Anatomia
Escrito por Marcella Ribeiro | Revisado por Carol
acordou com o som das chaves girando na maçaneta da porta de entrada do seu apartamento. Esfregando os olhos, percebeu chaves girando na maçaneta da porta de entrada do seu apartamento. Percebeu que dormira de boca aberta em cima de seu livro de Anatomia, sentada na mesa de sua cozinha, que também era a sala e a lavanderia em um só.
Céus, aquela matéria era uma chatice! Mas ela tinha prova na segunda-feira, não podia simplesmente não estudar.
Levantando-se e massageando o lado do rosto que ficara prensado no livro e que agora provavelmente estava com marcas, andou até a sala pra ver quem tinha chego: John. Não que pudesse ser outra pessoa, afinal, ele era o único que tinha a chave do apartamento além dela.
Os cabelos dele estavam um pouco bagunçados, já que tinha aquela mania que por vezes achava irritante de ficar remexendo neles o tempo todo.
John caminhou até ela e deu um beijo em seu rosto, e ela sorriu ainda sonolenta.
- Me deixa adivinhar – ele falou, analisando a bochecha um pouco vermelha e marcada de – dormiu em cima dos livros de novo?
soltou uma risada rouca e deu de ombros.
- Você sabe como eu adoro estudar pras provas – disse sarcástica e se jogou ao lado de John no sofá, que simplesmente invadira a casa dela como se fosse a dele própria.
Não que não estivesse acostumada com aquilo. John, além de ter a chave da casa, era um folgado de primeira, e chegava ali como se fosse ele quem pagasse todas as contas.
Pra explicar, John não tinha a chave da casa dela por acaso: tinha a bela mania de perder as chaves de casa ou esquecer em algum lugar, e com John morando no andar de baixo e sendo confiável, era fácil resolver o problema de ficar trancada pra fora, já que só precisava pegar o elevador, bater na porta dele e pedir a chave reserva.
John colocou os pés na mesinha de centro e ligou a TV, ignorando completamente a cara de indignada de , que tinha passado um pano pra limpar a sujeira daquela mesinha ainda de manhã.
- O que te traz aqui à uma hora dessas, John O’Callaghan? – ela perguntou, decidindo que não adiantaria nada mandá-lo tirar as pernas finas de cima da mesa. – Não é a essa hora nos fins de semana que você fica vadiando nos bares da cidade, seu bebum?
- E não é a essa hora nos fins de semana que você roda sua bolsinha lá na esquina? – ele retrucou e ela bateu nele, fingindo estar brava.
Tratavam-se assim desde que se conheceram em um show de uma banda que ainda estava começando. John estava lá porque era melhor amigo do vocalista; estava lá porque a amiga a arrastou dizendo que o baixista era uma delícia. Não estava errada.
Depois de se esbarrarem, assistirem ao show juntos e tomarem uma cerveja, trocaram telefones e continuaram mantendo contato, já que a amiga achou excelente a ideia de John conhecer a banda – dessa forma, ele poderia apresentá-la ao baixista gostosão! – e então simplesmente entrou na onda e curtiu com isso.
O ocorrido fora há dois anos, e agora eles moravam no mesmo prédio por dois motivos: ele porque ficava perto dos outros amigos da banda na qual era o vocalista, The Maine, e ela porque era mais perto da faculdade e do trabalho do que a casa de seus pais.
deixou pra lá o assunto “por que está aqui quando devia estar pegando alguém?” e tomou o controle das mãos dele, procurando algum filme que prestasse – e que, de preferência, desse a ela uma aula de Anatomia com todos os assuntos que cairiam na prova da segunda. Mas John voltou a falar, explicando pra ela o que tinha acontecido.
- Tinha umas meninas meio loucas lá – disse, como se apenas essa frase fosse autoexplicativa. – E eu não tô muito no humor pra essas coisas.
- Desde quando você não está “muito no humor” pra garotas? – ela perguntou quase rindo e ele olhou-a com uma cara maliciosa.
- Bom, desde quando você precisa da minha ajuda pra estudar... – deixou a frase no ar, como quem não quer nada.
