Wild Things

Escrito por Mari Gomez | Revisada por Isabelle Castro até Capítulo 03 - Natashia

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Capítulo 1

  Medo. Era tudo o que eu conseguia sentir no momento. Medo de ser pega por uma daquelas coisas. Medo de perder a de vista e, acima de tudo, medo de que ela fosse mordida por um deles.
  Corriámos floresta a dentro para tentar nos esconder da horda de infectados que corria na nossa direção. Tinhamos que nos esconder rápido já que não podiàmos usar nossas armas ou atrairíamos mais deles e a nossa situação em relação à munição não era a das melhores.
   corria com uma mochila que continha uns mantimentos e eu estava com uma que tinha uns cobertores e água.
  - Esquerda, ! - gritou.
  - Certo. Qual a possibilidade de não ter mais infectados lá?
  - Nenhuma, mas é isso ou ficamos aqui e deixamos que esses nos peguem.
  Concordei e me virei para a esquerda, desviando das mãos moribundas de um infectado que quase pegou nos meus cabelos. Assim que aceleramos os passos e saímos da floresta, chegando num espaço plano e avistamos uma cabana. Olhei para Ally que sorriu e fomos em direção a tal cabana.
  Deixa eu me apresentar, me chamo , tenho 18 anos e há 8 meses vivo fugindo dessas coisas. é a minha melhor amiga, mas não pense que já nos conhecíamos antes disso tudo. Nos conhecemos quando um grupo me achou e ela fazia parte dele e desde então ficamos bem próximas, além de tudo acho que nos aproximamos também por sermos as únicas com idades próximas. Ela tem 21 e eu 18.
  Essa "infecção" começou quando o famoso "pé-de-elefante" entrou em contato com o lençól freático abaixo da usina que explodiu décadas atrás. Esse contato fez com que o mesmo explodisse novamente e além de ter contaminado a água da área, liberou MILHÕES de substâncias quimícas.
  O problema é que os efeitos colaterais foram muito maiores do que os causados no primeiro acidente. Imagine: pessoas com corpos deformados, rostos transfigurados, e com só um restígio de que realmente foram seres humanos algum dia, a fome. Essas coisas são movidas por uma fome que não tem fim, e adivinhe só, qual o prato favorito dos infectados? Você.
  Deve estar se perguntando: se foi um explosão química, como nós ainda estamos vivas ou "saudáveis", certo?
  Bom, algumas pessoas nasceram inumes as substâncias que foram liberadas, e nós somos duas delas.
  Eu sei que de 6 bilhões de pessoas, no máximo 200 mil eram imunes, mas como eu disse os infectados atacam qualquer coisa com pernas, grande parte dessas pessoas moreram.
  Assim que terminamos a barricada improvisada, nos sentamos no sofá de dois lugares que havia ali. Peguei uma das garrafas com água e bebi um gole do líquido que passou pela minha garganta aliviando a leve ardência que havia ali.
  - Acha que eles nos viram entrar aqui? - perguntara me olhando e em seguida pegando a garrafa que jazia tampada em minhas mãos.
  - Não, nós corremos. E se tiverem visto não vão conseguir entrar. - sorri para ela.
  - Esse vai ser o melhor lugar que eu vou dormir em semanas.
  Ela disse olhando para o colchão a nossa frente.
  - É, é sim.
  - Com fome? - ela abrira a mochila e tirava alguns pacotes e latas.
  - Você não imagina o quanto.

   dormia ao meu lado no colcão e eu tentava me concentrar no som da respiração serena dela e pegar no sono, mas eu não conseguia. Além de ficar encarando o vasto escuro que estava aquela cabana e eu estava sentindo que esse lugar não é totalmente seguro e eu não estou falando dos infectados. Os seres humanos que restaram, agora se aproveitam dos sobreviventes mais fracos. Roubam, matam e no meu caso e da Ally, quando são mulheres acabam sendo estupradas e depois apanham até a morte.
  Como sei disso? Por que eu já vi acontecer, a garota devia ter uns 19 anos e passou por nós pedindo ajuda e dizendo que uns homens estavam perseguindo-a, e então os mesmo se aproximaram. e eu nos escondemos e vimos o que eles fizeram com ela. É cruel.
  E agora, nós estamos nos "esquivando" de qualquer grupo masculino que encontramos ao longo desses meses.
  Acordei com um barulho na porta da cabana. Olhei para que ainda dormia, me levantei e fui até um vitrô que tem na parede ao lado ver.
  Tive que encontrar uma posição que me possibilitasse ver a parte da frente e quando consegui ver o que vinha meu coração gelou. Malditos infectados! Comecei a pegar as nossas coisas rápido. Tinhámos que sair dali o mais rápido.
  - !! Droga... !
  - Quê? O que foi?
  - Pega as coisas rápido. Temos que sair daqui agora.
  - O quê? Por quê?
  - Infectados.
  Ela pegou as coisas e nós saímos por uma outra porta, que eu não sei como não vimos antes.
  Saimos tentando fazer o menor barulho possível para não chamar a atenção deles e nos afastar o bastante para termos uma certa vantagem.
  Corremos como o planejado até uma dessas coisas praticamente brotar do chão e avançar sobre mim.
  Evitei ao máximo fazer barulo, mas a coisa que um dia foi uma mulher dr estatura mediana e cabelo curto na altura do ombro, estava quase mordendo o meu ombro.
  Segundos depois senti meu rosto ser "lavado" com o sangue da infectada. Olhei por cima do ombro dela, que agora estava deitada em cima de mim, e vi segurando o facão de caça e com uns respingos de sangue no rosto.
  - Vem, temos que ir. - Ela sorriu.
  - Obrigada.

