Capítulo Dezoito
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Novamente eu me encontrava em um ambiente sufocante onde a escuridão se misturava à neblina espessa, impedindo que eu visse qualquer fecho de luz. Essa mesma neblina parecia transformar o lugar em um cenário surreal. Era quase como se eu pudesse ver as sombras dançando de forma indistinta, mas no fundo eu sabia que esse sentimento era apenas minha inquietação e desconforto perante toda a situação que eu me encontrava. E a atmosfera pesada contribuía para o peso dos meus tormentos.
A dor no meu peito era dilacerante.
Era como se eu tivesse a sensação ter uma ferida profunda, enraizada dentro do meu peito.
Ao tentar me levantar, minhas pernas fraquejaram como se estivessem presas por correntes invisíveis. Cada movimento era uma luta contra uma força desconhecida que me prendia ao chão.
A neblina, agora, parecia se tornar mais densa, como se resistisse ao meu avanço, amplificando minha sensação de impotência. E a visão das minhas mãos revelava uma imagem aterrorizante. Manchas de sangue escuro marcavam minhas palmas, uma representação da tragédia que se desenrolara. Essa visão me transportava de volta a conversa que tive com meus amigos, recordando a terrível história de que as pessoas que eu amava estavam mortas.
O peso da culpa se abatia sobre mim como pedras que desciam e me acertavam. Eu me via como a maior culpada por essas desgraças, uma vergonha para os caçadores, uma traição aos votos que fizemos.
O sangue nas minhas mãos era o símbolo da minha falha, uma marca que me ligava diretamente à tragédia.
Em meio à neblina espessa, a sensação de isolamento e desespero se intensificava. Eu percebia que não só falhara como caçadora, mas também como membro de uma família que agora, sem dúvida, me considerava uma vergonha.
O ambiente hostil ao meu redor parecia ecoar os lamentos das vítimas e as acusações silenciosas, criando um pesadelo onde a escuridão física se alinhava perfeitamente com a escuridão da minha alma atormentada.
É nesse momento que sinto alguém se aproximando, tento deixar meus olhos entreabertos, a fim de descobrir do que se tratava aquela sombra, mas falho miseravelmente.
- Ah, minha pequena caçadora, você continua carregando o fardo sombrio de suas escolhas. – Uma voz sinistra, gélida, sussurra em meu ouvido. – Você quem deveria ser a guardiã dos inocentes, sucumbiu aos seus próprios pecados e os abandonou.
Cambaleio um pouco para lado, lutando contra a dor que eu sentia.
- Por favor, quem é você? – o desespero ecoava em minha voz. Eu não aguentava mais aquela tortura.
- Ah, bobinha, você ainda não entendeu? Sou sua própria sombra, a manifestação dos seus medos, das suas falhas. – Sua risada ecoa perante a escuridão. – Enquanto você continuar miserável com as suas escolhas, enquanto você evitar olhar para os seus erros, nada será fácil, porque essa é a sua fraqueza, a falta de senso, a falta de empatia. – Suas palavras são como uma faca afiada penetrando meu coração profundamente. A dor no meu peito se intensifica, quase como se tudo o que eu ouvisse fizesse com que minha alma se desprendesse um pouco mais de mim.
- Sei que fiz o meu melhor, sei que não fui forte o suficiente... – Sou interrompida pela risada sarcástica da sombra.
- Sempre a eterna desculpa da fraqueza. – Sinto que ele para pôr um momento, e fecho minhas mãos em punhos. – Você não aprendeu que caçadores devem ser fortes, destemidos, implacáveis? Tudo o que vejo na minha frente é uma garotinha fraca, com medo das suas escolhas e que apenas dá desculpas esfarrapadas. – Consigo me levantar para confronta-lo.
- Eu não sou fraca! – grito em pleno pulmões.
- O sangue em suas mãos conta uma história diferente. – Encaro minhas mãos, o sangue que antes era vivo, agora está seco. – Você está presa, pois sua fraqueza é um farol nessa escuridão que alimenta as sombras perturbadas pelas suas escolhas. Eles riem perante a sua desgraça, pois é o seu desespero que as alimenta, que as mantém vivas.
