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História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

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Arco 2 - A Vilã da Casa Bellerose

Escrita porLiv
Revisada por Lelen

– The Villainess Of The House Bellerose –


Capítulo 16.2 • a dream in a field of dandelions

Tempo estimado de leitura: 26 minutos

Killian Bellerose

Arabella escorregou uma de suas mãos pelo meu peito enquanto sua boca se divertia com o meu pescoço, mordendo e chupando a pele. As marcas que ficariam pouco me importavam: Bella podia mostrar a todos que eu pertenço a si como quisesse. Suspirei pesadamente ao sentir a sua língua deslizar pelo meu peito, mais especificamente no meu mamilo. Ela mordiscou, lambendo em seguida a área, o que causou uma sensação estranha, mas ao mesmo tempo, excitante. Alternando os mamilos, ela continuou a passar sua língua e eu percebi que estava gostando mais do que imaginava ao soltar um gemido baixo, que deixou Arabella satisfeita ao subir o seu olhar para mim. Com um sorriso atrevido, a vi puxar as minhas pernas e se encaixar no meio delas; sua boca avermelhada distribuiu beijos pela minha barriga, descendo calmamente para as minhas coxas, onde suas unhas complementaram o trabalho, cravando suas marcas na região. Um delicioso arrepio correu pelo meu corpo, e o meu coração estava acelerado; Arabella pegou o meu pau e arfei, não conseguindo conter a excitação ao observar a sua mão masturbar o meu membro lentamente, aumentando a velocidade conforme eu pedia por mais. O seu dedão brincava com a cabeça do meu pau, e ela parecia se divertir com a minha reação, sempre com o seu sorriso satisfeito estampado. Por um momento, senti a palma da sua mão cobrindo a área antes ocupada somente pelo seu dedo, e Bella prosseguiu com os movimentos de vai e vem, me levando a um nível de prazer que não sabia que era possível.
  Cada vez mais eu sentia a velocidade da sua mão aumentar, e com a outra continuava a esfregar a região, mas sem tirá-la. Meu corpo se contorcia de prazer, e eu segurei o lençol, sem ter forças pra manter o som abafado.
  Arabella Fiore explorava os meus gemidos como se quisesse testar algo, me fazendo implorar por mais.
  — Bella — a chamei com certa dificuldade —, eu acho que vou…
  — Hum? — ela perguntou em um tom curioso, como se não tivesse ideia do que eu estava falando. — Se não me falar com todas as letras, como posso garantir o seu desejo, Killian?
  Joguei a cabeça para trás, tentando controlar alguma reação, mas meu corpo não me dava atenção. A sua voz saiu em um tom extremamente sedutor, e eu queria que ela tirasse a sua mão da cabeça do meu pau e desfizesse esse maldito sorriso, mas eu sabia que ela estava se divertindo bastante com o meu sofrimento. Arabella Fiore me levava à loucura de várias formas, e ela me impedir de gozar é só uma delas.
  E eu não podia negar que eu estava me deliciando com cada segundo disso.
  — Bella? — Segurei o seu queixo, a fazendo me encarar.
  — Sim?
  — Eu quero gozar. — Parecendo que não estava me ouvindo, ela pressionou a palma da sua mão contra meu pênis, me fazendo gemer alto.
  — Quais são as palavras mágicas, minha lua?
  Porra!
  — Arabella Fiore — a sua atenção ficou completamente fixada em mim, na expectativa da minha próxima fala. — Por favor, me faça gozar.
  O seu olhar encontrou o meu e ela suspirou, pondo de novo o sorriso maléfico em seu rosto antes de começar a diminuir a velocidade. A encarei confuso, com o meu membro clamando pelo seu toque, e cheguei a conclusão de que Bella realmente queria me ver sofrer. Mas, antes de eu pensar em algo, a vi de quatro na minha frente, segurando o seu cabelo de lado.
  — Porra!
  Exclamei sem cerimônias ao ter seus lábios deslizarem por todo o meu pau, me chupando sem aviso prévio. A visão de suas costas curvadas e sua bunda nua empinada provocou uma sensação extraordinariamente excitante e ao mesmo tempo tão gostosa no meu corpo; enrolei o seu cabelo nas minhas mãos, empurrando sua cabeça para baixo, e a escutei soltar um gemido abafado. Seus movimentos não pararam e enquanto sua língua se deliciava com o meu pênis, senti cada parte do meu corpo estremecer, sendo invadido pelo prazer assim que gozei em sua boca.
