A Herdeira De Slytherin

Jéssica Trindade | Revisada por Luh

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Capítulo 1. Magic Works

  O campeonato acabara de terminar, as jogadoras estavam todas cansadas e grudentas por causa do suor, mas, mesmo assim o time de saiu-se bem, ganharam o primeiro lugar no Campeonato Nacional de Futebol.
   estava com uma má sensação desde quando acordou, parecia que algo novo iria acontecer em sua vida, mas, como a garota sempre fora muito sonhadora, não ligou muito, pois, na maioria das vezes o que ela sonhava nunca acontecia. A jogadora foi até o vestirário e tomou uma rápida ducha, quando saiu, encontrou sua irmãzinha a esperando.
  - ! Parabéns minha mana! - Disse Ana.
  - Obrigada Aninha! Obrigada por torcer por mim. - A menina dizia enquanto abraçava fortemente a irmã.
  - Oh, de nada irmã, você sabe que sempre faço de tudo por você!
  - Sei disso. - Falei convencida.
  Logo depois, a garota e sua irmã foram para casa aonde seus pais estavam à sua espera. Eles deram parabéns, jantaram, e logo depois cada um foi para seu quarto.
   teve sonhos estranhos, sonhos com Hogwarts, como sempre, já que a mesma sempre lera os livros de sua heroína: J.K Rowling.
  Porém, no meio da madrugada, ouviu alguns barulhos no andar inferior da casa, desceu as escadas e encontrou nada mais nada menos que: Bellatrix Lestrange.
   então, chegou mais perto, achando que tratava-se de um sonho, mas estava enganada. Não era um sonho, aquilo era mais que real, e percebeu o quanto era real quando viu seus pais encolhidos em um canto da sala, abraçando sua filha mais nova: Ana.
  A menina então, sem escolha, e ainda sem acreditar chegou mais perto da terrível bruxa das trevas, e então ameaçou:
  - Solte meus pais Lestrange! Eles não fizeram nada a você. - apesar de estar com muito medo, estava tentando transmitir calma.
  - Ora, ora, ora, se não é a filha dos ... Sabe, querida, eu e seus pais já fomos amigos... Mas eles escolheram o caminho mais difícil... - Bellatrix disse enquanto rodeava a sala - Escolheram fugir, do Lord das Trevas. Escolheram esconder você.
  - Esconder? Por quê? Eu não tenho nada. Não sou nada. - Pensei um pouco sem tirar os olhos da bruxa- Sou uma trouxa.
  - Não. - Deu uma risada malévola - Você não é. Seus papaizinhos não lhe contaram a verdade? Vejo que esconderam muitas coisas de você... Não é? - Disse aproximando-se de Ana.
  - Saia de perto dela.
  - Há! Você não vai querer saber no seu passado, ? Ou devo dizer... Gaunt.
  - Cale a boca! Você não sabe nada sobre mim! - Falei indo para cima dela.
  - Como você ousa, enfrentar-me? Sua... sua sangu...
  - Sangue-Ruim? Ora, Bellatrix, como eu poderia ser uma sangue-ruim? Se nem ao menos tenho poderes mágicos?
  - Você tem, bruxa burra! E se não vier comigo irei torturar seus pais. - Disse apontando a varinha para a cabeça de meu pai- Ora ora... Luciano, cadê sua coragem? Cadê sua varinha?
  - ! - Ouvi alguém sussurrar atrás de mim era a , ela me jogou uma espécie de varinha- Você sabe o que fazer.
  - Crucio! - Bradou Bellatrix, meu pai, caindo no chão contorcendo-se de dor.
  - Estupefaça! - Gritei apontando a varinha em direção a Bellatrix, que milagrosamente foi jogada para trás batendo com tudo em uma prateleira cheia de fotografias.
  - Sua imunda! Como ousa?! - Bellatrix reclamou enquanto levantava-se vindo em minha direção.
  De repente, senti um vento gélido batendo em meus braços, meu coração gelou, alguém mais entrara dentro de minha casa, só não sabia de quem é que eu estava falando.
  - Basta! - Ouvi uma voz grave vindo de trás de mim- Saia daqui Lestrange, antes que eu chame os Aurores!

Capítulo 2. Born To Die

  Era ele, Alvo Dumbledore, aquele que sempre admirei, nos livros e nos filmes, aquele velhinho bondoso que se assemelhava com o Papai Noel. Ele estava ali, para me defender.
  - Ora, ora, Dumbledore. Poderei ir, mas irei voltar... Preparem-se Silvia e Luciano, o pior ainda está por vir. - Lestrange disse isso e desaparatou.
  Quando a praga sumiu de minha sala, fui correndo até meu pai, que estava arfando em busca de ar, ainda no chão.
  - Estou bem filha. Agora, você precisa falar com Dumbledore... - Ele disse isso saindo da sala com minha mãe, Ana e .
  - Pr-prof-fessor Dumbledore? Eu estou sonhando ou o quê? - Perguntei abraçando-o em um rápido movimento.
  - Não, Srtª , você não está sonhando. Você deve ter conhecimentos ao mundo que acaba de saber que lhe pertence não?
  - Tenho, senhor. - Disse enquanto nós dois nos sentávamos - Mas, eu não entendo, como? Q-quer dizer, isso foi tão rápido, são muitas perguntas na minha cabeça...
  - Sei disso, mas tenho certeza de que você sabe a maioria de suas perguntas, apenas não consegue acreditar. Sei que você tem todos os livros de J.K Rowling.
  - C-como? M-mas...
  - Não se preocupe, ela é uma amiga. Bom, você sabe que acabou de fazer magia não?
  - S-sei... V-vou ir para Askaban não? - Falei apavorada.
  - Não; Você usou magia para defender-se, e pela primeira vez, usou magia falando, não feitiços não-verbais, que costumava fazer. - Arregalei os olhos. Como ele sabia disso? - Hoje mesmo, presenciei o campeonato de esporte trouxa e você usou o feitiço confundus contra uma adversária. Estou certo?
  - S-sim...
  - Bom, depois de sua defesa contra uma Comensal da Morte, creio que a senhorita acaba de ganhar uma vaga para a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. - Sério produção?
  - Não acredito... - Disse enquanto Dumbledore me entregava a tão esperada carta.
  - Bom, creio que você Srtª , esteja com apenas um dia para começar as aulas. Mais tarde você tem que partir para Londres e então comprar seus materiais para o ano letivo.
  - Eu, vou ter que começar no primeiro ano?
  - Não irá precisar, conseguimos uma vaga para a senhorita, você irá entrar no quarto ano, junto com os alunos de sua idade, irá fazer recuperações, embora não precise, pois sabe quase todos os feitiços, poções ou habilidades.
  - Como você sabe?
  - Bom, , Bellatrix lhe contou que seu real sobrenome era Gaunt, estou certo?
  - Sim, professor.
  - Os Gaunt são uma das famílias mais tradicionais de bruxos que se conhece até então. Seus pais são dessa família, mas, é muito perigoso viver com um sobrenome desse, ainda mais...
  - Que a Grande Guerra se aproxima... - Completei.
  - Sim. Por esse motivo, seus pais mudaram seus sobrenomes para , e então, ficou-se assim. Então, você só não é uma grande bruxa, mas também, é uma Sangue-Puro. Tem descendência de Merlin e... - Ele olhou em meus olhos.
  - E?
  - Salazar Slytherin.

Capítulo 3. A Descoberta

  Como? Eu era descendente de Salazar Slytherin? Deus! Como isso é possível?
  - Você está bem, Srtª ? - Ele me fitava com preocupação.
  - S-sim... só estou um pouco chocada.
  - Bom, você está com sono? Se estiver, posso ir para Hogwarts e aguardar o amanhecer aqui no Brasil, se não, podemos partir agora.
  - A-agora? M-mas m-inhas coisas... - Falei gaguejando de nervosismo.
  - Seus pais já sabiam... Eles arrumaram tudo... Seu pai teve uma visão...
  - E a ? Como ela sabe?
  - Ela é uma bruxa, , ela estava protegendo você... Ela lhe emprestou sua própria varinha, pois ela sabia que se você usasse magia, poderia partir para Hogwarts.
  - Oh, muita coisa para minha cabeça.
  - Sei disso, já vi muitos alunos passarem por isso...
  - ... E-eu trouxe seu malão... - Era , estava ensopada de lágrimas.
  - ... - Corri para abraçá-la - Você estuda em Hogwarts?
  - Não... Estudo em Beauxbatons... Fica na França... Mas tenho a impressão que iremos nos ver... Não importa quando.
  - Ah, eu te amo, ! - Falei abraçando-a mais uma vez.
  - Filha? - Paro o abraço com e vou em direção a eles que estão no pé da escada.
  - Pai! Mãe!
  - Vamos sentir saudades, filha. - Disse meu pai me abraçando.
  - Também vou.
  - Boa sorte . - Falou Aninha.
  Vi que Dumbledore já estava levitando meu malão e fui em direção a porta.
  - ! Coloquei os livros no malão. - Disse piscando para mim.
  - Adeus. - Falei isso e peguei no braço de Dumbledore que antes de aparatar me avisou.
  - Acho melhor você trancar a respiração. - Fiz isso rapidamente fechando os olhos com força, e quando os abri vi que estávamos no Caldeirão Furado.
  J.K Rowling descreveu perfeitamente nos livros, pois quando lia, imagniava idêntico ao que estava agora. Vi que Dumbledore entregara meu malão para um empregado, enquanto o mesmo levava para o andar de cima. Dumbledore e eu nos sentamos em uma mesa e ele pediu três copos de suco de abóbora.
  - Três? - Perguntei curiosa.
  - Sim, Srtª , gostaria muito, mas não poderei acompanhá-la durante suas compras.
  - E, então irei sozinha.
  - Não, não deixaria, por mais que você conhece o Beco Diagonal, ainda temos a Travessa do Trampo bem ao lado. Por isso chamei Harry Potter.
  - Harry Potter! - Exclamei falando um pouco alto demais - Harry Potter? - Dessa vez sussurrei para Alvo que me olhava com um olhar cômico.
  - Sim, Harry Potter. Tenho certeza de que vocês dois se darão muito bem.
  Passou-se dois minutos e Harry chegou, Dumbledore o cumprimentou e foi embora.
  - Bom... Hm, tudo bem? - Perguntei.
  - Tudo, Dumbledore me contou. Sabe... - Harry falou fazendo uma cara.
  - Sei... Mas saiba que não sou como os outros... Sonserinos... - Sussurrei Sonserinos.
  - Apenas pelo seu olhar já posso dizer que não é igual, você não é metida. - Rimos.
  Depois de conversarmos horas a fio, fomos às compras, Olivaras me vendeu uma varinha de 28cm, pena de Fênix, e um pouco flexível. Harry me disse que era boa, pois quando peguei ela, faíscas pratas saíram de sua ponta, achei o máximo, parecia que eu estava brincando de 'Padrinhos Mágicos'.
  Terminamos as compras tarde da noite, Harry iria dormir no Cadeirão Furado também, ficamos em quartos vizinhos.
  Amanheceu e quando estava na melhor parte do sono, alguém bate na porta - mais parecia que estava quebrando a porta porque né - E tive que acordar forçada, para abrir a tal porta.
  Uma garota com cabelos loiros escuros estava lá. Reconheci seu rosto na hora, era Hermione Granger.
  - Olá, sou Hermione, Hermione Granger, Harry pediu que eu acordasse você, já são dez e meia da manhã...
  - Ai, Merlin! Prazer, sou , não quero ser chata, mas preciso me arrumar.
  - Claro, nos vemos lá embaixo.
  Me arrumei às pressas, quando vi, era 10:40, desci as escadas correndo - Não correndo, pois estava arrastando meu malão e minha coruja junto comigo.
  - Hey! Deixa que eu ajudo você. - Disse um menino ruivo vindo pegar meu malão antes que ele caísse escada a baixo.
  - Ah, obrigada.
  - A propósito, meu nome é Fred, Fred Weasley. - É impressão minha ou todo mundo se cumprimenta assim aqui?
  - Prazer, sou .
  - É nova em Hogwarts não? Harry me falou que você vai entrar no quarto ano com eles, que sorte a sua né.
  - Bom, isso eu não sei, até ontem eu nem sabia que era uma bruxa, pra falar a verdade.
  - Uau, deve estar sendo estranho conhecer um mundo totalmente diferente.
  - Na verdade... Não. -Falei, pois já conhecia esse mundo muito bem, mesmo que seja pelos livros e filmes, mas já conhecia.
  Quando chegamos Fred colocou meu malão junto de outros seis malões. Então tomamos o café da manhã e fomos por aparatação para a estação de King's Cross.
  Quando chegamos na plataforma 9/³4 peguei meu malão e entreguei para o bagageiro, então comecei a andar sem rumo pelos vagões do Espresso Hogwarts, entrei em uma cabine do último vagão: O da Sonserina. A cabine estava vazia, retirei da minha bolsa um livro: Percy Jackson & Os Olimpianos: O Último Olimpiano. E comecei a ler.
  - Gosta de livros trouxas? - Abaixei o livro rapidamente e me deparei com olhos cinzentos me fitando.

