O sol da manhã entrava timidamente pela janela do apartamento de %Hana%, iluminando o quarto com um tom dourado suave. %Hana% abriu os olhos lentamente, sentindo o calor do corpo de Tae ao seu lado. Um sorriso involuntário surgiu em seus lábios ao perceber como ele dormia tranquilo com o braço ainda apoiado sobre sua cintura. Por um instante, o mundo lá fora desapareceu, e ela apenas respirou, aproveitando aquele momento de pura intimidade.

  Tae despertou com um bocejo e um sorriso preguiçoso, ainda com a cabeça apoiada no travesseiro dela. Seus olhos se encontraram, e houve um pequeno riso compartilhado, cúmplice, silencioso.

  — Bom dia, senhorita %Hana% — murmurou ele, ainda com a voz rouca de sono.

  — Bom dia, Sr. Kim — respondeu ela, provocando-o com um brilho travesso nos olhos. — Dormiu bem?

  — Melhor impossível — disse Tae, puxando-a levemente para mais perto. — Mas… acho que dormir assim é perigoso. Você me distrai demais.

  %Hana% riu, sentindo a leveza do momento. Eles se levantaram devagar, ainda se tocando, trocando carícias discretas entre o café da manhã que prepararam juntos e o banho que tomaram alternadamente, brincando, provocando e rindo. Cada gesto era natural, cheio de cumplicidade. Tae segurava a escova de cabelo dela, ajeitando os fios teimosos atrás da orelha, enquanto ela o ajudava a colocar a gravata e ajustar a camisa social.

  — Não acredito que vamos ter que encarar a BigHit agora — disse %Hana%, ajeitando a gola de Tae com cuidado. — Mas pelo menos vamos fazer isso juntos.

  — Sempre juntos — respondeu ele, com um sorriso firme, enquanto ela o puxava para um abraço rápido antes de saírem do apartamento.

  Ao chegarem à sede da BigHit, já no estacionamento, Tae abriu a porta do carro para %Hana%, mantendo a postura elegante, mas com um brilho divertido no olhar. %Hana% e Tae desceram do carro com passos sincronizados, ainda com aquele sorriso leve que denunciava a noite intensa que haviam compartilhado. A brisa da manhã parecia brincar com os cabelos de %Hana%, enquanto Tae, elegante e confiante, mantinha a mão dela discretamente entrelaçada à sua. A chegada ao prédio da BigHit não passou despercebida. Na porta, Minho observava de longe, já com o cenho franzido, tentando disfarçar o ciúme que crescia ao ver %Hana% e Tae rindo juntos, tão naturais e à vontade. Seus olhos acompanhavam cada gesto, cada leve toque entre os dois, e seu coração apertava com aquela sensação de “perder território”.

  — Tá vendo isso, Jisoo? — sussurrou Minho, cruzando os braços, tentando parecer indiferente, mas a tensão no corpo denunciava preocupação. — Eles… eles estão muito próximos.

  — Relaxa, Minho — disse Jisoo, ajustando a bolsa e olhando para %Hana% com um misto de orgulho e cautela. — Mas… não posso negar, eles parecem mais do que só parceiros de farsa.

  — Não gosto disso — murmurou ele, encarando Tae com uma pontada de provocação interna. — Não gosto nada.

  Do outro lado, os meninos do BTS, que já estavam esperando, não conseguiram conter as risadas baixas ao notar a cena. Jungkook e Jimin trocaram olhares cúmplices: Tae estava claramente sorrindo de maneira diferente, e %Hana% estava radiante ao lado dele.

  — Espera… — começou Jungkook, incrédulo. — Você nos disse que ia voltar pra casa depois da noite passada!

  — E a %Hana%? Você foi buscar ela esta manhã, ou... — perguntou Jin, arqueando as sobrancelhas. — Vocês voltaram juntos ontem?

  — Tae, era só para deixar a donzela em casa, viu? — cutucou Jimin, rindo, enquanto empurrava levemente o ombro dele. — Precisa nos contar tudo!

  — Hahaha, muito engraçado, rapazes — Tae respondeu com um sorriso divertido, mas evitando entrar em detalhes. — Vamos, precisamos entrar.

  — Pera aí, Tae? Conta! — Jungkook insistiu, gesticulando exageradamente com as mãos. — A gente quer detalhes!

