Sem Querer Amei Você

Escrito por Bekah Malta | Revisado por Isabelle Castro

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  Eu morei em Veneza por 20 anos e eu pretendia viver lá até que minha morte chegasse. Até que um belo dia meus pais decidiram se mudar.
  Para mim foi o fim do mundo, eu estava sentada no parapeito da janela do meu quarto observando a chuva caindo do lado de fora, enquanto escutava músicas deprimentes, para me deprimir ainda mais, eu já havia pensado, já havia chorado pelas pessoas que eu amava e que estava deixando em Veneza, já havia apostado várias corridas com as gotinhas de agua no vidro da janela, soltei alguns pequenos sorrisos quando as minhas gotinhas ganhavam e praguejado quando algumas perdiam e chorei mais um pouco.
  Sei que mudanças as vezes são necessárias na vida, mas para mim, essa mudança literal de local não era necessária, bem pelo contrário, estávamos vivendo muito bem em Veneza, eu não queria me mudar dali. Afinal eu nem sabia do por que daquilo.
  De Veneza, Itália para Manhattan, Estados Unidos.
  Minha mãe falava que ao chegar lá eu iria fazer amizades com a mesma facilidade que eu fazia em Veneza, só que ela não entendia que eu não queria novas amizades eu queria continuar com as velhas. Bom pelo menos era o que eu dizia para mim mesma. Eu simplesmente não estava preparada para sair da minha zona de conforto.
  Mas quando vi que continuar negando, só me deixaria mais estressada, angustiada e que não iria mudar os pensamentos dos meus pais, eu cedi.
  Bom eu tinha e não tinha a escolha de ficar, eu era adulta, poderia tomar minhas decisões sozinhas, eu poderia ficar tranquilamente, eu fazia faculdade e estagio em uma agencia de publicidade, eu conseguiria alugar um apartamento e me sustentar, mas a questão era que sou muito apegada aos meus pais, eu sabia que algum dia eu teria que ficar longe deles, mas nem cogitar essa ideia eu conseguia.   Não que eu seja o tipo de pessoa que pretende ficar de baixo da saia dos pais para o resto da vida, não é isso, eu tenho um futuro todo planejado para mim, como alugar uma casa, namorar, crescer profissionalmente, casar e ter filhos, mas morar na casa dos meus pais para sempre, jamais. Eu sou apenas muito apegada a eles.
  Decidi me render a essa loucura, afinal não poderia ser tão ruim assim né?!
  Transferi minha faculdade e por sorte tinha uma filial da agencia que eu fazia estagio em Manhattan e segundo meu chefe “as portas da nossa empresa estarão sempre abertas para você querida”
  Bom deixa eu falar só um pouquinho sobre mim, essa menina dramática, louca, mas legal.
  Sou apaixonada por livros e música, toco alguns instrumentos musicais como violão, guitarra e piano. Piano aprendi a tocar quando pequena, os outros dois quando entrei para a adolescência...
  - minha filha vamos, se não perdemos o avião.
  - Já estou indo.
  É, e lá vou eu para minha nova vida. A ansiedade tomava conta de mim, assim como a curiosidade em saber como seria dali para frente.

  2 meses depois...

  Tenho certeza que todo mundo já se apaixonou perdidamente por uma pessoa, principalmente teve um amor platônico, que é aquele amor não correspondido. Onde nos apaixonamos pelas palavras, gestos, sorrisos, olhos, pela ilusão e não pelos beijos que talvez nunca receberemos.
  Eu me apaixonei por ele, foi inevitável, por mais que eu tivesse tentado evitar, por ele ser o cara errado. Mas bastou um beijo para que todas as barreiras que eu havia construído contra ele fossem ao chão. Então me peguei ali totalmente rendida e entregue, mas não arrependida.
  Me viciei nos seus beijos, nos seus carinhos, na intensidade de seus olhos verdes, na forma como ele agia, na forma como ele me levava ao prazer, na sua sabedoria ao me tocar nas partes exatas e me levar ao delírio.
  Eu estava viciada no chefe da minha mãe.