Capítulo 4. Sweet Nothing

  Já sabia de quem era aquele par de olhos cinzentos: Draco Malfoy. Impressionante como ele pode ser dez vezes mais bonito do que nos filmes, ou do que sua descrição nos livros.
  - Gosto, as histórias são bem criativas – Respondi - você é?
  - Draco, Draco Malfoy - Ele continuava me fitando - e você?
  - , mas pode me chamar de .
  - Nome legal, você é nova aqui, não?
  - Sim, eu... Descobri meus poderes a poucos dias.
  - V-você é nascida trouxa?
  Sabia que ele iria perguntar, Draco MALFOY + nascidas (os) trouxas = confusão.
  - Não, sou sangue-puro. Mas é uma longa história...
  - Aham. Sabe para que casa vai entrar?
  - Acho que tenho uma ideia, pois sou descendente do fundador da casa.
  - Qual casa?
  - Sons... Ah nada esquece.
  - Você é descendente de Salazar Sonserina? - Draco sussurrou inclinando-se para frente.
  - Sim, mas por favor, não espalhe, não quero ser conhecida por isso.
  - Pode ficar tranquila.

  Nós ficamos nos encarando por um momento, não sei por que. Mas depois Pansy Parkinson entrou na cabine, puxando Draco para fora e me olhando de cara feia.
  - Cara de Buldogue. - Falei quando ela saiu.
  - Quem é cara de Buldogue? - Uma menina de cabelos negros adentrou na cabine.
  - Parkinson. Quem é você? - Reparei que a menina usava o uniforme da Corvinal.
  - Eduarda Bureseska, desculpe não ter me apresentado antes...
  - Oh, não foi nada, eu me chamo , como vai?
  - Vou muito bem! Olhe, você é nova não? Irá entrar no quarto ano?
  - Vou... Espero que o Chapéu Seletor me selecione para uma casa que eu consiga me enturmar...
  - Ah, mas a casa não importa, eu gostaria de ser sua amiga, claro, se você quiser.
  - Mas é claro que eu quero! - Respondi animada.
  Nós duas conversamos mais um pouco e então reparamos que estávamos chegando na estação de Hogsmeade, então, ali mesmo dentro da cabine, comecei a me trocar, quando chegamos Hagrid estava à espera dos alunos novos, eu, estava envergonhada por ter que acompanhar crianças de onze anos enquanto eu mesma tinha quatorze. Fomos de barco, atravessamos o Lago Negro e chegamos no castelo.

***

  Era estranho, meu tamanho comparado com aos alunos novos - normais - era de meio elfo. Absolutamente todos os presentes me olhavam, sentia-me sendo sugada por aquele Chapéu Seletor.
  - Bom... Você tem coragem... Inteligência... Gentileza... Mas tem uma vontade de ganhar sempre mais... SONSERINA!
  Imediatamente a mesa da Sonserina levantou-se inteira para aplaudir ninguém menos que eu, qualquer lugar era melhor do que estar ali, sendo literalmente o centro das atenções, sentei-me em um canto vazio da grande mesa e reparei que os mesmos olhos acinzentados me fitavam. Segui o olhar e vi: Draco Malfoy, junto de Pansy Parkinson, a mesma estava alisando o loiro enquanto ele não dava a mínima, apenas olhava em minha direção.
  O jantar terminou e fomos para a sala comunal, logo que ia entrando alguém me puxou para um canto isolado das masmorras.
  - Hey, o que é isso? - Perguntei assustada.
  - Shhh, Pansy vai ouvir - Reconheci o tom de voz, era Malfoy - eu queria falar com você.
  - Sobre o quê, exatamente? - O olhei desentendida.
  - Sabe... Eu... Eu... Eu preciso que me ajude a tirar Pansy do meu caminho.
  - E por que eu faria isso? - Disse cruzando os braços.

Capítulo 5. Same Mistakes

  – Porque... Porque sim, oras! – Disse Draco enquanto eu o olhava incrédula.
  – Nossa, grande motivo.
  – Ai, sério, ! Por favor, eu não aguento mais a Pansy.
  – E o que eu ganho em troca? – Malfoy me olhou incrédulo – Hein?
  – Aí não sei, você escolhe.
  – O.K, tentarei empurrar ela para Zabini.
  – Z-zabini? V-você vai empurrar ela para o Blásio?
  – A não ser que você queira continuar com ela. – Draco negou com a cabeça – Então, deixe meu plano fluir... – Falei deixando-o e indo em direção à sala comunal da Sonserina.

***

  O dia seguinte começou cedo, acordei era umas seis e meia da manhã, ninguém do dormitório havia acordado ainda, então, aproveitei e fui tomar um banho.

Draco Malfoy

  Bom, eu estou confiando na , estou esperando ela cumprir com nosso acordo mesmo não sabendo o que ela vai pedir em troca. Mas, mesmo assim, acredito que qualquer coisa seja melhor do que ter Pansy me acariciando nas aulas. Sinceramente, eu meio que tenho medo quando ela me faz isso, é estranho, não é legal.
  O café da manhã estava, como sempre, normal. Cheio de bolos, tortas, biscoitos... De uma coisa eu não podia reclamar: A comida de Hogwarts era uma das melhores. Sobre isso ninguém tem dúvidas. Crabbe e Goyle não paravam de comer, estavam fazendo uma competição para ver quem comia mais. Eu estava ali, tentando ver quando a chegasse para poder falar com ela, e tentar descobrir o que ela iria fazer. Até que o professor Snape veio até mim e me levou para sua sala.

***

  Achei estranho, Snape havia dito que eu não havia feito nada de mais, mas mesmo assim, ir para a sala de Severo Snape não era uma das melhores coisas para se fazer.
  Chegando na temida sala do Snape, me deparei com , ela estava com a mesma impressão que eu quanto ao comunicado de Snape: Dúvida.
  – Então – começou Snape – vocês dois têm alguma ideia do porquê eu chamei vocês aqui?
  Severo dava voltas e voltas entre mim e que estávamos sentados em duas cadeiras, uma ao lado da outra.
  – Não, senhor. – Disse , apreensiva – Fi-fizemos algo de errado? – Perguntou olhando para o chão.
  – Creio que não, na verdade, chamei vocês dois para comunicá-los que terei o grande prazer de ensiná-los a usar alguns certos dons; Srta , você tem um dom muito raro: O poder de ler mentes.
  – Então quer dizer que eu tenho o dom da Leglimência? – Perguntou olhando nos olhos de Snape.
  – Sim, e posso ajudá-la a usar, assim como irei ensinar Draco a usar Oclumência.
  Snape explicou as coisas e começou a ensinar . Depois de algumas horas, a garota já conseguia acessar memórias de Snape, e o mesmo veio em minha direção e começou a tentar entrar em minha mente, eu não deixei, é claro, se Snape tivesse conseguido penetrar em minha mente, ele teria visto meus sentimentos e isso não é legal.
  Logo depois Snape lançou seu decreto.
  – Srta. , creio que já está pronta para usar seus poderes em outra pessoa que não seja eu, tanto quanto o Sr. Malfoy, pode defender-se de outra pessoa. Use, , use seu dom contra Draco, e você, Draco, defenda-se.
  Logo parou em minha frente, e então, começou a olhar em meus olhos, aqueles olhos profundos penetraram nos meus. Nessa hora, me esqueci de que deveria me defender, me esqueci de que deveria bloquear, nunca havia sentido algo assim, nunca.
  - Senhor Malfoy! – Gritou Snape – Defenda-se!
  Apesar dos gritos de Snape, não conseguia desviar meu olhar, parecia que também estava em uma espécie de transe, parecia que, agora, ela sabia tudo pelo que eu passei.

Capítulo 6. Stay Away

  Por um momento, senti que tudo ficou escuro, não senti minhas pernas, e no segundo seguinte, me vi em uma grande mansão, a Mansão dos Malfoy. Comecei a andar em direção à tão temida sala dos Malfoy e me deparei com Bellatrix e Draco, os dois no meio de uma briga.
  – Não é minha culpa se você é uma Comensal! – Gritou Draco – Tia Bella, eu não quero isso para mim! – Ele estava com o rosto cheio de lágrimas.
  – Não me interessa, Draco! – Respondeu Lestrange – Você é um Malfoy! E os Malfoy precisam sobreviver! Você VAI ser um Comensal da Morte! – Bellatrix terminou de falar com aquelas risadas infantis.
  – Eu posso sobreviver lutando ao lado dos bons! – Draco respondeu com sua varinha em punho – Eu posso me juntar ao Potter! É minha escolha!
  – Não, Draco, não vai se juntar ao Potter, ele irá morrer, você sabe disso. – Falou Lucio Malfoy entrando na sala.
  – Pelo menos morrerei lutando! – Disse Draco olhando seu pai com desprezo.
  – Não morrerá, e irá lutar ao lado daqueles que sua família apoia! – Gritou Bellatrix.
  – Não quero ser um Comensal! – Draco disse indo correndo para seu quarto.

  De repente, tudo ficou escuro novamente, uma luz surgiu e então me dei conta de que estava na sala do Snape, Draco estava ofegante na minha frente, provavelmente conseguiu me bloquear.
  – Oh meu Deus! - Exclamei – Draco, me desculpe... Eu... Droga! – Falei saindo correndo dali enquanto Snape me olhava com um olhar assassino.
  Saí correndo das Masmorras e fui correndo em direção à Torre de Astronomia, mas me esbarrei em alguma coisa caindo no chão.
  – Ai! – Exclamei de dor – Essa doeu.
  – Desculpe-me – A voz era masculina –, não queria machucar você – O menino me deu a mão como impulso para conseguir levantar – a propósito, meu nome é Cedrico, e o seu?
  Cedrico? Cedrico Diggory? Merda, ele vai morrer nesse ano.
  – M-meu nome é , . Prazer. – Falei corando, nossa, ele é muito mais bonito do que nos filmes.
  – Sabe... Eu... Eu sei que você tem uma amiga da Corvinal não é?
  – Tenho, está falando da Dudah? – Sorri maliciosamente – Sim, somos amigas, por que pergunta?
  – Eu... Eu queria saber se vo... – Ele agora mais parecia um cosplay de tomate.
  – Você quer que eu apresente você para ela? – Falei rindo – Não vejo problema, Cedrico!
  – Ah que bom que você concordou. – Bufou aliviado – Obrigado, .
  – – Corrigi –, pode me chamar de .
  – Então está certo, . - Cedrico falou enquanto ia em direção ao Salão Principal – Até mais!
  – Até...
  Depois da conversa com Cedrico, fui retomar o que eu estava fazendo, fui caminhando em direção à Torre de Astronomia, e no caminho, parava um pouco para observar o quão grande era Hogwarts.
  Quando cheguei ao topo da Torre, a primeira coisa que pude observar foi o time de quadribol da Lufa-Lufa treinando no campo, o modo como os jogadores voavam em suas vassouras indo atrás da goles era incrível, e me lembrava do tempo em que eu jogava futebol nos campos 'trouxas'.
  Nesse exato momento, me lembrei do que havia visto, na visão, ou memória; seja lá o que aquilo fosse. Mas, que não era feliz, isso eu tinha certeza. As coisas pelo o que ele, Draco, havia passado eram horríveis, e talvez, só talvez, seja por isso que ele tem aquele jeito 'Malfoy' de ser, sabe? Aquele jeito arrogante, mesquinho e um tanto que irritante de ser. Sabe, nos livros, e filmes, eu nunca gostei do jeito de Draco Malfoy, pelo menos era o que me parecia que ele era: Um total filhinho de papai metidinho a besta que só ligava para o tanto de galeões que a família tinha no banco. Fora as demonstrações de covardia, com muitas pessoas, incluindo Hermione Granger.
  Mas, sinto em dizer que algumas coisas estavam erradas, quero dizer, estavam diferentes, pois, sim, ele pode ser arrogante e muito, mas muito sarcástico, mas covarde? Não, pelo menos eu nunca julgaria alguém que enfrentou seus próprios pais e talvez até Voldemort afirmando que nunca, jamais iria se tornar um Comensal da Morte.
  Porém, todo esse esforço que ele faz agora, será praticamente em vão, pois mesmo assim, irá tornar-se um deles, um dos seguidores do Lagarto-Albino-Sem-Nariz.

