Your Eternity

Escrito por Ana Clara Oli | Revisado por Anne

Tamanho da fonte: |


Capítulo 1 - In His Family

Projeto Songfics 3ª Temporada - Música: Hurts - Somebody To Die For

  's Pov
  Malas prontas hora de pegar estrada, eu amo Liverpool mas passar um final de semana inteiro com os pais de foi horrível, perdi as contas de quantas vezes ouvi comentários desagradáveis sobre mim e a pior parte, a mãe de amava uma tal de , ex namorada de , isso me tira do sério. Venho para cá, pois sei que sente falta dos pais.
  Enquanto descia as escadas já com minhas malas a campainha tocou.
  - Poderia atender para mim, "querida" – Disse minha sogra, senti um tom irônico em suas palavras, mas sorri abertamente, o que eu não faço pelo ? – Larguei as malas no pé da escada e fui abrir a porta, me deparo com uma moça alta, de cabelos loiros.
  - Oi, eu fiquei sabendo que o está aqui, faz tanto tempo que eu não o vejo! – Disse a moça já adentrando.
  - Olá Senhora ! Quanto tempo! – Disse a moça enquanto abraçava minha sogra.
  - Como você está linda ! precisa te ver! – Disse minha sogra segurando as mãos de , então essa é a ex-namorado meu noivo? E por qual razão minha sogra quer que a veja? - Vou chamar ele, sente-se um pouco.
  Senti-me tão deslocada, minha sogra nunca ficou tão animada a me ver, e a parecia tão à vontade ali. Pensei em me apresentar a ela, entretanto achei melhor que fizesse as apresentações. Ouvi passos apressados descendo as escadas e vejo com um grande sorriso no rosto.
  - , quanto tempo! – Disse antes de envolve-la em um abraço. Então é assim que se cumprimenta uma ex-namorada e eu não sabia?
  Eles se sentaram no sofá, a Senhora foi fazer café e eu continuei ali, parada ao lado da porta como se não existisse. Sentia lágrimas se formando em meus olhos, tentei segurar o choro, mas quem se importa? Nem minha presença foi notada! Respirei fundo e pensei... O que faço agora? Não vou ficar aqui vendo essa tal de flertando com meu noivo! Caminhei até eles e os dois me encararam, com o seu sorriso terno de sempre e a com uma feição confusa.
  - Poderia me dar as chaves do carro? – Perguntei diretamente a
  - Para quê você as quer? Ei, porque você está chorando, ? – Disse preocupado.
  - Quero ir embora, agora. E não entendo você, há alguns minutos atrás estava com pressa, pois não gosta de pegar estrada à noite e agora está ai sentado no sofá esperando um chá da tarde! – Respondi nervosa, me fitada com os olhos semicerrados, e , bom nem reparei nela.
  - foi um prazer rever você, mas agora eu tenho que ir. – Disse levantando, ele pegou minha mão, e me conduziu até a cozinha – Vamos somente nos despedir de meus pais e vamos embora. – E assim ele fez, quando a Senhora o abraçou pensei que ela não ia soltar ele nunca mais.
  Caminhamos em silencio até o carro, abriu a porta para mim como sempre, só que bateu a porta com certa raiva, ele entrou ela porta do motorista e me fitou.
  - Feliz agora? – Perguntou ele, eu não respondi nada, só queria chegar em casa logo. começou a dirigir.