  — Bella, pode cuspir na minha mão — a puxei para mim, checando se estava tudo bem. — Eu pego uma toalha…
  — Para que todo esse trabalho se eu já lidei com isso, Lian?
  Arabella passou o dedo na boca após engolir a minha porra como se fosse algo que já estava acostumada. A assisti lamber os lábios lentamente, os deixando entreabertos; segurei o seu pescoço firmemente, trazendo a sua boca para a minha no próximo segundo. Ela se acomodou no meu colo, envolvendo os seus braços em volta de mim e cruzou suas pernas atrás da minha cintura, apertando nossos corpos um contra o outro. Ela começou a se movimentar, roçando sua vagina no meu pau, sem quebrar o beijo. Não foi difícil notar a minha ereção surgindo novamente, assim como evitar que o gemido escapasse da minha boca por conta dos seus dedos que brincavam impiedosamente com os meus mamilos. Eu queria que ela me usasse como o seu fantoche favorito, que fizesse o que bem entendesse com o meu corpo; que não tenha medo de continuar explorando cada parte minha, e que continue gostando de mim mesmo que eu seja inexperiente em alguns aspectos. Eu quero que Arabella Fiore tome o controle de mim o tanto quanto eu quero tomar o seu.
  Quero que ela saiba que só existe uma mulher no mundo que eu queira tanto que continue me fodendo em todos os sentidos.
  Não há como negar: eu sou louco por ela.
  Troquei nossas posições, ficando por cima de si e espalhei beijos rápidos por todo o seu rosto e pescoço.
  — Arabella, tudo bem se eu pôr? — A escutei rir baixinho.
  — Achei que nunca fosse perguntar, minha lua — Bella segurou o meu rosto e continuou a olhar para mim.
  — Se quiser parar, é só falar, meu sol.
  Nossas testas se tocaram e eu introduzi o meu pau na sua vagina, a sentindo cravar suas unhas nos meus ombros; fiquei parado até que ela me desse permissão para ir mais fundo, sempre perguntando se ela estava bem. As nossas respirações iam se misturando conforme o processo, e ambos não estavam com pressa para essa próxima etapa. Eu odiaria continuar com o sexo se Arabella não estivesse se sentindo confortável. Alguns minutos se passaram até que Fiore disse que eu podia começar a me mover, então, lentamente fiz como disse, e iniciei o movimento de vai e vem. A sensação de êxtase que ia invadindo o meu interior é como a que experienciei quando Arabella me chupou, mas, é algo que vai enchendo o meu corpo ainda mais gradativamente. Nossos gemidos saíam um pouco tímidos de nossas bocas, e era difícil não sorrir ao vê-la se sentindo satisfeita. Ela envolveu a minha cintura com suas pernas mais uma vez, fazendo uma pequena pressão e sussurrou para eu continuar; aos poucos, eu ia aumentando a velocidade, sentindo o meu corpo pedir por mais, e logo Bella me puxou para um beijo. Seus dentes cravaram o meu lábio inferior, e eu arfei assim que ela arranhou as minhas costas, tendo um arrepio percorrendo toda a extensão. Seus dedos deslizaram pelos meus braços até chegarem ao meu pulso, envolvendo a região. A olhei curioso, diminuindo o movimento.
  — Lian — sua voz deixava transparente o quão excitada estava, a tornando mais sexy do que o normal — Eu quero que me enforque.
  A encarei confuso por breves segundos, o que a fez soltar outro risinho abafado; segurei o seu rosto com a minha mão, a beijando sem cerimônias e a desci para seu pescoço, posicionando-a ao seu redor. Me deitei atrás de si, encaixando meu pau na sua vagina molhada com calma, e retomei as estocadas, recuperando o ritmo. A sensação de vê–la chamando o meu nome entre os seus gemidos de prazer me deixava completamente louco e rendido por ela, e conforme Arabella rebolava, eu a acompanhava na sua velocidade, até que comecei a sentir o meu corpo mais quente. Quente e sensível.
  A escutei gemer mais alto e sua boca clamou pela minha, engatando mais um beijo; nesse momento, eu tirei o meu pau e terminei de masturba-lo, soltando um gemido alto entre nosso beijo. A breve exaustão que tomou conta de mim se desfez após eu descansar alguns minutos com Bella deitada no meu peito, tão ofegante quanto eu.
  — Meu sol — beijei o topo de sua cabeça, chamando a sua atenção —, vamos tomar banho?
  — Sim! — Ela se enrolou no lençol. — Mas…
  — Hum? — Beijei a maçã do seu rosto.
  — Só se a Sua Graça me carregar até o banheiro.
  — O seu pedido é uma ordem, senhorita.