Draco Malfoy

  – O... O quê aconteceu, professor? – Perguntei acordando do maldito transe.
  – Ela entrou em sua mente, Sr. Malfoy – Snape parecia mais atordoado do que eu mesmo –, ela... viu suas memórias.
  – E... O que isso tem de mal? – Perguntei me levantando da cadeira – Afinal, não devo nada a ela...
  – Mas agora deve, a Srta. leu uma de suas memórias mais... Obscuras.
  – O... Obscuras? Sobre o quê? Mas... Como você sabe?
  – Creio que saiba que eu também possuo o dom da Leglimência, e, antes dela sair, olhei em seus olhos, ou seja, sei o que ela viu.
  – E o quê ela viu, Snape? – Perguntei preocupado.
  – Sua discussão com seus pais, sobre... – Arregalei os olhos, como ela pôde?
  – A discussão com a tia Bella não é? – Perguntei sussurrando o 'Bella'.
  – Exatamente.
  – Então quer dizer que...
  – Que agora ela sabe.
  – Eu... Eu preciso falar com ela, talvez... Um Obliviate seja eficaz. – Falei saindo da sala o mais rápido possível.
  Eu precisava achá-la de qualquer maneira, o que ela sabe é demais. Isso não poderia ter acontecido, as coisas não deveriam ter sido assim, droga! E agora nem sei aonde eu posso encontrar ela, e talvez ela já deve ter falado algo para alguém...
  – Hey! Diggory! – Gritei avistando Cedrico no Salão Principal.
  – Aconteceu alguma coisa, Malfoy? – Perguntou Cedrico aproximando-se.
  – Sim, quer dizer, não. Apenas quero saber se você viu a , quero dizer, a por aí.
  – Vi, ela estava indo para a Torre de Astronomia.
  – Então tá, valeu. – Falei saindo correndo em direção à Torre.

***

  Subi as escadas da Torre de Astronomia – que agora parecia ter o dobro do tamanho – e fui em direção ao topo. Chegando lá, a primeira coisa que eu vi foi ela, estava com suas mãos apoiadas na barra de proteção, olhando as coisas em direção ao campo de quadribol, seus cabelos castanhos balançavam ao vento, trazendo um doce cheiro de flores em minha direção. Mas eu não estava ali para descrever o momento, estava ali para saber de tudo o que ela havia visto e possivelmente obliviar .
  – ... – virou-se em um súbito movimento – Você está bem?
  – Draco... Me... – Seus olhos estavam cheios de lágrimas – Me desculpe, eu não queria ter visto...
  – Não faz mal... Mas o que você viu? – Perguntei indo ao lado dela para ver a paisagem.
  – Você brigando com a Bellatrix e com... Seu pai.
  – V..você viu? – Gaguejei – , me desculpe, mas é a única opção. – Falei olhando em seus olhos e retirando a varinha de minhas vestes enquanto ela me olhava com uma expressão indescritível – Oblivia...
  – Não vai fazer isso. – Me interrompeu – Draco, eu sei de coisas que você nem sabe, eu sei de tudo e todos aqui dessa escola, mais precisamente, sei de tudo sobre o Mundo Bruxo.
  – O... O quê você quer dizer com isso? – Perguntei confuso.
  – Quero dizer que sei de toda sua vida, Malfoy, de toda ela, e não precisei ler sua mente para saber disso...
  – O quê? – Perguntei incrédulo – Você andou me espionando é isso?
  – Não, Draco, nunca espionei você, na verdade li sobre você, e um Obliviate não vai resolver isso, afinal, você gostaria de obliviar alguém que pode ajudar você?

Capítulo 7. Madness

  – Me ajudar?
  – Sério, ajudar, a sair dessa, ajudar você a fugir do seu destino. – agora parecia mais séria que o normal.
  – Fugir? De me tornar um Comensal?
  – Sim. Sabe, eu vivi quatorze anos no mundo trouxa, eu sempre soube de Hogwarts, de Harry Potter, – Revirei os olhos – Hermione Granger... Sempre soube de você.
  – C-como?
  – Existem livros, Draco, livros que contam praticamente tudo sobre o que está acontecendo agora... Mas, de qualquer forma, eu não poderia estar falando algo assim, então esqueça. – Ela falou enquanto descia em direção ao pé da Torre.
  – Espera! – Corri até ela descendo as escadas a seu lado – Por favor, me conte mais...
  – Não vou contar. – Bufou – Mostrarei a você.

***

   me levou até a Sala Comunal da Sonserina. Lá, nós dois vimos que ninguém estava ali, provavelmente estavam todos visitando Hogsmeade ou algo do tipo, então, ela me levou até seu dormitório. Lá, retirou de seu malão sete livros, o primeiro chamava-se de 'A Pedra Filosofal', o segundo 'A Câmara Secreta', o terceiro 'O Prisioneiro de Askaban', o quarto 'O Cálice de Fogo', o quinto 'A Ordem da Fênix', o sexto 'O Enigma do Príncipe', o sétimo 'As Relíquias da Morte I e II'. Todos os sete livros tinham um título em comum: Harry Potter.
  – Nós estamos no quarto livro, que tem o Torneio Tribruxo... – Vi a expressão dela mudar de repente, agora ela estava com uma expressão triste, sentindo que iria perder algo.
  – ... Você está bem? – Perguntei indo em sua direção, e ela me abraçou.
  O abraço dela era como se ela pedisse ajuda, para algo, ajuda para superar algo, só não sabia o que eu precisava ajudar.
  – Ora, ora, ora... Eu bem que desconfiei quando você veio falar do Blásio pra mim hein – Era Pansy Parkinson –, você queria o Draco! Sempre soube! – livrou-se de meus braços e foi em direção à Pansy.
  – Não, Parkinson, eu e Draco somos apenas amigos, só falei do Zabini pra você porque o Malfoy pediu, sabe, ele tem nojo quando você fica passando a mão nele.
  – Nojo? Nojo? – Pansy retrucou tirando a varinha das vestes – Ele é que deve ter nojo de ficar perto de você, sua mestiça imunda!
  – Mestiça? Imunda? – caiu na gargalhada – Olha o jeito que fala comigo, Parkinson! Até você tem o sangue mais imundo do que o meu!
  – Pois saiba que meu sangue é puríssimo!
  – Se o seu sangue é puro eu não sei, mas sei que não se deve ofender uma herdeira de Salazar Slytherin! – gritou, mas logo tomou a consciência de que tinha revelado seu segredo e recuou para perto de sua cama guardando os livros.
  – O único herdeiro de Slytherin foi Você-Sabe-Quem! – Pansy falou correndo até a cama de pegando um dos livros.
  – Hey! Pansy! Devolva isso a ela! – Gritei.
  – Olha o que temos aqui... 'Harry Potter e O Enigma do Príncipe'... Hm... O quê é isso? – Pansy riu maldosamente.
  – Pansy Parkinson! – Gritei mais uma vez – Devolva o livro pra !
  – Me devolva, sua buldogue fedida! – gritou.
  – Para inimigos... – Pansy apontou a varinha para e então gritou antes mesmo que ela pudesse se defender – Sectumsempra!
  E então algo atingiu , que caiu alguns metros longe, e quando me dei conta, ela sangrava incontrolavelmente.
  – Ah, meu Deus! – Gritou Emilia Bulstrode – Pansy, o que você fez?
  – Eu não sei! – Gritou ela.
  – Parkinson, você vai pagar. – Falei correndo em direção à , que agora estava caída no chão arfando em busca de ar.
  Nesse momento, Snape entrou na sala, com um olhar assustado ajoelhou se ao meu lado e na frente de , e então, pegou sua varinha e apontou para ela murmurando.
  – Vulnera Sanentur... Vulnera Sanentur – Snape dizia isso enquanto os cortes dela iam relativamente diminuindo – Vulnera Sanentur... Vulnera Sanentur...
  – Dr-Draco... – Ouvi sussurrar meu nome entre suas tentativas de respirações.
  – Vai ficar tudo bem, , confie em mim.

