Alter Ego

Escrita porLelen
Revisada por Lelen

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Tempo estimado de leitura: 6 minutos

  O Dr. Taub e a doutora Hadley voltaram de noite para meu quarto.
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  — Viemos fazer testes para sífilis e doença de Wilson — Taub murmurou postando-se ao meu lado da cama colocando suas luvas e Hadley foi para o meu outro lado auxiliá-lo.
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  — Espera, sífilis? — %Michael% perguntou arregalando um pouco os olhos.
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  — Mesmo que o resultado dê positivo não precisa se preocupar — Taub murmurou encarando a nós dois.
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  — É teste para sífilis! — %Mike% exclamou incrédulo.
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  — Amor… — murmurei encarando-o. %Michael% se preocupava demais, era irritante!
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  — Não é mais contagioso no estágio que estiver — o médico baixinho explicou e a expressão de %Mike% apenas ficou mais incrédula.
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  — Não estou preocupado comigo! — exclamou. — Só quero que ela fique bem… — murmurou por fim lançando-me um de seus olhares de preocupação.
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  A doutora Hadley permaneceu calada durante toda aquela conversa, apenas observando. Eu bem podia imaginar o que ela estava pensando sabendo o que ela sabia.
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  — Ela pode ter pegado quando nasceu, não significa que ela tenha te traído, caso esteja preocupado com esta hipótese — a médica ao meu lado murmurou olhando para %Mike%, mas sem antes é claro deixar de lançar-me um olhar que apenas eu percebi.
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  — Mas o que… É claro que não estou preocupado com isso! — Ah, %Mike%, sempre tão ingênuo…
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  — Certo, quanto tempo vou ter que… — Não consegui terminar a frase, uma tosse repentina surgiu me interrompendo.
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  — %Zô%? — %Michael% chegou perto preocupado enquanto eu não parava de tossir. — Por que a tosse? — questionou encarando os dois médicos ao meu lado.
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  — Não faço ideia — Taub murmurou pegando o estetoscópio para me examinar.
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  — Quer que eu pegue um pouco d’água, amor? — %Mike% perguntou. Bingo!
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  Balancei a cabeça sem parar de tossir e observei enquanto ele saía apressado para o corredor em busca de minha água.
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  No mesmo instante parei de tossir para encarar à doutora Remy Hadley.
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  — Me diga, doutora, você se sente ameaçada por mim? — perguntei olhando-a friamente.
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  — Claro que não! — ela exclamou arregalando os olhos.
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  — Pois devia, eu posso fazer com que cacem você até o fim do mundo, você vai perder a sua licença médica e… Eu presumo que goste do que faz, estou certa? — murmurei observando cada traço do rosto da médica.
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  Era incrível como o rosto humano podia mudar de expressão tão facilmente. Em um instante a doutora Hadley parecia extremamente confiante, no outro, seus olhos esverdeados estavam arregalados em minha direção, deixando transparecer claramente o seu temor pelas minhas palavras.
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  — Não vai perder só a sua licença, você terá de arcar com o valor que eu perder com o divórcio. O salário de médica consegue pagar dezenove milhões de dólares? — perguntei, os olhos da médica demonstrando o quão desacreditada ela estava. — Acho que esses seus comentários nojentos não têm mais tanta graça pra você, não é? — Observei a expressão de Hadley mudar. Ela não podia mais me enganar, estava claro que eu a intimidava… Claro que eu a tinha nas minhas mãos. — Esse seu olhar é muito expressivo, como é sentir o que está sentindo? — questionei.
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  No mesmo instante que a conversa se encerrou, %Mike% voltava com um copo e uma garrafa cheios de água, ele estendeu o copo para mim.
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  — Obrigada, meu amor. — Sorri pegando a água.
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  — Estica o braço, por favor? — Hadley se moveu ao meu lado um tanto desconfortável, mas tentando fingir que nada havia acontecido.
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  Ela tocou em meu braço firmemente, e então… E então o estalar de algo se partindo foi ouvido e aquela dor maldita que eu já havia sentindo há muito tempo surgiu. Gritei de dor e encarei meu braço direito, ele estava em um ângulo estranho, estava quebrado.
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  — Você quebrou o meu braço! — exclamei em meio à dor.
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  %Michael% e os dois médicos me encararam assustados, nenhum deles tinha ideia do que havia acontecido, muito menos eu.
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  Enfermeiras vieram engessar meu braço, a dor estava bem menor agora, mas ainda assim doía.
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  — Quero falar com a diretora deste hospital — declarei a %Mike% que me encarou com ar preocupado.
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  — %Zô%, os médicos disseram que é um sintoma, falha nos rins — ele tentou dizer. Já comentei o quanto ele querer se mostrar o esperto me irrita?
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  — Só dê um jeito de chamá-la, sim? — retruquei bufando.
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  — Amor… — %Michael% chegou mais perto de mim tocando meu braço esquerdo.
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  — Eu não quero aquela maluca cuidando de mim enquanto estou doente! — reclamei ouvindo um suspiro de %Mike%.
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  Ele sempre fora pacífico, detestava ter de brigar, brigar com qualquer um; sempre achou que tudo podia ser resolvido na base da conversa. Claro que tudo poderia, quando aquela médica incompetente estivesse fora do alcance e não pudesse mais tentar estragar meus planos de vida. Se eu estava sendo má? Não, só estava fazendo de tudo para conseguir a minha parte da felicidade. Certo, talvez felicidade não seja a palavra certa, não posso sentir… Mas sei que o que vou ter é felicidade, não de espírito, mas material. E ter felicidade material é melhor do que ter nada. Se eu ia para o inferno por isso quando morresse? Eu já estive lá uma vez em vida, não voltaria tão cedo.
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