My Eternal

Escrito por Joana D'Arc | Revisado por Natashia Kitamura

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Capítulo 1

  A decoração estava linda, as pessoas bem vestidas e eu no meu sublime vestido vermelho e curto - não tão curto, porém, ele não chegava nem ao joelho -, sai do carro deixando a minha mãe sozinha lá e caminhei um pouco pela frente do salão. Algumas pessoas que ainda chegavam cumprimentavam a minha mãe e logo entrava indo para seus lugares. Meu celular que estava entre meus seios começou a tocar, o peguei e atendi já sabendo que era a :
  - Amiga, me ajuda, por favor! - chorava tanto que soluçava ao telefone.
  - Franklin, aonde você está? Cadê você que não chegou ainda? - Perguntei nervosa.
  - Estou em casa e preciso de você aqui. - Sua voz já estava fraca, ela não chorava de agora.
  - , estou no casamento da minha mãe, daqui a pouco eu tenho que entrar... - Olhei ao redor vendo as pessoas se preparando.
  - Eu não sei o que farei, eu não quero mais viver! - Meu celular quase caiu no chão assim que ouvi tal frase
  - , o que você está dizendo? - E a resposta que ouvi foi o “tututu” do telefone. - Droga!
  Encarei tudo ao meu redor, minha mãe dentro do carro tentando controlar a respiração, as crianças correndo pela entrada e sendo repreendida pelos pais, minha madrinha - que também era uma das madrinhas do casamento - arrumava o colarinho de seu marido e meu pai que era outro padrinho conversava animado com sua ficante. Encarei-me da cabeça aos pés enquanto ligava repetidamente para a e finalmente o mestre de cerimônia surgiu.
  - Está na hora! - Balançou as mãos da forma mais gay possível. - Vamos, se organizem como no ensaio. - Encarei o meu celular que mais uma vez dava "Está fora de área ou desligado." - Hey você, venha logo, sua mãe não entrará sozinha. - Ele caminhou em minha direção pegando meu braço.
  - Pera lá, já estou indo. - Rolei os olhos e abri a porta para a minha mãe sair. - Finalmente é o dia, não precisa mais daqueles ensaios torturantes.
  - Deixe de reclamar por um minuto sequer. - Abri o meu melhor sorriso no momento.
  - Me desculpe, mãe. Hoje é seu dia e que ele seja perfeito! - Respirei fundo. - Quero somente a sua felicidade! - Ela me abraçou em lágrimas.

  Eu derramava minhas lágrimas não por minha mãe estar casando - Ela namorava o Michael desde meus 10 anos -, mas sim por saber que a estava mal e eu não estava lá para ajudá-la, ela é minha melhor amiga e deveria estar aqui comigo, porém, por algum motivo que ela não me explicou ela não estava.
  Meu coração batia rapidamente, senti minha mãe perceber no momento que ela se afastou.
  - Saiba que não é porque estou me casando que você irá deixar de ser a minha menininha. - Sorri fraco então enxuguei suas lágrimas.
  - Eu já tenho quase 19 anos, mamãe. - Agora foi sua vez de sorrir e enxugar as minhas lágrimas.
  - Mas nunca deixará de ser meu bebê. - Dei de ombros só por charme então o veado do Billy chamou nossa atenção.
  - Daqui a pouco é a vez de vocês duas, limpem esse rosto mulher, não vai entrar com a cara molhada, não no casamento que eu comando. - Ele entregou a ela um lencinho vermelho que estava em seu paletó.
  - Obrigada, Billy. - Ela limpou seu rosto e me entregou. Fiz o mesmo e logo eu já estava caminhando com ela até o final da fila.