Capítulo 8. Moments

  Um breu. Tudo o que eu conseguia ver era um breu, se é que se pode ver o breu, mas foi isso. Não conseguia ouvir nada, apenas um ruído ensurdecedor, um ruído que eu não conseguia mais aguentar, e se não fosse minha falta de sorte, uma luz muito forte surgiu do nada, como se alguém havia posto uma lanterna bem na minha cara. Então, aquela luz foi ficando mais normal, quero dizer, mais aceitável, e logo, apareceram as cores, e então, minha consciência tomou conta: Eu estava na Ala Hospitalar.
  Apenas vi Madame Pomfrey vindo em minha direção e com um sorriso enorme começou a cutucar alguém que estava em meu lado, eu fazia força para virar a cabeça até conseguir e então vi, que quem estava em meu lado era ele: Draco. Ele estava dormindo, sentado, e em sua mão, havia uma tulipa murcha, pelo jeito, eu estava aqui fazia um tempinho, logo, Pomfrey veio me dar mais algumas poções de cura e finalmente tomei forças o suficiente para falar algo.
  – Madame, quanto tempo eu fiquei aqui?
  – Minha querida, você ficou duas semanas. – Falou recolhendo algumas flores murchas de um vaso ao meu lado.
  – Mas... Tanto tempo? – Observei Draco ir acordando aos poucos.
  – ... – Ele me chamou.
  – Bom... – Madame Pomfrey disse saindo – Vou deixar vocês a vontade.
  – Draco! – Falei abraçando ele, embora isso ter doído muito.
  – Hey, volte para a cama, vai doer mais assim. – Falou me colocando no lugar.
  – Você ficou aqui todo esse tempo?
  – A maioria do tempo. – Draco falou corando – Sabe, fiquei preocupado.
  – Preocupado? – Ri – E por que você ficou preocupado Malfoy?
  – Nossa, a gente fica aqui todo o dia, traz flores e tudo mais e é assim que você me agradece? – Nós dois rimos ¬– Fiquei preocupado, sim, porque se não fosse por mim, você não estaria aqui.
  – Ah, obrigada, Draco, por ficar aqui.
  – Que isso, ... – Draco falou me entregando um sapo de chocolate.
  – Mas... O que aconteceu com a Parkinson?
  – Ela ficou de detenção por três meses, e, os pais dela mandaram um berrador daqueles que quando a gente abre tem vontade de se enfiar dentro de um cano de esgoto.
  – Eca. – Rimos – Ai, não aguento mais, preciso levantar. – Falei fazendo esforço para levantar.
  – Não! ! É perigoso! – Gritou Draco.
  – Eu consigo. ¬– Desci da cama e dei dois passos – Viu?
  – Está bem, está bem... – Draco falou indo em minha direção e me ajudando a caminhar.
  – E então, como vão as coisas com o Torneio Tribruxo?
  – Bom, achei bem injusto o que aconteceu... Sabe, Hogwarts tem dois campeões...
  – Diggory e Potter, certo? – Perguntei dando mais um passo.
  – Como? Ah, é os livros... – Draco continuou – A Delacour ficou como campeã de Beauxbatons e Krum como o de Durmstrang.
  – O quê? Os alunos de Beauxbatons chegaram? – Falei lembrando de .
  – Sim, há uma semana...
  – E Victor Krum está aqui? Nossa, preciso do autógrafo dele.
  – V-você gosta de quadribol?
  – Se gosto? Amo, sabe, me lembra de quando eu vivia no mundo trouxa, e jogava futebol, é bem diferente, mas de certa forma parecido, me entende?
  – Não, não entendo, mas vou fingir que sim. – Rimos – Sabe, uma aluna de Beauxbatons vinha direto aqui, pra visitar você... o nome dela, eu acho.
  – Sim! Minha melhor amiga! Ah, que saudade dela...
  – E a Bureseska também veio, sabe, ela e o Diggory estão tento um rolo lá.
  – Que bom! Estava torcendo por ela... Bom, Draco, estou conseguindo caminhar sozinha, se não for incômodo, gostaria que tirasse seu braço de meu pescoço que está doendo.
  – Ah, desculpa, nem notei... – Draco disse tirando o braço dali – De qualquer forma, está na hora do almoço, será que a Pomfrey libera você?
  – Nem pensar! – Disse Madame Pomfrey aproximando-se – Srta. , você precisa ficar em observação.
  – Ah, por favor, Pomfrey querida... – Pedi usando minhas táticas de 'cachorrinho que caiu do caminhão de mudança'
  – Está bem. Pode ir, mas lembre-se: Se sentir alguma coisa, venha correndo pra cá.
  – Sim, sim Madame, obrigada. – Falei saindo com Draco.
  Nós dois saímos dali o mais rápido possível e então, quando finalmente chegamos ao Salão Principal, fomos em direção à mesa da Sonserina, e como no meu primeiro dia, todos presentes ficaram me encarando, como se eu fosse até uma Veela. E então, quando me sentei, reparei que Pansy não estava mais lá, pelo menos não no lugar aonde costumávamos nos sentar.
  – Tudo bem, ? – Blásio perguntou logo quando chegamos.
  – Tudo sim.
  – Antes que você pergunte, – Disse Goyle –, Pansy agora passa o dia inteiro ajudando os elfos na cozinha.
  – Bom, ela está no lugar dela, não pegaria leve enquanto uma amiga é atacada por uma idiota que se acha. – Me virei para ver quem estava falando e a vi: .
  – ! – Me levantei rapidamente abraçando com todas as minhas forças.

Capítulo 9. Story Of My Life

  – ! Você está bem? O Sectumsempra doeu demais?
  – Não, imagina, fez cócegas. – Nós duas rimos – Tudo bem com você?
  – Tudo! Tenho uma surpresa...
  – Conte-me mais...
  – Consegui a transferência para Hogwarts!
  – O quê? Ai, meu Merlin! Puta que pariu, vou morrer.
  – Ai credo, tá bom... Eu vou ficar em Beauxbatons então...
  – Mentira! Fica!
  – Ai, gente, chega de melação. – Falou Draco.
  – Malfoy! – Falei enquanto caíamos na gargalhada.

***

Draco Malfoy

  Desde o ataque com a , eu não sei mais o que está acontecendo comigo, estou confuso, confuso demais, não sei mais o que é amizade ou... Não sei mais. Sabe, quando ela estava à beira da morte eu fiquei tão apavorado que daria minha vida em troca da dela, é estranho, mas juro que é real.
  – Agora Dumbledore me vem com mais essa! – Exclamei furioso.
  – Verdade! Hey, Draco, você acha que a aceitaria ir comigo?
  – Blásio, você gosta dela? – Perguntei desconfiado.
  – Não, mas não conheço mais ninguém legal...
  – Hm...
  – Não, esquece, vou convidar a Daphne Greengass. – Blásio falou enquanto me encarava desconfiado.
  – Por que esquece, Zabini?
  – Ah, Draco, não me venha com desculpas, sei muito bem que você está gostando da .
  – Quê? Não! Não gosto dela eu... Só... Somos amigos, só isso.
  – O.K, vou fingir que acredito, mas tudo bem. Só sei que se você não tomar jeito, as garotas legais vão estar com pares...

  – , eu estou nervosa.
  – Não precisa ficar assim, , é só uma seleção... Olha, chegamos, a sala do Dumbledore. – parou na frente da estátua do Gárgula e então falou – Sapos de chocolate.
  De repente a estátua começou a girar e então uma escada surgiu, nós duas começamos a subir por ela e então, quando chegamos no topo, havia uma grande porta de madeira. abriu-a sem mesmo bater antes de entrar. Dumbledore, McGonaggall e Snape estavam à nossa espera.
  – Noite, senhoritas.
  – Noite, professor Dumbledore, McGonaggall, Snape. – cumprimentou os três professores com gestos solenes.
  – Boa noite a todos. – Cumprimentei.
  – Bom, acho que devemos começar logo, já está tarde e as senhoritas devem estas cansadas. Srta. , por favor, venha até aqui. – Disse Minerva indicando para uma cadeira e então eu fui até lá.
  Ela colocou uma espécie de Chapéu em minha cabeça e do nada ele começou a falar.
  – Hm... Vejo que temos mais uma aluna... Você é corajosa é sim, leal, e muito inteligente, também é ambiciosa, será uma escolha difícil, mas vejo que se sairá bem na... GRIFINÓRIA.
  Pude ver as expressões nos professores, Dumbledore e McGonaggall ficaram felizes, já Snape estava meio depressivo como sempre.
  – Bom, então é isso, , espero que você consiga ficar longe de mim. – falou convencida.
  – Imagina, nem vou sentir falta. – Rimos.

***

  

  – E então? – Perguntou Blásio enquanto eu entrava na Sala Comunal.
  – Grifinória. – Falei fazendo uma careta.
  – Sem palavras. – Respondeu.
  – Cadê o Draco? – Perguntei.
  – Está no quarto dele, sabe, sozinho. Não sei o que houve. – Blásio falou se jogando no sofá.
  Não respondi meu amigo e fui correndo para o dormitório masculino, alguma coisa estava errada e eu precisava saber o quê.

Capítulo 10. When I Look At You

Draco Black Malfoy

  Mas o quê está acontecendo comigo? Antes eu era, de certa forma, normal, um Malfoy normal, mas, agora, algo novo está mexendo comigo, e EU PRECISO SABER O QUÊ É! Preciso saber o que está me deixando tão deprimido assim, parece que algo está faltando, algo que, eu preciso, algo que, agora, eu não possuo.
  – Draco? – Ouvi uma voz vinda da entrada do dormitório.
  – ? – Falei me levantando.
  – Sim, - Ela falou se aproximando – Você está bem, Draco?
  – Eu não sei mais o que é se sentir bem. – Falei me deitando novamente em minha cama.
  – Sabe que pode me contar o que quiser, não é? – disse enquanto se deitava em meu lado.
  – O problema é que eu não sei o que contar... Sabe, nesses últimos dias tenho me sentido como se faltasse um pedaço em mim.
  – Quem sabe não é de um amigo que você sinta falta... – falou aproximando-se de mim e me abraçando de lado.
  – ... Eu...
  – Shhh.
  E então, ficamos ali, olhando para o teto e no mais repleto silêncio, e então, de repente, senti que o que faltava, era apenas um pouco de paz, apenas um pouco de silêncio, apenas um pouco de .

***

Gaunt

  – Acorda, dorminhoca! – Abri meus olhos em um súbito movimento, era Emilia Bustrolde me acordando.
  – Hm, que horas são? – Perguntei teimando em levantar.
  – São... Sete e meia.
  – Ai droga, perdi o café, valeu hein, Emilia!
  – Ah, ninguém mandou você e o Draco ficarem até tarde conversando. – Ela disse isso e saiu.
  Por mais que eu queira, não consigo lembrar-me da noite passada, apenas de que eu me deitei ao lado de Draco e nós ficamos lá, em silêncio, olhando para o nada. Apenas isso.
  Levantei-me e vesti meu uniforme, nossa primeira aula é DCAT. Com o tal do Moody.
  Cheguei na sala de Defesa Contra Artes das Trevas e lembrei que a aula era com a Grifinória, e então, logo vi sentada sozinha em uma classe, rapidamente fui em direção à ela e me sentei.
  – Oi, minha lindona! – Falei dando um beijo na bochecha de minha amiga.
  – Oi ! Tudo bem, minha sonserina querida? – Falou me entregando um pergaminho.
  – O que é isso? – Perguntei.
  – Leia.

,
Reparei em você desde a primeira vez que te vi,
gostei de seu jeito engraçado e seu jeito de falar,
Sabe, queria saber, se você gostaria de ir ao Baile de Inverno comigo...
Se não aceitar, eu entendo, mas se aceitar, estarei à
sua espera,
Com Carinho...
Fred Weasley.

  – Úh! Nossa, primeiro dia em Hogwarts e já arrumou um love?
  – Claro, menina, tenho meus truques! – Ela disse aproximando-se de mim e sussurrando em meu ouvido – Trouxe maquiagem.
  – Ai Merlin! Me empresta, necessito! – Falei e ela assentiu com a cabeça.
  – Silêncio, alunos! – Disse o professor estranho entrando na sala – Alastor Moody, ex-auror, o rejeitado do Ministério (...).
  Após uma aula torturante e cheia de Maldições imperdoáveis finalmente algo de bom: Poções. Despedi-me de e fui em direção às Masmorras, para a sala de Snape, cheguei na porta e antes de entrar fui parada por alguém.
  – Se lembra de mim ?

Capítulo 11. Radioactive

Gaunt.

  – Cedrico? – Perguntei incrédula – E aí, como vão as coisas entre você e a Dudah?
  – Ah, vão bem, muito bem. – Disse enquanto sorria com uma expressão sonhadora – Sabe, estou pensando em pedir ela em namoro sério no Baile de Inverno.
  – Nem me fale nesse baile... – Falei bufando.
  – Por que, ? Você é bem bonita e legal, aposto que tem muitos pretendentes para te levar.
  O.K essa conversa está ficando estranha.
  – Ahm, mas não gosto dessas coisas... Bom, Cedrico, foi bom conversar, mas Snape está chegando. Até.
  – Até. – Cedrico se despediu enquanto eu entrava na sala, procurei um lugar para sentar e então notei que Zabini acenava mostrando que eu poderia sentar-me ao seu lado. E lá fui eu, cumprimentei meu amigo e logo ele começou a falar.
  – Sabe, , ele pediu que eu não contasse para você, mas...
  – Mas o quê, Blásio, diga-me! – Falei sussurrando.
  – Malfoy gosta de você.
  – O quê? Mas que p...
  Nesse momento Snape adentrou na sala de aula, com sua capa esvoaçante atrás do mesmo.
  – Silêncio a todos. Quero que façam a poção Adurganic, e quero, no final desse período, o resultado que obterem na minha mesa e com os nomes em seus frascos.
  Rapidamente comecei meu trabalho, passou-se vinte minutos e milagrosamente, consegui o resultado perfeito: Verde-claro, e quatro frascos. Deixei os frascos em cima da mesa de Snape e pela primeira vez, vi em sua expressão um certo orgulho. Pedi permissão para sair e Snape deixou, comecei a caminhar em direção à sala de Adivinhação, que seria meu próximo período com Corvinal e então, quando cheguei, me deparei com Dudah sentada ao lado de Luna.
  – Olá , tudo bem com você? – Luna perguntou enquanto eu me sentava ao lado delas (N/a: Luna fofa como sempre!)
  – Tudo bem sim Luna, e com você?
  – Bem sim... Sabe, perdi meus tênis ontem... Acho que foram os Nargulê...
  – Oh, esses bichinhos...
  – Do quê que vocês estão falando? – Perguntou Dudah sem entender nada.
  Nesse momento a professora Trelawney entrou na sala com aqueles óculos fundo-de-garrafa.
  – Olá alunos, hoje aprenderão a ler folhas de chá.
  Já sabia no que ia dar.
  Logo a professora apavorou-se, disse que na xícara de Harry novamente havia o 'Sinistro'. Lembrei-me de Harry Potter e O Prisioneiro de Askaban, quando ela fala sobre isso.
  Depois que a aula acabou me retirei o mais rápido que pude, até que Harry me chamou, e então fui em direção ao 'Trio de Ouro'.
  – Olá, . – Disse Harry aproximando-se junto de Hermione e Rony.
  – Harry, de novo essa história de Sinistro?! – Disse Hermione.
  – Eu acho que a professora Trelawney quer ver Harry morto. – Disse Rony.
  – Bate nessa boca, Ronald! – Gritei – A Trelawney vê morte em todo mundo.
  – É verdade, ela sempre fala isso. – Falou aproximando-se.
  – Olá, . – Disse Harry.
  Fomos conversando em direção ao Salão Principal, quando chegamos me despedi de meus amigos e fui em direção à mesa da Sonserina, sentando-me em um lugar vazio.   – Olá, .
  – Zabini.

