Some Kind of Wonderful

Escrito por Luisa Moreira | Revisado por Debbie

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   está em seu quarto escutando suas bandas favoritas de K-pop, comendo ramen e pensando nos comeback’s que virão. Enquanto isso está em seu apartamento consertando seu notebook e pensando no que fazer para conquistar Kim Lee In, a garota mais popular do colégio; ele estava com essa ideia fixa na cabeça desde que se desencantara de Yoon Ra Jin. Em algum lugar perto dali, Lee In trocava carinhos com seu namorado ricaço Seok Hyun Woo. A mãe de chega em casa e diz:
  - querido. Você está precisando cortar o cabelo.
  - Já cortei, mãe... – responde entediado.
  - Mesmo assim, . Esse seu cabelo já cresceu e está entrando nos seus olhos. Pode te cegar... – e começa a correr atrás de com uma tesoura na mão. Ele grita desesperadamente, mas ninguém pode socorrê-lo.
  No dia seguinte, ao chegar ao colégio, encontra mexendo em seu armário e Ra Jin reclamando com ela. Ele exclama:
  - Ei, como foi que você...?
  - Oi, biscoito. Relaxa. Só estou procurando por aquela música sobre um cara que se matou pela garota que não o suportava. – respondeu cinicamente. soltou uma exclamação exasperada e ela continuou: - Sabe de que música estou falando?
  - Eu falei pra você não mexer nas coisas dele, – disse Ra Jin se esquivando. – A gente encontrava outro jeito de...
  - Você, por acaso, sabe o significado da palavra “privacidade”? Hein? – atacou bem alterado.
  - Claro, biscoitinho! – falou , cada vez mais debochada – E é por isso que nunca deixo ninguém mexer nas minhas coisas! – ela sorriu com o canto dos lábios.
  - Saia daí, ! Antes que eu te agarre e te coloque porta afora – ele disse, completamente transtornado e se aproximando da garota. Ra Jin se surpreendia cada vez mais de como não tinha mais medo da amiga.
  - Nossa! Você está de bom humor hoje... – continuou provocando.
  - E-U D-I-S-S-E: S-A-I D-A-Í, !
  - VEM ME TIRAR, IDIOTA! – gritou .
  - Calma, . – disse Ra Jin, tentando segurá-lo, mas em vão. - Ela só ia fazer uma sur...
  Nem deu tempo de Ra Jin segurar . Ele voou pra cima de , agarrou-a pelos braços e a arrastou até a entrada do colégio. Ele estava bem maior e bem mais forte que ela agora. gritava e esperneava:
  - ISSO É EFEITO COLATERAL POR SER TÃO ODIADO OU O QUÊ? SE EU FICAR ROXA, EU TE MATO, ! AH!
  Jogou-a porta afora e retornou limpando as mãos, com um sorriso satisfeito no rosto. Voltou-se para seu armário. Ra Jin e os outros alunos assistiam a tudo impressionados.
  - MONSTRO! – gritava entrando novamente na escola, completamente descabelada e soltando chispas de ódio pelos olhos. Aproximou-se de até ficar com o rosto a poucos centímetros do dele, encarando-o desafiadoramente.
  - Está mais comportada, agora, ? – disse ele sem sair do lugar e encarando-a.
  - Calma vocês dois – Ra Jin interveio, ficando entre eles. – Olha, , ela só ia colocar um presente pra você no armário. Pelo seu aniversário. Eu disse para ela não colocar aí, mas você sabe como é a ...
   ficou abalado e surpreso com a revelação. Envergonhou-se de suas conclusões precipitadas. Ra Jin continuava falando:
  - É uma agenda eletrônica, uma das mais modernas. Espero que você goste. Presente meu e da ...
   agora estava paralisado. ainda o olhava nos olhos, mas já não havia ódio e sim satisfação... Ela esboçava um sorriso vingativo...
  - Mas por que ela não disse quando perguntei... – ele olhava fixamente para , agora mais relaxados.
  - Porque queríamos te fazer uma surpresa, idiota! – ela disse, afastando-se dele. – Deixei de comer um montão de ramen por causa desse presente – resmungou.
  - Adorei o presente, meninas. Obrigada. – respondeu ele. - Não precisavam se incomodar tanto. Desculpe por tudo, . – ele abraçou-as.
  - Feliz aniversário, ! – disse Ra Jin.
  - Feliz aniversário, cara de biscoito. – provocou . – Por falar nisso, já tomou suas 28 vitaminas essenciais hoje? – e soltou uma risada bem gostosa.
  - Não começa, Lee – repreendeu Ra Jin. Eles foram andando para a sala de aula, ainda abraçados. no meio das duas.
  - Ei, onde estão seus livros, ? – perguntou .
  , que estava sem mochila e sem nada nas mãos, abriu os braços fingindo procurar alguma coisa...
  - Acho que esqueci. Nada aqui. Nada nesse outro...
  - Você nunca estuda. – repreendeu ele.
  - Não começa você também, . – recriminou Ra Jin, já prevendo uma nova briga entre eles.
  - Tua mãe deve ter te azucrinado muito hoje, não é, ?
  Ra Jin revirou os olhos.
  - É só o que ela sabe fazer – confirmou, fazendo ar de descaso.
  - Provavelmente é melhor ter uma velha mãe te azucrinando do que uma mãe que não te questiona sobre nada. – desabafou .
  - As coisas não estão legais em casa, hein? – perguntou compreensivo.
  Ra Jin estava sobrando ali. Ela percebeu, mas continuou caminhando com os amigos.
  - Isso não importa – rebateu . – Sei que sempre posso contar com você... Vocês! – soltou. – É perfeito sermos amigos.
  - Uh! Que rasgação de seda é essa agora, ? Tem certeza que é você mesma?
  - Idiota!
   havia se desiludido com o breve relacionamento com Ra Jin e tinha esquecido completamente que passou um tempão gamado nela. Ele não sabia se havia sido os beijos, o namoro em si... Mas o fato é que desencantou.
  Passou a última semana observando Kim Lee In e seu namorado Seok Hyun Woo. Hyun Woo era um safado que vivia agarrando outras garotas pelas costas da namorada. passou a acreditar que Lee In era uma coitadinha e que precisaria dos cuidados dele. Além de ser extremamente bonita e feminina... Uma gata!
  Um dia, ficou mechendo em seu celular enquanto Ra Jin desceu para buscar lanche para eles. , que estava relaxada sobre um puf, puxou assunto:
  - Você anda mais estranho do que já é, .
  - Não enche, .
  Ela arqueou as sobrancelhas, fez cara de pouco caso e deu de ombros. baixou a guarda, já que estava encucado há dias.
  - Posso te fazer uma pergunta? – soltou ele.
  - Fala.
  - Você conhece uma garota chama Kim Lee In?
  - Ah – respondeu , mais interessada agora, mas fingindo desinteresse. – No colégio? O que tem ela?
  - O que você acha dela? – falava sem olhar para .
  - Uma ratazana – fez cara de nojo. – Por quê?
  - Curiosidade...
  - Curioso, por quê? – debochou – Já esqueceu a Ra Jin?
  - Só para saber quem ela é, . Não penso mais na Ra Jin como namorada...
