ele em mãos, destranquei a porta e entrei devagar, ainda um pouco desconfiada. Olhei ao redor, analisando o ambiente com cuidado. A casa era exatamente como nas fotos: acolhedora, com decoração rústica e uma iluminação suave que criava uma sensação de tranquilidade.
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  Dei alguns passos, fechando a porta atrás de mim, e me permiti relaxar por um segundo. Mas, ao virar para a sala, parei imediatamente ao ver alguém parado em frente à TV. Meus olhos se arregalaram, e meu coração quase saltou do peito.
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  Ali, no meio da sala, um rapaz que eu não conhecia escovava os dentes, vestindo apenas uma toalha enrolada na cintura. A televisão estava ligada, tocando um videoclipe animado, enquanto ele parecia completamente à vontade, alheio à minha presença.
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  Eu engoli em seco, atônita. Ele só percebeu que eu estava ali depois de alguns segundos, quando se virou para pegar uma garrafa de água na mesinha ao lado.
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  – Ei! – exclamei, a voz saindo mais alta do que eu pretendia, o susto evidente. – Quem é você? O que está fazendo na minha casa?
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  Ele congelou, a escova de dentes ainda na boca, e me olhou surpreso, claramente sem entender nada.
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  – Sua casa? – ele murmurou entre uma escovada e outra, ainda meio confuso. – Eu aluguei essa casa.
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  Minha boca se abriu em choque.
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  – Como assim? Eu aluguei essa casa!
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  Nós ficamos ali, nos encarando, ambos atordoados com a situação. Eu estava incrédula. Como podia haver um estranho na minha casa de férias? O rapaz, ainda meio confuso, engoliu a água que usava para enxaguar a boca e limpou o rosto com a toalha.
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  – Eu… eu posso provar que aluguei esta casa – disse ele, recuperando um pouco da compostura. Ele pegou o celular de cima da mesa e começou a rolar as mensagens. – Veja, aqui estão as conversas com o proprietário. Ele confirmou tudo comigo há alguns dias.
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  Ele virou o celular em minha direção, mostrando as trocas de mensagens. E, para o meu desespero, realmente estavam lá: a confirmação da reserva, a data e o horário de check—in.
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  Eu suspirei, exasperada.
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  – Certo, mas isso não faz sentido, porque eu também aluguei essa casa! – Resmunguei, tirando meu celular do bolso. – Aqui, olha só.
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  Abri minhas mensagens com o outro proprietário da casa e mostrei para ele a mesma coisa: confirmação de reserva, detalhes da estadia, tudo acertado. O estranho franziu o cenho, observando as mensagens.
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  – Isso só pode ser um erro, então… – ele murmurou, coçando a cabeça enquanto analisava a tela. – Parece que um dos proprietários me passou as informações, e o outro fez o mesmo com você. Eles não se comunicaram e acabaram alugando a casa para os dois sem saber.
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  Revirei os olhos, irritada, mas não tinha como negar a situação. Ambos estávamos ali, cada um com a sua reserva e nenhuma opção imediata para resolver o problema.
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  – Ótimo, justo na véspera de Ano Novo… – murmurei, suspirando.
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  Ele me olhou, ainda meio sem jeito.
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  – É, parece que vamos ter que dar um jeito nisso, já que... ninguém mais vai sair daqui, né? Eu não abro mão da minha estadia.