Minhas pernas, já fracas, ameaçam ceder novamente, mas resisto à tentação de me render à escuridão que me cerca.
- Eu juro que tentei... – minha voz falha.
- Tentasse, mas não foi o suficiente. – Sua voz muda de repente, ficando mais séria. – A fraqueza é como uma praga que se espalha e contamina tudo à sua volta. – Ele avança lentamente, revelando um sorriso cruel em meio à escuridão. – A verdadeira força não vem da mudança, mas sim da resistência. Como caçadora você falhou, mas não por aquelas que morreram, e sim por ser sua própria ruína.
A sombra some em meio a escuridão, deixando um silencio perturbador ao meu redor.
O peso da culpa parece ser ainda pior ao absorver suas palavras. A escuridão não era apenas hostil, mas ela significava que minha esperança era vacilante, que eu tinha falhado muito como humana e como caçadora.
Sinto que minha energia vai se esvaindo aos poucos, e tudo o que eu vejo antes de apagar é uma raposa de pelagem avermelhada se aproximando, e as últimas palavras que escuto é...
- Acorde! – ouço uma voz distante.
- Você precisa acordar! – continuo ouvindo vozes, um eco que parece perfurar a névoa densa que eu me encontrava.
Desesperada, tento me erguer. Porém uma força invisível me mantém presa, como se as sombras ao meu redor tivessem adquirido uma vida própria determinadas a me manterem aprisionada.
- %Faith%, você precisa acordar. – A voz antes nítida vai sumindo gradualmente enquanto tento a todo custo me levantar. Por um momento volto me sentir impotente, me sinto como uma marionete cujo os fios estão sendo controlados por forças que vão além da minha compreensão.
Eu podia sentir cada parte do meu corpo doer intensamente, como se eu tivesse enfrentado uma batalha sem fim comigo mesma. A dor me transporta para um dos piores dias da minha vida, o dia em que a ganância e a teimosia resultaram na perda dos meus amigos, da minha família.
A lembrança dos seus rostos, agora distantes e sem vida, ecoa como um lamento constante das minhas más escolhas.
Eu sou a maior culpada pelas mortes dos inocentes. Uma confissão amarga dos meus pensamentos que foram levados pela sina que eu tinha em tomar decisões que levavam as pessoas mais próximas a mim à ruina. Ainda consigo sentir os olhares de desgosto, da reprovação silenciosa que recebi há alguns dias dos meus amigos ao contarem sobre as mortes dos nossos, da nossa família. Meu peito aperta só de lembrar que por culpa minha, meu primo perdeu toda a sua família, sua matilha. Esses sentimentos apenas se intensificam e a sensação de sufocamento se torna marcante em meus pensamentos, em meu coração.
Cada palavra dita pelos meus amigos que sobreviveram, aumentam o peso da minha consciência, pois eu, %Faith%, sinto que estou afundando em um abismo de culpa e de autodestruição que eu mesma criei, e tudo por conta da ânsia de querer estar certa, de não recuar nos momentos certos.
Agora, todas as minhas escolhas são um fardo insuportável que terei que lidar para o resto da minha vida.
Ruína... Sussurro para mim mesma enquanto sinto o peso da sombra que me acompanha. Era como se ela estivesse à espreita, apenas esperando o momento certo para consumir tudo, e eu sei que, se ela prevalecer, ninguém que sobreviveu saíra ileso.
- Onde estou? – minha voz ecoa, perdida no desconhecido. A ausência dos rostos dos meus amigos intensifica a sensação de estar aprisionada, uma repetição de pesadelos que continuam se entrelaçando.
- A viagem foi boa, %Faith%? – a pergunta flutua no ar, a voz que antes era enigmática, agora parecia familiar. Era uma voz que emergia do breu.
Tento me virar, mas a silhueta persiste em se esconder. A incerteza me envolve e meu cérebro tenta de fato entender aonde estou; a distinguir o que é real e o que é fictício.