- Eu preciso...? – perguntou, distraída procurando algo na TV.
- Claro! – John respondeu, com um sorriso. – Se a prova é de Anatomia... Eu posso te ajudar – ele continuou com aquela cara maliciosa e levantou uma sobrancelha quando olhou pra ele.
Sem se aguentar, deixou o controle de lado e caiu na gargalhada.
- Só se for pra me mostrar o sistema esquelético, né, queridinho – e cutucou os ossos salientes das costelas dele por cima da camisa, fazendo-o se contorcer.
- Engraçadinha – John resmungou e então o canal no qual tinha deixado saiu dos comerciais, revelando o filme que estava passando: Sexo Sem Compromisso.
Ela e John se entreolharam e riram. Uma outra coisa sobre os dois: há mais ou menos seis meses, os dois bêbados acabaram na cama dele, fazendo o que outras pessoas achariam que seria o fim de uma amizade quando o dia amanhecesse e eles percebessem o que tinham feito.
Mas é claro que se tratando de John O’Callaghan, as coisas saíram um pouco diferentes quando amanheceu. Começaram então um tipo de amizade com benefícios, que funcionara bastante bem até ali.
Trocando mais um olhar com John, mexeu-se no sofá de modo que ficasse de frente pra John, e ele logo deu um sorrisinho nada inocente.
- O quê? – perguntou, fingindo indiferença – Resolveu aprender o sistema esquelético?
revirou os olhos e aproximou seu rosto do dele.
- Acho que posso aprender outros sistemas com você – provocou e ele deu uma risada, logo a puxando pela cintura, prestes a beijá-la. – Opa! – disse, em tom de advertência – Ainda não, amigo. Primeiro a gente começa aprendendo os sistemas.
E com um sorrisinho ao ver o olhar desapontado de John, chegou mais perto dele e apertou seus braços com um pouco de força.
- Esses, são os seus membros superiores – e com uma risadinha por achar aquilo totalmente bobo, largou do braço dele e levou sua mão à gola da camisa de John, puxando um pouco pra baixo e deixando ainda mais exposta sua tatuagem – Essa é a sua clavícula – e distribuiu dois beijinhos de cada lado, lentamente, depois de passar os dedos pelo local.
Mordendo o lábio inferior, puxou-o um pouco pra frente, fazendo com que desencostasse do sofá e a abraçasse pela cintura, puxando-a para o colo dele. pousou uma mão em sua nuca e com a ponta dos dedos da outra mão, tateou as costas dele até achar as vértebras salientes em seu corpo magro.
Descendo os dedos calmamente até a última vértebra, deu um sorrisinho com a boca ainda encostada a dele.
- Essa é a sua coluna vertebral.
John revirou os olhos, mas riu e voltou a beijá-la.
- Isso qualquer um sabe, – ele falou quando finalizaram o beijo, sorrindo de um jeito sacana.
- Então seu objetivo é literalmente me ajudar a estudar? – ela disse, com uma sobrancelha erguida e se afastando um pouco para encará-lo, e John encostou a cabeça no sofá, fingindo avaliar a situação.
- Na verdade – admitiu, segurando-a pela lateral das coxas e deitando-a no sofá, ficando por cima – Acho que a gente pode estudar o corpo um do outro em silêncio.
E depois de rir junto com ela, John começou a distribuir beijos pelo pescoço de , intercalando-os com mordidas.
- Esse – ele disse, entre uma mordida e outra, imitando o tom de voz que ela usara – é o seu pescoço.
- Jura? – entrou na brincadeira, embrenhando a mão nos cabelos dele e o puxando pra cima, pra que pudesse olhá-lo.
- Essa – ele continuou, apertando a cintura dela – é a sua cintura – e descendo um pouco a mão – esse, seu quadril. E essa... – e escorregou a mão para o lado, prestes a descer o short de pijama que usava.
- John – ela chamou, antes que ele terminasse a frase -, só cala a boca, tá?