You're the light, you're the night
You're the color of my blood
You're the cure, you're the pain
You're the only thing I wanna touch
Never knew that it could mean so much, so much

  Eu o conheci em um dia que passei no escritório da minha mãe, para que fossemos almoçar.

  Flashback

  Parei por uns segundos e fiquei olhando para aquele imenso prédio de arquitetura luxuosa, para enfim entrar. Era minha primeira vez ali, no local de trabalho da minha mãe, parei em frente ao balcão da recepção, e a recepcionista loira que lixava as unhas com a maior cara de bunda, revirou os olhos disfarçadamente, mas eu vi.
  - Olá poderia me informar o andar e sala de Brigitte ? – Tentei ser simpática, mesmo não tendo ido com a cara dela. Mamãe me deu educação.
  - 10° andar, sala número 315. – Informou com a maior vontade do mundo. Sentiu a ironia?
  - Obrigada – sorri pequeno, o que ela fez apenas um barulho com a boca, e eu me segurei para não revirar os olhos, essa merecia ser demitida.
  Por fim entrei no elevador bufando baixinho e apertei o número dez, quando as portas metálicas iam se fechar uma mão impediu e então um cara alto (mas não muito alto) adentrou o elevador, me olhando por um breve momento e eu senti um comichão no baixo ventre, seus olhos eram intensos e marcantes. Ele ficou ao meu lado, o cara aparentava ter entre 25 e 30 anos, cabelos castanhos compridos, olhos verdes, ele estava com uma calça jeans, camisa social branca com os três primeiros botões abertos, sem gravata e com o blazer jogando pelo ombro e o segurava com o dedo indicador e médio. Sem contar o cheiro de seu perfume deliciosamente alucinante.
  Eu estava inquieta por dentro, mas de forma alguma deixei transparecer por fora, tinha um cara maravilhoso ao meu lado, que aparentava ser muito bom de cama, e os meus hormônios não colaboravam, entenda o meu lado, eu nem me lembrava mais da última vez que um cara fez uma visitinha na minha cama, até porque eu estava na correria com a faculdade e o estágio.
  A cada segundo que se passava o meu andar não chegava e aquele lugar parecia ficar mais quente, foi quando ele soltou o blazer no chão me agarrando pela cintura e me prensando na parede do elevador, soltei o ar com força e ele me beijou, céus que beijo bom. Nossas línguas brigavam por espaço e eu puxava seu cabelo já na beira da loucura.
  Partimos o beijo por falta de ar e ele começou a dar chupões e mordidas em meu pescoço, suas mãos que antes estavam em minha cintura, começaram a adentrar minha blusa e subindo para meu seio, soltei um suspiro pesado e...
  As portas do elevador se abriram me acordando de meus pensamentos impuros, finalmente o 10? Andar.
  Mas para a minha sorte ou não, o cara saiu do elevador no mesmo andar que eu e pior saiu primeiro, rapazinho mal-educado.
  Pisei os pés no corredor e a atenção de todos ali estavam direcionados ali, mas não em mim e sim nele.
  Passei então a prestar atenção nas salas e seus números e finalmente encontrei o 315, entrei sem bater mesmo e ela, minha mãe me recebeu com as sobrancelhas erguidas.
  - Oi. – Sorri tímida – Vamos almoçar?
  - Claro. Só espere mais uns minutinhos, estou quase acabando o relatório que meu chefe logo vem buscar.
  - Tudo bem. – Dei de ombros e me joguei na cadeira confortável de frente para a mesa da minha mãe.
  Escutamos uma batida na porta, e eu direcionei meu olhar para ela na hora enquanto minha mãe murmurava um “entra”.
  - Brigitte o relatório esta pronto? – Não pode ser.
  O cara do elevador entrou na sala, mas com a roupa ajeitada os botões da camisa fechada e vestindo o blazer. Seus olhos pararam em mim por uns minutos, com uma expressão indecifrável no rosto.
  - Ah, sim , aqui está. – Minha mãe se levantou de sua cadeira lhe entregando uma pasta.
  - Obrigado Brigitte.
  - Magina. Bom essa é minha filha . Filha esse é o meu chefe .
  Voltou a me encarar eu me levantei e apertei sua mão estendida em um cumprimento.
  - Prazer em conhece-lo.
  - O prazer é todo meu . – Eu podia jurar que vi um mini sorrisinho safado se formar em seus lábios.

