Am I Wrong?

Escrito por Larissa Martins | Revisado por Larissa Martins

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Música: Am I Wrong, por Nico & Vinz

  ’s P.O.V.

  Ainda não conseguia acreditar em tudo que estava acontecendo, continuava com o celular na mão após ter falado com e não parava de sorrir para o nada. Ele havia me ligado há alguns minutos e dito que confirmaram nossa participação em uma turnê pela Europa, abriríamos os shows para uma banda na qual já tínhamos nos tornado amigos. Estávamos ansiosos há dias pela resposta, seria nossa primeira apresentação fora do país.
  Imediatamente lembrei de , precisava contar a ela, com certeza surtaria junto comigo. Peguei as chaves do carro e saí em disparada para a garagem, cruzando as ruas rapidamente em direção a sua casa enquanto batucava as mãos no volante mesmo sem música, nem havia tido tempo para ligar o rádio.
  Poucos minutos depois já podia avistar a cerca branca que rodeava sua casa, graças a Deus não era tão distante da minha e creio que os faróis vermelhos que atravessei economizaram tempo – não estava preocupado com multas às 2 horas da madrugada.
  Quando finalmente estacionei, saí correndo em direção à sua porta e pressionei a campainha diversas vezes. Alguns segundos depois uma de pijamas, com cara de sono e confusa apareceu, não lhe dei tempo de questionar nada, apenas puxei-a pela cintura e grudei nossos lábios, só assim conseguindo diminuir um pouco da minha euforia. Embora pega de surpresa, prontamente correspondeu ao beijo, subindo suas mãos para meus cabelos e só encerrando ao ficar sem fôlego. Ainda abraçados, abriu os olhos com um pequeno sorriso ladino e perguntou:
  - O que houve para estar aqui essa hora? Ainda mais com essa animação toda.
  - Preciso te contar uma coisa muito importante e não dava para esperar. – disse enquanto me puxava para dentro da casa e fechava a porta.
  - Dê graças aos céus por meus pais não estarem em casa, foram visitar minha tia que acabou de ter gêmeos na cidade vizinha e só voltam no domingo, só não fui porque preciso estudar para um pré-teste na segunda. – ela afirmou e eu esbugalhei os olhos ao perceber que se eles estivessem dormindo certamente levaria uma bela mijada por acordá-los às 2 mesmo sendo sábado. – Mas voltando ao assunto, o que aconteceu?
  Deixei-me levar novamente pela euforia e desembestei a falar.
  - Lembra-se daquela turnê que estávamos tentando convencer o James a nos incluir? – perguntei enquanto nos encaminhávamos para o sofá.
  - Aquela pela Europa que duraria uns 6 meses? – ela replica, podendo ser perceptível a animação em sua voz.
  - Sim, me ligou e disse para começar a arrumar as malas, porque James conseguiu nos incluir e partimos na sexta. – ao fim da frase eu já ria de felicidade. pulou em cima de mim, derrubando-nos no sofá.
  - Isso... É... Demais... Vocês... São... O... Máximo... – ela falava e intercalava com beijinhos por todo meu rosto. Aquele momento estava perfeito...
  - Espera. – ela parou e levantou, começando a andar de um lado para o outro na sala. – Você vai ficar 6 meses longe de mim?
  Estava perfeito até demais...
  Respirei fundo e tentei pensar nas palavras certas para falar.
  - , a gente já conversou sobre isso, não é? Nós dois queremos sair dessa merda de cidade, você através da universidade em e eu com a banda. E nós dois vamos conseguir, você vai passar nas provas de aceitação que serão daqui dois meses e a banda está aos poucos mostrando resultados. – afirmei e peguei em suas mãos, tentando passar confiança.
  - E se a banda não der certo? E se o pessoal não gostar? E se não conseguirem agradar aos europeus, como querem agradar ao público mundial? E se as críticas começarem e a banda não aguentar? – e essa era a tendo um colapso. Respirei fundo novamente enquanto ela voltava a andar de um lado para o outro. - O que você vai fazer, ? Você mal terminou o ensino médio. – ok, respirar não estava funcionando, ela conseguiu me irritar.
  - Então agora você está dizendo que eu estou errado? Que eu estou errado em correr atrás dos meus sonhos? Que eu estou errado por tentar algo melhor? Que eu estou errado em trilhar meu próprio caminho ao invés de apodrecer nessa cidade? Você pensa como todos os outros desse lugar estúpido? – levantei do sofá e meu tom de voz se elevou. – Eu sempre te apoiei nas suas decisões. Te apoiei quando você decidiu fazer faculdade de medicina. Te apoiei quando você decidiu entrar naquela faculdade que é fudida pra caralho de entrar, porque eu acredito em você, acredito no seu potencial, acredito que você vai conseguir... – abaixei o tom de voz ao perceber as lágrimas rolando por seu rosto.
  - Não é isso, . Eu não quero ficar longe de você. Sabes que eu torço por ti e os meninos, mas também sabes dessa minha insegurança desgraçada, ainda mais a tua carreira sendo imprevisível, já imaginou se realmente não dá certo? A gente sempre brincou dizendo que você iria ficar em casa cuidando das crianças enquanto eu trabalhasse quando a gente casasse, mas nem a minha faculdade está garantida. E se eu não passar? – tentava conter o choro e falar ao mesmo tempo. Aproximei-me dela e a abracei, ela pareceu finalmente retomar o fôlego perdido e se acalmar.
  - Tá tudo bem, amor. Confie em mim, ok? Eu vou ir com a banda na turnê, todo mundo vai amar, os dias passarão bem rápido e quando eu voltar você já terá se mudado para , porque terá aproveitado os dias longe de mim para estudar mais ainda para as provas e passará pra universidade que você tanto sonha, então eu irei logo em seguida, morrendo de saudades de você. – dizia com a voz mansa, acariciando seus cabelos e tentando tranquilizá-la.
  - Promete? – perguntou ela, enquanto eu nos dirigia ao seu quarto.
  - Prometo. – afirmei ao deitarmos na cama e abraçando-a novamente, reconfortando-a.
  Passamos a noite assim, teria poucos dias para aproveitar sua companhia antes de correr atrás não só do meu, mas do nosso futuro.

Meses depois...

  ’s P.O.V.

  Acordei com a campainha sendo tocada insistentemente, procurei o celular embaixo do travesseiro e constatei que já passavam das 2 horas da madrugada. Provavelmente era , uma amiga da universidade, voltando bêbada de alguma festa que acabou mais cedo do que ela pretendia fechar a noite e decidiu vir me atormentar, não seria a primeira vez. Saí das cobertas quentinhas e fui me arrastando até a porta da minha casa agora em .
  Já estava me preparando para dar um jeito de despachá-la para casa quando abro a porta e encontro algo muito melhor do que uma embriagada.
  - !

FIM



Comentários da autora

Hey, amora! Essa é minha primeira fic, embora não tenha gostado muito do resultado, não queria ficar de fora do projeto songfics. Espero que tenha gostado ;)
xx Lari