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  Revirei os olhos, irritada com a teimosia dele.
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  – Pois fique sabendo que eu também não vou abrir mão da minha estadia. – Cruzei os braços e me sentei no sofá, me recusando a dar o braço a torcer.
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  Ele me observou por um momento, como se tentasse entender se eu estava blefando, mas percebeu que eu estava tão determinada quanto ele. Nos encaramos mais uma vez, o silêncio preenchido apenas pelo som do videoclipe ainda tocando na TV.
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  Eu suspirei, tentando manter a calma.
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  – Quer saber? Acho melhor ligarmos para algum dos donos da casa e resolvermos isso de uma vez. Eles precisam explicar essa bagunça.
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  Ele assentiu com uma expressão séria e, em seguida, me entregou o telefone para que eu mesma ligasse. Peguei o celular dele e disquei o número que tinha anotado das conversas com um dos donos.
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  Após alguns toques, o proprietário atendeu com uma voz tranquila e simpática. Expliquei a situação, tentando ser o mais educada possível, apesar do meu nervosismo. Quando terminei, ouvi um suspiro do outro lado da linha.
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  – Ah… acho que entendo o que aconteceu – disse o dono, parecendo envergonhado. – Meu sócio e eu dividimos a administração da casa, e, pelo jeito, nós dois reservamos para a mesma data sem perceber. Realmente foi um erro de comunicação… Peço mil desculpas aos dois!
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  Revirei os olhos novamente, dessa vez tentando conter a irritação. O estranho continuava de pé, esperando uma resposta, e eu fiz um gesto para que ele aguardasse.
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  – Eu sinto muito mesmo – continuou o dono. – Vou tentar encontrar outra acomodação para você, %Mia%. Sei que a cidade está cheia, mas vou ver o que consigo. Por favor, aguarde um pouco, está bem?
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  Respirei fundo, sem ter muita escolha.
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  – Certo, eu espero, então – respondi, olhando de canto para moreno que apenas cruzou os braços, impassível.
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  Desliguei a ligação e devolvi o celular do estranho para ele.
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  — Bom, vou ter que esperar ele arrumar outra acomodação para mim. Caso você não se incomode vou esperar aqui… prometo não atrapalhar seu momento idol.
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  %Jongho% arqueou uma sobrancelha ao ouvir meu comentário e seguiu meu olhar para a TV, onde clipes de algum grupo de idols estavam passando, todos performando coreografias intensas. Ele soltou uma risada baixa, como se tivesse achado graça da minha provocação.
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  – Idol, é? – Ele riu, um pouco divertido. – Pode esperar aqui, não vou me incomodar… E, prometo, não vou te atrapalhar com as performances deles também.
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  Revirei os olhos, mas não pude deixar de sorrir. Ele parecia mais descontraído agora, e o clima ficou um pouco menos tenso. Ele assentiu com a cabeça para mim, ainda com um sorriso no rosto, antes de se virar para subir as escadas.
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  – Vou me trocar. Fique à vontade – disse, caminhando para o segundo andar e me deixando sozinha na sala.
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  Quando ele desapareceu no corredor, olhei ao redor, tentando absorver mais da casa enquanto aguardava a confirmação da minha nova acomodação.
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  %Jongho%’s POV:

  Subi as escadas com passos lentos, tentando entender a bagunça em que me meti. Só eu mesmo pra achar que a noite de Ano Novo passaria em silêncio, com tranquilidade. E agora estou aqui, com uma completa desconhecida lá embaixo, olhando feio pra mim porque acha que tenho culpa no cartório.
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  Entrei no quarto e fechei a porta, soltando um suspiro enquanto começava a tirar a toalha dos ombros. Olhei para o espelho, e ri um pouco da situação. A ideia era fugir da cidade, dos compromissos, das cobranças... e acabar dividindo essa casa não fazia parte do plano. Pelo menos, não com alguém tão... intensa como ela.
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  %Mia%. Esse nome ficou na minha cabeça, girando. Ela parece ser do tipo que não leva desaforo pra casa, daquele jeito firme e cheio de atitude. Eu até tentei explicar a situação, mostrar que estava tudo certo do meu lado também, mas só ganhei um olhar irritado e alguns comentários sarcásticos.
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  E tinha algo nela que me intrigava... A forma como me olhou antes de jogar aquele comentário sobre os clipes na TV. Ela queria me provocar, claro, mas acho que nem ela esperava que eu fosse rir. Tem uma coisa meio divertida nisso tudo... a gente mal se conhece e já estamos disputando território como dois adolescentes.
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  Eu dei uma última olhada no espelho, tentando não me deixar levar por essas primeiras impressões. Melhor manter a cabeça no lugar e ver onde isso vai dar. Afinal, é só uma noite, né? O que pode dar errado?
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  Terminei de me vestir e desci as escadas calmamente, mas antes mesmo de chegar ao último degrau, ouvi a voz dela explodindo na sala.
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  — Como assim é alta temporada e você não conseguiu outra casa?! — %Mia% dizia em um tom de frustração inegável, enquanto falava ao telefone. — Eu fiz uma reserva com antecedência exatamente para evitar isso! — Ela fez uma pausa, provavelmente ouvindo o que o proprietário dizia do outro lado, mas era evidente que estava cada vez mais irritada. — Não, eu não acho aceitável, e sinceramente, isso é um erro que vocês deviam resolver! Eu não vou pagar por uma confusão que não criei!
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  Parei no meio da escada, observando-a de longe. Ela andava de um lado para o outro, mexendo nos cabelos, impaciente, claramente tentando controlar a raiva que crescia. Eu quase senti pena do proprietário do outro lado da linha — quase.
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  — E então? — Ela finalmente suspirou, pausando enquanto ouvia a resposta. — Certo… então vou ter que esperar mesmo? Até quando? Porque já estou aqui, não posso dormir na rua!
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  Por um segundo, nossos olhares se cruzaram quando ela se virou na minha direção, mas era como se eu não estivesse ali, sua atenção estava totalmente no telefone. Decidi descer os últimos degraus, esperando o inevitável momento em que ela desligaria a ligação e descarregaria o resto da frustração — provavelmente em mim.
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  — Ótimo — ela resmungou por fim. — Vou esperar, mas espero que você realmente consiga alguma coisa. — Desligou com um toque brusco, respirando fundo antes de finalmente se virar para mim, sem esconder o olhar de irritação.
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  Eu tentei manter a expressão tranquila, mas por dentro já me preparava para o que viria a seguir.
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  Desci os degraus finais e fui direto para a cozinha, mantendo a expressão o mais tranquila possível. Abri o armário, peguei um copo e me servi de água antes de me virar para ela.
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  — Por que você não traz suas malas pra dentro e se acomoda? — sugeri calmamente. — Já que vamos esperar uma resposta do proprietário, é melhor do que ficar lá fora, não acha?
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  Ela me olhou com uma mistura de incredulidade e indignação, cruzando os braços.
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  — Sério isso? — disparou, o tom cheio de sarcasmo. — Acho que quem deveria procurar outra acomodação aqui é você. Afinal, não acha que deveria ser cavaleiro e me ceder o espaço? Você é homem, deveria saber que é educado deixar uma mulher ficar!
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  Eu suspirei, tentando manter a paciência.
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  — %Mia%, não é? Ouvi o proprietário dizer… eu entendo o que você está dizendo, mas a reserva foi feita por mim também. E eu não tenho intenção de passar a virada do ano na estrada ou buscando um lugar de última hora. Sem contar que, como homem ou não, eu também paguei por esse lugar.
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  Ela bufou, ainda irritada, mas eu podia ver que ela estava tentando manter a compostura.
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  Observei enquanto ela respirava fundo, ainda relutante, mas claramente começando a aceitar a situação. Decidi tentar uma última vez, agora com um pouco mais de calma.
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  — Olha, vamos fazer o seguinte… por que você realmente não busca suas coisas e traz para dentro? Se quiser, eu posso te ajudar com as malas. — Ofereci, tentando soar mais amigável.
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  Ela me encarou por um momento, hesitando, mas depois soltou um suspiro de rendição.
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  — Tá bom, você venceu. — Ela revirou os olhos, mas deu um leve aceno de cabeça. — Pode me ajudar, então.
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  Dei um pequeno sorriso, surpreso por ela ter concordado. Sem perder tempo, fomos juntos até o carro dela. Peguei a maior das malas e esperei que ela pegasse o restante antes de voltarmos para dentro da casa, agora com um clima um pouco mais leve.
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Capítulo Dois
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Lelen

Eu não sei se teria coragem de ficar sozinha com um estranho (mesmo sendo um estranho gato e famoso), eu sou muito trabalhada nos filmes de terror e aí já estaria montando todo um cenário errado aqui HAHAHAHAHAH
Mas vamos ver como as coisas seguem por aqui porque aqui não terror e sim romance, então nada de coisas estranhas acontecendo HEEHEHEHEH

Betiza

Com o Jongho eu ficaria (aquelasssssssssss) kkkkkkk

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