  Quando finalmente eu minha mãe saímos para almoçar, ainda no corredor da empresa virei minha cabeça para trás e o encontrei na parede de vidro de sua sala, com as mãos no bolso frontal de sua calça, os cabelos bagunçados, me olhando ir.

  Fim flashback

You're the fear, I don't care
Cause I've never been so high
Follow me to the dark
Let me take you past our satellites
You can see the world you brought to life, to life

  Sentada no parapeito da janela do enorme quarto, fiquei relembrando de mais uma noite maravilhosa que eu havia tido com , as tantas sensações que eu tivera ao fazer amor com ele, a imagem dele dormindo.
  Ele me levava as alturas, me fazia sorrir como uma boba ao lembrar de seu sorriso.
  Talvez tenha sido muito cedo eu ter me apaixonado por um cara como , presunçoso, e que todas as mulheres desejam.
  Eu sei que não deveria ter me deixado levar por palavras, mas quando vi já havia mergulhado de cabeça nessa nova paixão, e já era tarde demais para desistir, ele já me tinha, ele já tinha meu coração em suas mãos, eu já estava preparada para qualquer momento ele o quebrar.

  Flashback

  Lizzie me puxava pela mão para a pista de dança da casa noturna, era uma sexta feira a noite, eu estava meio relutante em sair de casa, mas Lizzie insistiu muito e acabei decidindo ir, me divertir um pouco, procurar algum cara bacana e ser feliz, só que o cretino do chefe da minha mãe não saia da minha cabeça, era dia e noite.
  Eu e Lizzie dançávamos juntas a nossa música favorita, em um momento não sentia mais seu corpo ao meu lado, quando olhei ela realmente havia sumido, dei de ombros e continuei a dançar até ver um moreno de olhos azuis, lindão me olhando safado e vindo em minha direção. Quando ele chegou bem perto de mim, enlacei meus braços em seu pescoço, sorri e começamos a dançar no ritmo da música. Mas meu sorriso logo sumiu ao vê-lo ali, o chefe da minha mãe dançava colado a uma vagabunda, seus olhos então encontraram os meus e ele sorriu de lado, o maldito estava ainda mais lindo e gostoso.
  Para provoca-lo comecei a dançar mais sensualmente com o moreno, as vezes eu olhava para que mantinha seu olhar grudado em mim, e aquilo me dava ainda mais gás para continuar o provocando.

  A música acabou, sorri para o moreno, e fui para o banheiro, passar uma agua na nuca e acalmar os hormônios em ebulição.
  Apoiei as duas mãos na pia do banheiro e respirei fundo. Já mais calma, resolvi sair do banheiro, chamar Lizzie e irmos embora, mas a porta se abriu e meus olhos se arregalaram ao ver ali dentro e ainda por cima trancando a porta.
  - Caso você não saiba, esse é o banheiro feminino. – Não obtive resposta.
   me agarrou me beijando fervorosamente e me colocou sentada em cima da pia.
  No começo tentei empurra-lo, mas ele era muito mais forte que eu, obviamente, mas acabei por ceder o beijando de volta.
  Suas mãos passeavam pela minha coxa nua por conta do vestido verde piscina ser meio curto.
  Partimos o beijo por falta de ar e seus beijos foram para o meu pescoço, foi num surto de lucidez que eu o empurrei, ele me olhou sem entender.
  - Droga, você e o chefe da minha mãe.
  - E daí? – Ele se pronunciou me fazendo arrepiar com aquela voz rouca.
  - Droga. – Fechei os olhos por um momento, logo voltando a encara-lo – Ah que se dane.
  O puxei para mim e voltamos ao que fazíamos, e fui muito melhor do que eu havia imaginado aquela vez no elevador.