- Quem é você? – Apesar da minha voz falhar, pergunto novamente para entender o que estava acontecendo ao meu redor, a hostilidade do ambiente fazia tudo se tornar ainda mais ruim.
- Você realmente não entendeu nada ainda, não é mesmo? – a voz solta uma risada sarcástica e continua me chamando de bobinha repetidas vezes, causando um arrepio em minha alma.
- Não! Não entendi. – a confusão e o desespero crescem em minha voz, e quando me dou conta, lágrimas caem, uma a uma, molhando meu rosto.
As sombras ao meu redor parecem gostar do meu desespero, pois elas se alimentam das minhas lágrimas e dançam perante a escuridão que me assombrava.
- É exatamente assim que eu queria ver você – Ele se próxima, sua voz num tom de maior intimidade – É tão doce ver seu desespero, assistir suas lágrimas caindo uma a uma. – sinto uma sensação de impotência vinda de mim. – %Faith% – O sussurro gélido em meu ouvido faz com que eu me arrepie – Como está sua família? – a pergunta, cheia de familiaridade ameaçadora, me pega de surpresa. O choque percorre meu corpo. Eu estava incrédula, afinal, como ele poderia conhecer minha família?
- O que está acontecendo? – meu corpo, antes mergulhado em dor e confusão, parece ganhar um novo upgrade. Sou tomada por uma energia desconhecida que flui através de mim, dissipando a sensação de opressão.
- Lembra quando eu falei que eu era o seu maior pesadelo? – a voz, agora mais próxima parecia ainda mais sinistra, obscura. – Eu não estava brincando. – Sinto a proximidade dele, mas antes que eu possa discernir mais detalhes, um clarão ofuscante irrompe, me tirando da escuridão.
Num piscar de olhos sou arrastada de volta à realidade, mas as feições daquele que eu mais precisava ver permanecem um mistério.
- %Faith%! – sou puxada para a minha realidade e desperto num susto, sendo surpreendida pela presença de %Changbin% inclinado sobre mim com um rosto vermelho. Afinal, era dele a voz que me chamava incansavelmente? – Você está bem? – continuo tentando me orientar, e principalmente orientar minha mente ao ambiente que eu me encontrava.
- Aonde eu estou? – uma vertigem momentânea faz com que meus sentidos fiquem confusos.
- Estamos na casa do %Felix%. – %Hyunjin% se aproxima, visivelmente fatigado, porém seus olhos transmitiam um alivio ao me encontrar consciente.
- Mas... – tento me levantar, porém sou detida por %Changbin%. – O que você está fazendo aqui? – minha garganta estava seca, então minha voz falha.
- Você se meteu em apuros, tive que largar tudo para vir ajudar. – Ele sorri de canto, uma expressão que oscila entre ironia e preocupação.
- Isso não faz sentido, as pessoas estão mortas. – Minha mente está turva, ainda tentando discernir entre a realidade e a ficção criada pelos meus pesadelos.
- %Faith%, você esteve apagada por três dias, ninguém morreu. – %Minho% se aproxima, uma tentativa de me trazer para a realidade.
- Como assim? Eu vi vocês nessa mesma sala, todo mundo falou que pessoas inocentes tinham morrido. – minha voz revela o desespero ao mesmo tempo em que eu me sentia desacreditada de distinguir se o que eu vivenciei foi um mero delírio ou algo forçado a me aprisionar.
- %Faith%, preste atenção. – %Minho% seguro minha mão, tentando criar um elo entre mim e a realidade. – Nós perdemos a ligação com você assim que iniciamos, algo aconteceu e eu fui expulso. – As palavras dele me prendem em confusão, desencadeado a ansiedade diante do desconhecido.
- Isso quer dizer que nada foi real? – a dúvida ecoa em minha voz, uma incerteza que me envolve pessoalmente.
- Isso mesmo! – %Minho% tento transmitir tranquilidade, mas a sensação de que eu poderia voltar para o breu não me permitem relaxar.
