O amor nos fará lembrar

Escrito por Judiih | Revisado por Bella

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  Como toda noite de segunda - feira, eu chegava da faculdade e ia direto tomar meu banho morno e me preparar para dormir, esta era minha rotina, isto já era normal para mim. Apenas para mim.
  Enrolada na toalha, eu procurava no meu guarda- roupa rosa e branco meu pijama de bolinhas azuis da qual eu usava nos invernos, ele era o tipo de pijama que te deixava a mulher mais preguiçosa e menos sexy do mundo porém eu o amava, sim, amava pelo simples fato de ser um ótimo pijama para dormir sozinha no frio que faz em Nova York. Nota: Eu gostava do frio.
  Assim que me vesti penteei meu cabelo loiro escuro compridos e lisos os deixando totalmente soltos, passei um hidrante no rosto e calcei minha pantufa azul clara. Eu gostava de azul.
  Fui até a minha pequena cozinha onde preparei meu delicioso chocolate quente e peguei meus biscoitos de gotas de chocolate, me dirigi logo em seguida até o conforto sofá branco com almofadas azuis onde eu iria assistir a primeira parte do jornal antes de realmente ir dormir. Isto fazia parte da minha rotina tradicional e não era hoje que iria muda- la.

  " diz sobre seu novo romance com Alex e diz sobre o filme que arrecadou no país 6.000.000$ de dolars" - Carlos anunciou mostrando a foto onde estava e Dedaro abraçados na festa pós premiação.

  Lembra sobre o que eu disse que não seria hoje que eu mudaria minha rotina? Esquece.
  Peguei meu casaco marrom que estava em cima do sofá e sai de casa me dirigindo até a casa vizinha, ela era o dobro da minha, mas não havia muro ou portão também, só um jardim muito valioso com seu gramado cobrido pela a neve junto as plantas e arvores contidas nele. A faxada da casa era branca com azul e a porta era bege, era nela que eu estava batendo neste exato momento. Um homem de vinte e dois anos, altura mediana, barba mal feita (o que deixava ele sexy), cabelos pretos e olhos azuis piscina abriu a porta. Era , ele usava ainda o terno que usara da festa e em seus lábios havia um sorriso malicioso. Este era meu vizinho colorido ou meu ex vizinho colorido.
  - ! - exclamou - uau, o que te leva a sair da sua rotina para vir aqui?
  - Não vai me chamar para entrar? - perguntei, grossa - oops, sua nova namorada deve estar aí certo?
  - Sim, ela esta - respondeu abrindo novamente seu sorriso - mas pode entrar, a não ser que queira me dizer coisas particulares - sorriu malicioso.
  - - adverti.
  - , eu sei que você esta aqui para dizer porque eu não te avisei e fiquei com você mesmo quando eu já havia pedido Alex em namoro - suspirou - eu realmente queria me despedir sem você saber, sem ficar o clima pesado - continuou - eu... eu sei que foi errado. Desculpe.
  - Me esquece - disse - era me dizer, , mas não... você tinha que me virar sua amante por uma noite - ri.
  - - pediu triste.
  - - sorri - está tudo bem, mas a partir de hoje, eu só vou ser sua vizinha, apenas vizinha - por fim me virei e fui para casa, sem ao menos dizer tchau. Eu não gosto de dizer tchau a algo que eu amo. Sim, eu havia me apaixonado pelo o meu vizinho colorido.

  [...]
  Uma garota de cabelos roxos e usava uma jaqueta vermelha vinha em minha direção, nas suas mãos havia um caderno azul e na outra meu glorioso chocolate quente e o dela.
  - Olá - disse assim que chegou - aqui está seu chocolate quente, fofa.
  - Obrigada, gata - sorri para ela - então, terminou de ler o livro sobre o câncer infantil?
  - Sim e você?
  - Terminei e já fiz a redação - respondi bebendo um gole do meu chocolate.
  Ela assentiu e bebeu mais um pouco do seu chocolate quente.
  - - me chamou - eu encontrei o - disse.
  - E ele lhe deu um autógrafo - ironizei.
  - Não, ele disse que sente sua falta - revirei os olhos - ele disse que já faz dois meses que não trocam nenhuma palavra e isto esta o matando - suspirou - ele não parece feliz com Alex, .
  - Nós eramos só vizinhos - dei de ombros - coloridos - acrescentei - eu não ligo mais para ele.
  Ela riu.
  - Você o ama ainda que eu sei - a olhei - , vou dizer novamente uma coisa que eu disse a dois meses, corre atrás daquilo que te pertence.
  - ELE TEM NAMORADA - gritei chamando a atenção de todos os alunos perto da gente - desculpe.
  Ela revirou os olhos.
  - Não é isto que te impede - saiu andando para a sala de aula me largando lá com cara de idiota.
  - VACA - gritei.
  - CACHORRA VICIADA - rebateu e entrou dentro da sala de aula.
  Logo após eu também fui para a sala de aula, uma sala enorme com mesas para duas pessoas. Ana Laura estava sentada da primeira carteira da segunda fileira me esperando, fui até ela e se sentei ao seu lado. Peguei meu caderno e o livro de medicina colocando em cima da mesa, peguei meu estojo vermelho e a régua pondo os mesmo embaixo da cardeira. Eu era organizada demais.
  - Bom Dia - disse o professor Charley. Um ex médico mais velho da faculdade.
  - Bom Dia - disseram os alunos.
  Nossa aula ia ser interessante hoje.
  [...]