  - Por que ela é bonita, certo? – se atreveu a perguntar – Garotos são uns doentes... – e revirou os olhos.
  - Não falei nada sobre isso, .
  - Oh! Vai me dizer que quer começar um grupo de estudos com ela, então – satirizou.
  - Eu não disse que queria alguma coisa com ela... Apenas acho ela interessante.
  - Não confunda o paraíso com um belo par de pernas, .
  - O que você quer dizer com isso, exatamente?
  - Não se meta onde não é chamado, . – deu um sorriso satânico. - É só a minha opinião. Vai continuar correndo atrás de garotas que nem sabem que você existe?
  - Eu demonstro interesse por alguém que nem conheço e você fica tensa.
  - Não é tensão – respondeu . – É a voz da razão. E isso não é interessante, é patético. E quer saber? Isso já me cansou! RA JIIIN, CADÊ A COMIDA?
  - JÁ VOU!
  - Kim Lee In? – suspirou balançando a cabeça.
  - Esqueça isso, . Não é importante.
  - Quer saber? – disse se levantando do puf e se aproximando dele. - Você não sai com ela nem em um milhão de anos. Letra A: Você é tímido demais até pra se aproximar dela e Letra B: Ela te comeria vivo. Garotas como ela só pensam em uma coisa e você não tem o suficiente para ela.
  - Você não pode julgar um livro pela capa.
  - É, mas posso te dizer quanto vai custar...
  - Quanto vai custar o quê? – Ra Jin entrou nesse momento com uma bandeja cheia de bolinhos e outras guloseimas. voou pra cima dela.
  - Nada. Nada mesmo. – respondeu de boca cheia e olhando diretamente pra que a encarava com um olhar de “não se atreva a falar nesse assunto com mais alguém”.
  Na semana seguinte, continuou observando Lee In e seu namorado, tanto que presenciou ela sendo chamada a atenção por uma das professoras.
  - Kim Lee In! Faça o favor de vir até aqui, por favor! – disse a professora de educação física. – Matar aula e deixar o colégio com o garoto do carrão vai te dar duas semanas de detenção durante as manhãs.
  - Oh, nós só estávamos conversando, professora. – respondeu Lee In sorrindo e com um olhar inocente.
  - Se quisessem apenas conversar, poderiam ter feito isso sem saírem do colégio. – argumentou a professora. O sorriso de Lee In murchou.
  - Oh, o que a senhorita está querendo dizer, professora?
  - Nada que já não tenha sido dito antes, Lee In. Agora vá para dentro.
  Lee In balançava a cabeça se sentindo injustiçada.
  - Vá para dentro, Lee In! Leia meus lábios. Vá!
  - Não é justo! – disse Lee In com voz chorosa.
  , que observava aquela cena, teve a ideia de aprontar alguma coisa para ficar em detenção também. Ele foi até o alarme de incêndio em frente a sala do diretor e leu atentamente a mensagem do vidro: EM CASO DE INCÊNDIO, QUEBRE O VIDRO. E foi o que ele fez. Só que não havia incêndio. Em vez de correr, ficou parado para ser pego e foi o que aconteceu. foi para detenção.
  No dia seguinte e nos outros dias também, não havia nem sinal de Lee In na detenção. Ela havia enrolado o professor da detenção, Sr. Joon, que era meio careca:
  - Você não deveria faltar às aulas de educação física, Lee In. – disse o professor.
  - Foi incrivelmente legal da sua parte não me deixar com aqueles garotos, Sr. Joon... Eu me sentiria estranha sendo a única garota.
  - Eu achei que não teria problema se você cumprisse a detenção na minha sala.
  - Oh, professor – disse Lee In com voz melosa. – Eu tive uma ideia melhor... Estava pensando se eu precisaria cumprir a detenção se prometesse não fazer mais isso.
  - Ok, Lee In, mas manteremos isso apenas entre mim e você, certo? – disse o professor.
  - Oh, o senhor é um doce, senhor Joon... Obrigada! Eu adoro o jeito que penteia o seu cabelo...
  - Verdade? - perguntou o professor, passando a mão pelos poucos fios que ainda lhe restavam, se sentindo um astro de filme hollywoodiano.
  - Todas as garotas falam isso. – disse Lee In, sorridente.
  - Não. – disse o professor.
  - Oh, sim, verdade! Sério... – o professor se desmanchava em sorrisos – O senhor é o melhor orientador que existe... Obrigada. Muito obrigada!
  - De nada. Tchau, Lee In.
  - Tchau – respondeu Lee In, feliz com sua vitória.
   achou muito esquisito o fato de ir para detenção e pressionou-o até que ele confessasse o porquê disso tudo.
  - Lee In não te conhece. Não dá a mínima pra ti. Está tentando o impossível. Quantas vezes tenho que te falar isso? Eu não sei. Quantas? – disparava, enquanto gesticulava e tomava seu milkshake e enfiava bolinhos goela abaixo. Tudo ao mesmo tempo.
  - Você sabe o tipo de cara que o Hyun Woo é? – perguntou a .
  - Charmoso, rico, atlético, popular, quente, sexy e capaz de transformar sua cabeça num borrão de tinta na parede. Tudo que você não é, NERD! – respondeu .
  - Hyun Woo é um panaca! – disse , parecendo nem escutar as palavras de . – Ele apronta com ela, trata ela como lixo, não a respeita.
   arqueou as sobrancelhas, estupefata.
  - E está claro que ela gosta, seu idiota! Você é um perdedor!
  - Você não sabe como me sinto, . – respondeu ele já de saco cheio – Então, por que não pára de se intrometer?
  - Eu sei como se sente. – disse , sem pensar.
  - Ah, você sabe! Mesmo? – ele disse sarcástico – Já se apaixonou alguma vez?
  - Tem muita coisa sobre mim que você não sabe, NERD. – devolveu.
  - Oh, é verdade? – disse cada vez mais debochado – E por quem você já se apaixonou? Hã?
   balançou a cabeça, desconcertada. Por essa ela não esperava. Revidou, desviando da pergunta de e se levantando para sair:
  - Se quer se machucar, fique à vontade. – disse enquanto limpava a boca e jogava o guardanapo sobre ele.
   segurou-a pelo braço, mas permaneceu sentado. não se virou para olhá-lo.
  - Olha, Puckett, quem não aposta não ganha, certo?
  - . Uma vez otário, sempre otário, certo? – puxou seu braço de uma vez e saiu da lanchonete. acompanhou-a com o olhar.
  No dia seguinte, após a aula de educação física, viu Lee In no vestiário feminino. Ela olhou atentamente para a outra, se perguntando o que vira nela. Comparou seus corpos, desde as curvas aos seios. Olhou as pernas longas de Lee In e seu cabelo bem cuidado. Lee In vestia uma calcinha minúscula, enquanto vestia algo tipo cueca samba-canção. Notou que seus seios eram bem menores que o de Lee In. E na altura, perdia legal. Começou a se achar horrivelmente feia. jamais olharia para ela como se ela fosse uma garota. Nem em seus sonhos mais secretos ele a acharia atraente como Lee In era.
  Pra piorar, uma garota se aproximou sorrindo debochadamente:
  - Isso é uma cueca? – perguntou para .
   sorriu falsamente.
