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Arco 3 - A Vilã da Casa Bellerose

Escrita porLiv
Revisada por Lelen

– The Villainess Of The House Bellerose –


Capítulo 28

Tempo estimado de leitura: 13 minutos

Arabella Fiore

A vila Ryo abriu suas portas para os comerciantes como planejado, e eu já conseguia ver rostos conhecidos se misturando no meio do público, indo para os seus postos estrategicamente pensados. Não tivemos muito tempo para criarmos um plano extremamente detalhado, e, sendo sincera, era meio inevitável não me sentir nervosa, ainda mais com a questão das bombas subterrâneas, mas nós iríamos dar um fim no sofrimento da vila custe o que custar.
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  E era o mínimo que eu podia fazer por eles, sendo filha de Perci.
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  — Oh, isso é uma safira? — Fingi interesse em uma das mercadorias, atraindo a atenção do vendedor.
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  Dante Lima era quem estava à frente do grupo do marquês, e o homem o qual nem imaginava que havia perdido a sua esfera para uma pequena cobra. Como combinado, Nymph ficou encarregada de pegar o objeto dele e dos outros dois que também possuíam, o que faria eles perderem contato com os demais capangas e com Perci, nos dando uma vantagem sobre eles. Mas quem ficava encarregado de acionar as bombas era um ex-soldado do Norte e, consequentemente, ex-colega de Vanessa, e o homem tinha um bom conhecimento sobre elas. A mulher disse que eu podia ficar despreocupada e que ela cuidaria de tudo na parte subterrânea, contudo, eu não conseguia simplesmente relaxar sabendo que Vanessa poderia estar correndo o mínimo de perigo que fosse, por mais que, no final, eu soubesse que a líder do esquadrão antibombas sairia vitoriosa.
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  — Se interessou, senhorita? — Dante ofereceu um sorriso, saindo de trás da sua barraca. — Para senhoritas bonitas há promoção.
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  — Mesmo? — Precisei me segurar para não revirar os olhos e manter a atuação. — Que maravilha! Quando me disseram que a vila possuía várias joias, fiquei animada.
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  — Nossa vila é muito rica em variedades, senhorita.
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  — Soube também que se eu procurar bem, posso achar um marido que entende de doces.
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  Dante sorriu mais largamente, chamando alguém para substituí-lo; pelas nossas investigações, o grupo se comunicava com itens de confeitaria, então “doces” significava “armas”, assim como “bomba de chocolate” era um codinome para “bombas” — não muito criativo, eu sei.
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  — Me acompanharia em uma bebida, senhorita? — Lima estendeu a mão.
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  — Claro, senhor Dante. Seria uma honra — ver a sua cabeça rolando pelo chão, no caso.
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  Andamos um pouco até chegarmos no galpão que era a sede das reuniões do grupo. Até então, a primeira impressão é que parecia um depósito abandonado, porém, ao adentrar — depois de fazer uma sequência de batidas na porta de madeira —, o espaço havia sido reformado e possuía um bar ao fundo e três mesas espalhadas pelo local com diversas cadeiras, por mais que alguns dos membros estivessem em pé. Minha chegada não passou despercebida, mas por estar acompanhada de Dante, logo os olhares cessaram, e não demorou para sentarmos e sermos servidos com duas canecas de cerveja.
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  — Diga-me, senhorita — o homem se inclinou para frente com os olhos semicerrados, como se tentasse me analisar —, como posso ajudá-la?
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  — Gostaria de ter mais informações sobre os doces. Sempre fui fascinada por eles desde nova, e acompanhava meu pai nas suas caças para aprender de perto o seu funcionamento.
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  — Admiro seu fascínio, contudo, aqui não é lugar para senhoritas passarem o tempo. — Se virou para um dos comparsas, dando sinal para que eles saíssem. — Você parece ser bem jovem para se envolver em certos esquemas.
