Turn it Up
Escrito por Marcella Ribeiro | Revisado por Mah
entrou em seu carro depois de dar tchau a alguns colegas e saiu do estacionamento da empresa onde trabalhava.
Antes mesmo que saísse completamente do local, já começou a sentir-se mal por tudo o que tinha acontecido entre ela e . Incrível como era difícil passar sequer minutos sem lembrar dele quando estava sozinha!
Pra ver se conseguia se distrair, ligou o rádio e sintonizou na sua emissora favorita, e logo a voz do locutor daquele horário preencheu o carro.
-... E nesta noite de quinta-feira, nada como ouvir um velho e bom Oasis pra relaxar! Vamos agora aos comerciais e voltamos daqui a pouquinho!
praguejou baixinho. Nem a música teria para se distrair, e isso não era bom.
Porque aquele fora o modo que encontrara de não se afundar nas lembranças: música. Mas sem ela, não podia evitar que as memórias lhe viessem à mente. Muito menos evitar pensar se, como ela, também estaria se sentindo mal assim.
“Uma de 17 anos andava pelos corredores da escola, no primeiro dia de aula, procurando sua nova sala. Vira no mural da secretaria que fora colocada na sala 08 para o seu terceiro ano do Ensino Médio, e mesmo estudando ali dois anos antes, ela não tinha ideia de onde ficava a tal da sala oito.
Seguiu um grupo de pessoas que estavam à sua frente, vagamente lembrando-se de que aquele pessoal era do segundo ano no ano anterior, assim como ela.
Com sorte, a garota pensou, a sala deles é perto da bendita sala oito!
E estava certa ao ver que o grupinho entrou na sala sete, logo de frente para a dela depois de virarem alguns corredores. se lembrava de já ter chego àquela parte da escola, mas fora uma vez apenas e no primeiro ano ali, tudo porque se perdeu de sua amiga.
A qual, ela lembrou com pesar, havia mudado de cidade e, portanto, de escola, o que significava que agora estava sozinha naquele lugar, uma vez que sua única amiga tinha ido embora.
Entrou na sala e nos primeiros passos trombou com alguém e derrubou os livros que essa pessoa trazia, logo corando violentamente quando viu que era o velho e insuportável professor de Matemática, que nunca gostava de ninguém. Muito menos dela, que era péssima naquela matéria.
Ouviu alguns dos colegas de classe rirem e abaixou-se pra pegar os livros e os papeis do professor que ela mesma espalhara, enquanto o velho dizia algo como “Primeiro dia de aula e já está me causando problemas!”, o que fez com que se sentisse ainda pior.
Algumas folhas voaram com o vento que bateu e ela vagamente percebeu mais algumas pessoas entrando e um garoto se abaixando pra ajudá-la a arrumar aquela bagunça.
- Obrigada, – ela agradeceu logo que o reconheceu, então ambos se levantaram, entregaram as coisas ao professor e caminharam em direção às mesas vazias no final da classe.
- Sem problemas – o garoto piscou pra ela – Muita falta de sorte derrubar as coisas logo desse professor, né? – ele sorriu pra ela e acabaram sentando-se lado a lado, nas carteiras mais distantes da mesa do professor – Onde está sua amiga? – o rapaz perguntou, logo que notou que pela primeira vez em dois anos inteiros, via sem a sua fiel escudeira.
A garota fez um biquinho e falou, triste:
- Ela se mudou.
assentiu com a cabeça e chegou mais perto dela depois de cumprimentar alguns de seus amigos.
- Que chato – comentou, mas então sorriu do jeito caloroso e amigável que o vira sorrir durante os dois anos que estudaram juntos – Mas eu te faço companhia até arranjar outra amiga, se quiser.
olhou-o de soslaio e acabou por sorrir também. Ela e nunca foram muito próximos, mas sempre conversaram às vezes na hora da saída ou da entrada. Ele era um garoto legal, ainda mais depois de se oferecer pra fazer companhia a ela quando viu que a garota estava sozinha.
Assentiu com um sorriso intrigado, pensando no que aquilo a levaria.
- Eu quero.”
balançou a cabeça, parando em um semáforo e respirando fundo. Aquilo acontecera há cinco anos, e depois disso nunca mais saiu do lado dela. Ela arranjou outras amigas, é claro, mas nem isso fez com que o rapaz se afastasse. De repente perceberam que gostavam um do outro, e não precisaram mais usar a falta de companhia da garota para conversarem o tempo todo e saírem aos fins de semanas ou ficarem juntos na escola.