  Meu celular começou a vibrar novamente, o tirei rapidamente vendo que a me ligava, tentei atender mas o Billy o tomou da minhas mãos.
  - Agora não! - Ele balançou o celular e quando olhei para frente já estávamos na porta e a trilha sonora começava a tocar. É a nossa hora!
  Todas as pessoas estavam em pé olhando para nós duas, sorríamos para todo mundo - eu pelo menos tentava sorrir e afastar a da minha cabeça -, quando finalmente chegamos perto do altar, o Mike caminhou até nós duas e sorriu para minha mãe que foi até o seu lado, o mesmo virou-se para mim e me deu um beijo na testa fazendo todos darem um uníssono "ooun", ele sussurrou algumas palavras como: "Cuidarei de vocês duas, pois agora serão realmente minha família", deixei mais lágrimas escorrerem e assenti com a cabeça caminhando até o lado do meu pai que era um dos padrinhos.
  - Você está tão linda. - Me abraçou de lado afagando meu braço. - Está tudo bem? Você está tremendo.
  - Nunca pensei que levaria minha mãe ao altar. - Cochichei enquanto o juiz pedia silêncio para começar a cerimônia. - Pai, posso passar uns tempos na sua casa?
  - Mas você vai, lembra? Enquanto sua mãe estará de lua de mel.
  - Não pai, quero passar mais que uma semana, sei lá, um ou dois meses. - Dei de ombros.
  - Por que isso agora? - Me olhou de soslaio.
  - Sei lá, acho que eles precisam de um tempo a sós... - Procurei o Billy por todo o local tentando resgatar meu telefone, mas nada daquele gay de preto e vermelho.

  A cerimônia acabou rápido, assinamos os papeis e então eu saí junto com meu pai já que éramos os padrinhos principais. Billy estava na saída e me ergueu o celular com um olhar sapeca.
  - Acho que sua amiga está desesperada, ela passou quase toda a cerimonia ligando e mandando mensagem.
  - Você não a atendeu? - Ele negou com a cabeça. - Porra, era para ter pelo menos me dado, eu ia ao banheiro e falava com ela.
  - Você não podia sair do altar, .
  - Foda-se! - Quase gritei chamando atenção de algumas pessoas, então caminhei até o carro do papai onde ele já me esperava.
  - Está tudo bem?
  - Eu não sei. - Comecei a ler as mensagens e a cada mensagem eu ficava mais assustada.

   POR FAVOR VEM AQUI CARA, NECESSITO DE VOCÊ

   SE VOCÊ ME QUISER VIVA VENHA LOGO

  NÃO AGUENTO MAIS ESSA ANGUSTIA, MEU QUARTO JÁ ESTÁ ALAGADO DE SANGUE

   NÃO QUER PARAR DE SANGRAR E NEM ISSO MAIS ESTÁ AJUDANDO

  VOCÊ É MINHA MELHOR AMIGA, QUERO QUE SAIBA QUE NUNCA TE ABANDONAREI MESMO QUE NÃO ESTEJA MAIS AQUI

  POR FAVOR NÃO VENHA MAIS, SÉRIO. FIQUE NO CASAMENTO DE SUA MÃE

  TE AMO MUITO E NUNCA ME ESQUECEREI DO QUE FEZ POR MIM, MAS NÃO AGUENTO MAIS. NÃO ME ESQUECE POR FAVOR

  EU TE AMO MILLER

  - Filha, o que está acontecendo? – Meu pai encostou o carro enquanto eu chorava de soluçar com o celular em minhas mãos.
  - Eu não sei papai, me leva pra casa da , por favor.
  - O que aconteceu com ela? – Ele estava mais preocupado que o normal, mas meu estado estava deplorável.
  - Por favor, papai, me leva até lá. – Sem ao menos contestar ele fez uma volta brusca no carro tomando o caminho para a casa dos Franklin’s.