Capítulo 2 - I Need You

  's Pov
   tinha feito uma cena ridícula de ciúmes na frente da , sei o quão ciumenta ela sempre foi, mas aquilo foi tão desnecessário. Fui um pouco ríspido com ela e sei que não é assim que vou concertar a situação.
  - Ei amor, você não vai parar de chorar? – Perguntei.
  - E você se importa? – perguntou com desdém.
  - Claro que me importo! Não gosto de te ver assim, ainda mais por uma futilidade dessas. – Respondi sincero.
  - Futilidade? O que você está insinuando com isso? – Me perguntou visivelmente nervosa, é sempre assim, eu falo uma coisa e ela entende outra.
  - Eu quis dizer que não precisava ter agido daquela forma, eu estava só conversando com uma amiga que não vejo há muito tempo. – Disse dando de ombros.
  - Amiga? Ela é sua ex-namorada! E sua mãe sempre que me vê só sabe falar o quanto essa tal de era boa para você! E quando eu finalmente conheço essa tão perfeita vocês ficam flertando na minha frente! – disse exaltada e eu não pude deixar de rir, ela realmente estava com tanto ciúmes assim?
  - Você é realmente a mulher mais interessante que eu já conheci . – Disse sorrindo.
  - Talvez sua mãe tenha razão. - disse, ela parecia pensativa e eu já não prestava muita atenção na estrada.
  - Sobre o que você está falando? – Perguntei sério.
  - Sobre nós dois, e você pareciam tão felizes. – disse olhando pela janela.
  - Ei , por favor, olhe para mim. – Disse puxando delicadamente seu rosto para mim enquanto revezava meu olhar entre a estrada e minha noiva.
  - Olhe para frente , me deixa em paz. – Disse empurrando minha mão, suspirei em desaprovação.
  - Você é tudo que eu sempre procurei, você é tudo que eu preciso. – Respondi olhando para a estrada que já estava escurecendo.
  - O que você precisa? – Me perguntou .

Capítulo 3 - To Die For

  's Pov
  Depois da pergunta que fiz a ele abriu um sorriso, como nunca tinha visto antes, era tão sincero, tão puro, tão verdadeiro que nesse momento gostaria de saber o que se passava na mente dele.
  - Você quer saber do que eu preciso? – Me perguntou , e eu acendi com a cabeça. – Eu preciso de alguém por quem morrer, não preciso dessa vida, só preciso de alguém por quem morrer irá valer a pena. – Disse tão confiante de si mesmo e eu fiquei sem palavras, meu noivo acabou de dizer que morreria por mim?
  - , eu... – Não sabia o que falar, ele havia me tirado as palavras.
  - Você me ama, eu sei, . – Disse piscando diretamente para mim e nesse momento me sentia a mulher mais sortuda do mundo.
  Senti uma batida forte, tudo parecia girar, olhei em volta para entender o que estava acontecendo. O carro estava caindo da ponte me desesperei ao notar isso, olhei para e ele havia desmaiado, me encolhi no banco do passageiro enquanto o carro caia, senti lágrimas em meus olhos, minha visão estava confusa e eu só pensava em , meu noivo estava desmaiado ao meu lado!
  O carro caiu sobre a água e afundava lentamente, eu abri o cinto sentindo uma forte dor na perna, acho que torci ela.
  - ! Acorda! – Gritava enquanto passava por cima dele para desatar seu cinto de segurança, o carro já estava enchendo de água e afundando mais.
  Com dificuldade eu abri a porta do motorista e comecei a empurrar , ele estava pálido e eu ficando mais desesperada a medida que a água já estava nos deixando sem oxigênio, segurei a respiração e com certa dificuldade coloquei para fora do carro, ouvi barulhos, provavelmente uma ambulância, me senti aliviada, fui nadar até sair do carro mas algo me manteve pressa ali, olhei para trás e vi, o cinto de segurança estava enroscado em minha perna. Forcei minha perna para ver se me soltava, senti uma dor muito forte na perna, sem dúvida eu havia torcido ela.
  Nunca me vi tão próxima da morte como nesse momento, o ar que eu segurava em meus pulmões agora me sufocava, senti uma demasiada vontade de respirar e então senti a água adentrando em minhas vias respiratórias, me desesperei por um instante, pensei em só quero que ele esteja bem, eu não seria capaz de viver em um mundo sem ele.

