Oiê! Muito prazer, Ray Dias!
Escritora, Professora & Produtora Editorial || • Cronista e romancista, apaixonada por xícaras, café, vinhos e um gato chamado Sebastian. • ||
Ray Dias é libriana, mineira de nascimento e carioca por amor. Nasceu em 1993 na capital de Minas Gerais, em 1999 a família se muda para o Rio de Janeiro, onde passou grande parte de sua infância. As idas e vindas pelos dois estados fizeram de Ray, uma apaixonada por contar histórias. Graduou-se em Educação Física, mas nunca escondeu seu grande amor pela Literatura Brasileira. Sonhou em trabalhar com os livros e criação de histórias e hoje é produtora editorial. E busca ter suas obras transformadas em produtos no mercado audiovisual. Escreve fanfics há mais de dez anos de diferentes fandoms sendo os preferidos: KPOP e Jonas Brothers.
Histórias no site: 46 histórias
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Quando você começou a escrever fanfics?
Eu comecei a escrever fanfics aos 12 anos, isso lá em 2005. Eu lia fanfics no orkut pelas comunidades de Jonas Brothers, e desde então, segui neste movimento da Literatura Pop Teen que eu tanto amo! Minhas primeiras fanfics que eu comecei a escrever foram duas: “O modo mais insano de amar é saber esperar” e “Entre Lobos e Homens”. Elas estão disponíveis para leitura aqui no site, inclusive. Parei de escrever fanfics em 2013 por não conseguir conciliar com a faculdade e foi a pior coisa que fiz, retomando o hábito em 2017. Desde então não só me mantive escrevendo, como algumas histórias viraram livro físico e kindle.
Qual gênero você se sente mais à vontade de escrever?
Eu tenho uma recorrência grande em me manter no romance, comédia romântica e mesclar entre temas variados dentro desses gêneros: dos clichês ao sobrenatural. Na ótica dos romances vou dando pitadas: pitadas de drama, pitadas de comédia, pitadas de erotismo. E por aí vai!
Como autor, qual é o maior desafio na hora da escrita?
Não sei se “na hora de escrever”, mas com certeza durante o processo construtivo em si, é a disciplina. Acho que são desafios para minha “eu escritora” ser fiel à disciplina que preciso ter em relação à responsabilidade com o qual alguns temas devem ser tratados, à paciência de lapidar a história com cuidado sem pressa para já ir postando e, ainda, o compromisso de manter a rotina de escrita. Se eu bobear com a minha auto-organização, o trem descarrila com as fanfics todas que eu vou inventando na cabeça! hahaha
O que você diria ser sua principal característica como autor?
Achei essa pergunta difícil. Porém, eu costumo assumir para todas as minhas leitoras e leitores que eu sou uma escritora de mulheres e para mulheres. Por diversas razões, como por exemplo, meu apreço por pesquisar a história das mulheres brasileiras. Então há alguns anos, eu tenho escutado sobre minhas narrativas terem presenças femininas fortes e enredos que se aproximam da realidade, mesmo dentro das fantasias. Acredito que posso dizer isso, sou uma escritora que usa muito a realidade como inspiração para escrever mulheres empoderadas que sejam exemplo de identificação para outras mulheres.
De onde vem a inspiração para suas histórias?
Eu até dei curso sobre minha técnica de criatividade neste ano para algumas pessoas. E não tem nem segredo! Eu me inspiro em tudo o que vejo, ouço, provo e sinto. De uma música, um vídeo, uma cena lida até mesmo a uma cena cotidiana. Observo muito o meu redor, gosto de ficar observando as pessoas, seus trejeitos e maneiras, gosto de contemplar o nada, o papel de bala no chão ao movimento das folhas ao vento… Gosto de mergulhar nos meus sentimentos (cá entre nós, eles foram a razão de eu me jogar na escrita criativa) e traduzir ou tentar representá-los em histórias, personagens… Eu torno tudo o que me toca e passa por mim, como fonte de inspiração desde a infância. Não à toa, papai me chamava de “Alice” por viver no “País das Maravilhas”.
Qual a maior dificuldade que você encontra como autora?
Dentro do mundo das fanfics, acredito que não me sinto em “dificuldade”. Claro que, para todas/os nós sempre será uma dificuldade receber o feedback por comentários, e romper a barreira de relação com as/os leitoras/es fantasmas. Já foi uma dificuldade que me incomodava mais, há alguns anos, essa coisa de escrever e não saber quem ou se, estão lendo as histórias. Mas atualmente, eu só escrevo. E se tiver gente comigo, vai ser sempre maravilhoso, mas se não, eu não deixo-me abater mais por tal solidão. Já extrapolando o universo das fanfics, e levando para o ofício da escrita, a dificuldade como autora profissional é justamente essa solidão que reflete na falta de reconhecimento e/ou acesso ao nosso trabalho. Porém, este é um “chorinho” a nível mercado editorial, papo para outro momento…
Qual história sua você indica para um leitor que acabou de te conhecer?