Também não demorou pra que um começasse a confundir as coisas, e então o outro e aí os dois, juntos, estavam querendo mais que uma simples amizade. Mas aquilo não era o que importava, pensou. Uma hora aconteceria, desde o começo ela sabia. Só não sabia que aquele amor tomaria proporções tão grandes.
Com um sorriso, lembrou-se da declaração mais estranha do mundo.
“ tinha acabado de completar seus 19 anos. Fizeram um bolinho em casa, apenas para os familiares e amigos mais próximos.
Olhou ao redor da mesa, depois que a maioria das pessoas já tinha ido embora e seus pais já estavam se arrumando para dormir, e voltou seu olhar para o relógio da cozinha: 23h47 e nada de .
É claro, ela sabia que agora ele estava trabalhando até tarde para conseguir pagar sua faculdade, e havia ficado muito feliz com a conversa que tiveram logo que o dia de seu aniversário chegou: ligara à meia noite e pouquinho, o que fez com que fosse o primeiro a lhe dar os parabéns.
Mas ela ainda queria um abraço dele. Queria de fato sentir-se completa naquele dia. Já vira todas as pessoas que lhe eram importantes, mas sem ali, algo ficava faltando. E não podia ignorar o fato de que, recentemente, o rapaz parecia estar se afastando dela, e a evitando sempre que podia.
Terminou de colocar os copos e pratos usados na pia e pegou o avental para não molhar a roupa enquanto lavava a louça. Se deixasse aquilo tudo ali, sua mãe teria um ataque quando acordasse para fazer o café da manhã.
Assim que ligou a torneira e colocou o detergente na esponja, ouviu uma risada conhecida.
- Sério que você vai lavar a louça essa hora?
olhou sorridente, parado na porta de sua cozinha com o uniforme do trabalho e uma expressão cansada, mas feliz.
A garota olhou no relógio da parede: 23h58.
Mas, mesmo atrasado, ele ainda dera um jeito de vir para o seu aniversário.
Largou as coisas e encaixou-se no abraço que preparara pra ela, sentindo o cheirinho do perfume dele e, então, tendo certeza que tudo estava completo.
- Você veeeeio – ela meio que cantarolou, e sorriu sem que ela visse.
- Você acha mesmo que eu perderia seu aniversário, ? – separaram-se e então ele coçou a nuca – Eu não tenho um presente ainda, espero que não se importe. Amanhã é minha folga então vamos comprar o que você quiser!
revirou os olhos e socou-o no braço de brincadeira.
- Não precisa de presente. Você já me deu um só por estar aqui.
Foi a vez de revirar os olhos.
- Eu também vivo dizendo que não quero presentes, mas é tudo mentira. Te conheço, garota.
Ela riu e voltou a abraçá-lo, sentindo falta de tê-lo todos os dias por perto.
Já estavam há um ano longe da escola, cada um cursando uma coisa em faculdades separadas e vendo-se somente nos fins de semana, o que ambos achavam uma tortura, ela ainda mais depois que começara a se afastar sem motivos aparentes.
queria ficar abraçada com ele por mais tempo, mas afastou-a e olhou-a nos olhos.
- Me desculpa por ter sumido – ele disse, e foi então que notou que ele estava nervoso. Remexia as mãos sem parar, e coçava a nuca sempre que podia. – Eu... Eu até tenho uma justificativa, mas não sei se é certo dizer isso pra você logo hoje. Quero dizer – ele gaguejou – é seu aniversário e tal, não quero estragar nada...
Preocupada, olhou novamente no relógio de parede e, sorrindo, voltou-se para o amigo.
- Não é mais meu aniversário. Pode me dizer o que quiser, .
abriu a boca várias vezes, somente para depois fechá-la, sem saber por onde começar.
- Eu... Eu tô confuso com tudo, – ele começou – Eu... eu tô me sentindo muito idiota no momento, mas eu tô te evitando porque eu tô confundindo as coisas... – começou a falar muito rápido, deixando completamente atônita – E eu sou péssimo com essas coisas, de... de me declarar e tudo o mais, e de falar sobre isso. E aí eu não conseguia tirar da cabeça a imagem de algum idiota que não sente nem metade do que eu sinto chegando pra você e dizendo tudo o que eu não consigo dizer! E se você acreditasse? E se eu – respirou fundo, encarando-a nos olhos – E se eu te perdesse pra um cara assim só porque eu não sei dizer as palavras certas?
abriu a boca, mas nada saiu. Ela tinha uma ideia de que não a via mais só como amiga, mas não imaginava que as coisas já tinham atingido aquele ponto.