  - Sim. E daí? – respondeu .
  - E daí que eu nunca tinha visto uma garota usar cueca. – respondeu a louca, de forma atrevida.
  - Já viu uma garota com um sabonete enfiado no nariz? – se virou ameaçadoramente para a garota, o sabonete enorme na mão.
  A outra tratou de sair depressinha.
  No fim de semana, no shopping, , que andava na cola de Lee In, observou quando ela pegou Hyun Woo no flagra com outra menina. Foi o maior barraco na frente de todo mundo. não deixou passar a oportunidade e aproveitou a chance para se aproximar e falar com ela. Lee In aproveitou para dar o troco no namorado traidor.
  - Lee In! – chamou . – Tem um minuto?
  - Olá, o que quer? – disse Lee In de forma inocente. – Ela já havia percebido que ficava espreitando por onde ela ia.
  - Bem... Sou . – gaguejou . – Eu queria saber se você sairia... Comigo. Mas se não tiver tempo, eu entendo... – Suspirou fundo.
  - Oh! – disse Lee In. – Você está me convidando para um encontro, ?... Aceito! – Lee In disse bem alto para que Hyun Woo ouvisse.
  - Ah, tá. Então é isso. – disse – Tchau.
  - Tchau – disse Lee In voltando para perto das amigas, satisfeita.
  , que também observava a cena, balançou a cabeça e comentou:
  - Patético! – e mordeu nervosamente um pedaço do sorvete que trazia nas mãos.
   chegou perto delas com um sorriso de orelha a orelha. fechou a cara. Ra Jin perguntou:
  - Então, alguém vai me dizer o que está acontecendo aqui?
  - O biscoitão convidou Kim Lee In pra sair. E é evidente que ela aceitou... Ou fingiu que aceitou. – respondeu .
  Ra Jin abriu a boca, espantada.
  - Como é? Não é verdade. Não pode ser. – disse Ra Jin.
   fez cara feia para ela.
  - Até tu, Ra Jin? – disse ele. – Já não basta a pegando no meu pé?
  - Desculpe... Eu só não entendo... Isso é hilário... Essa garota é popular... É linda... Sexy.
  - Obrigada por me deixar melhor, Ra Jin.
  - De nada, .
  - Ela deve estar no meio de uma crise sentimental para aceitar sair com um palhaço como ele, Ra Jin. Óbvio! – respondeu fazendo careta para – E ele está doido. O que disse a ela, ? Ameaçou-a de morte?
  - Só convidei para sair.
  - Oh, é mesmo? O namorado dela é um homem, . Ele é lindo, um gato. E você, bem... Você é só o... . Considere-se morto! – terminou de enfiar o sorvete na boca, com casquinha e tudo. – Qualquer idiota percebe isso!
  No dia seguinte, na escola, todos os alunos já sabiam que tinha convidado Kim Lee In para sair. Muitos foram os comentários:
  - Hey, . Soube que vai sair com Kim Lee In. Parabéns! – disse um.
  - , parabéns cara. Ela é demais. – disse outro.
  - Tá podendo, hein, ? Dá um beijo na gata por mim.
  Na saída das aulas, encontrou Lee In conversando com uma das amigas dela. Ra Jin ficou só observando. foi embora pra casa.
  - Nas férias da primavera? Está louca? – dizia Lee In.
  - É isso, iremos para Los Angeles. Não, iremos para o Brasil.
  - Lee In! – chamou . - Oi!
  - Oh! Olá, . – Lee In parecia surpresa.
  - Posso te acompanhar até em casa?
  - Bem, eu estava indo pra casa com a Song Kween. – respondeu Lee In.
  - Song Kween, este é . , Kween.
  - Olá – disse .
  - Oi – disse Song Kween com um sorriso no canto dos lábios.
  - Achei que podíamos conversar – continuou , olhando para Lee In.
  - Por que não me liga? – respondeu ela.
  - Ok. – disse – Até mais, então.
  - Tchauzinho – disse Lee In.
  - Por que você não foi com ele? – perguntou Song Kween, depois que saiu.
  - Não quis.
  - Ele está te dando oportunidade de dar o fora nele. - argumentou Song Kween. – Ele quer conversar, então diga a ele que voltou com Hyun Woo. Diga que o usou...
  - Eu não o usei. – disse Lee In parecendo desrespeitada.
  - Oh, sério? – debochou Song Kween. – Você não o usou para dar o fora no Hyun Woo?
  - Não foi por querer. Eu estava brava e ele apareceu. – rebateu Lee In. – Foram as circunstâncias, ok?
  - Ok! Ok! – disse Song Kween. – Lembrando que quanto mais você esperar para acabar, pior será. Viu a cara dele? Está completamente iludido. A menos, é claro, que você esteja interessada nele...
  - Ha, ha. Me poupe, Song Kween.
  Bem pertinho delas, uma garota de cabelos pretos e longos escutava a conversa, disfarçadamente.
  Já em casa, à noite, , recebeu a visita de Hyun Woo. Ele abriu a porta, surpreso.
  - Como está? – perguntou Hyun Woo.
  - Tudo bem. – respondeu, desconfiado. Pensou em . Ela não estava li para protegê-lo.
  - Nervoso com alguma coisa? – disse Hyun Woo.
  - Não. Não. – respondeu , evidentemente nervoso.
  - Parece nervoso – insistiu Hyun Woo. – Não vai me convidar para entrar?
  - Desculpe. Entre. – disse , mantendo uma distância segura de Hyun Woo. – O que faz aqui?
  - Queria falar contigo.
  - Sobre? – arriscou , mesmo já sabendo intuitivamente do que se tratava.
  - Olha, , tô numa boa com essa situação. Não sabia como terminar com a Lee In. E você me poupou uma conversa.
  - E eu devo acreditar nisso, certo?
  - É verdade. Não quero que a Lee In me odeie. Não quero que ninguém me odeie. Então, apreciaria se você me fizesse um favor. Não sei quais são seus planos para sábado, mas venham até minha casa. Darei uma festa. Meus pais estão na Europa.
  - Está me convidando para ir a sua casa? – impressionou-se.
  - Sim, convidei muita gente. Algo errado?
  - Não sei. Diga você – respondeu , ainda desconfiado. – Por mim não tem problema.
  - Conheço a Lee In há um bom tempo e gostaria de manter a amizade. Se for pedir muito para levá-la na festa, desculpe.
  - Coloque-se na minha posição, Hyun Woo. Isso não soa bem.
  - Coloque-se você na minha posição, ! Eu convido uma ex-namorada e o cara que a roubou de mim para uma festa. Acha que pareço legal por isso? Ouvi muito por causa disso.
  - Por isso mesmo estou questionando seus motivos – argumentou .
  - Te entendo. - insistiu Hyun Woo. - Venha. É só uma festa. Não é o fim do mundo.
  - Vai ficar numa boa comigo?
  - Você vê algum motivo para eu ficar de joguinhos?
  - Bem, falarei com Lee In e...
  - Já falei com ela. – disse Hyun Woo, demonstrando satisfação. – Ela aceitou.
  - Você falou com ela? Sério? – exclamou , surpreso. – Bem, então nós vamos.