  Eu peguei o meu revólver que havia caído e nós voltamos a correr.
  Depois de uns 15 minutos correndo, ainda na floresta, paramos e nos sentamos. Peguei uma garrafa d'água e joguei para que pegou e ingeriu o líquido que havia dentro.
  - Será que estamos longe o bastante.
  - Provavelmente. - Peguei a garrafa que ela estendia na minha direção.
  - Como estamos em relação a água?
  Abri a mochila e vi três garrafas de dois litros, uma pela metade e duas cheias.
  - Dois dias e meio. E quanto a comida?
  Agora ela quem abria a mochila e confiria.
  - Vamos sobreviver. - Ela disse e olhou para o chão.
  - Tá,mas quanto temos?
  - 2 latas de pêssegos, três pacotes de biscoito, 5 frutas e um pacote de... - ela leu o rótulo - granola.
  - Precisamos de suprimentos.
  - Vamos sobreviver. - Disse novamente.

  Juntamos as coisas espalhadas e decidimos caçar algo. tinha o arco e a flecha em mãos e eu com o facão dela. Andamos até a beira de um lago que tinha ali e de repente ela mirou em algo e atirou.
  Fomos até o alvo dela e vimos algo que nos fez sorrir. Dia de sorte!
  Voltei até o lago e peguei as garrafas e em seguida troquei a água que estava nela, pela fresca do lago.
  - Podiámos passar a noite aqui. O que acha?
  Perguntei a que nesse momento, tirava a pele do coelho que achou.
  - Não sei. E se aquela horda passar por aqui?
  Olhei para ela e concordei.
  Assim que as três garrafas estavam cheias, coloquei-as de volta na saca plástica para que não molhasse o cobertor que havia ali.
  - ?
  - Oi. - Olhei para .
  - O que acha de um banho? - Ela sorriu.
  Concordei e guardei as garrafas na mochila e em seguida tirei as minhas roupas, deixei-as na margem do lago e pulei no mesmo. fez o mesmo.
  Uns 20 minutos depois saímos da água e nós vestimos.
   pegou o coelho que agora era só uma pedaço de carne que iria nos satisfazer, juntamos uns galhos e ascendemos uma fogueira, e colocamos o coelho para assar em um pedaço de pau como espeto.

  Horas depois, chegamos em uma rodovia e decidimos que era melhor escolher um carro para passarmos a noite já que começara a entardecer.
  Achamos uma mini van e ficamos nela. Usamos um dos cobertores para tampar as janelas e com o outro nos cobrimos.

Capítulo 2 - Remember how it used to be...

  O sol brilhava com uma intensidade que chegava a ser bem incômoda. Isso soa estranho, mas a sensação de ter moscas atacando a sua pele era "boa", chegava quase a ser normal.
   e eu andavámos na estrada em que passamos a noite atrás de combustível. Ela disse que era melhor termos um meio de transporte. Conseguimos enxer um galão com gasolina e colocamos na mini van que ficou com o tanque cheio.
   colocou a chave na ignição e sorriu largamente enquanto a girava e o motor do carro roncava. Estavamos super felizes, primeiro: não teríamos que andar tanto tempo a pé; segundo poderemos dormir na parte de trás do veículo.