Ela sabia que ele não era realmente o melhor com as palavras quando se tratava desses assuntos. Mesmo com a própria mãe, ele relutava pra conseguir dizer o tal do “eu te amo”, mas ela não fazia ideia que as coisas já tivessem tomado aquela proporção.
Olhando pra ele, o garoto que fora legal com ela há quase dois anos e então ficara ao lado dela desde então, ela não conseguiu não sorrir. Ele sempre estivera ali por ela, sempre. Fazendo-a rir, sendo um bobão como todos os garotos eram, mas um bobão que a entendia e a apoiava, ou lhe dava broncas quando precisava. Ele estivera sempre ali por ela, e agora ela o estava fazendo sentir-se daquele jeito.
Sem saber exatamente o que fazer, agora tão nervosa quanto ele estava, aproximou-se do rapaz.
- – ouviu o nome dele sair da própria boca e sorriu – Eu posso viver sem as palavras.
franziu as sobrancelhas e ela deu mais um passo a frente.
- Eu posso viver sem as palavras certas, desde que você continue aqui, .
soltou o ar que nem ele mesmo percebera que estava segurando.
- Você pode? – perguntou receoso, e assentiu.
- Acho que eu posso falar essas coisas por mim e por você sem problemas – deu de ombros, um sorriso brincando nos lábios, e relaxou.
- Pode, é? – e puxou-a para seus braços, encarando-a novamente – E eu? Posso te dar um beijo de presente de aniversário? – perguntou, brincalhão – não estava com vontade de gastar meu dinheiro com você mesmo.
bateu nele de brincadeira, parecendo indignada.
- Seu...
Não pôde xingá-lo, pois foi interrompida pelos lábios de nos seus, em um primeiro beijo de muitos outros que viriam.”
finalmente chegou em casa, sentindo-se extremamente cansada. Seus olhos ardiam, o corpo estava dolorido e seus pés pareciam estar usando sapatos de chumbo. Era nisso que dava tantas noites mal dormidas em uma única semana.
Tateou até encontrar a porta do banheiro, um pouco irritada por ainda não ter decorado exatamente onde cada coisa ficava na casa de sua melhor amiga. Estava ali há uma semana já!
Quando encontrou a porta certa, tateou então à procura do interruptor e acendeu a luz, olhando-se no espelho e constatando que suas olheiras estavam ainda mais escuras.
Ligou a torneira e lavou o rosto, querendo enfiar a cabeça debaixo da água gelada pra ver se junto com o suor, a água levava seus problemas para o ralo também, por mais que soubesse que isso era impossível.
Enxugou o rosto e então foi para o quarto de hóspedes, jogando-se no colchão duro demais sem nem retirar os sapatos.
Com o rosto no travesseiro, sentiu falta de sua cama, sua casa. E, mesmo que não quisesse admitir, seu .
Lembrava-se tão bem das noites na casa que eles dividiam há dois anos, e como tudo ficava melhor quando ele estava por perto.
Virou-se de barriga pra cima e cobriu o rosto com o travesseiro, querendo gritar pra ver se, junto com a sua voz, aquela angústia saía dela também. Ou as lembranças que não paravam de invadir sua mente.
Principalmente aquelas que, de uma forma ou de outra, acabaram levando-a até onde estava agora.
“Estavam completando cinco meses de namoro, e combinara de ir buscá-la na faculdade antes de ir trabalhar, pra que pudessem almoçar juntos.
estava preparada para esperar um pouco, pois também estava em aula e a faculdade dele era um tanto longe da dela, mas ele estava no portão logo que ela saiu.
Abraçaram-se e rumaram para algum restaurante ali perto, e como sempre, o almoço foi cheio de brincadeiras e risadas, leve e divertido como sempre eram as coisas com .
Mas estava sentindo falta de algo. Não podia dizer que o amava desde o começo, não daquele jeito. Mas os cinco meses juntos fizeram com que ela descobrisse aos poucos o que era esse tal de amor, e entendesse que ela sentia aquilo porque a fizera sentir. E ela não aguentava mais guardar aquilo para si mesma, precisava falar. Como nas músicas antigas e apaixonadas, ela queria gritar ao mundo que estava apaixonada.
Por isso que, sem que ela conseguisse controlar, aquilo escapou de seus lábios depois que fez uma brincadeira totalmente idiota com a comida, fazendo com que ela gargalhasse por vários minutos. Foi simples assim: ela olhou-o, ele olhou-a de volta e ela disse.
- Eu te amo, .
ficou sem reação por uns momentos, o garfo de comida que estava prestes a colocar na boca congelado no ar.