Capítulo 12. All We Are

Gaunt.

  – E então, como vai? – Perguntou sentando-se ao meu lado.
  – Quero saber que história é essa do Malfoy...
  – Olha, eu lhe contei, se não quer acreditar... – Blásio falou enquanto mordia um pedaço de carne.
  – Cadê ele?
  – Na sala comunal. – Fui saindo em direção às Masmorras – Hey, !
  Apenas ouvi o grito de Zabini, mas não dei importância, precisava saber mais dessa história. Mas, afinal, por que eu estava tão interessada? Por que a história é comigo, oras!
  Quando cheguei à sala comunal, murmurei a senha: Sangue-puro.
  E então adentrei na sala.
  Apenas me deparei com um Draco se atracando aos beijos com ninguém mais ninguém menos do que: Pansy Parkinson.
  – Típico. – Falei, nem me importando se gritei ou não, apenas falei e saí daquele lugar.
  Fui indo em direção ao campo de quadribol, sentei-me no alto da arquibancada, não sei por que mas, eu estava correndo, e meus olhos estavam... Vazando.

  "Você está chorando, sua idiota – ótimo, meu inconsciente estava me humilhando agora – Não estou chorando, meus olhos que tem problemas de encanamento. – Agora eu pirei de vez, conversando com a minha cabeça – Você gosta dele. Admita. – Grande ajuda – Não gosto dele! É só que uma pessoa me fala que ele gosta de mim, e quando eu o vejo ele está aos beijos com a idiota da Parkinson que quase me matou!"

  – Você está bem? – Ouvi uma voz conhecida me chamando.
  – H-Harry? – Falei levantando meu olhar.
  – Sim, o que houve ?
  – N-Nada...
  – Houve algo. – Harry falou sentando-se ao meu lado – Você não choraria a toa.
  – Tem razão. – falei limpando minhas lágrimas e sorrindo – Eu não choraria a toa.
  – É assim que se fala. E então, quer voar? – Harry falou me puxando pela mão e me levando para o campo.
  – Harry! Eu nunca voei!
  – Eu sei! Mas sempre há uma primeira vez! – Harry disse me levando para um local aonde estava sua Firebolt.
  – Harry, eu vou morrer. – Falei quando ele me mostrou.
  – Não vai não... – falou sorrindo – Olha! – Apontou para o céu – Acho que vêm algo para você!
  Nesse momento minha coruja chegou trazendo algo grande e fino, ela largou o objeto em minhas mãos e pousou em meu ombro.
  – ! – Harry gritou acariciando minha coruja com as penas brancas com as pontas das penas pretas. – Abra, .
  Comecei a rasgar o papel que estava enrolado na vassoura e então, uma surpresa: Ganhei uma Nimbus 2002.
  – Ah, mas que p... – tomei consciência do que ia falar e então me cortei – não estou acreditando.
  – Nem eu! – saiu voando em direção ao Corujal – Agora você não tem mais desculpas!
  – Harry, não é uma boa ideia...
  – Vamos! Faça isso, irá se sentir melhor.
  – Está bem... – Montei na vassoura e logo comecei a voar, a sensação é uma das melhores, olhei para trás e vi que Harry estava logo depois e então disparei.
  Por um momento, me senti livre, me esqueci de meus problemas, de Bellatrix, de meus antepassados, de Draco. Me esqueci de tudo, voar me deixou assim, livre, feliz.

Capítulo 13. Summertime Sadness

Eduarda Bureseska

  Logo depois do almoço, teríamos a tarde livre, então decidi dar um passeio pelo castelo antes de estudar. Logo encontrei Zabini e seu grupinho da Sonserina.
  – Hey, Bureseska! – Me virei para encarar Blásio – Preciso falar com você.
  – E sobre o quê seria?
  – .
  – O que aconteceu?
  – Hoje, eu contei a ela que... – Ele fez sinal para que seus amigos fossem embora e então continuou – Que Draco gosta dela.
  – E isso é real, por acaso? – Perguntei cruzando os braços.
  – Sim, mais do que real, na verdade, Malfoy gosta dela desde a primeira vez que a viu, no Expresso Hogwarts.
  – Continue...
  – Bom, hoje eu contei, na verdade, Draco está uma fera comigo, eu não devia ter contado, mas... – disse fazendo uma careta – Mas eu contei. E então, eu disse que Draco estava no Salão comunal da Sonserina, e ela foi atrás dele para saber se era real, mas eu me enganei, ele não estava na comunal da Sonserina, ele estava vindo da Torre de Astronomia, e chegou ao Salão Principal logo depois que saiu...
  – E...
  – E então, Pansy de alguma forma sabia que isso iria acontecer, e então, fez uma poção da Ilusão, e quando entrou na Sala Comunal, viu que Draco estava beijando Pansy, sendo que o mesmo estava ao meu lado comendo macarrão e tomando suco de abóbora.
  – Quer dizer que a jurou ter visto Pansy e Draco se beijando. E então, ela está uma fera com você e com Draco.
  – Isso! Não é a toa que você é da Corvinal. – Fiz uma careta.
  – Cala a boca, Zabini.
  – O.K. mas antes, precisamos achar a , Draco está muito deprimido com o que aconteceu, e Pansy pegou mais um mês de detenção com Filch e com os elfos na cozinha por fazer uma poção sem autorização de Snape.
  Nós dois fomos atrás de , que agora estava sumida, até que vimos duas vassouras voando em alta velocidade no lado de fora do castelo, eu e Blásio fomos até o campo de quadribol quando Cedrico me avistou e veio em minha direção e na de Zabini.
  – Oi, Dudah – Disse depositando um beijo carinhoso em meus lábios.
  – Olá... – Falei abraçando-o.
  – Zabini. – Cumprimentou Blásio com um aceno na cabeça.
  – Diggory. – Zabini fez o mesmo.
  – Gente, vocês viram o jogo que os Weasley, o Potter e a estão fazendo? É o primeiro voo dela, e ela joga quadribol muito bem...
  – Sério, Cedrico? Cadê ela? – Perguntou Blásio.
  – Lá. – Disse apontando para Harry e para ela, logo à frente – Ela bem que poderia ser apanhadora da Sonserina, mas o Malfoy já é, então... Ela poderia ser artilheira.
  – Sério? Vou falar com o Malfoy. – Falou Blásio.

Capítulo 14. Hysteria

Gaunt.

  Já fazia cerca de uma hora que nós estávamos jogando quadribol. No time de Harry estava: Rony e Fred Weasley, Cátia Bell, e Harry. No 'meu' time estava: Olívio Wood, George e Gina Weasley e eu. Eu e Harry estávamos como apanhadores, nosso time estava com menos pessoas, pois:
  1º Era um jogo amistoso.
  2º Não havia pessoas suficientes.
  Nosso jogo estava 60X50, e o pomo nada de aparecer, mas mesmo assim, esquecer as coisas e me sentir liberta de tudo era melhor do que achar uma bolinha de ouro puro com asas que voa a uns 80Km/h.
  Quando avistei o pomo, me dei conta de que ele estava voando perto da arquibancada, então fui voando atrás dele, quando consegui pegar, notei que Dudah, Cedrico e Blásio estavam me esperando com olhares preocupados.
  Voltei para o campo e mostrei o pomo para os times, logo os dois times se reuniram no meio do campo e todos me deram os parabéns, corei violentamente com os elogios.
  Depois dos parabéns, falei a Harry que iria conversar com uns amigos, e então fui em direção ao local aonde os três se encontravam, chegando lá Blásio me encarou com uma expressão de culpa e me abraçou.
  – , me desculpe, não foi minha intenção, desculpe está bem? Não queria quebrar sua confiança... – Ele falou com uma cara de cachorrinho que caiu da mudança.
  – Do quê você está falando? – Perguntei quebrando o abraço.
  – De hoje, mais cedo. – Minha 'depressão' voltou – Sabe, leia minha mente.
  Não me assustei com o que ele disse, havia contado sobre meu dom a Blásio no dia em que Snape me avisara, Blásio era agora, como se fosse meu irmão.
  Olhei bem fundo em seus olhos negros como a noite e então vi, vi tudo o que ele pensava nesse momento, vi até... Draco chorar! – Não sabia que isso fosse possível para alguém como ele, mas tudo bem – Vi ele chorar, jogado no chão de joelhos e com sua cabeça apoiada em suas mãos, logo depois que viu o que Pansy aprontara.
  – Oh, meu Deus! – Falei abraçando Blásio mais uma vez – Blásio, desculpe-me por ter sido grossa com você...
  – Sonserinos são humanos. Essa é a prova. – Cedrico falou rindo com Dudah.
  – Hey! Eu ouvi isso! – Falei e caímos na gargalhada.

***

  Depois que saímos do campo de quadribol, fomos jantar, Draco não estava ali, jantei rápido e depois fui com Blásio até as Masmorras, para a Sala Comunal da Sonserina.
  Quando chegamos, não havia ninguém. E então Blásio deduziu que Draco estava no dormitório, e então fui até lá.
  – Draco? – Perguntei entrando silenciosamente (~le com raiva: Essa cena está ficando chata!) – Você está aí?
  Nada.
  Entrei no dormitório e vi: Não havia ninguém. E então, um leve devaneio veio em minha cabeça: A Câmara Secreta, ele estava lá.
  Fui em direção à sala e peguei Blásio pela mão, indo correndo até o Banheiro da Murta.
  – Quem está aí? – Perguntou Murta.
  – Olá, Murta.
  – Olá, ... – Murta gemeu – o quê está fazendo aqui?
  – Soube que a Câmara Secreta fica por aqui.
  – Fica, mas o monstro que habitava a Câmara está morto.
  – Eu sei, mas preciso ver de perto.
  – Eu vi um garoto... Um garoto loiro... Da Sonserina... Ele entrou na câmara.
  – Como? – Perguntou Blásio.
  – Ele... – Murta gemeu mais uma vez – A câmara estava aberta quando ele entrou.
  Aberta? Como? Quem faria isso?
  Eu e Blásio paramos em frente à torneira que abre a Câmara Secreta e eu pus minha mão, me deu um leve choque, mas mesmo assim não doeu muito. Logo a Câmara abriu, e então eu e Blásio pulamos dentro do escuro buraco juntos.