  - Bom. Sabe? Não será a coisa mais estranha do mundo se nos tornarmos grandes amigos. – disse Hyun Woo.
  - Sim, será. – respondeu . – Bem estranho.
  - Até mais. Te vejo no sábado.
   foi correndo pra casa de Ra Jin. Precisava conversar com alguém. Chegando lá, contou tudo para ela, que ficou só calada escutando o amigo desabafar. Quando ela ia manifestar sua opinião, entrou. Também tinha ido conversar com Ra Jin. No entanto, não parecia a mesma . Tinha um olhar triste e perdido, porém não deixou escapar a oportunidade de alfinetar .
  - Desde quando tua mãe te deixa sair à noite durante a semana? Eu perdi alguma coisa? Está havendo uma nova ordem mundial?
  - Ela não está em casa – respondeu , sem paciência. – Se quer me atazanar e me deixar mal, pode fazer isso depois, por favor?
  - Até poderia, Kokito. Mas, para sorte sua, eu não agüento. Kim Lee In não gosta de você tanto quanto você pensa.
  - Talvez. – respondeu ele, secamente.
  - Ela não te ama! – jogou na cara dele.
  Ra Jin tentou intervir, já prevendo uma discussão entre os amigos. Mas foi em vão. Era como se ela não estivesse ali.
  - É uma farsa. Uma grande farsa. – soltou. Ra Jin a repreendeu com os olhos.
  - Como você sabe? – perguntou , chegando perto de , e enfiando as mãos nos bolsos das calças. Tinha medo de querer estrangulá-la.
  - Coloco minhas mãos no fogo. – Ela o fitava como se estivesse decepcionada. – Quer saber, ? – chegou mais perto dele, para que suas palavras ficassem gravadas na mente do rapaz. – Ficaremos melhor se não passarmos mais tanto tempo juntos. Durante muito tempo, foi só eu, você e a Ra Jin. Aqui, na escola, na lanchonete, no programa e até na rua.
  - Por quê? – não entendia.
  - Porque eu estou te enlouquecendo e você está me enlouquecendo – os olhos de estavam úmidos. – Prefiro ficar sem te ver a ter você me odiando... As únicas coisas importantes na minha vida sou eu, a Ra Jin e... E você! – dizendo isso, saiu batendo a porta e deixando um sem saber o que dizer e uma Ra Jin que sabia muito bem o que estava acontecendo.
  Ra Jin, então, resolveu abrir os olhos de e contar o que sabia. Exceto que o amava. Isso ele teria que descobrir sozinho. Não podia trair a confiança da amiga. Sentou-se no sofá e chamou o amigo.
  - É tudo uma farsa, . Lee In, o encontro, a festa, tudo. Uma farsa – Ra Jin falava pausadamente, como se quisesse ter certeza que entenderia o que ela dizia. – Lee In só sairá contigo pra te levar até a casa de Hyun Woo e ele irá te dar uma surra.
   esboçou um meio sorriso, incrédulo. Ra Jin continuou.
  - Eu mesma ouvi ela dizendo que tinha voltado para o Hyun Woo e que iria te dar o fora. A escutou Hyun Woo e os amigos dele falando que iriam armar pra te pegar na festa.
  - Quando foi isso? – quis saber já somando dois mais dois...
  - Hoje pela manhã. – Ra Jin estava séria.
  - Verdade? Uma farsa? – ainda assimilava aquela informação. Ra Jin afirmou com a cabeça.
  - Sim.
  - Sim, . Sinto muito. – Ra Jin achava que não merecia aquilo tudo, mas ele era um completo idiota por não perceber que o amava.
   se despediu de Ra Jin e saiu correndo...
  - Aonde você vai, ?
  - Na casa de .
  Ra Jin sorriu.
   foi apressado para a casa de e entrou sem bater. Também se tivesse feito isso ela não o escutaria. Encontrou-a no quarto escutando j-rock no mais alto volume, deitada em sua cama, de olhos fechados. Não sabia se ela o expulsaria dali, mas precisava tentar, precisava pedir desculpas para ela. Não queria que ela se afastasse dele, jamais. Aquilo que ela dissera na casa da Ra Jin o deixou muito abalado. Deveria estar dando pulos de alegria, mas não estava... Pensando bem, sempre fora sua amiga. A mais verdadeira. Mesmo que o jeito dela de se expressar não fosse nada convencional, ela estava sempre certa. Passou alguns minutos a contemplá-la, antes que ela percebesse sua presença.
  Quando ela abriu os olhos e o encarou, surpresa, ele percebeu que os olhos dela estavam vermelhos e inchados. Foram poucas vezes que viu chorar. Ela era durona.
  - Oi – falou sem saber o que dizer. – Posso entrar?
  - Já está dentro, não? – levantou-se da cama e abaixou o volume do som.
  - Sua mãe não se importa de você ouvir o som tão alto assim? – perguntou fechando a porta e tentando quebrar o gelo.
  - Não sei. Nunca perguntei. – estava visivelmente tensa, mas não parecia que iria atacá-lo. Pelo contrário, estava bem estranha, aparentando tristeza e um tanto formal. teve ímpetos de abraçá-la. – Há que devo a honra?
  - Estou com um problema – disse . – Se lembra que me falou que Lee In era uma farsa? – ele abaixou a cabeça e esfregou as mãos nervosamente. o encarava com as mãos nos quadris.
  - Sim. – respondeu .
  - Bem... – prosseguiu . – É uma farsa.
  - Quer dizer uma farsa, como uma farsa pra você? – perguntou. sorriu.
  - Isso – ele confirmou enquanto se sentava na beirada da cama. continuou em pé e cruzou os braços – Ra Jin me contou tudo.
  - Que bom que descobriu – comentou ela, passando os dedos nos cantos da boca, após emitir um suspiro.
  - Não estou com medo de Hyun Woo. – comentou , olhando significativamente para .
  - Deixe ver se entendi. – ela disse se aproximando dele e soltando os braços ao longo do corpo. – Você quer prosseguir com isso?
  - Eu preciso, .
  - Você acha que é apenas Hyun Woo?
  - Não. O fato é que se ele quer me pegar, ele me pega. Não precisa ser na festa. Ele terá muitas oportunidades. Não vou me esconder dele.
  – Deixe como está, . – pediu .
  - Não posso.
  - Por que não? – quis saber.
  - Porque quero enfrentá-lo.
  - Bem, esqueça. Isso é impossível. Daqui a pouco ele vai pra faculdade e te esquece. É melhor engolir orgulho que sangue.
  - Você não pensa assim, . Não acredito que pense assim. – olhou para ela incrédulo. - Não me rendo a eles, nem por um minuto.
  - Entendo – olhou para ele, mas ainda sem sorrir. deitou-se na cama de com as mãos na nuca e fixou o olhar no teto. – Estou te desconhecendo . – deitou-se ao lado dele e colocou as mãos sobre a barriga.
   virou o rosto e olhou para ela. continuou a mirar o teto.
  - Me desculpe, – pediu ele. – Desculpe ter sido tão ríspido com você. Desculpe não ter te ouvido.
  - Me desculpe também, .
  - Sempre machucamos a quem amamos. – comentou despreocupadamente. deu um meio sorriso. Sabia que ele falava de amor de amigos.