  Fim flashback

So love me like you do, lo-lo-love me like you do
Love me like you do, lo-lo-love me like you do
Touch me like you do, to-to-touch me like you do
What are you waiting for?

  - Hey o que faz aí? – Me virei para que estava sentado na cama coçando os olhos.
  - Nada, só estava observando o céu. – Respondi sorrindo.
  - Vem cá, vem. – Me chamou sorrindo malicioso.
  Não pensei duas vezes, me levantei e fui ao seu encontro também com um sorriso malicioso. Me sentei em seu colo e capturei seus lábios com os meus.
  Sua mão esquerda passeava e apalpava minha coxa e meu bumbum, enquanto sua mão direita estava em meu cabelo solto, puxando os fios com certa força, começando a me deixar excitada. Com pouco me deixava louca, ele era o paraíso e o inferno.
  Partimos o beijo, mas mantive meus olhos ainda fechados com a boca entreaberta, sentindo e gravando seus beijos molhados em meu pescoço, meu coração estava ao ponto de explodir, eu não conseguia respirar direito de tanto desejo.
   apertava todas as partes possíveis de meu corpo, puxando meu cabelo em busca de maior contato, ele amava me deixar louca e completamente rendida a ele.

Fading in, fading out
On the edge of paradise
Every inch of your skin is a holy grail I've got to find

  Mas era minha vez de fazê-lo provar do próprio veneno. Comecei a mexer meu quadril para frente e para trás de vagar, roçando minha intimidade protegida apenas pela calcinha vermelha no membro ereto de que estava nu.
  Eu comecei a me movimentar mais rápido, arfava, apertando com força me bumbum.
  Nos beijamos intensamente, nossas línguas dançavam loucamente nos deixando ainda mais excitados.
  Seus beijos desceram para meu queixo, pescoço e colo. Ele apalpava minhas costas e logo o senti sorrir sobre minha pele ao encontrar o fecho do meu sitia também vermelho.
  Sorri quando ele resmungou não conseguindo abrir o fecho, suspirei quando enfim depois de um tempinho ele conseguiu abrir. continuou os beijos e lambidas por minha pele enquanto arrancava aquela peça intima do meu corpo, seus olhos brilharam ao ver meus seios expostos somente e exclusivamente a ele.
  Em seguida me olhou sorrindo quando soltei um gemido baixo por começar a estimular um de meus seios.
  Soltei um gemido mais alto quando ele abocanhou meu seio esquerdo, ainda estimulando o direito, ele o sugava com vontade, enquanto eu puxava seu cabelo.
  Um gritinho escapou de minha garganta, quando ele me jogou na cama, sem delicadeza alguma, me beijou fervorosamente. Já sem ar partimos o beijo e ele voltou a chupar meu seio, mas o direito, me deixando ainda mais a beira da insanidade.

Only you can set my heart on fire, on fire
Yeah, I'll let you set the pace
Cause I'm not thinking straight
My head spinning around I can't see clear no more
What are you waiting for?

  Eu pulsava por ele, eu precisava dele, mas o cretino resolveu me torturar mais um pouquinho. Beijou minha barriga e lambeu meu baixo ventre.
  Eu o olhei com surpresa e expectativa quando ele agarrou a lateral da minha calcinha e a rasgou, era a minha lingerie favorita para tortura-lo, vagabundo.
   abriu minhas pernas e começou a mordiscar minha virilha, me fazendo agarrar os lençóis enquanto eu mordia meu lábio inferior, tentando manter o controle.
  Mas não consegui conter um gemido alto quando senti sua língua passear por minha intimidade, agarrei seu cabelo e gemi mais uma vez alto, e lá se vai o controle.
  Esse homem ainda ia acabar comigo.