- Nossos avós estão bem? – Meus olhos buscam %Seungmin%, que aparece de repente na sala.
- Acabei de voltar de lá, nossos avós estão ótimos, assim como %Christopher% e %Jisung%. – Meu primo para de repente, farejando ao redor. – Sinto cheiro de alguma coisa anormal. – Sua expressão muda e meu corpo inteiro se arrepia.
- O que poderia ser? – %Changbin% se posiciona, cruzando os braços com uma expressão de alerta.
- Eu não sei, mas parece que algo não está certo. – O semblante sério de %Minho% adiciona uma camada de tensão no ambiente.
- Vocês ficaram muito tempo aqui – %Felix% aparece, acompanhado por %Jeongin% - Devem ir embora. – Sua voz carregada de urgência, e a seriedade do aviso refletem seus olhos. No entanto, minha atenção é brutalmente desviada quando percebo a ausência de %Echo%.
- %Echo%, onde está %Echo%? – pergunto, um tom de desespero ressaltando em minha voz.
- Ela está com os caras na casa da nossa avó. – %Seungmin% responde, sua voz indicando uma certa gravidade. – A lua de sangue está prestes a acontecer e todo cuidado é pouco. – Logo a compreensão e o alivio me pegam, aquela seria a primeira lua de sangue que %Christopher% passaria enfrentaria.
- Devemos ir então? – tento me levantar, mas sou detida por uma fraqueza descomunal.
- Você está fraca? – %Changbin% se aproxima, a preocupação estampada em seus olhos.
- Uhum. – Murmuro ao segurar sua mão e aceitar sua ajuda silenciosa para me levantar.
- Deixa que eu carrego você. – Apesar da reputação temível que nós caçadores carregamos, %Changbin% é totalmente o oposto, pois ele revela um coração gentil e sempre larga tudo o que estava fazendo para me ajudar.
- Você brigou com seus pais. – O questiono enquanto ele me auxilia.
- Eles nem sabem que estou aqui. – %Changbin% solta uma risada descontraída.
- Em uma missão? – faço referência à uma desculpa que ele provavelmente deu.
- Na realidade, eu fugi de uma missão para estar aqui. – Um lampejo de preocupação atravessa meus pensamentos. – Não se preocupe, nada fora do normal. – Ele tenta me tranquilizar, mas percebo a sombra de apreensão em seu olhar. – %Hyunjin%, você acha que irá conseguir abrir um portal? – a provocação de %Changbin% para %Hyunjin% não era novidade, e acabo revirando meus olhos para essa dinâmica de comunicação dos dois.
- Se você está tão preocupado assim, por que não tenta você mesmo? – É possível ver %Hyunjin% fazendo uma pausa dramática. – Ah! É claro que você não iria conseguir, afinal, não é um bruxo. – Ele passa por nós com um sorriso de vitória, deixando %Changbin% sem palavras diante do desafio.
A viagem de volta para casa é suave, um retorno ao conhecido, porém que é ofuscado pela nevoa dos meus pensamentos inquietos. Ao fundo é possível ver o crepúsculo que pinta o céu em tons quentes, mas até a beleza dele parece distante, perdida pelos meus pensamentos.
O cansaço crescente parece tingir o mundo ao meu redor, fazendo com que a paisagem perdesse a nitidez, onde as arvores à beira da estrada se tornam borrões de verde e marrom, que são beijados pelos raios de sol que se filtram pelas folhas criando um mosaico.
No entanto, um pensamento persiste.
A figura enigmática que se revelou no meu subconsciente permanece um mistério. Cada detalhe que tento lembrar escorrega entre os dedos da minha memória, como se as feições dela fossem feitas de sombras evanescentes.
Por que minha mente hesitava em recordar? Teria tudo isso sido preparado? Ou apenas foi uma projeção da minha imaginação? Um ser que nunca existiu?
As perguntas ecoam distantes, envolvendo meus pensamentos. Enquanto tento decifrar esse enigma, a verdade parece se esconder nas sombras inexploradas da minha mente, e eu me vejo envolta em um mistério que desafia a própria essência da realidade que busco compreender.