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  — Não se deixe enganar pela minha adorável aparência. — Cruzei as pernas e os braços, estampando um sorriso sugestivo no rosto. — A questão é que eu realmente estou em busca de um marido que entende de armas, todavia, também quero ganhar com meus investimentos.
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  — Investimentos?
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  — Sim, pode não parecer, mas minha família possuía bastante moedas. — Abri minha bolsa casualmente, deixando à mostra diversas moedas e peguei o meu batom, a fechando. — E como única herdeira, queria honrar o meu pai e investir no que ele mais gostava. Fiquei sabendo de vocês pela Lorelai William, ela disse que como provei o meu valor, me indicaria.
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  — Ah, então é você a pessoa que a mulher disse que enviaria! — Não exatamente, só que eu não podia falar que a pessoa que eles esperavam já havia sido pega. — Acredito que saiba o nosso funcionamento?
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  — Lorelai não me contou com detalhes... — Suspirei.
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  — Para uma bela moça como a senhorita, faço questão de lhe explicar como a nossa sede funciona.
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  — Muito obrigada, senhor Dante. — Sorri cordialmente.
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  — Pode me chamar apenas de Dante, senhorita. — Ele se endireitou na cadeira, se aproximando para que ninguém o escutasse, por mais que só tivesse nós dois no local. — Nosso grupo atua na região Ryo por conta própria, não temos aliados a não ser o nosso mandante, que fez questão de reunir os melhores homens para dar início à sua mais nova arma: uma pistola. Por ser menor, é mais fácil de levá-la aos lugares, além de ter uma ótima precisão, sendo uma boa opção para lidar com coisas indesejáveis, não acha? — Concordei com a cabeça. — Bom, nosso mandante nunca disse que não podíamos aceitar investimentos, e como a senhorita veio por indicação de Lorelai, podemos fazer negócios.
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  — Ótimo, o que acha de 4 moedas bellary?
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  Assisti o homem engasgar com uma expressão neutra, e ao se recuperar, ele me encarou incrédulo, como se não acreditasse na minha proposta.
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  — É um valor bem alto, senhorita. — Limpou a garganta. — Você não estaria blefando, certo?
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  — Oh, que ingenuidade a minha! Aqui, o pagamento adiantado. — Lhe entreguei a bolsinha com as moedas.
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  — 5 moedas?! Muito obrigado, senhorita. Diga, o que podemos fazer por você? Gostaria de ser a primeira a testar o nosso protótipo?
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  — Tem uma coisinha que você poderia fazer por mim, senhor Dante... — Me aproximei o suficiente da sua orelha, sussurrando: — Morrer.
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  No segundo seguinte, o homem bateu com o rosto na mesa, desacordado. Peguei a arma de sua cintura e a analisei bem, tendo a certeza de que ela era muito parecida com a que tínhamos no mundo de Akira, e mesmo sendo um protótipo, estava bem-feita, pronta para uso.
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  — Como estamos?
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  — Coloquei ele para dormir. — Dei de ombros, indo ao encontro de Emílio. — E os outros?
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  — Dormindo também. — O seu sorriso maroto me dizia outra coisa, e o sangue na sua mão confirmava as minhas suspeitas.
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  — Acredito que eles sentiram a fúria da Vila Ryo na pele, né? — Sorri. — Esse aí sentirá logo, logo.
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  — Conseguiu a gravação? — Acenei positivamente. — Ótimo, agora precisamos lidar com o andar de cima.
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  — Espero que dê tudo certo pra Vanessa.
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  Emílio me olhou com ternura e me ofereceu um tapinha no ombro como forma de consolo, contudo, não possuíamos muito tempo para pensarmos em como os outros estavam se saindo na missão.
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  Precisávamos ser vitoriosos, custe o que custar.
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🌹