Love me like you do, lo-lo-love me like you do
Love me like you do, lo-lo-love me like you do
Touch me like you do, to-to-touch me like you do
What are you waiting for?

  - Está gostando amor? – Parou o que fazia e me beijou.
  - Você é um cretino. – Falei entre dentes.
  - Que adora te levar ao paraíso, depois de te fazer provar um pouquinho do inferno. – Mordi seu ombro quando senti seus dois dedos me penetrarem. – Não segura amor, geme para mim geme.
  Ele acelerou os movimentos de vai e vem com os dedos em meu interior e como ele havia pedido comecei a gemer consideravelmente alto, enquanto ele sorria cafajeste.
  Um gemido mais alto e me derramei em seus dedos.
  - Isso, boa garota. - Ele disse mordendo o lábio inferior.
  Inverti nossas posições o deitando na cama, sorri ladina e ataquei seu pescoço com os lábios, dando beijos, mordidas e chupadas. Desci beijando sua barriga e parando bem perto de seu membro, me olhava com os olhos brilhando em expectativa.
  - Sua vez chefinho. – Sem mais delongas peguei seu membro e começei o trabalho.
   gemeu alto agarrando meu cabelo, me fazendo pulsar.
   gemia deliciosamente puxando meu cabelo, até se derramar em minha boca.
  Subi para cima o beijando, encostei nossas partes intimas rebolando sem penetrar.
  Me debrucei sobre ele pegando um pacotinho prateado de preservativo no criado mudo ao lado da cama de . Rasguei com cuidado a embalagem, e o coloquei em seu membro.
  Me posicionei, ele segurava meu quadril e eu o seu membro o colocando em minha entrada, e enquanto eu ia sentando em seu membro eu o beijei.
  Ambos gememos quando ele adentrou todo o meu interior.
  Fechei meus olhos e comecei a rebolar. Logo comecei a cavalgar, ele apertava meu quadril e eu apertava seus ombros.
  - Isso gata, assim mesmo, ahhh. – Ele jogou mais a cabeça para trás.

Love me like you do, lo-lo-love me like you do
Love me like you do, lo-lo-love me like you do
Touch me like you do, to-to-touch me like you do
What are you waiting for?

  Mais um tempo naqueles movimentos, atingi o climax, mas não parei de cavalgar sobre ele pois ele ainda não tinha atingido o dele.
  Um gemido alto de , ele atingiu o dele, e eu cai em seu peito.
  Ele se levantou indo até o banheiro se livrando do preservativo, mas logo retornou deitando na cama e me puxando para seu peito, e ali dormimos.

  1 mês depois...

  Eu estava em casa, largada no sofá da sala assistindo a mais um episódio da minha serie favorita Grey’s Anatomy, quando minha mãe chegou em casa do trabalho, me deu um beijo na testa e se sentou ao meu lado no sofá.
  - Cadê seu pai?
  - Ainda não chegou.
  - Certo. Sábado temos uma festa de confraternização da minha empresa, o senhor fez questão de nossa presença, principalmente a sua. – Na última frase minha mãe me olhou com aquela cara de desconfiada e eu fingi não perceber nada, voltando a fitar a televisão.
  E não, eu não havia contado nada sobre meu caso com para meus pais. Como eu chegaria nela e contaria? “Mamãe é o seguinte eu transo com o seu chefe”
  Minha mãe gostava muito dele como seu chefe, agora como possível genro, era outra coisa, eu não me sentia segura em contar, talvez ela até apoiaria nós dois juntos, não fazíamos nada de errado, ele não era casado, mas mesmo assim eu estava insegura.
  - Amanhã vamos ao shopping comprar roupas, sapatos e joias para sábado.
  - Ta ok. – Resmunguei como se fosse algo insignificante, mas coisas rondavam minha cabeça e não era coisas nada pura.

  Dia seguinte...