  Tae e %Hana% se entreolharam, sorrindo discretamente, sem precisar explicar. Tae apenas respondeu, com um tom brincalhão:

  — Parece que a noite foi longa e proveitosa, mas estamos aqui, intactos e pontuais.

  %Hana% riu baixo, sentindo o calor subir ao rosto, mas feliz por ver a reação dos meninos. Enquanto os garotos tentavam arrancar alguma informação, Minho, Jisoo e Ji-Yeun se aproximaram de %Hana%, como que formando uma barreira protetora.

  — %Hana%… me explica isso? — perguntou Minho, olhando para ela com uma mistura de preocupação e leve provocação, tentando mascarar o ciúme. — Você chegou com ele… tão à vontade… — gesticulou para Tae, que mantinha a mão discretamente entrelaçada à dela.

  — Minho… calma — respondeu %Hana%, sorrindo de leve, mas sem soltar a mão de Tae. — A gente só está… indo para a reunião, é tudo isso que importa agora.

  — Ah, então é isso? — Jisoo disse, rindo baixo, enquanto tentava aliviar a tensão. — Nada a esconder, então?

  — Nada que vocês precisem se preocupar — completou %Hana%, dando um leve toque no braço de Minho, que não deixou de notar, e Tae, que esboçou um sorriso irônico, percebendo cada gesto.

  A tensão das reuniões anteriores se dissolvia, ao menos parcialmente, com a naturalidade e a cumplicidade do casal.

  — Então… vocês vão enfrentar a reunião desse jeito? — perguntou Namjoon, ainda com um sorriso divertido. — Como um casal mais sorridente do que nós já vimos em meses!

  — Exatamente — respondeu %Hana%, segurando a mão de Tae discretamente, mas com firmeza. — Estamos prontos. Mas precisamos que todos entendam que nada vai mudar sobre como nos sentimos.

  Antes que a situação se tornasse um interrogatório completo, os diretores da BigHit apareceram na porta, com passos firmes, interrompendo todos os olhares curiosos, sorrisos e provocações:

  — Pessoal, sala de reuniões. Agora. — A voz firme e direta não deixava margem para discussão. — Temos assuntos importantes a tratar sobre o planejamento da farsa e as próximas ações da empresa.

  Imediatamente, os meninos do BTS soltaram risadas contidas e puxaram Tae pelo braço, ainda cutucando e perguntando coisas em sussurros, enquanto Minho e a equipe de %Hana% se organizaram para entrar atrás deles, observando discretamente o casal, tentando decifrar cada expressão e gesto, mas mantendo a postura profissional exigida pelo ambiente.

  %Hana% respirou fundo, soltou a mão de Tae apenas por um instante para ajustar a bolsa e seguir os passos dos diretores, enquanto Tae passava o braço levemente por trás dela, como se fosse uma proteção silenciosa. O diretor de imagem da BigHit, observando a cena, franziu levemente a testa, mas não pôde deixar de notar a confiança que ambos exalavam. Tae, por sua vez, sentia o coração mais leve ao lado dela, e mesmo diante de olhares curiosos e perguntas protocolares, sabia que o que sentiam era genuíno.

  — Bom, então — disse Ji-Yeun, ajustando a postura na cadeira —, vamos começar a reunião. Mas antes, quero deixar claro: não esperávamos ver vocês assim… tão… unidos — disse ela, tentando conter o sorriso. — Acho que isso muda algumas percepções, não é mesmo?

  %Hana% e Tae trocaram um olhar cúmplice, apertando as mãos discretamente, quase como um pacto silencioso. Ambos sabiam que aquela reunião seria mais simples do que imaginavam, porque o verdadeiro “namoro” não precisava ser fingido — já havia se tornado real, pelo menos entre eles.

  A reunião começou, mas a atmosfera mudou. Não havia tensão na voz de %Hana%, nem hesitação em Tae. Eles respondiam com naturalidade, apoiando-se mutuamente, e os outros começaram a perceber que, independentemente das empresas, contratos ou expectativas externas, aquela era uma relação que não teria fim. Pelo menos não enquanto eles estivessem juntos.

  No final, a sensação era clara: o namoro falso havia se transformado em algo genuíno, mais forte do que qualquer contrato poderia definir. %Hana% e Tae saíram da sala, mãos dadas, com sorrisos que confirmavam silenciosamente para todos: não vai ter fim de namoro.