Capítulo Oito
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Terrivelmente se passaram três dias para que eu pudesse fazer alguma coisa relacionada aos assassinatos que estavam acontecendo na cidade, pois só agora me sentia bem o suficiente para fazer algum tipo de esforço físico depois do ferimento que recebi na floresta. Eu queria manter minha promessa de que tentaria resolver o caso o mais rápido possível e que iriamos achar uma solução, mas nunca menti tanto para mim mesma quanto dessa vez. Eu me encontrava no chão da casa da minha avó com %Christopher%, %Jisung% e %Echo% ao meu lado, %Seungmin% tinha saído um pouco mais cedo com o meu tio para evitar o meu confronto com ele, e então meu primo prometeu que mais tarde voltaria para a casa da minha avó, pois tinha algumas coisas que ele queria conversar comigo e que seu pai não poderia estar presente. O que iluminava a minha vida no momento era o fato de que não ocorreu nenhuma morte nesses dias que eu passei descansando, o que aumentava as minhas considerações de que Eleanor realmente poderia ser a pessoa que estava assassinando todo mundo na cidade, mas o que me deixava mais surpresa era o que iria levar a garota a cometer uma atrocidade dessas e ainda por cima fingir muito bem que era uma vitima. Na realidade, hoje foi um dia cheio de surpresas, por exemplo, eu não tinha palavras para descrever realmente a inteligência de %Jisung%. Apesar de ele parecer meio tolo, ele era uma pessoa incrivelmente inteligente e que tinha boas ideias, acredito que esse seja o motivo de %Christopher% ter se mantido vivo até o momento e não ter se revelado para as pessoas ao seu redor.
Voltando para a inteligência de %Jisung%, ele tinha feito questão de trazer um quadro de anotações para a casa da minha avó, de início eu não tinha entendido muito bem o que ele queria fazer com aquilo, porém, a partir do momento em que ele começou a colar algumas fotos e fazer anotações no quadro, minha ficha caiu completamente.
- Quanto tempo faz que as mortes estão acontecendo? – eu estava apoiada na parte de baixo do sofá e encaro o quadro, pensativa.
- A primeira morte aconteceu no ano passado, mas depois as coisas ficaram silenciosas por um tempo. – %Christopher% me explica.
- E depois disso? – o questiono.
- A primeira morte aconteceu antes do início das nossas aulas e ficou mais frequente depois das férias de verão. – mordo minhas unhas enquanto penso.
- Qual a faixa etária das pessoas que morreram? – tínhamos que descartar se as mortes que estavam acontecendo em série tinham alguma ligação.
- A maioria das pessoas tinha mais de trinta anos. – inclino minha cabeça e escuto atentamente as palavras de %Jisung%. – Passei a noite toda pesquisando o nome das pessoas que morreram no decorrer do ano passado e desse ano. – ele tira alguns papeis de sua mochila e começa a pendurar no quadro. – Apenas cinco mortes tiveram casos parecidos, porém a única pessoa que teve o coração retirado, foi o nosso diretor. – encaro as fotos no local e me levanto para analisar.
- O que essas pessoas têm em comum? – murmuro.
- Nunca vi nada parecido com isso. – %Echo% segue meu gesto e para ao meu lado. – O que pode ser? – ela vira para me encarar.
- Não tenho ideia. – e isso era o que mais me assustava no momento.
- Estou cansado de sair por aí procurando por algo que não temos ideia do que possa ser. – eu entendia muito bem a irritação que %Christopher% sentia, mas eu simplesmente não podia sair por aí em uma caçada desenfreada, eu precisava usar a cabeça e ser mais esperta do que essa
coisa que estava solta por ai.
- Vamos pensar em conjunto. – pressiono minha mão na testa e fecho meus olhos. – Existe algo que não estamos conseguindo encaixar nessas informações. – olho mais atentamente para o quadro. – Mas o quê? – murmuro novamente, me sentindo levemente ansiosa por não estar conseguindo fazer uma boa conexão.
- Todos eles são moradores da cidade? – %Echo% pergunta.