- O quê?
sorriu.
- Eu disse que te amo, .
, depois de alguns segundos, recuperou-se da surpresa e sorriu, mas não disse as palavras de volta. Abraçou-a e beijou-a, mas aquelas três palavrinhas não saíram de sua boca.
se preparara para aquilo. Sabia que, para ele, aquilo era difícil de fazer. Sabia também que tinha dito, meses antes, que não precisava das palavras, mas esperava ouvi-las algum dia.
Por ora, ver o sorriso de quando ela dizia aquilo era o bastante. E saber, lá no fundo, que ele retribuía mesmo que não dissesse era mais que o suficiente.
Mas aquilo seria o suficiente por quanto tempo?”
tirou o travesseiro do rosto e tentou achar a razão para a briga que tiveram. Ela estava certa, não estava? De querer ouvir aquilo, as três palavras saírem da boca dele?
Ela sabia, é claro, que o tempo todo se esforçou pra mostrar a ela de todas as maneiras que podia que a amava, mas ele fazia aquilo exatamente pra não ter que falar um simples “eu te amo”, sempre. Por que era assim tão difícil?
, no fundo, sabia que ele a amava, talvez até mais do que ela acreditava, mas o fato de nunca ter ouvido aquilo em três anos fazia com que se sentisse extremamente pequena e mal. E se ele nunca disse porque não seria sincero se dissesse? E se ele não a amasse?
No começo, aquilo parecera uma besteira pra ela. Eram apenas palavras, afinal. Mas com o passar do tempo, aquela coisa de dizer que o amava e não ouvir nada de volta começou a incomodá-la, tanto que da última vez que brigaram, uma coisinha boba virou uma bola de neve. E agora ela tinha até saído de casa pra ficar longe dele.
Tudo por causa de três malditas palavras!
Ainda lembrava-se muito bem do que lhe dissera, e exatamente o que fizera com que fosse embora. “Mas você disse que não precisava das palavras!” ele a lembrou, e realmente, ela havia dito aquilo. E, de certa forma, aquilo era culpa dela.
Mas teria, algum dia, conseguido dizer que a amava se ela não tivesse garantido anos antes que não precisava das palavras certas?
Levantou da cama, então, e mesmo apesar do cansaço caminhou até o banheiro e se enfiou debaixo da água gelada, em uma tentativa de esquecer daquilo e só pensar na água fria tocando sua pele.
Para seu alívio, aquilo funcionou bem, e quando jogou-se novamente na cama, adormeceu imediatamente.
Sexta-feira, se é que era possível, acordou parecendo mais cansada do que antes de dormir.
Fez tudo no automático, inclusive trocar-se para o trabalho e conversar com sua amiga, que tão gentilmente a abrigara quando ela precisou, uma semana atrás.
Olhando o tempo todo para o celular no caminho do apartamento até a garagem do prédio, admitiu pra si mesma: não estava cansada do trabalho ou por não dormir direito. Estava cansada de estar sem ele.
Largou o celular no porta-luvas do carro depois de certificar-se que não, em uma semana não ligara sequer uma vez pra ela. Talvez ela estivesse certa de lhe cobrar que dissesse as tais três palavras. Porque talvez ele não dissesse por não amá-la realmente.
Antes mesmo de ligar o carro, ligou o rádio e sintonizou em sua estação predileta, pegando a metade de uma música do One Direction que tocava.
Já estava quase na metade do caminho, cantando as músicas e se distraindo, quando a voz do locutor, dessa vez o da manhã e, por consequência, o seu favorito, soou:
- E esta foi a One Direction com Story Of My Life! Mas não se aflija, ainda temos muitas músicas pra você aqui na Active FM*.
parou em um sinal vermelho, batucando levemente no volante.
- Agora, como de costume, temos um recado de um ouvinte para a sua amada. Dessa vez, a mensagem é do para . !
assustou-se ao ouvir aquilo. ? Aquele era o apelido que ela dera a , e era o seu sobrenome!
- diz: – a voz do locutor voltou aos seus ouvidos – “Os anos que passamos juntos foram os melhores da minha vida, e eu sinto muito por qualquer palavra que tenha lhe faltado” – “qualquer palavra que tenha lhe faltado”? Aquele só podia ser ! estava chocada – “Espero que ainda exista um tempo para o ‘nós’, porque eu não saberia o que fazer se, depois de tudo, nos tornássemos apenas ‘eu’ e ‘você’”. – O locutor fez uma pausa, pausa essa que foi o suficiente pra que os olhos da se enchessem de lágrimas – Boa, ! – o locutor parabenizou – Espero que consiga sua garota de volta! E agora, pra você . , seu amado deixou uma música!