Capítulo 15. Entro na Câmara Secreta

Blásio Zabini

  Descemos por uma espécie de escorregador, parecia alguns tubos gigantes, logo, conseguimos parar de escorregar, e então começamos a caminhar em direção à Câmara Secreta. Estava preocupado sim. Preocupado com Draco, ele sumiu sem avisar, como não ficaria preocupado com ele? Eu e fomos caminhando em silêncio até que a luz fora deixando os estreitos corredores do subsolo de Hogwarts e então o silêncio foi quebrado:
  – Lumos. – Eu e exclamamos em uníssono.
  Eu podia ver o desespero estampado no rosto de , embora ela não admitisse, ela gostava de Draco sim. Na verdade, os dois sentem isso, mas Draco não falou antes por medo do que seus pais pensariam, pois mesmo que Draco não quisesse, seus pais já haviam até arranjado um casamento, e com alguém que Draco nem sequer conhecia. Isso ele me contara no verão passado.
  – Acha que falta muito? – perguntei quebrando o silêncio.
  – Não, a porta está ali. – Ela falou apontando para uma grande porta aberta.
  – Quem você acha que abriu?
  – Não faço a mínima idéia.
  Nós dois fomos em direção à Câmara Secreta e entramos. Quando entramos nos deparamos com Draco duelando com Harry.
  – Everte Statum! – Exclamou Draco, fazendo Harry rodopiar várias vezes no ar.
  – Argh! – Exclamou Harry, se recompondo – Levicorpus!
  – Protego! – os dois não pareciam notar nossa presença – Alarte Ascendare!
  Harry não conseguiu desviar e então subiu e desceu no ar, batendo no chão com muita força.
  Meu coração gelou.
  – Você me paga, Malfoy! – Harry gritou, havia cólera em seus olhos – Eletricus!
  Draco caiu no chão com o impacto que o choque o atingiu.
   foi correndo na direção dos dois e então a segurei.
  – Não é seguro. – Sussurrei.
  Draco foi em direção a Harry e bradou.
  - Serpensortia! – E então uma serpente saiu da ponta de sua varinha.

  Foi puro reflexo, quando vi a serpente, fui em direção a ela – que até o momento ia em direção a Harry – e comecei a falar.
  - Deixe-o em paz, você não pode machucar ninguém. Saia, saia antes que te destruam, saia.
  Notei que Harry me olhava com uma expressão assustada.
  Olhei para trás e vi Draco e Blásio me encarando como se eu tivesse dito algo de macabro.
  Olhei para meus pés e vi a serpente neles, e então mais uma vez falei.
  - Saia agora, eles irão destruir você, se você não sair agora estará perdida.
  De repente, algo aconteceu, a serpente me mordeu.
  Isso mesmo, a desgraça me mordeu.
  - ! – Ouvi a voz de Draco ao longe.
  Não estava me sentindo tonta e nem com dor, mas notei que o local aonde a cobra me mordeu – meu calcanhar – estava sangrando violentamente, a cobra ainda continuava ali, mas dessa vez ia em direção à saída da Câmara Secreta.
  - Vipera Evanesca! – foi a última coisa que consegui gritar, a serpente sumiu, e com ela, minha sanidade.
  De repente, um forte ruído tomou conta de meus ouvidos, minha visão ficou turva e as únicas coisas que eu conseguia enxergar eram três vultos em minha frente.

+++

  - ? ? , acorda. – uma voz doce me chamou.
  Ah, quem está me chamando? Eu gosto de dormir, é bom.
  - Ai, Draco, por que você é tão carinhoso? Eu mereço, não dá pra tratar a assim.
  Quem é esse(a) filho da p...
  - Gente, deixem ela dormir, ela não vai morrer.
  - Cala a boca, Blásio! – era a voz de Draco, agora mais rude.
  - Gente, ela precisa descansar...
  - Não fala nada, Potter, se não fosse por você ela não estaria aqui.
  - E se não fosse por você também! Fique sabendo, Malfoy, que eu ajudei ela a se alegrar quando ela chorava por você.
  - Ela chorou por mim? Blásio, é verdade que ela chorou por mim?
  - É sim, Draco.
  - Ai que droga, ela chorou por mim, que droga, que droga, que droga. Eu sou um idiota.
  - E foi agora que você percebeu?
  - Cala a boca, Potter!
  - Cala você, Malfoy!
  - Hey... Não briguem...
  - Olha a acordou.
  - Não briguem, eu fico mais triste quando vocês dois brigam. – falei calmamente abrindo meus olhos e então reparando que estava na ala hospitalar.
  - ! – Draco e Harry exclamaram em uníssono, me abraçando ao mesmo tempo.
  - Também amo vocês. – falei abraçando os dois.
  - Que ciúmes. – olhei para ver quem era e era , apoiada aos pés da cama – Olha, , não é por nada não, mas pelo que eu soube, é melhor você trazer suas coisas pra cá, você passa mais tempo aqui do que no seu próprio dormitório. – Disse ela, sarcástica.
  - Cala a boca, – falei tacando um travesseiro em seu rosto.
  Todos nós rimos, mas percebi um olhar tristonho, Draco.
  – Bom, vamos deixar vocês a sós. – falou Blásio puxando Harry e para fora da Ala Hospitalar.
  – O que houve? – perguntei me aproximando dele.
  – M-me desculpe...
  – Não se desculpe, não foi sua culpa a cobra ter me mordido, eu que aticei ela a me morder sem querer eu acho.
  – Não é só isso... Me desculpe por fazer você chorar. – notei que seus olhos marejavam.
  – Não foi você Draco... Eu... Eu chorei por medo... Medo de que eu... Perdesse você. – falei corando.
  Sentei-me na cama e percebi que meu calcanhar estava enfaixado, fechei meus olhos por um breve instante e então os abri novamente, Draco agora estava de frente para mim. Em um movimento rápido levantei-me da cama, dei um passo em falso e ele me segurou, olhei em seus olhos cinza e o abracei.
  – Draco, eu... Eu... Eu gosto muito de você.
  Ele nos afastou e encarou meus olhos e de repente vi a determinação tomar conta do cinza em seus olhos, seus lábios se entreabriram vagarosamente soltando um vago ressonar, algo tão puro e inocente que parecia contrastar violentamente com Draco.
  Seu rosto curvou-se próximo ao meu e suas bochechas pálidas foram ficando vermelhas conforme ficávamos mais perto.
  Percebi que meu coração disparava tão forte em meu peito que meu corpo tremia a cada batida e quando o beijo finalmente se concretizou, eu senti como se chão sumisse sob meus pés e de repente eu estivesse flutuando; como se nada mais importasse a não ser os braços de Draco me impedindo de perder o equilíbrio e despencar.
  A Ala Hospitalar vazia e silenciosa estimulava o aprofundamento da situação e inconscientemente nossas línguas se envolveram em um ritmo desconhecido, como uma balada antiga.
  As mãos se entrelaçando em fios de cabelo e a respiração ofegante a cada vez que tentávamos respirar e de repente percebi que aquela tinha sido a melhor sensação da minha vida.
  Beijar Draco era a melhor coisa que eu já sentira.

Capítulo 16. Meu Humor Melhorado

Draco Black Malfoy

   sem dúvidas fora a melhor coisa que me aconteceu. Desde a primeira vez em que a vi meu coração acelerava, minha respiração complicava e inconsequentemente sempre suava frio.
  Nunca soubera qual o motivo de tais efeitos. Mas agora, depois de nosso primeiro beijo, eu sei.
  Despedi-me carinhosamente de e fui em direção à Sala Comunal da Sonserina, essa, definitivamente, fora a melhor noite de minha vida.
  – Ui, Draco, parece uma fadinha saltitante – falou Goyle, sarcástico.
  – Cala a boca, Goyle! – falei me atirando em uma poltrona perto de Crabbe e Goyle.
  – E então – perguntou Blásio se juntando a nós –, o que aconteceu?
  – Ela também gosta de mim! – suspirei – Eu gosto muito dela...
  – Nunca pensei que Draco Malfoy se apaixonaria. – disse Crabbe rindo – Agora parece MESMO uma fadinha saltitante.
  – Cala a boca. Crabbe! – defendeu-me Blásio – Eu e Draco vamos zoar você pelo resto da vida quando você admitir que ama a Emilia Bustrolde!
  – E ele gosta mesmo dela! – falou Goyle rindo da cara de pimentão que pertencia a Crabbe nesse momento.
  Nesse momento começamos uma guerra de almofadas, logo após isso, fomos para nossos dormitórios, e então, por fim, adormeci, perdido em meus devaneios.

***

  No dia seguinte acordei cedo, era o dia do baile de inverno, nem pensei muito nisso. Fui direto para a enfermaria, precisava vê-la, precisava.
  Quando cheguei, ela ainda estava dormindo. Mas mesmo assim, sentei-me em uma cadeira ao lado de sua cama e fiquei esperando ela acordar.
  No momento em que ela abriu seus olhos não pude deixar de escapar um sorriso, ver o brilho de seus olhos novamente era a única coisa que me fazia continuar, a única coisa que me fazia sentir feliz, vivo.
  – Bom dia, ... – falei dando um beijo em sua testa.
  – Bom dia, Draco! – ela falou sorrindo.
  Logo Madame Pomfrey veio liberá-la.
   havia sido mordida por uma cobra, seu calcanhar estava machucado, então, Pomfrey deixou sua perna enfaixada, e por isso, ela deveria andar com uma muleta em sua perna esquerda.
  Ajudei ela a andar em direção ao Salão Principal, para o café da manhã.
  – Sabe... Estava pensando... Você quer ir...
  – Sim – ela respondeu me dando um beijo na bochecha –, quero ir ao baile com você.
  – Como sabia?
  – Eu sei de tudo!
  Sorri e concordei, sim, ela sabe de tudo.

Capítulo 17. Vou ao Baile de Inverno

Gaunt.

  Aquele era o dia da festa, então, não haveria aula, após o café da manhã, fui com Dudah e para Hogsmeade, comprar vestidos na Madame Malkin.
  Quando voltamos, fui arrumar minhas coisas no meu malão – que estava uma bagunça – e então, vi o exemplar de Harry Potter e O Cálice de Fogo, consequentemente, comecei a ler.
  E comecei a ler bem na parte em que o Cedrico morre.
  Imediatamente, lágrimas começaram a descer em meu rosto. Ele não podia morrer.
  Cedrico era uma boa pessoa, eu deveria impedir.
  Desci as escadas para a sala comunal e me sentei, ainda com o exemplar em mãos. Logo, suspiros deram lugar a soluços, e meu choro foi ficando cada vez mais forte.
  – Está tudo bem? – perguntou alguém e me espantei, soltando um gritinho agudo.
  Era Draco. Ele vestia uma camisa preta simples, uma calça da mesma cor e seu cabelo platinado estava molhado como se ele tivesse acabado de tomar banho.
  – Draco. – falei.
  – O que houve, ? – Draco falou sentando na poltrona ao meu lado.
  – C-cedrico... – suspirei – Ele... Ele vai morrer.
  A expressão de Draco mudou. Era sempre assim, comigo ele estava sempre mais calmo e preferencialmente bonito. Ele não era arrogante, muito menos o garoto metido filho da família rica. Comigo ele não era Malfoy, ela era simplesmente o Draco.
  Ele olhou carinhosamente para mim e seus braços me envolveram em um abraço apertado e caloroso. Meus dedos apertaram sua camisa, sentindo os músculos em suas costas. Nossos corpos retidos um contra o outro era tudo que eu conseguia sentir.
  – Não há como impedir? – perguntou-me.
  – Não sei. – chorei – Mas eu preciso.
  – Fica calma. Eu estou aqui com você, prometo nunca te deixar. – seus braços continuaram me apertando.
  Draco separou-se de mim vagarosamente, seus dedos compridos limparam as lágrimas que jorravam em meu rosto. Eu não conseguia fazê-las parar, mas também não queria. Eu estava cansada de guardar aquela raiva, o sofrimento e a angústia. Já era hora de pensar um pouco em mim.
  – Eu preciso impedir.
  – Sim. – ele afirmou. – Mas mesmo assim, eu... – Draco parou, olhando dos meus olhos para minha boca e eu mal pude notar o momento em que aconteceu.
  Draco me beijou. O beijo mais firme e delicado que eu já tivera em minha vida. Suas mãos deslizavam por minhas costas, até chegarem a minha nuca. Seus lábios se moviam seguros ao encontro dos meus, buscando passagem para aprofundar a situação.
  Meus dedos brincaram com os cabelos lisos de Draco e meus olhos fecharam-se involuntariamente e de repente todos os meus sentimentos se misturaram, formando uma só massa emocional. Eu tinha sido atingida pelo amor.
  – Eu amo você. – Draco terminou sua frase.