- Sim! – %Jisung% e %Christopher% falam ao mesmo tempo.
- Existe alguma possibilidade deles serem amigos? – encaro os dois.
- Talvez. – %Jisung% me encara. – Por terem a mesma idade e serem moradores daqui, provavelmente eles podem ter estudado juntos. – prendo minha respiração.
- Isso já é alguma coisa. – bato minhas mãos.
- E se a gente procurasse nos anuários? – cruzo meus braços, ao ouvir a ideia de %Christopher%.
- E onde iriamos encontrar os anuários antigos? – devia fazer uns quinze anos desde que essas pessoas se formaram, acredito que seja muito difícil que a escola ainda tenha anuários tão antigos assim em sua biblioteca.
- A escola mantém tudo guardado, é uma espécie de tradição. – ergo uma sobrancelha, um pouco abismada de que isso pudesse ser real.
- Acha que devemos ir até a escola, %Faith%? – %Echo% cutuca meu braço para chamar minha atenção.
- Para averiguar? – penso por um instante. - Acho que devemos fazer isso, talvez haja uma ligação entre essas pessoas. – solto um suspiro.
- Acredito que não devemos ir todos. – %Christopher% se pronuncia. – Talvez você e %Jisung% devam ir juntos. – faço uma careta. – E nós dois. – ele aponta para %Echo% e ele. – Ficamos por para trás a fim de achar mais informações. – Eu não via muita oportunidade em levar %Jisung% comigo, porém se %Christopher% confiava de que o garoto fosse me ajudar, eu iria concordar.
- Tudo bem. – respondo para ele e me afasto do quadro de anotações. – Podemos ir agora? – pergunto para %Jisung%.
- Agora? – ele parecia surpreso.
- É sábado, acredito que não irá ter ninguém na escola agora. – encaro o relógio no meu pulso.
- Mas está tão tarde. – ouço sua voz tremular.
- Está com medo? – ergo minha sobrancelha e o encaro diretamente nos olhos.
- Claro que não. – ele nega.
- Então vamos. – solto uma risadinha e coloco um casaco, pois a noite estava começando a esfriar.
- Me deseje sorte. – %Jisung% pede para %Christopher% e eu passo por ele balançando a cabeça.
***
%Jisung% e eu fomos para a escola silenciosamente. Eu não queria conversar naquele momento, mas sim me concentrar para que tudo fosse feito o mais depressa possível e com perfeição. Assim que nós chegamos, eu paro de repente e jogo minha cabeça para trás ao perceber que teria que arrombar uma porta novamente, não que eu não fizesse isso frequentemente, mas era um trabalho chato que geralmente eu deixava para %Echo%, %Changbin% ou Marnie fazerem, além do que, antes de arrombar a porta eu teria que cortar a energia do colégio, pois só assim o alarme do local não tocaria, e eu evitaria que o segurança que cuidava do local se aproximasse enquanto estivessemos ali. Tudo tinha que ser calculado antes de ser feito, afinal, nós precisávamos chegar até a biblioteca sem sermos detectados pelo sistema da escola.
Quando chego até a caixa de energia e a desligo, chamo %Jisung% para andar o mais rápido possível e arrombo a porta para que nossa passagem ficasse livre, em seguida a fechando para não chamar a atenção de ninguém que resolvesse ir até o local e checar o motivo da falta de luz.
- Me sinto mal invadindo a escola dessa maneira. – %Jisung% sussurra próximo a mim.
- Engraçado você falar isso, já que invadiu a escola mais de uma vez sem nenhum remorso. – o relembro do dia em que a gente se encontrou na escola e suscetivelmente o corpo do diretor.
- Nem me lembre desse dia. – seu corpo solta um espasmo eu solto uma risadinha.
- Você ainda tem medo daquela noite. – caçoo da sua cara.
- Claro que não. – a negação de %Jisung% era engraçada, pois eu podia ouvir o medo em sua voz, porém devo dar credibilidade para a sua coragem de estar aqui novamente de noite, ou até mesmo por ter seguido com a sua vida depois daquela noite.