  Fui ouvindo todas as mensagens de voz da no alto-falante e meu pai acelerava o carro cada vez mais para chegarmos lá em imediato. Quando chegamos a frente da casa eu nem esperei o carro estacionar pulei dele quase torcendo o pé por causa do salto e corri até a porta, a mesma estava trancada. Bati desesperadamente chamando por alguém, não é possível que uma casa com quatro pessoas não tenha ninguém neste exato momento.
  - Acho que não tem ninguém em casa. – Meu pai olhava pela janela do jardim.
  - Ela está em casa papai, eu sei que está, olha a janela dela. – Apontei para cima mostrando suas cortinas balançando.
  - Bem, se afaste então. – Saí da frente da porta tirando meus saltos enquanto meu pai dava enormes pesadas na porta e a mesma se partiu caindo no chão. Entrei correndo até seu quarto jogando meus sapatos pela escadas.
  Sua porta estava trancada, meu pai fez o mesmo nem hesitou em derrubá-la, mas logo me arrependi quando vi o estado que o quarto estava. Quando ela disse que o quarto estava alagado de sangue, não era mentira, seu corpo estava pálido sobre a enorme poça de sague.
  - ! – Meu pai segurou meus braços impedindo de entrar no quarto. – É MINHA MELHOR AMIGA QUE ESTÁ ALI NO CHÃO, MINHA MELHOR AMIGA, ME SOLTA, POR FAVOR! – Meu pai me apertava mais em seus braços enquanto eu me debatia.
  - Calma filha, vai tudo ficar bem. – Ele pegou o celular para ligar a ambulância, então corri até seu corpo. – Não mexa nela, por favor.
  Mas eu já estava ajoelhada em sua poça de sangue, ao seu lado, seu rosto inchado – provavelmente de tanto chorar – sua maquiagem borrada e sua roupa era o vestido branco que lhe dei para ir ao casamento.
  - Por que você fez isso comigo, por quê? – Eu tentava verificar seu pulso, sua respiração e ambos estavam parados, seus olhos sem brilho e sem vida. Ela já havia ido.

  Tudo começou a ficar turvo na minha frente, meu pai veio me pegando pelos braços enquanto os paramédicos chegavam para socorrer um corpo sem vida, eu me debatia tentando ver qualquer que seja o procedimento, mas meu pai me tirava de dentro da casa; a casa ao qual passei uma boa parte da minha vida. Meu pai me botou sentada em seu colo enquanto afagava meus cabelos e dizia que tudo ficaria bem. Vi passarem com o corpo dela já dentro de uma bolsa branca e ali foi que a ficha começou a cair: “Eu perdi a minha melhor amiga para sempre”.

Capítulo 2

  - Tem certeza que você ficará bem, filha? Se quiser eu posso adiar a viagem. – Minha mãe segurava minhas mãos.
  - Ficarei muito bem mamãe. – Tudo que eu mais queria era pedir para ela ficar, eu precisava dos meus pais juntos, mas eu não podia atrapalhar a vida da minha mãe com problemas meus.
  - Qual sabor você quer? – Meu pai surgiu na porta.
  - O de sempre papai. – Sorri fraco então ele voltou a pedir as pizzas já que ficaríamos sozinhos no apartamento.
  - Charlie, não acho que seja uma boa ideia pizza a essa hora. – Minha mãe falou alto para ele ouvir.
  - Vá para a Europa com seu marido, agora a é minha, comemos o que quisermos. – Ele deu língua, colocando o celular no bolso.
  - Ele se esqueceu de pagar o gás esse mês. – Sussurrei.
  - Não foi bem assim, eu pensei que havia pago. – Minha mãe ria desde o meu sussurro e ria mais ainda quando ele tentava se explicar.