***

Draco Black Malfoy

  As coisas mudam. Acabaram de mudar. Resolvi seguir meu coração que é o que importa agora. Eu a amo, e nunca irei negar.
  Depois da hora passada com ela na lareira, fomos nos arrumar para o Baile.
  Eu, no começo não estava a fim de ir, mas agora, irei com ela, irei com quem eu amo.
  Vesti meu smoking todo preto, dei um trato no cabelo e desci as escadas esperando ela ficar pronta.
  – E então... Uau, Draco – começou Blásio –, parece aqueles modelos franceses trouxas.
  – Para de sacanear comigo, Blásio. – retruquei.
  – Vai ir com a no baile né?
  – Vou, e você? – perguntei.
  – Pansy.
  – Eca.
  – Cala a boca, Malfoy. – falou Zabini enquanto eu fazia caretas.
  Ficamos conversando mais um pouco até Parkinson chegar, os dois saíram e eu fiquei ali sozinho, esperando.
  Esperei mais uns cinco minutos e desceu as escadas. Ela estava perfeita. Seu vestido era em um tom vivo de vermelho, descia até os pés e havia alguns pontos brilhantes em torno do vestido, era armado porém nem tanto. Seus cabelos – diferentemente do normal –, estavam cacheados, desciam até suas costas balançando enquanto andava. Quando ela aproximou-se reparei que suas costas estavam levemente à mostra.
  – E então? – perguntou aproximando-se – Muito eca?
  – Eca? Não, está perfeita. – falei pegando em sua mão e a guiando até o Salão Principal.
  O Salão Principal estava decorado com estátuas de gelo e coisas do tipo, alguns flocos de neve caíam em determinados pontos.
  Fomos ao encontro de Blásio e Parkinson.
  – Draco – sussurrou –, eu vou cumprimentar meus amigos, se não se importa.
  Ela disse isso e saiu; eu sabia que ela não queria mais confusão com Pansy, e eu também sabia que se quisesse ela poderia até matar Parkinson sem sujar suas mãos. Apenas comandaria uma cobra ou algo do tipo. Mas ela não era assim.
  – Sua namorada está linda – falou Blásio.
  – Tire os olhos. Ela é minha – 'ameacei' rindo.

Gaunt.

  Aproximei-me de Harry e Rony, que agora estavam sentados ao lado de Padma e Parvati Patil, os quatro com cara-de-tacho, olhando para o nada.
  – Olá. – falei me sentando no meio de Rony e Harry.
  – ... ? – perguntou Rony.
  – O que houve? Estou tão mal assim?
  – N-não, p-pelo contrário, você está linda. – falou Harry.
  – Obrigada. – corei – Hey, o que houve com as Patil? – sussurrei para os dois.
  – Nós convidamos elas para vim, mas não queríamos convidá-las então... – respondeu Rony.
  – Tenso... Vocês querem dançar? – falei reparando que As Esquisitonas estavam tocando Do The Hippogriff.
  – Claro! – exclamaram os dois em uníssono.
  Nós três fomos até a pista de dança e começamos a dançar, logo, encontramos Hermione e Krum, mais tarde Dudah e , Cedrico e Fred, todos nós nos juntamos e começamos a dançar feito loucos.
  Até um braço me puxar para um canto vazio da pista de dança.
  – Draco – falei soltando um sorriso.
  – .
  Nós começamos a dançar, Draco me guiava entre os passos de dança, ele dançava muito bem, logo As Esquisitonas começaram a tocar uma música lenta, e então Draco levantou seu olhar de meus pés e começou a me olhar fixamente com aqueles olhos cinza.
  Eu, por minha vez, não conseguira tirar meus olhos dele, parecia que conseguíamos transmitir nossas emoções um para o outro, pois nem sequer piscávamos. Isso era bom, mas no fundo me assustava, e eu tinha certeza de que ele também se assustou.

Capítulo 18. Doninha Saltitante A Solta!

Gaunt.

  O resto da noite passou-se rápido, entre risos e piadas, Draco e eu passamos a noite.
  Após o término do Baile, fomos para a Sala Comunal da Sonserina e ficamos conversando.
  Mais tarde, fomos dormir.
  Acordei com Emilia me chacoalhando novamente. Levantei, pus meu uniforme, arrumei meu cabelo, escovei os dentes e fui em direção ao Salão Principal, mas parei ao pé da escadaria, aonde encontrei .
  – Hey! – cumprimentei – Viu a Dudah hoje?   – Não vi... Mas soube que hoje é a segunda prova do Torneio. Vamos lá? É no Lago Negro.
  – Aham. – falei enquanto ela me guiava para o salão principal.
  Logo estávamos no salão principal e já podíamos ouvir claramente mais uma discussão de Draco com Rony. Corri para onde estava acontecendo a briga sem me despedir direito de .
  – E tem uma foto, Weasley! – ouvi Draco falando enquanto mostrava alguma coisa no jornal para Rony quando cheguei mais perto. – Uma foto de seus pais à porta de casa, se é que se pode chamar isso de casa! Sua mãe bem que podia perder uns quilinhos, não acha?
  Rony tremia de fúria e todos no salão olhavam para os dois esperando uma briga começar.
  – Para com isso, Draco, vamos embora. – Falei baixinho para que Draco escutasse tentando puxá-lo para longe.
  – Ah, você esteve visitando a família no verão, não foi, Potter? – Draco continuou me ignorando totalmente. — Então me conta, a mãe dele parece uma barrica ou é efeito da foto?
  – Você já olhou bem para sua mãe, Malfoy? – Harry respondeu enquanto segurava Rony. — Aquela expressão na cara dela, de quem tem bosta de baixo do nariz? Ela sempre teve aquela cara ou foi só porque você estava perto dela?
– Não se atreva a ofender minha mãe, Potter.   – Então vê se cala essa boca. — Harry falou enquanto saia dali.
  – Vamos embora, Draco, agora. – sussurrei para Draco tentando levá-lo para longe, porém, antes que eu conseguisse, Draco se soltou de mim e apontou a varinha na direção de Harry que tentava tirar Rony dali.
  – AH, NÃO VAI NÃO, GAROTO! – ouvi alguém gritar. Quando me dei conta o Professor Moody descia mancando a escadaria de mármore, tinha a varinha na mão e apontava diretamente para uma doninha, que tremia exatamente no lugar em que Draco estava.
  – DEIXE-O! — gritou Moody novamente quando me viu abaixar para pegar Draco que havia sido trasformado em doninha. Paralisei na mesma hora ao ouvir as palavras do professor. – Acho que não! — rugiu Moody, apontando novamente a varinha para a doninha (Draco) quando ele tentou fugir dali, subiu uns três metros no ar e caiu com um baque no chão e quicou de novo e de novo. – Não gosto de gente que ataca um adversário pelas costas. – Moody reclamou.
  O professor continuou quicando a pobre doninha sem piedade.
  – Professor Moody! — chamou uma voz chocada.
  A Professora Minerva vinha descendo a escadaria com os braços carregados de livros.
  – Oi, Professora McGonagall. – Moody cumprimentou calmamente.
  – Que... Que é que o senhor está fazendo? — perguntou a professora
  – Ensinando. – respondeu ele.
  – Ensinando... Moody, isso é um aluno? – gritou a professora, os livros despencando dos seus braços.
  – É.
  – Moody, nunca usamos transformação em castigos! Certamente o Professor Dumbledore deve ter lhe dito isso. Nós damos detenções ou falamos com o diretor da casa do faltoso!
  – Vou fazer isso, então. — Moody falou encarando Malfoy e saiu em direção as masmorras provavelmente para procurar Snape.
  Sem dizer mais nada, a professora Minerva pegou seus livros e continuou seu caminho. Com Moddy fora da minha vista, finalmente consegui me libertar do choque e peguei Draco pelo braço, o tirando dali de uma vez. Ele parecia em choque por alguns segundos, mas assim que chegamos ao corredor, ele começou a agir como o Draco que a escola toda conhecia.
  – Esse... Esse desgraçado, eu não acredito que ele realmente fez aquilo. – Draco dizia com a voz cheia de ódio.
  – Draco, só espera a gente chegar às masmorras para você surtar, ok? Assim a gente não sai chamando atenção de todo o castelo. – sussurrei para Draco olhando envergonhada para o grupo de meninas do quinto ano que nos olhava.
  – Eu odeio... Meu pai vai ficar sabendo disso, então Moody vai embora daqui. Quem ele pensa que é? – Draco continuou gritando ignorando completamente tudo que eu havia dito.
  Andamos apressados pelo castelo, quase, literalmente, correndo e logo chegamos a sala comunal da Sonserina que estava completamente vazia, afinal, a essa hora todos deveriam estar no salão principal jantando. Draco subiu diretamente para o quarto sem nem me olhar. Olhei hesitando por um segundo, era a terceira vez que eu iria ao dormitório masculino e mesmo sendo só o Draco – esse era o real motivo –, eu parei pensando no que as pessoas pensariam se soubessem. Apaguei rapidamente esse pensamento da minha mente. Desde quando eu me importava com o que os outros pensavam?
  Draco estava deitado em sua cama olhando para o teto de cara amarrada, ele definitivamente parecia com um garotinho. Sentei ao seu lado bagunçando seu cabelo terrivelmente loiro.

Capítulo 19. Invado o Dormitório Masculino

Gaunt.

  – Eu queria ficar sozinho, , e você não deveria estar aqui. – Draco falou sério.
  Ignorei Draco completamente e me acomodei deitando ao seu lado na cama e encarando o teto junto com ele.
  – Não adianta fugir, Malfoy, você tem que enfrentar isso de cabeça erguida e fazendo piadas preconceituosas como você sempre faz.
  Draco me lançou um olhar mal humorado dizendo que pelo menos as piadas eram boas, e então entramos em uma pequena discussão sobre a minha noção de engraçado e a noção de Draco. Perdemos a hora conversando até que Crabbe, Goyle e Blásio entraram no quarto conversando e rindo como hienas loucas. Os três garotos se calaram me encarando com os olhos arregalados. Senti-me corar imediatamente e me levantando o mais rápido possível da cama de Draco, dando aos três garotos um sorriso sem graça, enquanto corria para fora do quarto.
  Todos na Sala Comunal estavam conversando distraídos sobre... Sabe lá sobre o que eles falavam. Aproveitando-me da distração deles, subi para meu quarto sem ser notada por ninguém. Meu quarto ainda estava vazio, o que significa que, como sempre, as meninas ainda ficariam horas fofocando. Me joguei em minha cama me sentindo cansada e dormi imediatamente.
  Acordei ofegante por causa de um sonho que eu não conseguia me lembrar, minha cabeça estava rodando e meu estômago parecia ter um grande buraco dentro dele. Sentei na cama, me lembrando de que não havia comido nada desde a hora do almoço, o que foi há um considerável tempo atrás. As meninas já estavam em suas camas dormindo profundamente, o que me fez ver como já deveria ser tarde. Meu estômago mexeu dentro de mim fazendo um estranho barulho. Ótimo, além de tudo, eu ainda ficaria com fome essa noite “ou você poderia ir até a cozinha e pegar algo com um dos elfos” escutei uma vozinha falando dentro da minha cabeça. Levantei-me vestindo minhas pantufas e desci em direção à cozinha.
  Nunca tinha andado no castelo estando ele tão escuro e deserto, mas não me assustei com isso. Não levou muito tempo para chegar até a cozinha, o lugar estava cheio de elfos felizes e animados em fazer alguma coisa para ajudar.
  – Não queria incomodar, mas é que eu acabei não jantando e agora a fome não me deixa dormir. – contei para um dos elfos que sorria para mim.
  Ele, por sua vez, saiu de perto de mim por alguns segundos e voltando em seguida com uma bandeja cheia de doces e suco de abóbora, o qual estava uma delícia. Sorri agradecendo ao elfo e comendo uma enorme fatia de bolo, eu estava realmente faminta.
  Terminei rapidamente meu pequeno lanche, agradeci aos elfos e sai apressada para voltar enfim para minha cama. Já estava quase no fim do corredor, onde ficava escondida a porta para a entrada da Sala Comunal da Sonserina, quando escuto as vozes sussurrando.
  – E o que você espera que eu faça, Snape? Não vou passar a mão na sua cabeça como Dumbledore faz. – Ouvi Moody falar e me escondi rapidamente atrás de uma porta para escutar melhor sem deixar que ele soubesse que eu estava ali.