- Vamos rápido! Só assim poderemos voltar logo para a casa da sua avó. – concordo com ele enquanto olho para todos os lados atentamente.
- Apenas não faça barulho. – sussurro enquanto continuo caminhando.
- Não é como se eu fosse fazer um escândalo. – nesse momento um barulho nos pega de surpresa e %Jisung% segura meu braço fortemente.
- Você está me machucando. – tento tirar suas mãos do meu braço.
- Desculpa, não enxergo muito bem a noite. – fecho meus olhos.
- Não aperte meu braço com força, se isso acontecer novamente eu deixo você sozinho pelos corredores da escola. – aviso.
- Tudo bem. – no mesmo tempo que %Jisung% me responde ele acaba tropeçando no meu calcanhar e eu tenho que segura-lo com força para que não caísse.
- Cuidado. – bufo por sua instabilidade.
- Eu disse para você que não me dou muito bem com o escuro. – eu queria na cabeça dele por ele ser tão desastrado.
- Estamos chegando. – eu tinha que deixar meus instintos me guiar no momento, pois eu não podia nem ligar a lanterna do meu celular para poder iluminar o nosso caminho.
- Você acredita que alguém pode ligar as luzes novamente? – %Jisung% me pergunta.
- Tudo é possível, por isso, tente ficar fora de foco das câmeras da escola. – aviso.
- Como assim? – ergo minha mão para fazê-lo parar de andar e aponto para cima.
- Olhe para lá, as câmeras estão em lugares estratégicos para vigiar os alunos durante o horário escolar, se a energia voltar e estivermos em foco, iremos ser descobertos. – explico pacientemente.
- Entendi. – %Jisung% coça a cabeça e me encara. – A biblioteca é logo ali. – ele aponta.
- Vamos terminar logo com isso. – abro a porta da biblioteca e paro no local. – Apenas tome cuidado com as câmeras. – o relembro.
- Ok. – %Jisung% esfrega as mãos uma na outra. – Os anuários ficam lá em cima. – ele aponta para o local.
- E como iremos achar o que estamos procurando? – pergunto.
- Isso é fácil. – pela primeira vez na minha vida eu conseguia ver %Jisung% confortável com alguma coisa. – Meus pais estudaram com o diretor. – ele explica.
- Então iremos procurar pelo ano. – balanço minha cabeça.
- Isso mesmo. – %Jisung% toma cuidado ao entrar na biblioteca. – Esse local fica macabro de noite. – solto uma risada baixa, ele realmente não sabia o que era macabro.
- Foco. – balanço minha cabeça para dispersar os pensamentos.
- Vamos lá. – %Jisung% lidera a caminha para o andar de cima.
- Na realidade. – eu o paro de repente. – Se seus pais estudaram com o diretor, por que você não pegou o anuário deles? – pergunto, desconfiada.
- Meus pais não têm mais o anuário deles, e geralmente os anuários que ficam na escola estão assinados por todos os alunos. – inclino minha cabeça para o lado e pondero sobre o que ele falou.
- Tradição estranha. – resolvo deixar o assunto passar. – Então vamos lá. – o empurro levemente para que ele caminhasse.
- %Faith%, você realmente acha que a pessoa que está fazendo tudo isso tem relação com o passado das pessoas que estão sendo mortas? – depois de um breve silêncio, %Jisung% me pergunta.
- Não tenho certeza de que a pessoa que esteja fazendo isso estudou com as pessoas que foram assassinadas, porém é uma pista para ser averiguada. – aponto.
- Ok! Vamos dar uma olhada no anuário e cair fora daqui. – %Jisung% sobe as escadas correndo.
- Tome cuidado, não queremos nenhum acidente aqui. – aviso.
- Está escuro, mas conheço essa escola com a palma da minha mão. – %Jisung% era tão seguro de si que chegava a me irritar.
- É claro que estaria escuro, é de noite, gênio. – faço de tudo para não revirar meus olhos, porém é inevitável.
- Eu sei que é de noite, %Faith%. – %Jisung% olha para mim como se fosse muito óbvio.