Algumas buzinas soaram atrás do carro de , e assustada ela percebeu que o semáforo já estava aberto. Avançou às pressas com o carro, parando na primeira vaga que achou e estacionando ali mesmo pra poder ouvir a música e não bater em nenhum outro carro com sua visão embaçada pelas lágrimas.
A introdução da música começou, e logo reconheceu a primeira voz: Daniel Jones, um dos vocalistas de sua banda favorita, McFLY.
Com a emoção pelas palavras de , apenas algumas das palavras da música ela conseguiu absorver realmente, mas soube que eram as mais importantes.
Back in the old life
Before you existed
I couldn't see right
My windows were misted
Except that one word made me feel much better
It starts with "L" and it's got four letters.
Assim como a música pedia no refrão, aumentou o volume e encostou a cabeça no banco do carro, sorrindo e chorando ao mesmo tempo.
Tinha entendido a mensagem de .
Just one thing holding us together
A four letter word and it lasts forever
Secando as lágrimas, ela tentou controlar-se pra poder ligar o carro novamente.
Funny one thing led to another
You came along, filled my days with color
And it's been an everlasting summer
Since we found each other
E então, ela sabia pra onde deveria ir.
So turn it up, turn it up, hey
As loud as you can make it go
'Cos love is on the radio
xx
Chegou à porta de seu apartamento, dessa vez o seu mesmo, aquele que dividira com .
Usou sua chave, que desde que saiu dali uma semana atrás estava perdida no fundo da bolsa, e abriu a porta.
E lá estava ele. Jogado no sofá, enrolado em seu roupão, da mesma forma que estava alguns minutos antes que a briga que os separara começasse.
Quando ela abriu a porta, levantou-se às pressas e, então, encarou-a por alguns momentos.
não sabia o que falar. Só queria jogar-se nos braços dele logo e matar as saudades. Ela havia entendido a mensagem. Ele a amava.
Mas não deixou que ela fizesse nada. Ele mesmo não sabia o que dizer, mas como sempre mantendo seu bom humor, sorriu.
- Você não faz ideia de como é difícil conseguir mandar uma mensagem naquela rádio, meu Deus do céu! – riu sozinho, um pouco nervoso – Eu estava tentando desde o começo da semana.
, sentindo-se idiota, sentiu as lágrimas começarem a cair novamente quando aproximou-se.
- Eu sinto muito por nunca ter dito o que você queria ouvir. Eu só... Acho que me acostumei com a ideia de ouvir você dizer sem me cobrar a mesma coisa. E pra mim, sempre foram apenas palavras, sabe? Mas eu não dizer não significa que eu não te ame, , porque eu amo – ele respirou fundo – Eu devia ter dito muito antes, e eu espero que não seja muito tarde agora, mas eu te amo. Com todo o meu coração, com tudo o que há em mim. Eu te amo, .
secou as lágrimas, ainda vários passos longe dele.
- Eu sempre soube – começou – desculpe por tudo, eu disse antes que você não precisava dizer, desculpe te cobrar algo que eu mesma disse que não precisava – deu alguns passos pra frente, e fez a mesma coisa, fazendo com que ficassem a apenas um metro de distância – mas eu entendo agora – continuou – Love is on the radio – ela citou a música – o amor está no rádio e está aqui também, entre eu e você.
, então, deu os passos que faltavam e a abraçou, ambos tentando eliminar a falta que sentiram um do outro durante toda a semana somente naquele abraço.
- Eu e você não. – Ele sussurrou. – Acho que nós fica muito melhor.
FIM
*Estação de rádio fictícia.
Olá! :D espero que tenham gostado de Turn it Up! Foi uma fic muito gostosa de escrever, mas com uma música dessas, como poderia não ser, né? <3
Queria agradecer primeiramente à Mayh, que mandou Love is on the Radio pro Projeto Songfics. Amo McFLY há muito tempo, e essa música deles me trás muitas emoções boas quando ouço, então obrigada por enviar, Mayh! Foi uma surpresa ter a sorte de pegar essa música! Espero que você goste da fanfic, e me perdoe por ter escrito no fandom “Outros”, e não com McFLY.
E um agradecimento à Lizandra Antunes também, que me deu opiniões e foi a primeira a ler a fic. Obrigada, Li! Sua opinião foi muito importante pra mim!
E é isso. Caso queiram checar outras fanfics minhas, entrem no meu tumblr de fics e divirtam-se.
Beijos!