  La vai eu e minha mãe para o shopping logo cedo, se não fosse as ideias em minha mente e eu querer pô-las em pratica eu estaria resmungando indignada por estar ali naquela hora da manhã de uma sexta, onde era para mim estar em casa dormindo por ser meu dia de folga.
  Por fora eu demonstrava não estar gostando daquilo, mas por dentro eu gritava, naquela festa eu deixaria louco.
  Paramos primeiramente na loja da Victoria’s Secret, sorri largamente ao encontrar um conjunto de lingerie preto com vermelho, aproveitei para pegar também uma camisola azul bebe.
  Próxima parada foi na loja de vestidos, e ao passar pela vitrine vi um vestido vinho que fez meus olhos brilharem, seria aquele.
  Pedi para a vendedora o vestido do meu tamanho, que não tardou para traze-lo e eu praticamente corri para o provador.
  Sorri maliciosa para o meu reflexo no espelho, o vestido ficou lindo em meu corpo, ele era dois palmos a cima do joelho, e tinha certas transparências no busto e barriga, e a saia era soltinha.
  - É esse, com certeza é esse. Me aguarde senhor .
  Assim que compramos os sapatos de salto e as joias, fomos para a praça de alimentação almoçar, em seguida fomos para casa eu estava cansada, meu corpo pedia por cama.

I'll let you set the pace
Cause I'm not thinking straight
My head spinning around I can't see clear no more
What are you waiting for?

  Sábado dia seguinte...

  As 18h da tarde comecei a me arrumar, tomei um banho de rainha, aquele bem demorado.
  - Ally vamos querida, não queremos atrasar. – Mamãe gritou mais uma vez do andar de baixo.
  - Estou descendo. – Gritei de volta.
  Desci papai estava ao pé da escada, escorado no corrimão sorrindo em direção da sala, sorrindo com certeza para mamãe, mas quando me viu sorriu ainda mais oferecendo sua mão, aceitei e terminei de descer as escadas.
  - Obrigada papai. O senhor está bem elegante. – Ele vestia um terno de risca de giz de corte italiano, sapatos sociais e o cabelo bem penteado para trás.
  - Graças a Deus você desceu. E está linda. – Sorriu beijando minha testa. – Vamos?! – Mamãe estava linda com um vestido longo azul.
  - Vamos! – Eu e papai falamos juntos seguindo para fora de casa.

  St. Ermin's Hotel...

  A festa aconteceria no salão de festas do hotel, e o tapete vermelho do lado de fora do hotel estava lotado de fotógrafos e repórteres, a empresa dos era muito grande e conhecida, com filiais espalhados por várias partes do mundo, então aqueles urubus sempre viviam na cola dos , esperando uma boa fofoca.
  Descemos do carro e ao pisarmos o pé no tapete vermelho fomos bombardeados por flashes de tudo quanto é lado, eu mal enxergava, não havia me acostumado ainda com tudo aquilo.
  Minha mãe parou para falar com uns repórteres, eu estava louca para entrar logo no salão, mas ainda teve a sessões de foto dela com meu pai, dela sozinha de nós três juntos.
  Dei graças a Deus quando entramos no grande salão.
  Ficamos um tempo ali parado na entrada do salão, corri meus olhos pela multidão, várias pessoas desconhecidas, poucos familiares, alguns conhecidos, muitos caras me olhando um mais lindo que o outro e nada do cara que eu realmente queria. Mas enfim consegui encontrar ali no meio, ele conversava com um casal, sorrindo simpático e maravilhoso naquele terno.
  Parecendo adivinhar ou sentir que alguém o observava, o olhar dele caiu sobre mim, bem na mosca . Ele sorriu largamente para mim, logo voltando a sua atenção para o casal, ele falou algo a eles dando um tapinha no ombro do homem e seguindo caminho até nós, ele não desgrudava o olhar de mim, mas daquela vez ele não sorria, estava sério com uma expressão indecifrável no rosto, como na primeira vez que o vi.

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What are you waiting for?