  - Então – perguntou ela travesente – Quando é que você quer ir à forra com Lee In?
  Foi a vez de sorrir. o havia perdoado. Ela era uma pessoa única, e muito especial.
  , , Ra Jin elaboraram um plano para se vingar de Lee In, Hyun Woo e sua turma. Contaram com a ajuda de Bin Hyung, irmão de Ra Jin, e seus amigos. continuou fingindo que queria um encontro com Lee In e ficou perseguindo ela durante a semana toda. Foi difícil manter a encenação, já que estava com raiva dela e, mais uma vez, o encanto havia se quebrado. Só que dessa vez, de uma maneira bem pior.
  - E aí, Lee In? A que horas você quer que eu te pegue no sábado?
  Lee In virou-se para suas amigas como se pedisse ajuda.
  - Tem que ver com suas amigas quando pode sair? – estava impaciente.
  - Não, eu só... – Lee In estava visivelmente nervosa.
  - É só uma pergunta simples. – a encarava, quase se entregando. – A que horas?
  - A hora que quiser – Lee In respondeu apressada.
  - Sete e meia? Pode ser? Se tiver problemas, me ligue. – saiu sem esperar pela resposta dela. Estava saturado daquela menina arrogante e metida.
  Saindo da escola, e foram para a rua comprar uma jóia, que seria dada de “presente” a Lee In. Isso era parte do plano também.
  - Como se sente carregando todo esse dinheiro no bolso? – perguntou.
  - Um pouco desconfortável. – admitiu.
  - Quer que te diga mais uma vez que você é louco?
  - Não.
  - Mas , esse dinheiro eram todas as suas economias...
  - Sim.
  - Sua mãe não vai ficar zangada com você? – insistiu.
  - Não é possível medir isso com a tecnologia existente. – respondeu , matreiro.
  - Ela é um pé no saco, não é?
  - Não. Quer dizer, na maior parte do tempo, sim. – admitiu .
  - Ei, eu só me estranho com sua mãe porque tenho ciúmes... – soltou e emendou – Deve ser bom ter alguém que procura o melhor pra ti.
  - Algumas vezes.
  - Ainda assim, ela vai te matar...
  - Sim e não. Ela me ama. – sorriu.
  - Foi o rosto ou o corpo de Lee In que te atraíram? – estava engasgada com aquela pergunta há dias... percebeu que deveria tomar muito cuidado com a resposta que ia dar a . Ela não era nada boba.
  - Não sei. Acho que tudo. – admitiu.
  - Minha avó dizia que quando eu crescesse teria peitões. – falou displicentemente.
  - O que aconteceu? – falou sorrindo e fingindo examinar a blusa de .
  - Não sei – respondeu , sorrindo também. Acho que dei sorte...
  Na joalheria, e olharam diversos modelos de colares, brincos e pulseiras. se encantou por um brinco pequeno, em ouro 18k, cravejado de brilhantes. Custava mais de 500 dólares.
  - Este? – Quis saber .
  - Sim – disse . – São lindos e a Boba da Lee In vai adorar.
  Mais tarde todos resolveram assistir a um filme comendo pipocas e tomando refrigerantes. Acertaram tudo que faltava para o grande dia. Após o filme, e , que não se desgrudaram a tarde inteira, se despediram de Ra Jin.
  - Boa noite, Ra Jin – disseram em uníssono.
  - Boa noite, , . Tchau.
  Assim que Ra Jin fechou a porta, virou-se para e disse:
  - , preciso de mais um favor seu. Por favor... Mas não dá para falarmos aqui no corredor.
  - Tudo bem. Podemos ir lá em casa. – disse.
  - Ok – concordou, visivelmente apreensivo.
   olhava para ele pelos cantos dos olhos.
  - Agora que estamos aqui, diz o que está te preocupando.
  - O que vou dizer para Lee In quando estivermos a sós? – perguntou . – Você sabe que não tenho nenhuma experiência nesses assuntos, . – o olhar dele era de súplica. – Ela tem que ficar interessada em mim, ou, pelo menos, interessada no que ela acredita que eu possa dar para ela.
  - Ora, diga o que vier a sua cabeça. Tente ser o mais natural possível, . – A minha experiência é tão grande quanto a sua. – falou, mas nenhum dos dois tocou no assunto do primeiro beijo que, juntos, compartilharam meses antes.
  - Ah, mas você é muito mais esperta que eu... E se ela quiser que eu a beije? O que vou fazer? Lee In não é uma iniciante em beijos como nós. Eu já a vi diversas vezes beijando o Hyun Woo. Ela é bem experiente.
  - Beije-a – disse , a contragosto. – Afinal, o que você quer que eu faça, ? – já estava ficando exasperada com o rumo daquela conversa.
  - Não acha que devemos praticar? – arregalou os olhos para – Quero dizer, praticar falas, gestos? – emendou.
  - Tudo bem, . – suspirou . – Eu vou te ajudar com isso – Mas só se você se sentir à vontade, ok? – ela falou demonstrando uma segurança que não sentia. Dizendo isso, sentou-se sobre uma mesa que havia em seu quarto.
  - Estou bem. – mentiu Fred.
  – Legal. Venha, antes que eu me arrependa.
   aproximou-se de , mexendo nervosamente as mãos. Estava se sentindo estranho, com uma contração no estômago. Não sabia para que lado olhar. quebrou o gelo.
  - Tudo bem. O que vai fazer com as mãos? – perguntou.
  - Depende. – respondeu.
  - Não. Não depende. – rebateu . – Elas vão na cintura dela.
  - Ok. – respondeu , mas não tinha coragem de se mexer.
  - Coloque as suas mãos na minha cintura, .
  - Ah, ok. – respondeu . - teve que puxar as mãos dele e apoiá-las na sua cintura.
  - Agora, olhe nos meus olhos. – pediu. Eles se fitaram por alguns segundos e não aguentou e começou a rir. – Não preciso fazer isso, ok? Leve a sério, . – ralhou, semicerrando os olhos.
  - Eu sei. Me desculpe. – Pediu .
  - Colabore, ok? - e, olhando nos olhos dele, ela prosseguiu. – Se tudo der certo, provavelmente ela fará isso. – e colocou seus braços sobre os ombros de , fechando as mãos ao redor da nuca dele.
   sentiu-se como que eletrocutado. Seus pensamentos paralisaram e sua respiração ficou ofegante... Mas que diabos estava acontecendo com ele? Aquela era só a .
  - Como sabe? – conseguiu perguntar a ela, mas sua voz saiu trêmula.
  - Assisto muita TV. – respondeu. – Agora, feche seus olhos. – obedeceu. olhou para os lábios dele e hesitou por alguns segundos que, para , pareceram longos minutos...
  Então, aproximou seus lábios lentamente e beijou como na primeira vez, apenas encostando sua boca com suavidade na dele. Porém, fez algo inusitado. Ele aprofundou o beijo e puxou o corpo de para se encaixar ao seu. Ela enlaçou as pernas na cintura dele e acariciou-lhe o pescoço. Dessa vez ela fechou os olhos e se deixou levar pelas sensações agradáveis e novas que lhe aqueciam. apertou-lhe a cintura. O beijo se aprofundava mais e mais. As línguas se buscavam... Nesse ponto, empurrou e interrompeu o beijo. Ambos respiravam com dificuldade e se olharam assustados.