- O que você quer que eu faça, %Jisung%? Que eu acenda as luzes para você? – o empurro para continuar subindo as escadas.
- Ok. – ele bufa. – É por aqui. – %Jisung% começa a caminhar para uma fileira de estantes.
- Uau. – fico surpresa ao me deparar com diversas fileiras de estantes que tinham vários anuários. – A cidade realmente leva isso muito a sério. – solto um assovio baixo ao notar diversas cores de anuários empoleirados por ali.
Geralmente as bibliotecas tinham um sistema de catalogação e indexação para encontrarmos os livros rapidamente, e aparentemente %Jisung% sabia como esse sistema funcionava na escola, pois ele caminhou até o final do corredor e voltou com um anuário em mãos.
- Achei. – ele tinha um sorriso estampado nos lábios.
- Deixe-me ver. – pego o anuário de sua mão e começo a folhear ele. – Estranho. – assim que passo algumas pessoas, noto que meus pais estavam ali também.
- O que é estranho? – %Jisung% me pergunta.
- Aparentemente meus pais também estudaram nessa turma. – encaro a foto do meu pai ao lado da foto da minha mãe.
- Assim como o diretor e a primeira pessoa que foi encontrada morta na cidade. – ele aponta para a imagem de uma garota sorridente e cheia de sardas.
- Então talvez as mortes tenham alguma ligação. – observo atentamente todos os detalhes. – Vamos bater algumas fotos do anuário. – entrego para ele segurar enquanto tiro meu celular do bolso.
- Podemos ver ele amanhã. – %Jisung% sugere.
- Não. – balanço minha cabeça. – Quero chegar a casa e analisar tudo calmamente. – explico.
- Isso está ficando cada vez mais estranho. – %Jisung% aponta para uma foto de um cara.
- Quem é ele? – pergunto confusa.
- Ele é o nosso prefeito. – de repente os pelos da minha nuca se arrepiam. Eu conhecia essa sensação, era uma sensação de que estávamos sendo observados de perto.
- Segure esse anuário como se sua vida dependesse disso. – encaro %Jisung% e vejo confusão em seus olhos.
- Por quê? – ele olha para os lados, como se procurasse o motivo do meu alarde.
- Temos companhia. – falo entredentes e tiro a arma que tinha trago comigo.
- Como você trouxe isso? – ele olha para as minhas mãos com os olhos arregalados.
- %Jisung%... – solto um suspiro e o coloco para trás do meu corpo, pois precisava defendê-lo do que estava por vir, porém, quando dou por mim, tudo fica preto e eu começo a despencar como se não fosse dona do meu próprio corpo.
***
Eu precisava desesperadamente respirar. Desperto sem saber onde eu estava, e tento me manter calma ao ver que %Jisung% estava ao meu lado, desacordado.
Não lembro ao certo como fomos parar ali, em um momento estávamos olhando o anuário na escola, no outro os pelos da nuca se arrepiaram e tudo ficou preto. Lembro vagamente de ouvir os gritos de %Jisung%, porém nada mais depois disso.
- Se eu fosse você, não continuaria me mexendo tanto assim. – solto um gemido fraco assim que ouço uma voz na minha frente, porém ao tentar encarar o local que a voz vinha tudo era um breu.
- Quem é você? – meu instinto lutava a todo o momento, e manter uma conversa com o meu possível raptor parecia o certo para eu tentar associar sua voz.
- Não interessa. – a voz ruge na minha frente e novamente meus pelos da nuca se arrepiam. – Você e seus colegas estão me causando muita dor de cabeça. – a voz entoava cada vez mais de forma agressiva, enquanto eu tentava a todo custo me livrar das amarras da minha mão. – Mas devo admitir que vocês foram perspicazes. – ele aplaude. – Agora me ouça, caçadora. – novamente encaro o breu. – Não se meta nos meus negócios. – ele pede.
- O que você quer? – o desafio sem medo.
- Vingança. – sua voz soa mortal.
- Você não acha que já teve vingança o suficiente? – pergunto.