  Fazia dois dias que estávamos na estrada com o carro e só tivemos que abastecer duas vezes, mas decidimos arrumar um galão a mais, para não corrermos o risco de ficarmos sem combustível e não termos onde achar. O único problema era que nossos suprimentos estavam quase acabando, água nós já nem tinhámos mais, e não estava sendo facíl esses dias estupidamente quente sem água.
  Eu decidi que iria entrar na floresta em busca de uma nascente se quer. de início não concordou com o que eu dissera sobre ela ficar e tomar conta do carro, mas acabou aceitando depois de muita insistência. Eu já estava hà um certo tempo na floresta e não tinha achado nada. Andei mais um tempo e a cada passo eu adentrava mais e mais a floresta que não era muito densa.
  Eu já não aguentava mais lidar com a desidratação devido a falta de água, mas eu não podia parar, tinha de continuar e mesmo que eu não achasse nada, deveria voltar.
  Coloquei a mão no fação que me emprestara, no momento em que ouvi passos atrás de mim, mas não fui rápida o bastante ao me virar, a coisa que ,provavelmente, seria um infectado colocou uma das mãos na minha boca e a outra tomou o fação que eu usava, e foi então que eu percebi que era uma pessoa, uma pessoa saudável.
  - Shh... - A pessoa que eu percebi ser um homem pelo tom da voz, sibilou.
  - O que você quer?
  - Calma, eu não vou fazer nada com você. - Ele me soltou e em seguida me devolveu minha arma.
  - Quem é você?
  - Meu nome é . . Abaixa isso. - Ele apontou para o facão minhas mãos, que agora estava apontado para o peito dele.
  Ainda relutante, eu abaixei-o e dei dois passos para trás.
  - Não precisa ficar com medo, eu não vou machucar você.
  - Eu sei o que homens fazem com mulheres hoje em dia. Cadê o seu grupo?
  - Eu não vou estuprar e depois matar você. E eu não tenho um grupo.
  - Você está sozinho? - Ele assentiu. - Há quanto tempo?
  - 8 meses.
  - E você teve contato com outro ser humano antes de mim?
  - Sim. Um garoto há 5 meses e você agora.
  - Nossa... A vai me matar por isso. - Sussurrei. - Eu tenho uma amiga e nós estamos em uma rodovia aqui perto. Você quer vir com a gente? Quer dizer, você está sozinho esse tempo todo, e não me machucou até agora...
  - Certo, mas antes me fale seu nome. - Ele disse e sorriu.
  - , .
  - Certo, vamos então? Eu não aguento mais ficar nessa mata.
  - Na verdade, eu estou procurando um rio ou uma nascente, onde eu possa enxer as garrafa d'água.
  - Bom, eu tenho água aqui. Mas, sei onde tem uma cachoeira por aqui.
  - Pode me levar até lá? - Perguntei com a voz falha.
  - Posso, claro.
  - Certo. - Sorrio, para ele que retribui.
  - Vam... - Ele segura meu braço assim que eu perco o equilibrio. - Hei, calma... , há quanto tempo você não bebe água?
  - Dois dias?
  Ele pegou uma garrafa com água e colocou o gargalo dela na minha boca. Sentir o alívio causado pela água em contato com o meu organismo era maravilhoso. Eu não podia sentir nada melhor no momento. Quando me senti satisfeita, coloquei a minha mão sobre a dele e afastei-a devagar. Ele tampou a garrafa e guardou a mesma na mochila e me ajudou a levantar.
  - Obrigada, .
  Ele sorriu e começamos a andar em direção a cachoeira.