*

  O amanhecer trouxe consigo os raios solares, que invadiam o meu quarto pelas brechas da cortina; Arabella havia despertado, mas não ousou em mudar nossa posição, o que resultou em mais alguns minutinhos de sono para ambos.
  — Meu sol — a chamei. — Bom dia, teve uma boa noite de sono?
  — Sim, e você? — Concordei. — Só estou com dor nas costas, por culpa de um certo alguém…
  — Não foi você que pediu por mais?
  — Touché. Contudo, não irei parar de te culpar. — Ela me mostrou a língua.
  — Tudo bem, eu assumo a responsabilidade — beijei o topo de sua cabeça.
  — Agora que acordei, tenho uma dúvida. As crianças ficaram com Serene e Rin após o festival?
  — Não, elas receberam folga assim que meus pais buscaram os gêmeos no almoço. Eles levaram as crianças para terem uma festa do pijama ao voltarem para o castelo.
  — Oh, queria ter participado da festa… — Bella fechou os olhos, sorrindo marotamente. — Parece até que estamos casados, não acha?
  — Até que não é uma realidade ruim — recebi um tapa leve no meu braço. — Estou apenas brincando, mas… Senhorita Arabella Fiore — ela enrijeceu o seu corpo rapidamente, sentada sobre as suas pernas —, podemos começar com esse anel.
  Abri a caixinha vermelha, revelando o par de joias pretas com o interior vermelho, contendo os desenhos de sol e lua, o que representa nós dois. Respirei fundo, fingindo que não estava nervoso ao ponto de sentir as minhas mãos suarem; desde que recebi os anéis, fiquei imaginando qual seria a reação que Arabella podia fazer com seu perfeito rosto, no entanto, no final, eu ficava a mercê da ansiedade por não ter noção do que viria a seguir. Uma lágrima escorreu por sua bochecha, e quando me dei conta, as minhas estavam igualmente úmidas, porém, as dúvidas se foram ao ter seus dedos segurando o meu rosto delicadamente.
  — Killian Bellerose, você é muito mais do que um sonho. E eu não tenho hesitação alguma em aceitar esse anel. — Ela se jogou em mim, selando nossos lábios brevemente.
  — Arabella Fiore — encaixei a joia no seu anelar —, durante os meus dezoito anos, eu nunca tive tanta certeza de que eu queria que todas as minhas primeiras vezes fossem com alguém como tenho agora. Não há palavras que descrevam o quão apaixonado eu estou por você, e sempre que eu te tenho em meus braços, o meu interior arde pelo desejo de te ter sempre para mim. Uma vez eu ouvi falar de um amor que acontece apenas uma vez na vida, e eu tenho a certeza de que você é o da minha. E será o de todas elas. — Colei nossas testas, soltando com o ar o nervosismo que me consumiu nesses minutos. A puxei para mais perto, não querendo que o nosso tempo chegasse ao fim.
  — Sua Graça é tão injusta — Bella disse contra o meu pescoço. — Como posso dizer qualquer coisa que supere o que dissestes?
  — Só quero ouvi-la falar que também gosta de mim.
  — Isso eu não posso dizer. — A garota se afastou, me encarando seriamente. — Porque Killian Bellerose é a pessoa que eu amo, e não existe um momento sequer que eu não pense em como você é o único para mim. Quando você olha para mim, eu penso que posso ser egoísta em imaginar um futuro onde o “felizes para sempre” é o nosso destino. Eu me sinto tão viva, tão livre e tão feliz.
  — Eu amo você, Arabella Fiore.
  As lágrimas caíam incessantes, e não existem palavras suficientes para descrever o que estou sentindo; eu a envolvi em meus braços, pensando o quão incrível é o fato disso não ser apenas um sonho, e sim, a realidade.
  A garota que eu amo me ama de volta!
  E se depender de mim, não haverá um dia em que ela não saiba que é amada.
  — Meu sol, infelizmente odeio ter que quebrar esse clima, mas — comentei massageando as têmporas, com uma chateação evidente —, temos bastante trabalho hoje.
  — Eu sei, minha lua. Depois da tempestade, estaremos aqui de novo, na calmaria.