  Por mais que Perci não conseguisse mais mandar explodir a vila, a nossa preocupação maior tinha nome e sobrenome, e sabia exatamente a hora de agir. Jonathan Covey era o colega de Vanessa que estava encarregado das bombas, e pelo que soubemos, ele recebeu ordens de acioná-las caso algo desse errado, então era só uma questão de tempo até ele perceber que havíamos entrado no depósito.
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  — Pode sair do seu esconderijo, eu não mordo.
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  — Mesmo? Achei que cachorros treinados seguiam os comandos dos seus donos.
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  Jonathan olhou para mim com um sorriso sutil nos lábios, sentado na cadeira exalando despreocupação. Um de seus olhos estava coberto por um tapa-olho, e era notável as diversas cicatrizes espalhadas pelo seu corpo, o que acredito que tenha sido dos seus anos como soldado. Ele aparentava ser um pouco mais novo que Emílio e Vanessa, mas mesmo assim estudou junto com os demais, me fazendo questionar o motivo pelo qual Covey seguiu um caminho totalmente diferente dos colegas.
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  — Bom, esse cachorro aqui — apontou para si mesmo, achando graça da situação — não tem dono desde que abandonou o seu posto, e pode-se dizer que eu fico entediado quando passo muito tempo parado.
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  — Nunca pensou em ter um hobby? — Me sentei à sua frente e cruzei as pernas, analisando brevemente o local.
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  — Muito trabalhoso, senhorita. — Deu de ombros.
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  — Mais do que armar bombas?
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  — Claro — fechou os olhos, sorrindo —, quando se é um prodígio, as coisas são fáceis. Unir um fio ao outro e acabar ganhando algo com tanta potência é incrível, assistir o desespero dos outros é... chato. Mas, preciso de dinheiro.
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  — E é por isso que decidiu colaborar com o plano de encher a vila de bombas?
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  — O que não fazemos pelo dinheiro, não é mesmo? — Suspirou. — Não pense que eu tenho um pingo de empatia por alguém, se quiser me matar, vá em frente. Falta pouco tempo pra essa vila virar pó, eu sugiro que você fuja, senhorita.
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  Sua fala não carregava nenhum tom sádico, e tampouco parecia um blefe; Jonathan continuava com o seu ar despreocupado e aparentemente estava entediado, no entanto, algo me chamou a atenção: sua perna inquieta. Desde o momento em que eu estava “escondida”, percebi que ele não parava de mexer a perna direita, como se estivesse nervoso ou ansioso, e eu me perguntava se Covey realmente não tinha empatia por ninguém.
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  — Tem uma bomba nos quatro cantos dessa sala com duração de dez minutos — anunciou calmamente como quem anuncia que o almoço está pronto. — Cinco minutos se passaram.
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  — Entendi. — Meus achismos estavam corretos, então. — E você pretende me explodir junto?
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  — Isso cabe a senhorita, por isso estou avisando com antecedência. Desde o início eu sabia que seríamos descobertos, então preferi lidar do meu jeito.
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  — E mesmo assim optou por continuar no plano. Sua vida deve estar realmente tediosa, né, Covey?
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  Apesar de me encarar com certa surpresa, o seu olhar estava perdido, como se tivesse recordado uma memória dolorosa demais. No momento, eu não passava de um mero detalhe diante da imersão de uma lembrança tão protegida por Jonathan, que o fazia cair em si lentamente. O som dos alarmes começava a soar, anunciando que em breve aquela sala viraria pó, e que o depósito sofreria as mesmas consequências, mas, para a minha própria surpresa, estávamos trancados dentro daquele pequeno espaço, com os minutos contados. Covey pareceu acordar do transe com um desespero iminente, e ao tentar abrir a porta, reparou que não abria, o que o fez desesperadamente tentar quebrar a janela.
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  — Merda, não consigo desarmar as bombas a tempo. — Levou as mãos à cabeça, puxando o seu próprio cabelo. — Tudo bem se eu morrer, mas não posso deixar que as pessoas inocentes morram também.
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  — Se você morrer, tem alguém que ficaria muito triste, não acha?
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  O homem estava completamente desolado, e a cada segundo que passávamos dentro da sala, cada vez mais nossa sentença de morte se aproximava. Assim que o último alarme soou, uma grande explosão surgiu, e a última coisa que eu vi foi a figura de Jonathan estendendo a sua mão para mim.
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  N/A: o capítulo não ia terminar assim, mas vou deixar vocês no suspense HEHEHEHEHEHEH
  Bom, era pra terminar o arco da Vila Ryo nesse capítulo, mas vai ficar pro próximo hihihi
  E posso adiantar que teremos muitos eventos ao longo do terceiro mês 👀🤭
  Espero que tenham gostado!
  Até a próxima <3

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Lelen

COMO QUE TU TERMINA O CAPÍTULO ASSIM?
Mas considerando que isso aqui não GOT, vou assumir que no último minuto um milagre aconteceu e salvou esses dois sortudos.
E esse Jonathan? Parece não ser de todo mau. Quem é o parzinho dele? Ou família? Com quem ele se importa?

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