***

  Enxemos as garrafas e paramos um pouco para descançar, já que haviámos andado bastante até encontrá-la. Quando chegamos a estrada onde estava, o sol já se punha e trazia consigo um fim de dia espetácular, junto de um crepúsculo.
  - ? - Chamei-a assim que avistei o carro.
  - ? - Ela respondera saindo do mesmo carregando a sua pistola.
  Corri até ela e abracei-a, ela retribuiu e me xingou por ter passado praticamente o dia na floresta e depois de uns segundos ela percebeu a presença de alguns passos atrás de mim.
  - Quem é ele? - Ela apontoy a arma para a cabeça dele, que levantou as mãos em forma de rendimento. - Ele te machucou?
  - Ei, , ele não fez nada. Ele me ajudou, ele não vai nos machucar.
  - O que ele está fazendo aqui?
  - Eu o trouxe, ele estava sozinho todo esse tempo e não mostrou em momento algum ser agressivo. Ele é um bom rapaz,
  Ela encarou que continuou com os braços na mesma posição e foi abaixando a arma aos poucos.
  - Tem certeza? - Ela perguntou me olhando.
  - Sim, eu confio nele.
  Ela olhou para novamente e sorriu.
  - Bem-vindo ao time.
  Ele suspirou aliviado e sorriu de volta para nós duas.
  - Vocês sabem onde vamos passar a noite? - Ele perguntou e se aproximou.
  Sorri para que sorriu para e nos entre- olhamos. abriu as portas duplas da traseira da mini-van e mostrou a ele o lugar que dormiriámos essa noite.
  - Esse é o melhor lugar que eu vou dormir em meses.
  - Digo o mesmo, amigo. - disse e sorriu.
  Eles olharam para mim esperando a minha opinião.
  - O quê? Qualquer lugar é melhor que o chão da floresta.
  Eles riram e nós entramos no automóvel. O fato era que, havia espumas no chão que como estavam todas juntas, formaram um colchão enorme e foi bem esperta em arrumar, alguma coisa com cores escuras para colocar na janela, liberando os cobertores que usamos para tal ato.
  - Vocês tem até cobertores. - disse animado.
  - Agradeça a . No início eu achei que seria desperdício de espaço na mochila, mas ela insistiu tanto que eu acabei ajudando ela a pegar isso. - disse enquanto sorria e deu mais uma colherada nos feijões enlatados na mão dela.
  - Fazer o quê se eu não queria sentir frio, né? - Abri uma lata de abacaxis e comecei a comer.
  - Vocês estão hà quanto tempo juntas? - perguntou enquanto abria uma lata de ervilhas.
  - Nos conhecemos hà 7 meses, quando ainda estávamos com um grupo, mas quando o grupo se desfez, decidimos ficar juntas.
  - Entendi.
  - E você? Esteve sozinho desde o começo?
  - Não, eu tinha um grupo. Éramos eu, meu amigo Justin, minha namorada Leah e duas amigas dela. Só que uma noite um grupo de rippers se aproximou e não deu para salvá-las, a Brooke, amiga da Leah até fugiu, só que uns dias depois eu achei o corpo dela na mata. Estupraram e mataram- na.
  - Oh, me desculpe... Eu sinto muito. - dissera.
  - Desculpa perguntar, . Mas e o seu amigo?
  - Eu não sei, o que eu sei é que ele deu alguns tiros nos infectados que se aproximavam e depois ele sumiu. Eu espero que ele tenha fugido e esteja bem.
  - Eu sinto muito. - Sorri tentando reconfortá-lo.
  - Enfim, gente... - disse, aparentemente tentando acabar com o clima que tinha se instalado ali. - Nós precisamos de suprimentos.
  - Eu sei de uma loja aqui que praticamente não foi saqueada...
  - Sério? - Eu perguntei.
  - Sim. Só que a loja é grande e deve ter vários deles dentro.
  - É um risco que vamos ter que correr. - Afirmei.
  - É. - disse.- , quantos anos você tem?
  - Tenho 22, e vocês?
  - Eu tenho 18 e a 21.
  - Você é a única de menor aqui, . Ainda não pode ir a clubes noturnos. - Ele disse com tom de voz brincalhão, fazendo com que eu e rissemos.
  - Vamos dormir, gente. Amanhã teremos um dia longo. - disse se livrando das nossaa latas agora vazias.
  Deitamos na seguinte ordem: , eu e . segurou a minha mão e entrelaçou nossos dedos como sempre faziámos e estava virado para mim.
  - Boa noite, .
  - Boa noite, . - Respondi-a.
  - Boa noite, . - Ela disse agora mais sonolenta.
  - Boa noite, .
  Eu e ficamos nos olhando e só então reparei no rosto dele. Ele é bem bonito, cabelos loiro escuro, olhos verdes bem marcantes, lábios não tão finos, mas não tão grossos, e seu rosto tinha traços fortes mas delicados. sorriu e eu retribuí o sorriso.
  - Boa noite, .
  - Boa noite, . - Ele beijara minha testa, eu não entendi o motivo, mas não disse nada. Gostei disso.

Capítulo 3 - Gotta see what tomorrow brings

  Mais um dia começava e nós só podiamos rezar para que nada acontecesse a nenhum de nós. O dia começara bem tranquilo, se formos parar e notar que estamos no meio de um apocalipse zumbi-sei lá o que.
  Como haviámos combinado na noite anterior, iriámos á uma loja que conhece, mas como o mesmo disse é capaz de estar cheio de rippers por lá, então teriámos que ser muito cautelosos e fazer tudo o mais rápido possível.
  Esvaziamos as nossas mochilas e arrumamos uma sacola plástica para cada um de nós e pegaríamos o necessário e mais prático.