*

  Me despedir da Arabella não é uma tarefa fácil, ainda mais depois de tudo que aconteceu em menos de 24 horas. Segurei entre meus dedos o anel, que assim como ela, usava em forma de cordão; nossas posições pouco nos importava, no entanto, há diversas situações que precisamos lidar antes que pudéssemos exibir as joias como promessa de nosso amor, por mais que não fosse segredo para ninguém no castelo que estávamos juntos. As pessoas de fora, por outro lado, sabiam dos rumores sobre a gente, mas já eram acostumados a cada quinzena sair boatos sobre integrantes da nobreza que se cortejavam.
  Segui, por fim, para o campo de treinamento, encontrando com o Ethan assim que pisei no espaço. Julgando pela sua olheira, diria que mais duas pessoas não tiveram uma noite de sono completa, e antes que eu pudesse fazer uma piada com a situação, a voz da minha mãe ecoou pelo centro:
  — Não preciso lembrar que o festival já acabou, certo? — Ela sorriu sarcástica ao ver o descontentamento de seus alunos, visto que o festival das flores é o único que dura apenas um dia. — Prosseguiremos o treinamento de combate e espada, as duplas serão livres e quero que me mostrem uma disposição que combine com a disciplina do reino. Espero não ter que lutar com ninguém nesse dia maravilhoso, sim?
  Ah, lutar com a duquesa só quer dizer uma coisa: você está ferrado. Do modo que falo, pode parecer que é algo agressivo, no entanto, minha mãe só chamava alguém para o combate quando essa pessoa ultrapassava de todos os limites. Não é novidade para ninguém no exército que sempre há aqueles que acham que suas habilidades estão um nível acima dos demais, e que isso te dá o direito de ridicularizar os seus colegas. Quatro meses atrás, um dos alunos achou que seria uma boa ideia desafiar metade da turma dos iniciantes — o que resultou em mais alunos nas turmas intermediárias por demonstrarem ser muito bons —, além de alegar em alto e bom som que nenhum de nós estava em seu nível. Até que, Viviene apareceu atrás de si, como uma assombração, e o desafiou para uma luta. Minha mãe não usava a sua verdadeira força ao treinar com os alunos, contudo, era o suficiente para deixar o rapaz envergonhado após demonstrar ter um ego inflado. Acabou que ele foi expulso do exército por sua má conduta em várias situações, mas esse dia ficou marcado e é usado como exemplo de como um soldado não deve agir.
  O treino de hoje pode parecer um tanto desvantajoso, e é, só que a dinâmica te permite estar preparado caso tenha que enfrentar um oponente mais equipado do que você. Ethan estava com a espada, e logo estávamos lutando de acordo com os nossos instintos; os seus movimentos são extremamente bons, e a sua postura nunca desmancha, nem mesmo se estiver perdendo a partida. Ser sua dupla é ter a garantia que tiraríamos o melhor proveito dos estudos, e como sempre, declaramos empate depois de quase uma hora.
  — Água? — Ofereci assim que sentamos, bebendo a minha em seguida. — Não sei se a turma está animada ou com medo da duquesa. — Inclinei a cabeça, observando os pares.
  — Diria que os dois? Mal vejo a hora de voltar ao meu quarto.
  — Para tomar um banho ou será que tem alguém a sua espera? — Sorri meio atrevido, fazendo-o rolar os olhos. Suas bochechas coradas o entregaram, e particularmente eu achava uma graça a sua reação.
  — Do que está rindo? — O rapaz me deu um soco no braço. — E sim, quero tomar um banho para poder ver o Jade.
  — O amor está no ar, não é mesmo? Fico feliz por vocês dois — encostei a cabeça em seu ombro —, ainda mais por se gostarem por tanto tempo e finalmente se encontrarem.
  — Pelo visto Bell te contou tudo, mas em algum momento eu contaria. Não há como esconder algo do meu melhor amigo, e por ser algo importante para mim, eu queria compartilhar o mais breve contigo. — Ele deitou sua cabeça em cima da minha, suspirando profundamente. — Pensei em marcarmos de sair nós quatro na nossa próxima folga.
  — É uma ótima ideia, Eth — acenei para alguns colegas que passavam por nós —, mas temos que lidar com um problema antes.
  — É hoje, certo? — murmurei em concordância. — Não sei o que esperar, no entanto, já sei que não gosto dela.
  — Somos dois, porém não há com o que se preocupar. — Levantei e estendi a minha mão na sua direção. — Ela não durará mais do que uma semana.