  - O que foi? O quê? – perguntou, sem entender direito o que se passava, mas ele sabia que queria prosseguir com aquele beijo. Não queria parar.
  - A lição acabou, . Você é bom. – falou, dando as costas para ele. – Muito bom. Agora vá pra casa. – ela pediu.
  - Você está ficando vermelha. – sorriu.
  - Tá certo. – ela voltou-se para . – O dia em que ficou vermelha.
  - Não, . Foi legal. Não quero ir. – ela já estava empurrando porta afora. – Você é... Você é bonita. – Não fique zangada, ok?
   bateu a porta. ainda gritou.
  - Te vejo amanhã, . – e saiu com um olhar perdido e sonhador, rindo abobado.
  No sábado à tarde, na casa da Ra Jin, estava quieto e risonho, o olhar perdido. Bin Hyung, Ra Jin e Taeyoon ficaram olhando para ele, admirados e resolveram perguntar:
  - Hey, . Pode nos contar a piada? – perguntou Bin Hyung.
  - Hein? O quê?
  - Coitado! – disse Taeyoon – Além de doido, tá ficando surdo. – Por que está sorrindo, ? – Taeyoon quis ser mais direto.
  - Hã? Não percebi que estava sorrindo, Taeyoon – disse isso, sorrindo. – Mas se te incomoda, eu posso parar.
  - Não sorria muito ultimamente, . – retrucou Bin Hyung. – Queremos saber o porquê da mudança.
  - Bem, não tinha muitos motivos para sorrir. – falou .
  - Você tem um belo sorriso, . – disse Ra Jin. – Deveria sorrir sempre. – Ra Jin tinha algumas suspeitas daquela mudança, mas preferiu aguardar, mas não por muito tempo.
  - Obrigado, Ra Jin.
  Nesse momento a porta se abriu e entrou. abriu um sorriso mais largo ainda e se levantou. As suspeitas de Ra Jin se confirmaram. não tirava os olhos de e ela, por sua vez, estancou na porta e parecia achar alguma coisa bem interessante no chão.
  - Vamos no cinema? Hein? ? ? Hello! – Ra Jin chamou tanto que finalmente conseguiu fazer com que seus amigos saíssem do transe em que se encontravam.
  Após o cinema, e já estavam agindo de forma mais natural um com o outro. Logo se despediram e foram se arrumar para executarem o plano de vingança.
  Bin Hyung seria o motorista e iria acompanhá-los. Ra Jin iria para outra parte com Taeyoon e outros amigos de Bin Hyung.
  Na porta de , Bin Hyung estacionou o lindo carro que conseguiu arrumar com um de seus amigos. Ele estava vestido como um motorista profissional. estava linda em um vestido lilás justo, o qual acentuava as curvas de seu corpo. A pele muito bem maquiada e os cabelos perfeitamente arrumados. precisou segurar o queixo e a vontade de terminar logo com aquela vingança idiota. Queria ficar sozinho com . Tinham muito a conversar. A vinda dela tinha sido providencial. Não seria só para lhe dar apoio.
   e desceram do carro e se contemplaram.
  - Dá um tempo... – reclamou – Olha só para nós!
  - Acho que você está demais. – elogiou com sinceridade e ajeitou o paletó dele.
  - Que pena que minha avó já morreu... – disse – Ela ficaria orgulhosa de me ver de sutiã. – sorriu.
  - Hey, eu ainda estou aqui. – gritou Bin Hyung.
  - Pegue seus trapos e vamos – debochou , entrando na parte da frente do carro.
   tocou a campainha da casa de Lee In e logo ela apareceu. Apesar de bem arrumada, não exercia mais nenhum encanto sobre ele.
  - Oi – ela disse, examinando-o de cima abaixo – Está diferente.
  - De quando? – perguntou.
  - De antes. – retrucou Lee In.
  -Estou de terno – respondeu . Lee In gargalhou exageradamente – Já você continua a mesma. – rebateu e ela pareceu não perceber o falso elogio.
  - Vamos? – perguntou ele, oferecendo o braço a ela.
  - Ok. Oh, olha só este carro! – exclamou Lee In – Você o roubou?
  - Não. Peguei emprestado – respondeu . – Imaginei que você fosse fina demais para carros populares. – dizendo isto, sorriu com o canto da boca.
  - Está certo. – respondeu Lee In.
  Chegando ao carro, Bin Hyung abriu a porta dos passageiros, com reverência, para que e Lee In entrassem. Só então ela percebeu a presença de .
  - Então, . – Lee In usava um tom meloso. – Sempre trás uma garota a mais quando você sai?
  - Gosto de estar coberto – respondeu , sarcástico.
  - Muito bom. Vou me lembrar disso.
  Enquanto isso, olhava-os pelo espelho do retrovisor e pensava: “Vou amar isso. Já posso sentir.”
  A primeira parada da noite foi em um restaurante caríssimo.
  - Sua amiga não vai entrar conosco? – perguntou Lee In.
  - Não – respondeu , seco. – Ela prefere ficar na companhia do motorista – em seguida, piscou para que lhe sorriu com os olhos. entendia tudo que queria lhe dizer apenas com um olhar. Eram cúmplices. – Somos só eu e você – falou para Lee In sedutoramente.
  No restaurante, contou com a ajuda do dono do estabelecimento. Havia uma reserva especial para ele e Lee In, assim como um atendimento vip. Ao fundo uma música clássica tocava, havia flores, toalhas e guardanapos de linho, tudo combinava para manter o clima bem romântico.
  - Sua comida está se mexendo? – perguntou para Lee In que fitava seu prato com cara de nojo.
  - O que é isto? – perguntou Lee In, ainda com a cara enojada.
  - É caviar beluga. – respondeu . - É o caviar mais caro que se pode comprar. Pensei que você fosse uma garota fina. Deveria conhecer esse tipo de coisa. – falou com zombaria.
  - Olha – falou Lee In perdendo a paciência. – Como isso aconteceu é um mistério tanto pra mim assim como pra ti. Estou tão espantada com isso quanto você... Então por que não para de se meter comigo, por favor? – disse ela com a voz melosa e irritada.
  - Estou me metendo contigo? – quis saber rindo com seu costumeiro sorriso de canto de lábios.
  - Sim – respondeu Lee In, desconcertada. Ela não esperava que fosse tão senhor de si. – Como naquele dia, com aquele seu joguinho de poder sobre eu ter que pedir permissão aos meus amigos. Não gostei daquilo. Não gosto de ser tratada assim.
  - É, acho que você gosta de ser tratada de forma pior. – devolveu-lhe , olhando duramente para Lee In. – Mas era verdade, não era?
  - Pelo menos eu tenho amigos. – disse ela.
  - Tem certeza? – alfinetou.
  - Quer por um fim nisso agora mesmo? – falou Lee In, jogando seu guardanapo sobre a mesa.
  - Hey, relaxe. – disse acalmando a situação para poder prosseguir com seu plano. - Se acalme, por favor. Já pedimos. Não podemos sair, ok? Aproveite o ambiente. Imagine que não estou aqui.