- %Faith%? – desperto do meu devaneio, e percebo que estamos nos fundos da casa da minha avó.
- Estou bem. – Aquela era mais uma afirmação para mim mesma do que para qualquer outra pessoa.
- Ótimo! – %Changbin% afaga minhas costas. – Sua avó está doida para vê-la. – Ele começa a me conduzir para dentro de casa, enquanto murmúrios sussurrados seguem atrás de mim.
- Algum problema? – pergunto para os meninos.
- Nada, apenas siga %Changbin%. – Ambos sorriem para mim. Mas eu sabia que no fundo algo estava acontecendo, pois, não era todo dia que %Minho%, %Hyunjin% e %Seungmin% estavam cochichando por aí.
Caminhamos em completo silêncio até alcançarmos a casa da minha avó. A madeira da porta range suavemente quando a abro e sou envolvida por um cenário que me deixa chocada.
Não é todo dia que me deparo com meus pais sentados no aconchego do sofá da casa da minha avó. A atmosfera tranquila que paira no ambiente contrasta com o turbilhão de emoções que meu retorno acarreta.
O cômodo, antes habitado apenas por pessoas conhecidas, agora abraça uma presença adulta deslocada. O sofá, revestido com o tecido que conheço desde pequena, sustenta a figura de meus pais em uma inusitada proximidade. O relógio de parede continua seu tique-taque constante, marcando o tempo em um ritmo que agora soa estranhamente audível.
A expressão de minha avó, testemunha silenciosa dessa inesperada reunião familiar, parece misturar surpresa e uma ponta de descontentamento. Seu olhar, porém, não interfere na dinâmica que se desenrola, deixando-me imersa na incerteza de como esses dois mundos aparentemente distantes se ligaram neste instante.
O silêncio é interrompido apenas pelo leve rangido da porta ao fechar-se atrás de mim, fazendo com que o ambiente ficasse ainda mais estranho. Meus passos hesitantes ecoam pelo espaço, enquanto a casa, agora povoada por presenças familiares inesperadas, parece aguardar a revelação de verdades que se ocultam nas sombras do desconhecido.
- O que vocês estão fazendo aqui? – De repente, me sinto traída, alguém deve ter contado a eles o que aconteceu e o motivo de eu estar tanto tempo fora de casa.
- Talvez você devesse explicar? – A voz da minha mãe é autoritária, deixando claro que ela queria uma explicação.
- Nada demais. – Dou de ombros, tentando minimizar a gravidade da situação, e me aproximo furtivamente da minha avó.
- Não tente se esconder na barra de saia da sua avó. – Parece que minha avó não está satisfeita com as atitudes da minha mãe, embora prefira não se intrometer.
- O que eu fiz dessa vez? – mesmo diante as circunstâncias, não posso baixar minha guarda na frente os meus pais.
- Ligação de mente? – mamãe me encara. – O que você realmente tem na cabeça? – ela berra, me impedindo de responder.
- Eu... – Antes que eu possa continuar, minha mãe não dá espaço.
- Essa palhaçada termina agora. – Seu rosto estava vermelho. – Você e %Changbin%, entrem no carro agora! – meus olhos se arregalam; nunca vi minha mãe agir com tamanha intensidade.
- %Faith%... – %Changbin% me encara, indicando que a situação é mais séria do que imaginávamos.
- E %Echo%? – Pergunto preocupada com minha amiga.
- Ela fica. – Minha mãe me agarra, e agarra %Changbin% pelos braços, nos puxando em direção ao carro.
Nenhum de nós ousa falar, o silêncio pesado ecoa, indicando que as coisas estão prestes a se complicar para mim.
N/a: Oii gente, alguém aqui ficou aguardando essa atualização? Demorei muito tempo para voltar a escrever e ainda não estou 100%, mas não queria deixar vocês sem nada até que eu voltasse a escrever um capitulo com 10 páginas ou mais.
Espero que tenham gostado dessa atualização, e prometo que vou tentar voltar a atualizar ela o mais rápido possível.