   estava no voltante, enquanto eu e conferiamos se todas as armas que pegamos estavam boas e devidamente carregadas. Pegamos também nossas lâminas longas e fomos separando uma arma com os mesmos "tipos" para cada. Ou seja uma lâmina longa, pistola automática e um rifle.
  Uns 6 minutos a mais com dirigindo sob as informações de e chegamos a uma das lojas da Dollar Tree* . NÃO ACREDITO! Nós somos uns filhos da puta de muita sorte. Sorri e olhei para que teve a mesma reação que eu e olhava para o letreiro da loja, que um dia fora verde, agora desgastado pelo sol e chuva.
  - Não fiquem tão animadas, meninas. Deve ter pelo menos uns quinze deles lá dentro.
  - Olha pelo lado bom da coisa, pelo menos é a Dollar Tree. - disse, arrancando risadas de e eu.
  - É o único lado bom da coisa, . - Ele disse.
  - Ai, gente, vamos logo. Eu quero sair daqui logo e tô com fome.
  - Calma, , eu ein. - disse.
  - Vamos, meninas, não podemos demorar muito lá dentro. Todo mundo sabe o que têm que pegar?
  - Sim, comida enlatada, e essas coisas. - Eu disse.
  - Isso. - confirmou.
  Empunhamos as nossas armas e fomos em direção a entrada principal da loja. foi á nossa frente e em passos curtos e precisos, tomando cuidado com o lugar em que pisávamos, adentramos a loja.
  Nos dividimos e cada um foi para um lado, mal entrei no corredor de prateleiras a minha frente e já tinha dois deles, fui mais apressei o passo e acertei um deles que estava de costas para mim na cabeça, fazendo com que mesma se destruísse, o outro pelo barulho conseguiu me atacar antes que eu estivesse a postos para abatê-lo, ele agarrou meu braço e eu soltei o facão e o barulho do metal em contato com o chão, chamou atenção de três deles que estavão mais á frente e eles vieram em minha direção.
  - Droga. - Praguejei.
  Chutei a perna do infectado que segurava meu braço, ele cambaleou e eu aproveitei para tentar alcançar minha pistola que estava no coldre, fixo na minha cintura. Empurrei o mesmo infectado que novamente vinha em minha direção, ele caiu no chão e eu pisei na cabeça dele que se desfez. Os outros três, agora mais próximos, eu mirei na cabeça de um deles e atirei, em alguns pontos que acertariam o cérebro e os mataria, de novo.
  Olhei para as prateleiras e me permiti sorrir, vendo que elas tinham algumas latas e pacotes de comida. Abri a mochila e comecei a colocar a maioria das coisas nela. Quando na mochila não cabia mais nada, eu comecei a enfiar nos bolsos ainda vazios e menores na parte externa da mochila, em seguida peguei as duas sacolas e enxi-as também.
  - , já acabou? - Escutei me chamar.
  - Sim. Cade a ? - Perguntei.
  - Eu ach... - Escutamos um barulho e fomos em direção ao mesmo.
  - , cadê você? - Gritei.
  - , fala baixo. - me adverteu.
  - , ... Socorro. - disse.
  Corremos em direção ao terveiro corredor á minha esquerda e encontramos no chão com um infectado enorme em cima dela tentando mordê-la. Soltei as sacolas e corri em direção à ela e cortei a cabeça dele e segundos depois, tinha uma sorrindo aliviada.
  - Você tá bem, ? - Ajudei-a a tirar o corpo morto de cima dela.
  - Agora, graças a vocês, sim.
  - Certo, conseguiu pegar alguma coisa ? - perguntou.
  - Sim, consegui enxer a mochila e metade da sacola.
  - Vamos embora, então...
  Peguei as sacolas e comecei a trilhar meu caminho em direção à entrada principal, que foi por onde entramos.
  Teriámos saído super fácil se não fosse pela quantidade significativa de infectados que estava na porta.
  - Droga! - praguejou.
  - Vamos sair pelos fundos. - Sugeri e eles concordaram.
  Nós fomos em direção a porta dos fundos, tentando ser o mais silenciosos possível. Só que como nem tudo é um mar de rosas, um dos infectados agarrou o meu calcanhar me fazendo cair, e o barulho que eu fiz chamou atenção dos infectados, que viraram e começaram a vir em nossa direção.
  - ! - Exclamou, vindo em minha direção.
  - Eu não consigo pegar a minha faca, .
  Ele enfiou a faca dele no olho do infectado e me ajudou a levantar. Peguei meu facão que tinha caído uns centímetros longe e pude ver que os infectados se aproximavam bem rápido. Voltei a seguir meu caminho em direção a saída, mas não seria tão fácil, logo mais quatrorippers estavam a nossa frente. matou um deles com um golpe da lâmina e atirou em dois, esses dois corpos caíram e logo mais deles vinham. Eu me virei de costas para eles e comecei a atirar nos que vinham pelo outro lado.
  Acertava a cabeça deles de uma forma meio desajeitada, mas boa o suficiente para matá-los, a quantidade deles não diminuia, parecia que quanto mais eles morriam, mais eles se amontoavam em cima do monte de corpos infectados.
  - PORRA! - Esbravejei.
  - Tem muitos aí ainda? - Escutei dizer.
  - Sim! - Respondi e recarreguei a minha arma.
  - Segura eles por mais um tempinho aí, . - disse.
  - Okay.
  Me aproximei deles e continuei a atirar neles e quando eu estava muito próxima, minhas balas acabaram novamente. Procurei mais cartuchos e adivinha! Eles acabaram também. Peguei o meu facão e comecei a acertá-los. Estava consegui derrubar mais alguns deles, até que...