  - Eu gostaria. – respondeu Lee In.
  Do lado de fora do restaurante, e Bin Hyung se divertiam jogando dados em regime de aposta com outros motoristas. E, é claro, estava ganhando. Apesar de bem arrumada, não deixou de lado seu jeito moleque de ser.
  - Tira isso daí. Aí vão os dados – gritava . - Façam suas apostas. Apostamos no dez. Certo? Aposta única. Aposta única. – repetia ela.
  - Te dou 5 para 1. – disse um deles.
  - 5? – gritou . – 5 para 1? 7 para 1.
  - 7 para 1? Aqui é o Saara? – gritou outro.
  - Pareço italiano? – falou mais outro.
  - Não preciso disso – falou levantando-se e recolhendo seu dinheiro. Piscou para Bin Hyung.
  - Oh, não. Sente-se – falou um dos motoristas. – Vamos deliberar. O que você disse?
  - 7 para 1 – resmungou , impaciente. – É pegar ou largar.
  - De jeito nenhum – falou outro.
  - Para ganhar tens que fazer o quê? – filosofou um deles
  - Perder – respondeu outro.
  - Perder. Isso mesmo. Perder muito – respondeu o filósofo. – E o que estamos fazendo? Hã? Perdendo muito...
  - É – concordaram todos. – É isso...
  - Então. – disse . – Dobro. Pelo 10. - E ela jogou os dados. Caíram dois valores de 5.
  - Oh, não! – resmungaram os motoristas – Merda! – xingaram.
  - Brincou com fogo se queimou. – provocou – Sabem o que estou dizendo? Hein? – e recolheu a grana apostada que ia passando para Bin Hyung.
   e Lee In iam saindo do restaurante nesse momento conversando animadamente e ele achou aquilo tudo muito engraçado.
  - Divertindo-se? – falou ele.
   sobressaltou-se e passou a mão pelo vestido e pelos cabelos instintivamente. sorriu para ela. Mas ficou tensa e enciumada ao vê-los juntos.
  - Vamos? – perguntou e estendeu para um embrulho – Aqui, trouxe algo pra você e o Bin Hyung comerem.
  - Oh! Um presente! – falou com voz adocicada. – Veja Bin Hyung, trouxe um presente para nós...
  - Achei que estivessem com fome. – rebateu fechando a cara pra , percebendo o deboche dela.
  - Oh, obrigada, ! Não precisava se incomodar... – Podemos agendar um cochilo? – falou, atrevida.
  Bin Hyung percebeu o clima entre os dois e tratou de colocar Lee In para dentro do carro. que estava prestes a entrar no carro, fechou a porta e voltou-se, aproximando-se de e encarando-a. Meteu as mãos nos bolsos das calças.
  - Qual é o problema, ? – procurou falar de forma que só ela escutasse.
  - Nenhum. – tentou convencê-lo. - Nada mesmo.
  - Escuta, você se ofereceu pra isso. Eu estava preparado para vir sozinho com Bin Hyung. Você disse: “Não, eu vou com você, assim posso te ajudar com qualquer coisa”. Se lembra?
  - Foi hoje à tarde, idiota. Claro que me lembro. – respondeu desconcertada pela sua falta de controle e, tentando amenizar a situação, deu um sorriso fraco.
  - Então, por que está fazendo isso? – esperou que ela lhe dissesse o que ele já suspeitava saber. apenas balançou a cabeça dando a entender que iria se comportar e entrou no carro ao lado de Bin Hyung. desapontou-se e tratou de entrar no carro também.
  Como ninguém falava nada e o clima estava visivelmente pesado, Bin Hyung tentou quebrar o gelo:
  - Então... Vamos! Próxima parada: Museu de arte.
  - Museu de arte? – espantou-se Lee In – o que vamos fazer em um Museu de Arte? Voltou-se para . revirou os olhos.
  - Não gosta de arte? – perguntou.
  - Gosto. É que... Não está fechado? – perguntou Lee In espantada.
  - Isso não significa que não podemos entrar. – disse .
  - Ok! – disse Lee In, visivelmente impressionada. Na frente do carro, fazia uma cara entediada. Bin Hyung sorria, observando-a.
  Na entrada do Museu, e Lee In foram recepcionados por Taeyoon e Ra Jin.
  - Olá. – disse Taeyoon fazendo uma reverência – Estávamos esperando vocês a um tempão... – E cochichou no ouvido de : - “Belas pernas”.
  Ao serem conduzidos para o interior do museu, e Lee In foram deixados sozinhos. agradeceu a Taeyoon e Ra Jin.
  - Qualquer coisa por um amigo, . – disse Taeyoon.
  Os amigos de Taeyoon e Ra Jin deixaram o museu bem romântico também. A baixa luminosidade e a música ambiente serviram para deixar Lee In mais relaxada. Após apreciarem algumas obras de arte e conversarem bastante a levou para uma concha acústica na parte de fora do teatro, um lugar onde eram realizados shows, e ambos se sentaram no palco. Ao longe, na última fileira de poltronas, os observava, engolindo em seco sua angústia.
  - Quero te dar um presente. – disse e abrindo um das mãos de Lee In, deu-lhe a caixinha aveludada com os brincos de ouro. Ela ficou surpresa e emocionada. Começou a chorar. Era isso que pretendia.
  - Aí dentro dessa caixa está meu futuro, Lee In. E eu estou dando ele pra você. Cada centavo.
  - O que você viu em mim, ? – ela perguntou, limpando os olhos com as costas das mãos.
  - Quero que você me diga, Lee In. O que você viu em mim? Por que está aqui comigo hoje?
  - Acho que nunca alguém pensou algo que não fosse como seria bom ficar comigo. – ela fungou e desabafou. – Eu aceitava isso porque eu preferia ficar com alguém pelos motivos errados do que sozinha pelos motivos certos. Não suportaria ficar sozinha.
  - Ninguém aguenta ficar sozinho. – respondeu tentando aceitar as justificativas de Lee In. Mas ao falar isso, ele percebeu o quanto estava enganado. Havia sim alguém que estava sozinha pelos motivos certos: . Essa conclusão foi como se um clarão muito forte iluminasse todas as suas ideias. E, então, ele compreendeu. Entendeu como era forte, decidida e verdadeira com seus sentimentos. Nem Ra Jin se comparava a ela nesse aspecto. sempre esteve por conta própria. Essa era a verdade.
  - Estou esperando há muito tempo. – confessou – E até hoje não tinha encontrado alguém especial. Alguém por quem valesse realmente lutar. Mas agora eu encontrei.
  - Oh, ! – Lee In achou que ele estava falando dela e começou a chorar mais ainda. – Eu não te mereço. Me sinto mal pelo que tenho feito. Detesto me sentir envergonhada. Essa noite é uma farsa. Uma grande farsa – ela confessou. – Hyun Woo e os amigos dele estão armando pra te pegar na festa. – Eu te usei.
  - Eu já sabia. – disse e ela admirou-se.
  - Você já sabia? – ela disse - E mesmo assim fez isso tudo? – Por que, ?
  - Estamos empatados. – ele disse. – Você me usou, eu te usei. Não deve fazer isso de novo, Lee In. Nunca. Você é boa demais para o Hyun Woo.