  - Senhora , que bom que veio. – a abraçou dando um beijo em sua bochecha, um tremendo cavalheiro e garanhão.
  - Senhor . – Apertou a mão de meu pai.
  - Senhorita . – Me abraçou e cheirou meu pescoço disfarçadamente. – Você está gostosa para caralho, me deixa com o maior tesão- sussurrou em meu ouvido me fazendo arrepiar, sorriu e beijou minha bochecha.
  - Fico muito feliz em vê-los aqui. – Falou me soltando do abraço. Quem mandou me soltar?
  E sorriu para minha mãe. Se eu te pego , faço um estrago.
  - Jamais deixaria de vir , você sabe.
  - Que bom. Vou cumprimentar os outros convidados, fiquem à vontade.
  - Claro e obrigada. – Mamãe murmurou sorrindo.
  Nos misturamos no mar de pessoas, enquanto meus pais conversavam animadamente com um casal eu me matinha encostada em uma parede, mais afastada com uma taça de champanhe em mãos.
  Meus olhos capturaram um pouco mais ao longe, sorrindo e conversando, eu o fitava sem vergonha alguma, eu o despia com o olhar sem pudor algum.
  Me despertei com o som do toque do meu celular, peguei-o em minha bolsa de mão e era uma mensagem.

Segundo andar, primeira sala a direita, agora.

  Sorri com a mensagem de , como sempre mandão, ele nunca perderia aquele jeito, o que seria em partes bom, aquilo me deixava acessa.
  Meu olhar caiu para a grande escada a minha frente um pouco afastada, e vi subindo com toda aquela pose de superior, novamente adivinhando ou sentindo que estava sendo observado, ele me olhou de volta com um sorrisinho de canto de lábios. Cretino.
  Tempinho depois, eu subi as escadas checando ao redor se ninguém me observava, por sorte todos estavam entretidos em conversas ou com seus copos de bebidas.
  Parei no início do corredor do segundo andar e lembrei do que estava escrito na mensagem, entrei na primeira porta a direita.
  A sala estava com as luzes acessas, mas não havia nenhum sinal dele ali.
  Gemi de dor e susto quando fui prensada com força na parede, me deparei com sorrindo ladino.
  - Já te disse que está muito gostosa? – O tom de sua voz era baixo, como um sussurro e rouco.
  - Eu já te disse que te odeio?
  Não obtive resposta pois os lábios de grudaram nos meus, me beijando com fervorosidade.
  Ele agarrou minha coxa a apertando e a colocando ao lado de sua cintura.

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Love me like you do, lo-lo-love me like you do
Touch me like you do, to-to-touch me like you do
What are you waiting for?

  Agarrou meus cabelos soltou com uma certa força, não machucava, me deixava louca, suas mãos corriam por minhas coxas, por vezes apertando com força meu bumbum.
   separou nossas bocas começando a beijar e dar chupadas em meu pescoço. Com os olhos fechados comecei a desabotoar sua camisa social branca.
  Eu já pulsava por ele, soltei um gemido ao sentir seu dedão da mão acariciando por cima do vestido o meu seio esquerdo, me levando ao delírio.
  Sua mão que antes estava em meu seio, foi parar dentro da saia do meu vestido, suspirei puxando seu cabelo com um pouco mais de força, quando seu dedão percorreu minha intimidade, e colocando um pouco mais de pressão, em um ponto sensível.
  Quando ele afastar a peça intima escutamos um barulho na porta e ele parou, eu me assustei e fiquei o olhando.
  Continuamos na mesma posição, torcendo para quem quer que fosse desistisse e fosse embora, mas não. Um casal entrou na sala, tentamos rapidamente nos separar e tentamos arrumar nossa roupa e cabelo, mas já era tarde, mamãe e papai nos olhavam com os olhos meio arregalados.
  A única coisa que eu conseguia pensar era:
  E agora?

FIM



Comentários da autora

  Olá, bom como já sabem esse é a minha primeira songfic e espero do fundo do coração que tenham gostado, a musica tema foi Love Me Like You Do - Ellie Goulding . Muito obrigada por terem lido. Xx