Capítulo 4

Você me deu esperança
Mas eu tenho que deixar ir
Eu tenho que deixar ir
Oh woah
Está levando a alma
Está no fundo da minha alma
Agora eu tenho que deixar ir
Nós escrevemos nossa história
E cantamos nossa música
Nós penduramos nossas fotos na parede
Agora aqueles momentos preciosos
Que nós esculpimos em pedra
São todos as memórias, afinal
(Memories - Shawn Mendes)

  Até que abriu a porta de trás e veio até mim me puxando em direção à mesma. Assim que fechamos a porta, nos sentamos na calçada para respirar um pouco. Minutos depois, estávamos indo em direção ao carro do outro lado da rua. Fazia muito tempo que e eu não enfrentávamos vários infectados dessa forma.

  Já estávamos na estrada novamente há algumas horas. estava deitado ao meu lado conversando com , enquanto eu me perdia em pensamentos e lembranças de uma época feliz. Quando Nathaniel, me veio à cabeça, eu senti meu coração gelar e um nó se formar em minha garganta. Nathaniel era meu namorado, nós conseguimos fugir juntos quando tudo começou e ficamos assim por algum tempo. Até que nós cruzamos com um grupo de caçadores e eles nos deram a "escolha": ou eles me estuprariam e me matariam, ou eles matariam o Nate. E Nathaniel era altruísta demais, ele aceitou a segunda sem pestanejar. Eu pude ver ele sorrir ao pronunciar as últimas palavras "Eu te amo, . Corra!" E então eles o mataram. Cruel e rapidamente. Lógico que a segunda opção foi apenas um pretexto para se livrarem dele e virem atrás de mim. Então, antes que o corpo dele encontrasse o chão, eu corri. Corri o máximo que pude e uma semana depois eu encontrei . Pensar em Nathaniel me fazia lembrar de como ele era gentil, altruísta, sincero e em como ele realmente mostrava o que sentia por mim, como ele me fazia rir. Ele era apenas ele e não precisava de nada mais para as pessoas gostarem dele.

Flashback On

  - Nathaniel, para! É sério. - Disse em meio à gargalhadas, já que ele continuava me fazendo cócegas.
  - , você só tem que dizer. São apenas algumas palavras.
  - Nunca. Aaaaah, Nate! - Me encolhi um pouco. - Amor, para, por favor.
  - Só se você disser. Qual é, , um homem precisa ouvir essas coisas de vez em quando.

  Em meio a toda aquela insistência de meu namorado, decidi desistir. Seria mais fácil.

  - Ok, eu digo. - Respirei fundo quando ele me deu uma pequena pausa para respirar.
  - Diz logo, então.
  - Eu tenho o namorado mais lindo, gostoso e pauzudo, e ele me faz gozar várias vezes.
  - Não foi tão difícil assim, . E isso fez muito bem ao meu ego.
  - Babaca. - Afirmei.
  - Medrosa. - Respondeu ele.
  - Idiota.
  - Linda. - Disparou.
  - Gostoso.
  - Eu sei. - Olhei-o incrédula.
  - Convencido. - Disse emburrada.
  - Eu amo você.
  - Eu sei. - Imitei a voz dele.
  - Eu esperava um 'eu te amo, Nate. Você é o amor da minha vida.'
  - Bobo. - Sorri e o beijei.

Flashback Off

  Eu não havia percebido as lágrimas que cortavam os eixos das minhas bochechas, até tocar meu ombro. Mas meu pensamento ainda estava direcionado a Nate, ele era bom demais pra essa droga de mundo.

  - ? - me chamou e eu redirecionei meu olhar até o dele. - O que aconteceu? Você está se sentindo bem?
  - Sim. São apenas lembranças.
  - Oh! Isso acontece muito comigo também.
  - É. E por melhores que elas sejam elas machucam demais.
  - Eu sei, mas olha, você deve agradecer por ter tido a chance de poder viver momentos incríveis e ter como lembranças de uma época onde tudo era bem melhor e você estava rodeada das pessoas que amou.
  - , eles o mataram sem piedade. E eu ainda tenho pesadelos com isso.
  - Mataram quem? - Ele perguntou confuso.
  - Nathaniel, meu namorado. - Funguei. - Eles iam me estuprar, mas inventaram uma escolha e o Nate não deixaria que fizessem nada comigo, então ele deixou que o matassem. - Nesse momento eu já não conseguia mais segurar as lágrimas.
  - , eu... Você nunca me disse isso. - comentou enquanto ainda dirigia.
  - , não fique remoendo essa memória ruim. Ele fez aquilo porque amava você. Lembre-se apenas dos momentos bons.

Eu respirei fundo e limpei as lágrimas que ainda teimavam em escorrer.
  Olhei para eles que sorriram e alisou meu rosto com o polegar, segurei a mão dele livre e fiz um leve carinho sobre ela.
  Os balanços do carro causados pela estrada pararam e olhou para .