  Eu achava linda a amizade dos meus pais, eram melhores amigos desde os 3 anos de idade e nunca haviam se deixado, todos achavam que tinham um relacionamento amoroso, mas era apenas amizade. Na faculdade, eles começaram uma “amizade com benefícios” e numa festa de fraternidade nenhum dos dois se preveniu, então a mamãe engravidou. Meu pai agiu da melhor forma possível e mesmo sem eles ter um relacionamento, me criaram como se fossem um casal, ela morou com ele por um ano e logo foi para a sua casa, desde então, os dois continuam a ser melhores amigos sem nada os abalar. Todos acharam que iria acabar a amizade por causa da criança, mas eu acabei juntando eles mais que tudo.
  - Acho que você deve ir, mamãe, o Mike deve estar impaciente. – Rolei os olhos.
  - Ah sim, já sabe, qualquer coisa me liga.
  - Qualquer coisa muito importante, porque quem paga a conta do telefone dela sou eu. – Meu pai passou na minha frente. – Então tá, boa viagem e boa lua de mel, aproveite e veja se não encha o nosso saco, porque agora é só pai e filha. – Então após meu pai dar um beijo na testa da mamãe, ele fechou a porta. – A noite é só nossa! – Ele ergueu as mãos em animação.
  - A Lauren...? – Ele em cortou:
  - A despachei. – Jogou a cabeça para trás. – O que você quer que façamos primeiro?
  - Filme? – Apontei pro sofá.
  - Ok, filme – Ele mergulhou no sofá se cobrindo com uns edredons que estavam jogados no mesmo.
  Começamos a assistir Resident Evil 1, pretendemos assistir toda a saga, claro, se aguentarmos ficar acordados até o meio-dia de amanhã. Quando a equipe, junto com a Alice, entravam na colmeia, a pizza chegou. Depois de eu tirar ímpar ou par com meu pai, ele acabou se levantando e indo pegar a comida. Levantei para buscar os molhos e refrigerante. Na porta da geladeira ainda tinha um papel com minhas palmas pintadas e a da do lado. Lágrimas brotaram, escorrendo logo em seguida.
  - Esses entregadores querem é ganhar gorjeta gorda... – Meu pai se interrompeu assim que me viu parada tocando na mão da . – Vocês tinham 5 anos.
  - Eu sei, fizemos isso na escola para o dia dos pais, ela não queria fazer pro pai dela, então fizemos juntas para te entregar.
  - Deste dia em diante ela me chamava de papai também. – Ele sorriu de lado. – Era estranho em com um ano de diferença, as garotas nunca entendiam quando eu explicava que você era minha filha e ela sua melhor amiga.
  - Bote plural de garotas nisso, porque quando vinham te importunar e eu aparecia, você apanhava tanto. – Ri fraco lembrando me das inúmeras cenas ao qual meu pai passava quando as “peguetes” viam eu ou a com ele, sempre achava que também éramos peguetes.
  Meu celular tocou, era a mãe da , achei estranho porque ela me viu várias vezes desde o acontecido na casa dela, no hospital e não falou nem um “oi comigo”. Mostrei a tela ao meu pai e ele me mandou atender que cuidaria de tudo na cozinha.
  - ? – A Mrs. Franklin nunca me chamava por apelido.
  - Olá! – Tentei manter um tom casual, escondendo todo o nervosismo do meu corpo.
  - Estou ligando para informar o horário do funeral amanhã... – Engoli em seco sentando no sofá enquanto ela me passava as informações. – Espero que você vá, seria muito importante pra ela.
  - Claro que irei. – Respirei fundo enxugando as lágrimas.
  - Preciso que não falte mesmo, por favor, tenho algo para você.
  - O que é? – Meu pai caminhou até mim um pouco preocupado.
  - Os investigadores acharam uma carta e a levaram, leram também, pois nela tinha provas que realmente foi um suicídio e pediram para eu te entregar logo, já que era direcionado a você.
  - Uma carta? Direcionada a mim? – Ela apenas concordou. – Sim, Mrs. Franklin, eu irei sem faltar.
  - Obrigada, até amanhã então. – Desligou o telefone sem me deixar responder.
  - Como assim, uma carta para você? – Meu pai sentou ao meu lado.
  - A escreveu uma carta para mim e a Mrs. Franklin irá me entregar amanhã no funeral.
  - Você vai?
  - Papai, é minha última despedida.
  - A que horas será?
  - Às 10 da manhã – Ele arqueou uma sobrancelha. – Será que você não se chatearia se caso eu fosse dormir depois deste filme?
  - Claro que não, teremos muito tempo para isso. – Sorri o abraçando. – Agora vamos comer que eu estou com fome.