*

  Puxar o histórico de Letícia July Brown não foi algo difícil, tampouco tem muito o que adicionar a sua ficha, o que facilitou em reunir os seus dados. Nascida e crescida na região leste, veio ao norte aos seus vinte e cinco anos, sendo contratada pelos Fiore quando Arabella tinha cinco.  Por não ter nada que diga se trabalhou anteriormente, a sua única experiência é a de babá, mas isso não impede que investiguemos mais a fundo. Para conseguir a vaga não bastava apenas ser uma pessoa simpática, provavelmente a mulher mentiu, além de omitir o seu passado. Algumas informações foram entregues a mim por Margareth, que solicitou cuidar da parte burocrática para diminuir a preocupação de Bella, e por mais que eu tenha ficado levemente surpreso, já era esperado que a nossa governanta fizesse a sua própria pesquisa — afinal, a mais velha é quem organiza e mantém a ordem desse castelo, e é claro que não deixaria qualquer um pôr os pés em nossa casa. O retorno do informante estava programado para depois da chegada de Letícia, pois a região leste ficava boas horas de distância, então não seria possível atravessar a fronteira velozmente. Combinamos em usar a esfera apenas se ocorresse uma emergência, já que ele tinha outros trabalhos para efetuar, e não queríamos atrapalhar um ao outro.
  Encarei os papéis a minha frente, pegando a papelada que precisava ser protocolada e tratei de finalizar o meu trabalho, mesmo que isso me entediasse — e muito. Eu gostava de mexer com a parte administrativa, todavia, se me perguntassem qual caminho eu gostaria de seguir, eu diria que é a parte do exército. Muitos estranhariam a minha escolha, porém, o que fazia o meu coração bater mais rápido é a adrenalina que somente o combate pode me proporcionar, e isso possui uma forte influência da primeira vez que vi minha mãe em campo.
  No final de semana que antecedeu a minha ida à academia, aos cinco anos, meu pai me contava algumas das histórias que mais gostava envolvendo ele e a duquesa; como eu ficaria longe deles durante a semana, os dois ficaram mais tempo comigo, alegando que já sentiam saudades. O duque disse que íamos assistir um treino de Viviene, e ao adentrarmos o local, não consegui desgrudar o olhar da cena. Como se estivesse em uma dança, a sua movimentação me mantinha vidrado em cada passo — como se a espada e ela fossem uma só. Desde então, eu decidi em qual área atuar ao assumir o ducado.
  Com o trabalho terminado, segui para a sala de jantar, encontrando toda a família sentada na mesa.
  — Eu adoro essa visão de todos juntos — Giovanni comentou, bebericando sua bebida. — Infelizmente, não teremos isso por um tempo…
  — Às vezes esqueço que um dos homens mais temidos do reino é o meu tão dramático esposo. O máximo que a estadia dela durará será de uma semana, em respeito ao plano de Arabella.
  — Por mim, ela não colocaria os pés dentro desse castelo — Bella falou, descansando o queixo em sua mão —, mas é a forma de tirar um peão da jogada. O que me incomoda é o contato dela com as crianças.
  — Não há com o que se preocupar, senhorita — Serene sorriu. — Rin, Cliff e Noel estarão o tempo todo conosco, além dos demais empregados que estão cientes da situação.
  — Vai dar tudo certo, Bella! — as crianças disseram com suas bocas cheias.
  — Eu sei, eu sei. E agradeço a todos por me apoiarem nessa situação.
  — Um brinde para o sucesso do plano! — o duque exclamou, levantando a sua taça.
  Ninguém estava contente com a chegada de Letícia, e se dependesse de nós, a faríamos implorar pela sua vida no segundo que descesse da carruagem. O plano de Bella consistia em fingirmos que não gostávamos dela e de seus irmãos, fazendo a babá acreditar que a acolhemos por pena — e por causa da amizade de Celine com Viviene. Agiríamos como se não soubéssemos das violências cometidas por eles e, que na verdade, pensávamos que o próprio Perci Fiore havia mandado os filhos para o castelo, já que é o que a Arabella teria nos contado. Ethan e Bella terão mais contato para que Letícia ache que ambos estão se cortejando, pois quando Perci tivesse ciência desse fator, tentaria intervir através da mulher. Meus irmãos se demonstrariam igualmente indiferentes, e os quatro tinham suas esferas escondidas, caso aconteça algum problema. Serene e Rin vão tentar uma amizade, no entanto, só Rin se tornará amiga, visto que Serene viraria um alvo no olhar de Letícia. Giovanna informou que o plano de Perci é fazer que Brown assuma o cargo de Serene, de forma que ele acha que isso faria com que criássemos uma parceria, então não será difícil iludir a babá com falsas promessas de que ela poderia ser a cuidadora dos gêmeos Bellerose. Ao questionarmos Bella se essas pessoas não pensariam que é tudo uma farsa, Fiore respondeu que Perci nunca suspeitaria que a garota teria uma rede de apoio, e Letícia só enxergava duas coisas: o ódio por si e seus irmãos, e o seu amor, que é o Perci. O plano estava prestes a ser iniciado, e eu entrelacei os meus dedos com os de Arabella, sussurrando que ficaria tudo bem. Nymph estava em seu ombro, no seu formato original, a espera de alguma ordem de sua mestra — e pronta para protegê-la. Margareth entrou na sala, anunciando a chegada:
  — Letícia Julie Brown e Giovanna Francis Ricci estão passando pelos portões principais.
  — É a hora do show. — Fiore bebeu de uma vez o restante do seu vinho, sorrindo maliciosamente.
  — Aqueles que ousarem mexer com a minha família — a cor dos olhos do meu pai mudaram, demonstrando juntamente com o seu sorriso também malicioso o quanto ele gostaria de dar um fim nisso — estarão cometendo o último erro de suas vidas. Mal posso esperar para ouvi-los implorando para que eu tire suas vidas.
  Bella e Giovanni tinham as mesmas feições, aparentando ser pai e filha; caminhamos para o grande hall, com determinação e sangue no olhar, aguardando as novas hóspedes.
  As pessoas realmente esquecem que os Bellerose valorizam a família acima de qualquer coisa, e será delicioso assistir um por um cair.