  - Por que paramos, ? - Ele perguntou tirando a mão do meu rosto.
  - Vamos ficar aqui essa noite. Parece seguro e se acontecer alguma coisa, dá pra tirar o carro com facilidade.
  - Tudo bem. - Ele concordou.
  - , o céu ainda está azul?
  - Sim, por quê?
  - Eu vou andar. - Afirmei me levantando e instantaneamente segurou meu antebraço.
  - Tem certeza, ? Pode ser perigoso.
  - Tá tudo bem, . - Chequei meu relógio de pulso e vi que marcavam 15:43. - Volto em uma hora e meia.

  Saí do carro e fui em direção à floresta que tinha nos lados da rua. Atravessei o 'cercado' que separava-os e a adentrei. Sempre que eu pensava em Nate era assim, eu precisava sair para pensar e levantar a barreira que eu criei desde que o perdi. A verdade é que eu não sou nada forte e confiante, eu só não deixo ninguém perceber isso. entende quando eu digo que preciso "andar", esse foi o motivo dela não ter questionado.
  Andei um pouco, mas memorizei o caminho de volta. Parei quando achei um riacho e sentei à sua beira, para novamente ser atingida pelas lágrimas. É. Por mais que eu já tenha aceitado que ele morreu para me salvar, ainda doía muito. Eu só queria entender o porquê. Por que isso tem que estar acontecendo? Por que as pessoas boas tinham de morrer? Por que os mortos voltam? Por quê? Eram tantos "porquês" que eu mesma ficava perdida. Eu só queria entender, por que um Deus que meus pais tanto falavam, tinha deixado que algo de tão cruel acontecesse com sua "amada" criação. Talvez ele não existisse ou talvez só estivesse cansado dessa merda toda que fazíamos. Ou talvez seja só a natureza dando o troco por todos os estragos que fizemos a ela. Todas as queimadas, os desmatamentos, poluição...
  Eu tinha que agradecer por ter a , e o não ser nenhum tipo de maníaco, o que era bem normal hoje em dia. Ainda sentada pude escutar passos atrás de mim, tentei alcançar minha arma, mas não fui rápida o suficiente e o que eu pude perceber que era um ser humano, pois senti o cano de sua arma na minha nuca.

  - Ora, ora, ora, o que nós temos aqui?

  Nesse momento tudo o que veio a minha cabeça foi: Homem. É um homem. Estou fodida.

Capítulo 5

  A minha garganta secou e eu fechei os olhos tentando manter a calma e não fazer nenhum movimento brusco que pudesse fazer com que as consequências que eu tanto temia viessem à tona.

  - O que você quer? - Ouvi minha própria voz tremular e rapidamente me virei.
  - O que eu quero? De você? Nada, além de querer saber onde está seu grupo.
  - Eu não tenho um grupo. Estou sozinha. - Declarei.
  - Sozinha todo esse tempo? - Olhou-me com curiosidade.
  - Não. Eu tinha um grupo, mas eles morreram aos poucos. - Levei minha mão ao coldre preso à minha cintura na parte de trás.
  - Ah, mãos onde eu veja, amiguinha.
  - Ok. - Suspirei. Eu sabia o que ele faria e tinha que impedir de alguma forma, eu não deixaria esse homem me tocar.
  - Você além de ser bonita tem pernas maravilhosas. - Avaliou-me.
  - Por favor, não. - Senti meus olhos arderem a medida que ele se aproximava.
  - Não se preocupe, meu anjo. Eu vou fazer um ótimo uso delas. - Tocou meu rosto.
  - Me deixe ir. - Eu disse com o fio de esperança que ainda tinha e senti minhas lágrimas molharem o meu rosto novamente.
  - Shh... Nós vamos nos divertir muito juntos... Bom, ao menos eu vou. E vai ser um tipo de diversão que eu não tenho há muito tempo.

  Ao terminar a frase ele escorregou as mãos pelas laterais do meu corpo e puxou-me nos aproximando. Repulsa. Tudo o que eu sentia agora era repulsa. Eu devia ter escutado . Devia ter lembrado que os rippers não são a única ameaça aqui fora.  Os seres humanos ainda são a maior ameaça a si mesmos. Sempre foi assim e sempre será. Não importa o quanto as coisas mudem. Tire pela minha situação, o mundo virou de cabeça pra baixo, mortos voltam à "vida" e estou prestes a ser estuprada. Eu só espero que ele me mate rápido e que não encontre e .
  O homem que, infelizmente, me acompanhava, me jogou contra o chão e logo estava beijando o meu pescoço. A ideia que eu tive não foi tão brilhante quanto eu imaginei que seria, um chute nas pernas dele só me rendeu um filete de sangue escorrendo pelo nariz, graças ao soco que recebera.
  Sentir aquele homem investir contra mim com força machucava de uma forma que eu nunca imaginei que algo que antes me trazia sensações maravilhosas pudesse fazer. Eu já não tinha mais lágrimas para expelir e meu corpo reclamava do esforço que eu fazia embaixo do corpo daquele abutre. Eu estava na porra do apocalipse sendo estuprada!
  Ele investiu várias vezes até se esvaziar dentro de mim e eu poder sentir a sensação de sujeira se alastrando pelo meu organismo... É agora que ele me mata, certo?
  No momento em que ele saiu de mim, ainda me machucando, eu rastejei para longe dele, podendo vê-lo sacar uma pistola no coldre. Eu estava preparada para isso, desejava a morte mais que qualquer outra coisa no momento. Eu apenas desejo que e fiquem bem. Ele se aproximou de mim ainda com a fivela do cinto pendendo próximo ao zíper da calça jeans desgastada, pude ver seus olhos repletos de satisfação após nosso "momento íntimo".