Capítulo 4 - Rage Agaisnt On The Dying Light

  's Pov
  Abri os olhos com certa dificuldade, e uma luz forte me cegou por um instante. Pisquei algumas vezes para me acostumar à claridade. Avistei minha mãe me fitando aliviada.
  - querido, você acordou! – Disse minha mãe. E então eu me lembrei de tudo, do ataque de ciúmes da e da batida do carro.
  - Cadê ela mãe? – Perguntei rápido e vi que a expressão de minha mãe mudou por completo.
  - No quarto ao lado. – Minha mãe respondeu e me levantei com certa dificuldade.
  - Querido, os médicos precisam ver você primeiro. – Disse minha mãe me segurando pelo ombro.
  - Não mãe, eu que preciso ver ela. - Caminhei lentamente até o quarto ao lado, abri a porta e vi uma pálida e envolva a tubos e fios, ela estava acordada.
  - Ei amor, você está bem? – Perguntei, direcionou seu olhar a mim e ela parecia muito frágil.
  - Eu só precisava ouvir a sua voz. – Respondeu ela, quase como um sussurro.
  - Não fale, você precisa descansar! - Disse preocupado.
  - Cala a boca e me deixe falar enquanto consigo. – Disse , sorri com essas palavras, essa é a minha !
  - Como você queira. – Disse sorrindo.
  - Eu estou feliz, eu fui corajosa o bastante para te salvar e não a dor maior que meu orgulho. No final das contas eu quem estou morrendo por você.
  - Não fale assim, você vai melhorar, por favor, não repita isso novamente! – Disse um tanto quanto desesperado.
  - Só me prometa uma coisa. – Disse , e sua voz ficou mais baixa, segurei sua mão e me aproximei para poder ouvir o que ela tinha para me pedir. – Nunca me esqueça. – Isso me assustou, falava como se estivesse morrendo.
  - Por favor, fique aqui comigo. – Pedi já segurando as lágrimas.
  - Eu já posso ver a luz se extinguindo, . – Disse . Eu a olhei e a vi fechando os olhos.
  - Não faça isso, ! Fiquei aqui comigo. – Pedi em meio a lágrimas.
  - Eu precisava de alguém por quem morrer, agora vejo isso.
  - Não fale assim, e eu como fico? – Perguntei nervoso.
  - Você agora tem alguém por quem chorar. – Senti soltando minha mão e eu a apertei com mais força.
  - , olhe para mim, por favor! – Uma máquina começou a apitar e em seguida vários médicos entraram me expulsando do quarto.

Epílogo

  Um ano depois...

  's Pov
  Acordei com minha mãe abrindo a janela.
  - Querido você não vai querer se atrasar não é mesmo? – Perguntou minha mãe, era hoje, fazia um ano desde que se foi, não havia uma noite que eu não pensasse nela, não havia um dia que eu não me culpava pela sua morte. Já pensei em suicídio inúmeras vezes, porém isso seria um desrespeito a , ela morreu por mim, eu não posso ser fraco, não depois do que ela fez por mim.
  - Eu já vou me arrumar mãe. – Minha mãe saiu do quarto e eu fui tomar banho, disse que eu não poderia esquecer ela, hoje completa um ano que ela se foi e vamos todos prestar uma homenagem a ela, a família dela se aproximou de mim, eles me veem como um filho depois que perderam .
  Depois do banho fui me vestir, peguei um terno preto juntamente com a camisa preta. Olhei-me no espelho, não gostaria de me ver assim, tão... Abatido? Peguei uma gravata , era a cor preferida dela, e esse tom vibrante fez tudo parecer mais natural.
  Minha mãe bateu na porta e eu a deixei entrar. Ela me olhou sorrindo e começou a chorar.
  - Mãe, o que houve? – Perguntei a abraçando.
  - Eu sinto muito filho, nunca vi o quão especial era. – Minha mãe nunca tinha gostado muito de , e isso ela sempre deixou muito claro.
  - não era especial, ela é especial! – Corrigi minha mãe.



Comentários da autora


Olá! Então quem leu? Quem gostou? Hahaha
Eu nunca tinha ouvido essa música e nem conhecia a banda, nos outros especiais eu tive a sorte de pegar músicas que eu conhecia então posso dizer que foi um desafio fazer essa shortfic. Não achei que ficou muito boa, mas era isso ou nada.
Enquanto escrevia notei que nasci para escrever finais felizes, acho que por tal razão não gostei muito do final.
Então por favor me digam, eu estou ficando neurótica ou a fic está ruim mesmo? hahaha.
Tenho que agradecer a minha amiga Amanda que me ajudou com a ideia pois eu tinha pensado em algo totalmente diferente.
Comentem aqui o que acharam!
Vemos-nos nas minhas outras fics!