- Matar algumas pessoas dessa cidade ainda não saciou meu desejo de vingança. – a pessoa responde. – Eu gosto dessa brincadeira, para ser bem sincero, e adoro ver o olhar de medo nas minhas vítimas quando elas me reconhecem. – consigo ouvir uma risada macabra vinda dele.
- Você está ciente de que raptou dois adolescentes? – resolvo perguntar enquanto tento ganhar tempo suficiente para me soltar das amarras.
- Raptei? – sinto sua voz com um misto de alegria e terror. – Você ainda não entendeu? Ninguém irá saber onde você está, e ninguém sabe quem eu sou. – a pessoa na minha frente muda o tom de sua voz rapidamente, dificultando meu trabalho de reconhecimento.
- Por que você está fazendo tudo isso? – eu não tinha nada a perder por bater um papo com o meu suposto raptor. Se houve uma coisa que eu aprendi durante o meu treinamento de caçadora, era que você não devia temer a fera, você deveria jogar com ela. Então eu daria o mesmo tratamento que ela estava me dando.
Frieza. - Já disse para você, garota, tudo isso é por vingança. Uma doce vingança que venho planejando antes mesmo de você nascer. – ele fala tranquilamente.
- O que você fez com meu amigo? – escondo a preocupação em minha voz, me concentrando novamente na pessoa parada na escuridão.
- Ele é muito corajoso, mas não é tolerável a dor. – sinto minha raiva subindo aos poucos e a tento contê-la. – Acho que ele ainda deve estar desacordado.
- Você só deve ser algo abominável mesmo! – eu cuspo no chão e logo em seguida sinto uma ardência em meu rosto.
- Cale essa sua maldita boca! – a pessoa para na minha frente e me sacode. – Eu poderia matar você agora mesmo, mas isso perderia toda a graça. – eu franzo o cenho, não entendendo muito bem o que ela queria falar sobre isso.
- O que isso quer dizer? – me faço de desentendida.
- Que eu sei o que você está tentando fazer, sei que logo irá conseguir tirar essas amarras, mas infelizmente eu não estarei aqui para ver isso. – ele acaricia minha bochecha e eu viro meu rosto. – Boa caçada, %Faith%. – eu ouço novamente a sua risada e em seguida nada, apenas o silêncio.
Assim que consigo finalmente me livrar das cordas ao redor dos meus pulsos, corro para o lado de %Jisung%. Eu precisava que ele acordasse antes que a pessoa que tinha nos raptado voltasse, e eu precisa que isso acontecesse o mais rápido possível, por conta disso, o sacudo para tentar acordá-lo, mas todo meu esforço é em vão. Procuro ao redor do local algo que eu pudesse usar para me defender caso alguém aparecesse para nos atacar e volto para o lado de %Jisung%, praguejando por ele ainda não ter despertado.
- Droga. – eu não tinha alternativa se não fosse bater nele, então fecho minha mão em punhos e dou um soco em seu rosto.
- Mas o que... – rapidamente %Jisung% desperta. E eu me sinto mais aliviada.
- Ei! Está tudo bem! – tento reconfortá-lo e ao mesmo tempo me sinto culpada por ter que agredi-lo.
- Caramba, parece que eu fui atropelado por um caminhão! – eu solto uma pequena risada com sua afirmação.
- Você foi apenas pego pelo desgraçado que estamos procurando. – fecho a cara. Eu estava muito irritada comigo mesma por não ter posto minhas mãos nele.
- Como você está bem, %Faith%? – sua voz soa preocupada.
- Apenas um pouco dolorida, mas nada que um banho de banheira não resolva. – desfaço o nó das amarras e liberto %Jisung%. – Devemos achar a saída, tenho certeza de que alguém deve estar nos procurando. – falo para ele enquanto o ajudo a se levantar da cadeira.
- E se ele ainda estiver lá? – %Jisung% me pergunta ainda meio atordoado por tudo que aconteceu.
- Então eu darei meu jeito. – tento tranquiliza-lo enquanto saio apalpando as paredes do local.
Nós precisávamos sair urgentemente daqui se quiséssemos sobreviver.