  Passos tiraram a atenção do meu violador de mim, fazendo com que ele me desse uma brecha para escapar. Lentamente fui subindo meu short, com certa dificuldade já que eu me encontrava bastante dolorida devido ao ato anterior. Após subir o zíper do pedaço de pano, que eu agora declarava inútil, me levantei lutando contra todas as minhas dores físicas e corri na direção oposta ao ser que havia desgraçado a minha existência. Após alguns passos e uns tiros, eu pude escutar gritos vindos do mesmo ser que eu abandonara e grunhidos altos. Rippers. Ótimo, eu fui estuprada e vou ser comida viva.
  Eu amaldiçoava tudo o que eu achava possível existir, e acredite, agora eu não duvidava de mais nada. Tentava ainda correr um pouco para me afastar dos barulhos, mas de repente trombei com algo. Pronto, estava morta. Ainda em cima do corpo, esperava que a primeira mordida viesse. Esperei, mas não veio. Me afastei rapidamente do que estava sendo suporte para meu corpo e me levantei. Olhei para frente, onde pude enxergar fios platinados escapando pelas laterais de um gorro cinza. Olhei para seu rosto e fiquei nos traços fortes. De novo não. Por favor, não. Me afastei mais ainda, voltando na direção do que eu tentava me afastar.

  - Ei, ei, ei. Calma, nós temos que sair daqui. - A voz um tanto rouca, mas doce disse. - Sou Justin.
  -  . Você vai me machucar? - Observei seus movimentos cautelosamente.
  - Não. Temos que sair daqui, ok?

  Esperei algum tipo de mentira na frase dele, mas não encontrei. Percebi que o rapaz que eu descobri há pouco que se chamava Justin, olhava para trás de mim a todo momento. Ouvimos os grunhidos ficando mais altos e começamos a andar na direção que eu seguia antes. Eu ainda sentia muitas dores, então ele pegou na minha mão me incentivando a continuar. Eu me forcei a continuar o trajeto, estava difícil, admito, mas eu precisava continuar.

  - Vamos, precisamos nos esconder. - Justin disse.
  - Eu não aguento mais. - Declarei.
  - Só mais um pouco.

  Andamos por mais incontáveis minutos, até que nos escondemos atrás de uma grande pedra. Justin tirou uma garrafa com água do bolso externo da mochila que usava, bebeu um pouco e depois estendeu a mesma em minha direção, direcionei meu olhar para o rosto do mesmo que me encarava e fiz um gesto negando com a cabeça.

  - Bebê. Você precisa beber.
  - Eu não quero, Justin, sério.
  - Mas precisa. Só um gole.

  Olhei para a garrafa em suas mãos, peguei-a e levei o objeto até minha boca derramando o líquido e sentindo-a aliviar algo que eu nem sabia sentir até o momento. Depois de uns dois goles, entreguei a garrafa ao dono e me sentei ao seu lado apoiando a cabeça nas minhas mãos que agora estavam apoiadas nas minhas coxas.

  - Obrigada. - Disse sem olhá-lo.
  - Não há de quê. Mas me diga, o que estava fazendo aqui sozinha?
  - Eu estava andando quando aquele homem me achou e... - Deixei a frase no ar já sentindo meus olhos arderem.
  - Eu sinto muito. - Ele disse ao perceber que eu não continuaria a falar sobre aquilo.

POV

  Não estava seguro se ela ter saído no meio da tarde era uma boa ideia. E o que era uma boa ideia hoje em dia?
  Percebi que eu não era o único das duas que ainda sofria ou se pegava lembrando do passado e de entes queridos. folheava uma revista a qual eu não sei de onde ela tirou.

  - Já faz bastante tempo que ela saiu, não acha? - Perguntei olhando pela janela.
  - Eu estava pensando o mesmo. - Declarou.
  - Será que devemos ir atrás dela?
  - Eu não sei, é a , sabe? Ela sempre sai quando pensa nele.
  - Se em uma hora ela não aparecer vamos atrás dela, tudo bem?
  - Tudo. - Ela sorriu e voltou sua atenção para as folhas de uma edição da VOGUE.

Continua...



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