  A chegada da primavera significava que daqui dois dias seria o aniversário da minha vizinha da frente, a senhora Madame Marie de la Consoles, faria oitenta anos e as únicas pessoas que vai visita- la era eu, Ana Laura e . Sim, ela tinha filhos, dois, Simas e Shaney Consoles gêmeos, mas não vinham muitos sempre estão ocupados com alguma coisa que é muito mais interessante do que Consoles, pois eu não acho que existe algo mais interessantes que Madame Consoles, ela talvez seja uma das pessoas que vale a pena conhecer, apesar, não é sempre que se encontra alguém que gosta de livros e que conhece tantas aventuras sem ao menos telas vistos. Consoles para mim era a minha segunda mãe.
  No dia de seu aniversário, sábado, eu comprei um perfume que ela tanto gosta e fiz o bolo de abacaxi com chantili que tanto ama, tomei banho e coloquei uma roupa fresca e bonita, peguei minha bolsa rosa e fui até sua casa uma casa branca com detalhes românticos. Quando cheguei, eu abri a porta e lá estava ela com seus cabelos brancos presos para o alto tricotando uma toalha azul.
  - Bom Dia, tia Consoles - disse indo em sua direção e entregando seu presente - Feliz Aniversário, fofa - sorriu.
  - Minha querida - me abraçou - , muito obrigada, que Deus te abençoe, que Deus te abençoe.
  - A... - fui interrompida.
  - - ouvi uma voz conhecida me chamar me fazendo olhar.

  Flash Back

  - Tia, olha o - ria enquanto me abraçava e não deixava fazer a comida para Consoles.
  Ele grudou seus lábios no meu iniciando um beijo calmo e doce, nosso beijo sempre tinha um gosto de chocolate, menta ou morango mas dessa vez tinha gosto de leite condessado o que deixava nosso amor ou nossa brincadeira mais melosa.
  - Garoto, eu te adoro - selei novamente nosso lábios.
  - Eu te adoro mais - sorriu antes de beijar meu pescoço.

  Flash Back off

Now, is all we got
(Agora, é tudo o que temos)
And time can't be bought
(E o tempo não pode ser comprado)
I know it inside my heart
(Eu sei que dentro do meu coração)
Forever will, forever be ours
(Para sempre será, sempre será nosso)
Even if we tried to forget
(Mesmo que tentemos esquecer)
Love will remember
(O amor vai lembrar)

  Eu o olhei por um instante antes de voltar a minha atenção para Consoles. Sorri para ela e disse que iria deixar o bolo em sua cozinha. O problema é que veio atrás de mim.
  - - me chamou novamente - precisamos conversar.
  - - cuspi seu sobrenome - eu não tenho nada para conversar com você.
  - Mas eu tenho - insistiu ele - não queria que terminássemos assim amor.
  - Não tínhamos nada - disse - nós não eramos nada.
  - Éramos assim, eu sempre lhe disse que você era para mim mais que uma vizinha com benefícios, mais que uma amiga com benefícios. - começou a dizer - éramos um casaco secreto.
  Suspirei e deixei as lagrimas caírem, nunca fomos isto, agora ele vem com essa história para me fazer sofrer mais. As pessoas gostam de nos ver sofrer.

  Flash Back
  - Eu gostaria de te dar as estrelas - disse ele - para sempre lembrar de mim.
  - ...
  Ele me beijou, este foi nosso primeiro beijo.

  Flash Back off.

  Cortei um pedaço de bolo para mim e um outro pedaço para Madame Consola e a levei, minhas lagrimas cessaram por um instante enquanto eu conversava com a senhora, ela realmente era adorável não posso negar e isto me fazia sorrir por alguns instantes. [...] Meia hora depois eu fui embora, eu não iria aguentar a ficar do mesmo ambiente que ele meu ex vizinho colorido ou pior meu ex namorado secreto como ele gosta de dizer.

  Nunca na minha vida eu havia me sentido um lixo como eu me sinto agora, eu estava desmoronando novamente como a meses atras por causa de memórias porque por mais que tentássemos esquecer o verdadeiro amor sempre iremos lembrar. Mas o que é mais difícil que lembrar dele, de vê- lo assim perto novamente, é ter esperança de que ele possa me amar novamente como me amou, mas isto não vai mais acontecer, nossos planos já foram destruídos. Eu pensava desse jeito.
  Me sentei na grama do Center Park e fiquei admirando as crianças brincarem, os idosos conversando e a paisagem de como era bonito aquele lugar, de como eu me apeguei a ele e de suas lembranças.

You said you loved me
(Você disse que me amava)
I said I loved you back
(Eu disse que te amava também)
What happened to that?
(O que aconteceu com isso?)
What happened to that?
(O que aconteceu com isso?)

  Foi aqui nos declaramos, foi aqui que começamos o nosso "teste", mas o que aconteceu com isso? Porque não deu certo nossa história? Estava tudo bem mas nem tudo é para sempre, não para nós, acho que nosso nós nunca mais vai voltar. Mas de uma coisa eu tenho certeza, nosso amor vai lembrar, amor, um dia dançaremos novamente.

Fim.



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