Resolvendo obedecer, John grudou sua boca na dela enquanto suas mãos estavam entretidas levantando a blusa da garota até deixar o sutiã aparecer. Já podia sentir o calor característico de todas as vezes que se envolviam daquela forma: beijar sua pele arrepiada, passear as mãos pelo seu corpo... Embora fossem apenas “amigos”, nenhum dos dois poderia deixar de notar que em nenhuma das vezes aquilo foi livre de sentimentos. Havia muitos misturados, o que só fazia o calor e o desejo aumentarem.
jogou a cabeça pra trás quando sentiu os beijos molhados de John descerem de seu pescoço para seu colo, e então para sua barriga, enquanto uma das mãos de John já estava ocupada em massagear o seio esquerdo dela, mesmo que ainda por cima do sutiã.
sentiu o corpo todo arrepiar. Era esquisito que somente o seu “amigo” fosse capaz de fazê-la sentir-se... Quente daquele jeito?
Quando John já estava novamente com a mão preparada pra puxar seus shorts pra baixo, ela inclinou o corpo pra frente e terminou de tirar a própria blusa, jogando-a pra qualquer lado. E então, já sentada com John parcialmente ajoelhado em frente a ela, tirou a camisa dele lentamente, distribuindo dessa vez beijos por toda a extensão de pele de John que ficava descoberta pela camisa.
Quando chegou ao peitoral dele, passou a ponta dos dedos pela tatuagem ali, desenhando as letras que formavam a frase tatuada no local. Sem mais perder tempo, com as mãos dele já em sua cintura, deu um breve chupão no pescoço dele, fazendo com que um suspiro pesado escapasse por seus lábios e um sorriso perpassasse os lábios dele.
Sem deixar que ela continuasse, John puxou-a consigo, deitando-se no sofá novamente, agora com ela por cima, uma perna de cada lado de seu quadril.
Trabalhava agora tentando desafivelar o sutiã, enquanto ela o beijava e fazia movimentos pra frente e pra trás, fazendo suas intimidades que se tocavam cada vez com mais força quererem entrar em ebulição.
Com um gesto um tanto desesperado, John conseguiu soltar o fecho do sutiã dela e o tirou com a pressa de um homem faminto, e logo que o fez, já estava inclinado pra frente, meio deitado meio sentado, com a boca devorando o mamilo direito de enquanto os dedos faziam movimentos circulares no outro, deixando-a cada vez mais excitada. Puxava os cabelos dele freneticamente, gemendo baixinho, de um jeito quase imperceptível.
Quando John deu-se por satisfeito, sua mão desceu para a bunda dela, enquanto a outra ia até o quadril, instigando a continuar a movimentar-se em cima dele: adorava aquilo.
Sem aguentar nem mais um segundo daquela tortura, afastou-se do garoto tempo suficiente apenas para desabotoar a calça que ele usava, deixando à mostra a boxer preta e o volume dentro dela. Com um olhar desejoso, resmungou por não ter a menor chance de tirar a peça naquela posição, e aproveitando a deixa, John inverteu as posições, ajudando a garota a terminar o trabalho enquanto ela empurrava as calças dele pra longe com os pés.
Mesmo que ainda estivesse com os shorts do pijama, não conseguiu conter um gemido quando John chocou-se com força contra ela, fazendo movimentos de vai e vem, cada vez mais torturantes.
Sabendo que não aguentaria muito daquilo, pela terceira vez John levou a mão ao short dela, e diferente das duas primeiras, dessa vez não parou até que a livrasse dele e a visse somente de calcinha, mordendo o lábio de forma provocante pra ele.
Com um suspiro pesado, John voltou a beijar-lhe o pescoço, sua mão agora massageando a parte interna da coxa de , enquanto usava o outro braço pra se apoiar. Não demorou muito pra que chegasse ao seu local de destino favorito, e massageou com os dedos, por cima da calcinha, o clitóris dela, fazendo a garota revirar os olhos de prazer.
- John – chamou, com a voz entrecortada -, não... para.
Com um sorriso vitorioso, ele agora afastava a calcinha pra um lado pra que pudesse ter acesso livre à intimidade de , e com ela gemendo ainda mais alto, ele continuou a massagear seu clitóris lenta e torturantemente, fazendo a garota resmungar por querer mais.