  N/A: Depois de 84 anos prometendo essa atualização, aqui estou eu \o/
  Deixei para comentar sobre tudo nesse capítulo, então, vamos lá:
  - O que acharam do festival? Bella e o grupo curtindo, pondo o plano em prática, reunindo informações… E o mais importante: os gêmeos chamando o duque e a duquesa de pais. Fala sério, que coisa mais linda (autora morre de fofura, entenda HAHAHAHA) <3
  - Quem imaginaria que um simples pique esconde poderia render tanto (cof cof)? Adorei escrever essa cena no ponto de vista dos dois, e nada como acordar com um Killian Bellerose se declarando para você, né? Ele e a Bella são sortudos demais (e fofos hihi);
  - Nesse capítulo quis mostrar um pouco mais da rotina dele, para conhecermos mais sobre o querido (e a interação dele com o Eth, muito fofinhos);
  - Caso estejam se perguntando: sim, temos mais um casal hihihi A história de Mya-Mya e Ethan será contada futuramente;
  - E FINALMENTE CHEGAREMOS EM OUTRA PARTE QUE EU QUERIA MUITO ESCREVER!!!!! Gente, essa reta que a história entrará será frenética, e tô MUITO animada para os acontecimentos futuros. E sobre o especial de natal, como podem ver, não teve, mas vou adicioná-lo em algum momento na história.
  Espero que continuem acompanhando!
  Até a próxima atualização <3

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Lelen

Primeiramente: eu não sei o que colocar primeiro KKKKKKKKK
As crianças “achando” os pais delas foi a coisa mais lindinha, super apoio a (praticamente já concretizada) adoção deles pelos Bellerose &lt;3
Finalmente chegou A CENA QUE NÃO QUERIA SAIR, NÉ? AAHAHAHHAH Finalmente Bella e Killian ficaram juntos (e Bella SAFADENHA LOLOL)
Amei ter um pouco mais do POV do Killian também. Sempre bem vindo 😀
 

Spoiler?
E… EU SABIA QUE MYA E ETHAN ERAM OS ADMIRADORES UM DO OUTRO, SABIA, TINHAM QUE SER!!!!
 Tô esperando ansiosamente por mais do romance e da história desses dois (também quero vingança pelo Mya, mas isso a gente deixa pra mais tarde AHAHAHHA).
E QUE COMECEM OS JOGOS, MEU POVO! QUERO VER ESSE CASTELO DE CARTAS DESABAR SATISFATORIAMENTE!
Ai, tomara que a att não demore :’D

Liv

Eles são fofos demais <3 Viviene e Giovanni adotando todo mundo HAHAHAHA
Finalmente, né? amo muito um casal

Spoiler
E simm! Adorei que a Bella percebeu antes deles hehe

Mais pra frente contarei a história deles, e tô super ansiosa pra isso kkkkkk e a vingança vem.
A att não deve demorar muito, e fico feliz que esteja gostando!

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