Capítulo 3

  Desci na frente do cemitério e fui até uma floreira comprar algumas rosas champanhe – eram as preferidas da e também as mais caras dali -, comprei 16 rosas, cada uma representava os anos que nos conhecemos, cada ano perfeito ao seu lado. Meu pai se encontrou comigo depois de uns cinco minutos, então caminhamos de braços entrelaçados até o local onde o caixão da estava fechado e as pessoas se sentavam em inúmeras cadeiras brancas me fazendo lembrar do casamento da minha mãe.
  - Hey, reservei lugar para vocês dois aqui na frente. – A Mrs. Franklin surgiu nos levando para a fileira da família. Assim que todos os acentos estavam completos, o Padre começou a falar.
  Após todo o falatório, Mr. Franklin foi lá na frente e falou da filha, eu fazia de tudo pra me manter forte, não chorar e muito menos gritar o quão ele era falso. Ele nunca foi de ser próximo da filha, nunca se importava com ela, por isso ela considerava o meu pai como o dela. Mr. Franklin passou a palavra para seu filho e depois seu filho passou para a mãe.
  - ... E como a última vontade dela, entrego essa carta para a sua melhor amiga, a irmã que ela nunca teve de mim. – Mrs. Franklin apontou a carta para mim, levantei meia sem jeito indo até ela e a abraçando enquanto todo mundo suspirava, fungava ou cochichava.
  - Obrigada! – Sussurrei antes de ela ir se sentar. – Como a Mrs. Franklin disse, eu e a desde o primeiro dia tivemos uma aproximação muito grande, depois que nos conhecemos, não nos desgrudamos mais. Quando saíamos juntas, sempre perguntavam se éramos irmãs, então respondíamos que sim, que éramos gêmeas. – Sorri fraco lembrando-me dos nossos dias juntas. – Ela sempre foi a garota mais especial que conheci na vida, devo tudo à ela. Quando ela se sentia mal, brigava com algum namorado ou com qualquer pessoa, me ligava desesperada e aonde eu estivesse, iria até ela a qualquer hora. No sábado ela me ligou, me pediu socorro e eu não fui socorrê-la... – Comecei a chorar de soluçar, então me pai veio me abraçar de lado sussurrando que não era a minha culpa. – Sim, papai, foi culpa minha, quando ela me ligou, o Billy tomou meu celular e só me entregou o mesmo quando a cerimonia acabou, formos voando para a casa dela, mas chegamos tarde demais. – Olhei para a família da que chorava em desespero. - Me sinto mal por lembrar-me dela me pedindo ajuda e pela primeira vez na vida eu não poder ir socorrê-la. Desculpa amiga, aonde quer que você esteja eu te peço mil perdões. – Consegui falar depois que respirei fundo.
  - Acho melhor ler a carta. – Wilmer, o irmão da falou um pouco mais alto. Encarei a carta nas minhas mãos e abri vendo sua letra tremida e desajeitada. Enxuguei meu rosto e continuei:

  “Sister,
  Eu não sei como começar esta carta, não consigo ao menos acreditar que estou tendo coragem de tudo isso. Quero que, acima de tudo, você não se culpe por nada, você fez o que pode, mas eu planejava isso há muito tempo e não queria te preocupar, você tem preocupações demais na sua vida e eu, ao invés de te ajudar com os problemas, só te enchia cada vez mais deles. Você foi a melhor pessoa que eu já conheci em toda minha vida, eu só aguentava o mundo por você, mais ninguém, apenas por você. Só que agora não aguento mais e sei que estou te fazendo sofrer. Só quero que saiba que nunca irei te abandonar, de onde eu estiver, estarei olhando por ti, mesmo que do inferno – que é pra onde eu vou, se a maioria das pessoas estiverem certas – estarei te olhando e protegendo para que ninguém faça algum mal, você não merece as coisas ruins do mundo e irei te afastar de todas que eu puder.
  Por favor, seja feliz, ok? É o que eu mais te peço, seja feliz e continue sua vida, pois você é a maior guerreira que eu já conheci no mundo. Já até perdi as contas de quantas vezes você segurou o mundo das outras pessoas enquanto deixava o seu cair e eu, como a melhor amiga que você não merecia, era egoísta a ponto de não me importar com seus problemas. Peço-te desculpas por toda eternidade, minha eterna melhor amiga.

Com muito amor e já sentindo saudades e faltas de seus conselhos
Franklin.
Para: A irmã que Deus colocou na minha vida.”

  E como dito pela , eu também já perdi as contas de quantas vezes segurei o mundo dos outros deixando o meu cair, e agora o meu despencou de vez...

Fim



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