Rendendo-se aos pedidos dela, movimentou os dedos com mais rapidez e força, e logo estava penetrando-a com dois dedos, fazendo a garota se contorcer e levantar o quadril ligeiramente na direção dele.
- Você gosta disso, ? – sussurrou no ouvido dela, enlouquecido pelos gemidos da garota – Gosta quando eu faço assim? – e masturbou-a com força, fazendo a garota fincar as unhas nas costas dele e fechar os olhos.
- John – gemeu, logo depois mordendo o lábio pra que contivesse um gemido ainda mais alto, prestes a escapar – Por favor, mais...
E as mãos dela largaram as costas de John e encaminharam-se até a boxer que ele usava, empurrando-a pra baixo, demonstrando o que queria, e nada a fazia entender por que não tinha feito aquilo antes.
Aproveitando a deixa, John livrou-se da calcinha dela também, e com um sorriso torto extremamente malicioso dirigido a ela, posicionou-se em sua entrada e penetrou-a com força, fazendo a garota voltar a arranhar suas costas, que àquela hora já deviam estar em carne viva.
John puxou uma das pernas de pra cima, facilitando o contato, e então começou a movimentar-se rápido, pra logo depois diminuir a velocidade de forma torturante, fazendo ir à loucura em poucos segundos. Só ele conseguia fazer aquilo.
Para John, a sensação era incrível. Por mais que procurasse, não conseguia encontrar no mundo outra pessoa que o fizesse se arrepiar só de puxar seus cabelos com um pouco mais de força. Ou que o fizesse fantasiar coisas mesmo quando estava longe dela. Estando ali então, dentro dela, sentindo todo o calor da garota, era como se as coisas ficassem certas de repente.
E bom, pra ... O mundo poderia acabar ali que ela morreria feliz.
Sentindo os arrepios percorrerem seu corpo todo, levantou levemente o quadril, movimentando-se junto com John, fazendo com que o próprio deixasse alguns gemidos sofridos escaparem pelos lábios entreabertos, o suor dos dois se misturando.
Não demorou muito pra que chegassem ao ápice, que veio de forma bruta e lenta, com espasmos de prazer sacudindo o corpo dos dois.
Ofegante, John colou sua testa a testa de , e ficaram por alguns minutos assim, tentando normalizar a respiração enquanto se encaravam.
- ? – John chamou, depois de algum tempo, agora olhando para as pálpebras fechadas da garota.
- Oi? – ela abriu os olhos, passando as mãos pelas costas de John em um carinho gostoso.
- Você devia voltar praquele livro – indicou com a cabeça a mesa onde o livro de Anatomia se encontrava ainda aberto. – Precisa tirar uma nota boa.
revirou os olhos, bufando.
- Por que você tinha que me lembrar disso logo agora? – resmungou, enquanto ele ria.
- Se serve de consolo – e deu-lhe um selinho, logo depois lançando a ela um olhar safado – na minha prova você tirou nota máxima.
Rindo, ela empurrou-o para o lado, quase fazendo John cair do sofá e se sentou.
- Ok, vou estudar – e erguendo a sobrancelha, dirigiu a ele o mesmo olhar impuro – Acha que pode me ajudar em mais alguma coisa?
FIM
Oi, oi, oi! :) Escrevi essa fic pra Mari linda e absoluta, espero que esteja feliz por ter me corrompido dessa maneira, Mariana! LOL
Enfim... essa é a minha primeira fanfic restrita (e LÓGICO que tinha que ser com o John, por favor!), então não sei muito bem o que falar, porque a única coisa que se passa na minha cabeça nesse momento é “o que minha mãe pensaria de mim se lesse essa fic, meu Deus?” HAHAHA. Mas independente do que ela poderia pensar (e não vai, porque não terá a chance de ler, amém), espero que gostem e me digam o que acharam! Aceito críticas, sugestões e tudo o mais, certo?
Se alguém quiser ser fofa comigo e me dizer o que achou com mais detalhes, tem meu twitter e meu tumblr :D Obrigada por terem lido e obrigada à beta linda que corrigiu a fic <3
Beijo, beijo! ;)