Ah, só abra minha página de autora e se jogue, vai! Não acho que é possível dizer um único enredo para quem chegou agora, porque a leitura é mais sobre o/a leitor/a do que o/a autor/a nesse sentido. Cada pessoa tem um gosto, um gênero favorito, um fandom… Logo, não me sinto capaz de indicar algum título “universal” entre as minhas. O que posso indicar é: comece pelas minhas shortfics! Pelas histórias curtas, como por exemplo, as songfics. Porque eu falo muito e escrevo muito, então, minhas longfics são grandes.
Você prefere escrever fanfics ou histórias originais? Por quê?
Os dois! Vai depender muito do que a minha “deusa do dom” inspirar. Tem histórias que pedem por ser um enredo original, outras, pedem para ser uma fanfic. Tenho fanfics que por exemplo, o fandom veste apenas a face dos artistas, mas as personalidades são outras, como tenho fanfics muito fieis ao que eu acredito que os artistas sejam. Não tenho preferência.
Como você dribla o bloqueio criativo?
Não driblo, eu vivo o bloqueio quando ele vem. Já falei sobre isso para algumas seguidoras. O bloqueio é uma resposta orgânica do cérebro também veiculado ao estresse ou fadiga criativa. O que me ajudou a ter menos recorrências, foi treinar e alimentar a minha criatividade constantemente. Mas, não quer dizer que o BC não venha para mim, ele vem! No entanto, ele só chega, ao final dos projetos. Prestes a encerrar as fanfics ou obras literárias, ele estaciona sobre mim e aí não consigo desenvolver o final ou dar continuidade sobre ele. Neste momento, eu paro mesmo! Vou descansar, fazer outras coisas que me relaxem, e se tiver prazos a cumprir que me impeçam de fazer essa pausa, então eu diminuo o meu ritmo de trabalho. O ofício ou hábito da escrita criativa também é sobre autoconhecimento.
Existe alguma ambição que deseja realizar como autor? (Ex. Escrever um gênero que não tem o hábito; lançar um livro; escrever em outra língua; etc.)
Quero aprender a me lançar em novos gêneros sim, como suspense, terror. Não que eu leia muito sobre isso, mas é este também um objetivo. Ambiciono lançar mais livros, inclusive alguns projetos que vem de fanfics recentes e antigas. Escrever em outra língua também é uma meta! Quero muito porque acredito que isso gera um canal de oportunidades em outras esferas da minha carreira. E um sonho muito lindo e que peço a Deus para um dia realizar, é ter uma história transformada em um roteiro audiovisual um dia, nem que seja um curta-metragem ou uma web série. Para isso, o apoio das leitoras é também crucial, pois é por influência delas que as histórias se tornam mais interessantes para editoras/produtoras.
Alguma história sua possui um significado pessoal para você, que queira dividir com seus leitores?
Tem sim. Ela ainda não está no site, até a data dessa entrevista acredito que não estará, porque ainda estou pensando em tornar ela um livro. Logo, estou ponderando revisitar a escrita dela. Mas, “Cidade Vizinha” tem parte de uma história da minha vida, e da minha primeira frustração amorosa. E do meu livro de romance publicado: “No Coração da Fazenda”, tem muito da minha infância no interior de Minas Gerais no universo do livro. Porém, quem acaba me conhecendo vai descobrindo aos poucos que em tudo o que eu escrevo, tem alguma coisa na narrativa que se relaciona ou inspira em significados e experiências pessoais.
Se mudou de casa aos 06 anos de idade pela primeira vez quando saiu de MG para o RJ, e depois disso, continuou se mudando tanto que algumas pessoas pensavam que sua família era cigana.
Auto publicou seu primeiro livro de Romance, de forma independente que era uma fanfic, chamado “No Coração da Fazenda”, e depois disso realizou um curso de produção editorial para publicar cada vez mais livros seus, e futuramente, por que não, de outras autoras!
Fala mais do que pobre na chuva, e recebeu na infância o apelido de “matraca” por causa disso.
Sonhava em ser jornalista e âncora do Jornal Nacional, mas se formou em Educação Física.
Na adolescência, os blogues e sites de fanfics foram a válvula de escape para as crises de ansiedade quando nem sabia ainda o que era isso, portanto, costuma dizer que “a literatura a salva”.
Em 2022 foi adotada por um gato preto, de nome Sebastian, que a ensina todos os dias que gatos são mesmo muito diferentes de cães.
Se jogar no google “Ray Dias” aparece “Romancista” e informações da minha carreira literária na primeira página [nem eu esperava]!
Não consegue escolher nada com rapidez, porque é de libra e muito indecisa pensa bastante antes de tomar ações precipitadas, e geralmente quando age sem pensar, se arrepende depois.
É um pouco doida e fala sozinha, mas não joga pedra em ninguém embora às vezes, gostaria.
Aos doze anos era tão fã de X-Men que orava todo dia a Deus para acordar como mutante e ter superpoderes [sempre fui uma criança com imaginação forte e crenças ingênuas].
Deve ter mais coisas, mas eu não estou lembrada… Então, se quiser perguntar algo, me manda no meu Instagram de autora @escritoraraydias.
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