  - Eu acho que esses brincos são seus, . Não posso ficar com eles. Eu aprendi uma grande lição hoje. Obrigada! – e, então, ela beijou-o no rosto.
   não ficou esperando para ver o resto daquela cena deprimente. Voltou para o carro.
  - Vamos. – disse – Temos uma festa para ir.
  Ao vê-los chegarem à festa, os amigos de Hyun Woo correram para chamá-lo. entrou junto para quando o “tempo fechasse”, ela desse sinal a Bin Hyung, a fim de chamar seus amigos de uma gang.
  - Sejam bem-vindos – cumprimentou-os Hyun Woo. – Que bom que vieram. Estava pensando que nos desapontariam – e olhou significativamente para Lee In. – Se divertiram?
  - Sim. – responderam.
  Imediatamente, Hyun Woo começou a provocá-los. Os amigos de Hyun Woo e também as amigas de Lee In estavam ao redor deles.
  - Ela parece ingênua, não? Pura e linda por fora. Mas tem uma coisa que me agrada nisso tudo... – e se aproximou de . observava atenta. – Você já a pegou “usada”.
  Dito isso, partiu pra cima de Hyun Woo, mas os amigos deste o seguraram.
  - Isso não foi muito esperto da sua parte. – berrou Hyun Woo para . – Eu não dou a mínima pra ti. Ela é lixo e você é um otário. – e virando-se para os amigos disse: - Levem ele pra fora e tirem o couro dele!
  - Por que você não me leva pra fora? – provocou .
  - Eu não jogo desse jeito – Hyun Woo deu um riso nervoso – Eu adoraria, mas eu sou o anfitrião e estou dando uma festa. Tenho convidados. Eu disse pra tirarem ele daqui, ok? – repetiu aos amigos.
  - Você não quer fazer isso, Hyun Woo – interveio Lee In.
  - Oh! Isso é sério? - Hyun Woo falou, surpreso.
  - Eu coloquei ele nessa. Por que você não se mete comigo? – perguntou Lee In.
  - Oh! Isso é tocante! – olhou para Lee In – Defendendo seu novo “amiguinho”. Gostei disso.
  - Deixe ele ir, Hyun Woo. – Lee In insistiu – Por que não faz a coisa certa pelo menos uma vez? O que você quer que eu faça?
  - Você vai ter que implorar por ele, Lee In – Hyun Woo gargalhou. – Vai ter que se humilhar. – e agarrou-a pelos braços, sacudindo-a.
  - Bastardo! – Lee In gritou.
  - Vamos! Implore!
  - Creio que isso não será necessário! – falou atravessando a sala seguida por uma “turma da pesada” e todos ficaram mudos e paralisados. – Não sabia que Hyun Woo morava num galinheiro. Sabiam disso? – ela perguntava. Deve ser um galinheiro, pois só vejo titica de galinha – e tapou o nariz como se o ambiente estivesse fedendo. riu.
  - Não quero problemas, ok? – Hyun Woo adiantou-se gaguejando – Meus pais voltarão logo, ok? Saiam agora e esqueceremos tudo isso, ok? – ele estava nervoso.
  - Corte o papo-furado, ok? – enfrentou-o. – Estamos aqui para limpar o chão com a sua bunda, ok? Você e todo mundo aqui sabe que você merece isso, ok? – Hyun Woo estava bem assustado agora e tentava vislumbrar uma saída – Acho que podemos dizer que... Esta festa será um fato histórico. – completou ela.
   saboreava cada palavra e foi se aproximando de Hyun Woo. aproximou-se dela e pediu:
  - Espere, . – segurou seu braço. – Me deixe falar com ele, certo?
  - Ok. – hesitou por um minuto, mas atendeu ao pedido de , mas não sem antes dar uma avançada ameaçadora para Hyun Woo que recuou, medroso.
  - Olhe, eu estou propenso a esquecer isso – adiantou-se Hyun Woo. – Foi uma brincadeira, ok? Foi longe demais. Acabou, certo? – ele quase implorava para .
  - Quer a verdade? – perguntou. – A verdade nua e crua? Você acabou. – e deu as costas para Hyun Woo.
  Lee In segurou o braço de . Vendo isso, resolveu sair, mas deixou a gang por lá. Ela não suportava mais ver aquela garota perto de .
  - Vai simplesmente sair? – Lee In perguntou a .
  - Não há nada que eu possa fazer por Hyun Woo que ele mesmo já não tenha feito – respondeu .
  - Queria eu poder viver com isso. – disse Lee In e, aproximando-se de Hyun Woo, deu-lhe dois tapas na cara. Todos abriram a boca.
   e seus amigos, incluindo Lee In agora, saíram da festa satisfeitos, porém procurou a única pessoa com quem ele queria festejar esse momento e não a encontrou: . Correu para onde estava Bin Hyung e perguntou por ela.
  - Cadê a , Bin Hyung?
  - Ela saiu daqui agora mesmo, . – Bin Hyung falou – Ela disse que iria pra casa andando.
  - E por onde ela foi, Bin Hyung?
  - Por ali – apontou – Mas ela disse que queria caminhar e...
   nem deixou Bin Hyung terminar de falar e saiu correndo para ver se a alcançava. Avistou-a no fim da rua e saiu em seu encalço chamando-a. escutou chamar seu nome, mas não se virou para atendê-lo. Estava com o rosto banhado em lágrimas. Não suportava mais aquilo tudo. Continuou caminhando.
  Mas, enfim, a alcançou e ela foi obrigada a estancar e se virar para ele. Contemplou-a por alguns segundos, a respiração ofegante. Nenhum dos dois conseguiu falar nada. Os olhos falavam por eles. Então, aproximou-se bruscamente de e ela deu um passo para trás, surpresa. Ele rapidamente ergueu-a pela cintura e seus rostos ficassem bem próximos, ela deixou os braços ao longo do corpo por uns segundos, mas depois passou-os por sobre os ombros de que beijou-a intensa e apaixonadamente.
  - Eu te amo, . – disse colocando-a no chão, mas sem soltá-la. – prosseguiu enxugando as lágrimas da garota com beijos carinhosos.
  - Eu também te amo, confessou. – Há muito tempo.
  - Me desculpe, . Eu não sabia.
  - Sim. Você é um estúpido. seu estúpido! Eu sempre soube que era um estúpido – ela disse brincalhona.
  - Por que não me contou? – ele quis saber.
  - Você nunca me perguntou – ela respondeu, sendo esta a melhor conclusão possível. Eles sorriram. mostrou a ela a caixinha com os brincos.
  - São seus. – ele disse feliz.
  - Eu queria eles. – disse – Realmente os queria.
  - Você sabia que os ganharia? – perguntou enquanto ajudava a colocar os brincos.
  - Não, não sabia – ela disse – Mas desejei.
  - Você sabia – provocou .
  - Não sabia. – respondeu sorrindo. – Tive um pressentimento.
  - Então, como fiquei?– perguntou .
  - Linda – admitiu. – Você fica linda usando meu futuro... Por que você é o meu futuro... – e novamente ergueu do chão para mais um longo e apaixonado beijo.

Fim



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