Moves like Jagger

Escrito por Mari Alencar | Revisado por Lelen

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Moves Like Jagger - Marron 5 feat. Christina Aguilera - Acho recomendável escutar.

  Não existe nada mais estimulante que a noite de sexta feira. Especificamente, essa noite controla o psicológico de qualquer solteiro, tudo acontece em uma sexta chamando o sábado. As luzes, o som, a batida que controla o coração. A bebida descendo quente pela garganta, o gosto da vodka com o energético nos deixando ainda mais frenéticos, nos soltando e impulsionando a procura do par perfeito para aquela noite, trocas de carícias, uma paixonite rápida que não será relembrada no dia seguinte. Todas sensações, juntas ou separadas fazem que a sexta seja um dia único. Cada uma tem seus segredos e seus mistérios escondidos, guardados no meu íntimo.

  Após um expediente cansativo do trabalho chego ao meu apartamento com um cheiro único de liberdade. Escolho minha melhor roupa, ponho a bebida para gelar e já aviso para meu amigos onde será a noitada de hoje. Já estamos todos preparados para mais uma noite particular que revelará seus encantos. O som toca músicas já me deixando no ritmo, treino sozinho passos ritmados, olhares no espelho, está chegando a hora da conquista, a hora de elevar meu ego.

  O barulho do interfone informa que a galera chegou, chegou para arrasar corações. Na fila conheço várias pessoas mas uma me chama atenção, aquela era nova no pedaço, ninguém sabia quem era e estava, o que posso considerar muito estranho, sozinha na fila. Não tinha acompanhante algum, seja homem ou mulher. Ela acompanhada dela mesma. Um corpo de arrasar, um cabelo que só ela tinha, era impressionante o quanto era bonita. Tinha um olhar inquietante, uma boca sensual, uma pose independente que jamais vi em alguma mulher. A boate abre e ela entra com um enorme sorriso. É, eu preciso tê-la para mim, essa noite ela será minha.

  As luzes colorida esporádicas são as únicas iluminações do local, e eu não consigo tirar aquela garota. Pergunto pro barman, pro segurança, pro DJ, se alguém a conhecia, ninguém sabia quem era ela, nova na cidade. A vejo sozinha na pista, diversos olhares apontados para ela, mas não dava a mínima. Apenas dançava, dançava sozinha, a música a embalava. Ela me olha, e eu retribuo o olhar. Eles se miram por um instante e pronto, já saquei que ela me queria, mas era diferente. Não havia pedidos de retorno, muito menos o desejo de saber nomes, queria apenas naquela noite. Eu sabia que era isso por que ela me deu o olhar que eu tanto distribuo, e pela primeira vez me senti tocado por uma mulher.

  Ela era única, e pelo fato dela não me querer exclusivamente é que eu a queria ainda mais para mim. Me aproximei, tentei dizer meu nome, mas ela me calou com o dedo. Aproximou a boca de minha orelha, e em um fala que me fez tremer disse que nessa noite era para eu a conquistar, mas sem nomes, sem promessas, apenas beijos e desejos. E então ela me controlou, não obtive o sucesso que almejava. A mulher me conduzia com os dedos mesmo dizendo que era para que eu a conquistasse. Minha mão no seu pescoço, sua mão por dentro da minha blusa espalmada nas costas. Eu a puxava para perto de mim e sua unha me arranhava. Minha mão encaixou em sua cintura e a dela no meu pescoço. Um olhar e breve e a ânsia pela sua boca só aumentava, eu me sentia seco do seu beijo por dentro, e só imaginava como devia ser quente sua língua.

  Ela brincou comigo, e atiçou ainda mais a minha vontade, até que finalmente cedeu e cedeu de uma forma inesquecível. Seu beijo me cegou por alguns segundos. Quando nossas bocas se separaram ela deu um sorriso, um sorriso de felicidade, um sorriso de quem havia gostado do que estava acontecendo, um sorriso que ficará para sempre guardado em minha memória. Então ela disse “A gente se vê por aí” e foi embora. Não quis deixar o telefone, não me disse se morava aqui, ou sequer seu nome. Fiquei no meio da pista, vítima da paixonite que eu tanto causo em vários corações.



Comentários da autora
 Olá queridas, que lamento vocês lerem isso. De qualquer forma agradeço por que qualquer leitura é um incentivo. Estou vindo um com um nome diferente, a última vez que postei alguma fiction eu ainda usava MariGrape (sim a autora de algumas fictions aqui do site, uma das fundadores que largou esse bebê lindo que é o ATF, mas foi por motivo de força maior) agora mais amadurecida e com um nick decente sou Mari Alencar, prazer e espero que dessa fiction, que foi o resultado de um vício chamado Maroon 5+insônia, renda bons frutos futuros. Estou empenhada a voltar a escrever. Wish me lucky! :*