  – Eu só quero que você fique longe da minha afilhada e, de preferência, longe de qualquer um dos meus alunos.
  – Mas você não me diz o que fazer, Snape.
– Moody falou o nome como se fosse algum tipo de doença contagiosa.
  – Eu só estou avisando... Dumbledore pode até não perceber, mas eu sei que tem alguma coisa errada com você. Então fique longe dos meus alunos.
  – Não me preocupo com o que você acha, eu também não confio em você, apesar do Dumbledore. E sou eu quem vai ficar de olho em você, Severus.
– Moody falou com a voz mais baixa e mais sinistra do que eu jamais avia ouvido e depois saiu pelo corredor mancando com a sua perna barulhenta.
  – Você pode sair daí agora. – Severo falou quase me fazendo tem um colapso nervoso. Saí de trás da porta sem graça por ter sido pega e nervosa com a possível reação dele. – É falta de educação escutar a conversa dos outros.
  – Eu só tinha ido até a cozinha e escutei sem querer... Eu juro. – Falei com a minha melhor cara de cachorro pidão.
  – Vai pra cama agora, , depois nós conversamos.
  Corri para a sala comunal da Sonserina assim que ouvi as palavras. Nenhuma das meninas parecia ter notado a minha ausência.
  O que será que aquele professor estranho queria? E por que Snape disse que havia algo de errado com Moody? Nesse momento me lembrei: Moody não era Moody, Alastor era um comensal disfarçado do verdadeiro Moody. É isso! Preciso falar com Snape.
  Sacudi minha cabeça mais uma vez tentando inutilmente afastar todos esses pensamentos enquanto deitava minha cabeça novamente sobre o travesseiro e caia pela segunda vez na escuridão dos meus sonhos.

Capítulo 20. Sei Falar Com Cobras

Gaunt.

  Acordei no dia seguinte com a cabeça rodando e mais confusa depois dos sonhos estranhos e sem sentido que tive durante toda a noite. Levantei da cama sem vontade alguma e fui me arrumar para mais um dia chato e cansativo de aula. Depois de devidamente pronta, desci as escadas, indo de vez para o salão principal. Draco estava parado na sala comunal com sua costumeira expressão marota.
  – Eu estava te esperando para ir tomar café da manhã. – Draco falou assim que eu estava perto o suficiente para ouví-lo.
  No momento em que coloquei meus olhos em Draco, lembrei de como tinha saído do seu quarto na noite anterior e me senti corar levemente com o que os meninos provavelmente ficaram pensando.
  – Os meninos falaram alguma coisa depois que eu sai? – perguntei sussurrando antes de falar qualquer outra coisa. Draco me olhou com uma cara estranha, mas rapidamente voltou a sua expressão normal.
  – Eu expliquei para eles, não se preocupe com isso. – Draco respondeu enquanto saíamos da sala comunal – E além disso, somos namorados não? Não devemos nada a ninguém.
  – Somos? – falei corando.
  – Bom... Pelo meu ponto de vista sim... – corei mais ainda – Mas por via das dúvidas... , quer namorar comigo?
  – S-sim. – ele sorriu.
  – Então é oficial. – Draco falou me abraçando pela cintura e me levando até o salão principal.
  O salão já estava cheio de estudantes quando enfim chegamos para o café da manhã, me sentei no meu lugar habitual entre Draco e as meninas que dividiam o quarto comigo. Todo o nosso grupo se calou quando eu e Draco sentamos em nossos lugares.
  – Vocês podem continuar falando de mim se quiserem, mas vamos ver o que vocês vão dizer quando isso tudo terminar. E, eu e estamos namorando, se vocês querem saber. – Draco falou me dando um beijo na bochecha, acabei sorrindo timidamente.
  Blásio ficou ainda me encarando por alguns segundos antes de começar a falar com Pansy sobre a aula que eles teriam em seguida. Senti-me gemer internamente, seja lá o que foi a explicação de Draco, Blásio obviamente não acreditou nele. Terminei meu café da manhã o mais rápido que pude, a última coisa que eu queria fazer era ficar sentada naquela mesa. Terminei o café antes de qualquer outro dos meus amigos e me despedi rapidamente deles, correndo para fora do salão principal. Peguei meu quadro de horário para checar qual seriam minhas aulas do dia.

1° período: aula de Adivinhação, professora Trelawney
2° período: aula de Aritmância, professora Vector
3° período: aula de Feitiços, professora Mcgonagall
4° período: aula de Poções, professor Snape

  Suspirei aliviada com as aulas do dia, pelo menos a única aula ruim seria adivinhação, mas todas as outras iriam compensar essa aula terrível.
   estava saindo do salão principal junto com Rony, Hermione e Harry na hora em que eu cruzei os portões do salão.
  – , eu queria falar com você! – gritou praticamente, vindo em minha direção no momento em que me viu. Retribui o abraço dela, me sentindo corar pelas ações da minha amiga na frente de todos. Encararam nós duas, provavelmente se perguntando se havia enlouquecido de vez.
  – Oi, gente... – falei um pouco sem graça para o grupo que me cumprimentava com acenos e sorrisos.
  – Vem, amiga, preciso conversar com você. – falou segurando minha mão e me arrastando para longe dali.
  – Não precisa me arrastar desse jeito, . Eu sei andar, está bem? – gritei para enquanto era arrastada em direção as escadas.
  Quando já estávamos no corredor em que teríamos que nos separar para cada uma ir para a sua respectiva aula, me soltou.
  – Posso saber o porquê dessa euforia toda? – perguntei.
  – Ai, que chata... Eu só quero te pedir ajuda com umas coisinhas em poções... Quer dizer, eu não tenho essa aula com você, então vou ter que me virar esse ano. Você bem que podia me ajudar nessa, não é? – perguntou com aqueles olhinhos de cachorro pidão.
  – Tá bom... Eu posso te ajudar com a matéria, podia ser hoje, não é? Depois da aula de poções antes do jantar? Mas só se você me ajudar em Herbologia, não consigo entender nada do que aquela mulher fala... Que tal?
   sorriu para mim radiante e me deu um rápido abraço antes de sair andando sem sequer despedir-se de mim. Dei de ombros e comecei a seguir para a minha primeira aula, já havia me acostumado com a estranheza daquela criaturinha e não tinha porque eu perder meu tempo tentando entender.
  O caminho até o alto da Torre Norte, onde seria a aula de Adivinhação, foi rápido, embora eu não tivesse vontade nenhuma de assistir aquela aula chata. Muito pelo contrário! Dudah já estava sentada em um canto da sala. A sala da aula de Adivinhação era, sem dúvidas, a pior sala para se tiver uma aula, mais parecida com uma cruza de sótão com salão de chá antigo, repleta de mesinhas circulares, rodeadas por cadeiras forradas de chintz e pequenos pufes estufados. Era escura e, ainda por cima, a lareira estava ligada, como sempre, provocando uma sensação de calor sufocante e impregnada com o cheiro daquele bendito incenso que me deixava tonta e enjoada. O tamanho da sala e a arrumação - se é que aquilo pode se chamar de arrumação - fazia com que todos ficassem muito próximos uns dos outros, o que acabava fazendo com que eu pudesse sentar com meus colegas da Sonserina e ao mesmo tempo não deixar Dudah de lado. A professora Trelawney não demorou a entrar na sala, começando mais uma aula chata e sem noção sobre como a posição de cada planeta afetava a nossa vida.
  Andei para a mesinha que ficava ao lado da mesa em que Dudah estava com mais duas garotas da Corvinal, as quais eu não falava, e me sentei para esperar a aula começar.
  – Olá, Dudah. – falei me virando um pouquinho para poder olhar Eduarda depois de ter me ajeitado no meu lugar.
  – Oi, , nem tinha visto você chegar. Maravilhosa essa aula de Adivinhação, não é? – Eduarda disse se virando um pouquinho para me olhar também.
  – Eu não gosto dessa aula, Dudah... Acho tudo uma grande besteira.
  Antes de que Eduarda pudesse me responder, com certeza falando que apenas não estava sincronizada com a matéria ainda, Draco, Crabbe e Goyle entraram na sala, sentaram nas cadeiras vazias na mesa em que eu estava e olharam para Eduarda com expressões de nojo, o que fez com que ela voltasse sua atenção para sua própria mesa mirando o nada mais uma vez. Olhei para os meninos chateada com a reação deles.
  No instante em que a aula de Adivinhação acabou, peguei minhas coisas e sai da sala com Draco, Crabbe e Goyle.
  - Posso saber por que vocês tratam a Eduarda daquele jeito? – perguntei enquanto estávamos a caminho da aula de Aritmância ainda revoltada com a forma como eles olharam para Dudah mais cedo.
  – , você só pode estar brincando com a gente. – Crabbe falou me olhando como se eu fosse doida.
  – É, aquela garota é uma aberração. Não sei como você ainda fala com ela. – Foi a vez de Goyle reclamar.
  – Ela é minha amiga! E ela não é uma aberração, ela só um pouco...
  – Gênia? – Draco tentou.
  – É, mas de um jeito bom. – argumentei, ignorando o olhar de reprovação de cada um dos meninos.
  Terminamos nossa conversa quando chegamos à sala da aula de Aritmância, já que ninguém teria vontade de irritar a professora Vector. Ao contrário da aula de Adivinhação, a aula de Aritmância acabou bem rápido e logo voltamos para o Salão Principal para o almoço. Draco, Crabbe, Goyle e eu fomos nos sentar no nosso lugar habitual na mesa da Sonserina.
  – Ainda não acredito que vão cancelar o campeonato de quadribol... Eu tinha certeza que esse ano nós íamos ganhar. – Goyle falou.
  – Mas vai ter algo bem melhor do que quadribol esse ano! Vocês não podem reclamar. – Falei enquanto me sentava no meu lugar.
  – A está certa, gente. Apesar de querer acabar com o Potter esse ano, o Torneio Tribuxo vai ser bem melhor. – Draco falou passando o braço em torno da minha cintura me abraçando de lado.
  Goyle e Blásio trocaram um rápido olhar e depois olharam para mim, me senti corar no mesmo instante. Aqueles dois estavam começando a me irritar com esses olhares.
  – Qual é? – perguntei irritada – Vão parar com esses olhares ou querem que eu arranque os olhos de vocês enquanto estiverem dormindo?
  Draco começou a rir descontroladamente enquanto Goyle e Blásio arregalaram os olhos e começaram a comer, como forma de esquecer o que ouviram.
  – Acho melhor pararem mesmo. – começou Pansy – Sabe, ela bem que pode lançar um Avada em vocês.
  – Neles não, querida. – retruquei – mMs em você tenho certeza que não pensaria duas vezes.
  Draco teve mais um ataque de risos e então Goyle, eu e Blásio começamos a rir da cara de buldogue que Pansy ficou.
  – Gente, acho melhor a gente ir andando, vocês sabem como aquela chata da McGonagall é. – Blásio falou um tempo depois colocando um fim nas conversas.
  - É, o Blásio tem razão... Não vamos deixar que ela tenha um motivo pra reclamar com o Snape. – Falei levantando do meu lugar na mesma hora e sendo seguida pelo restante.
  Draco me abraçou de lado novamente enquanto nós andávamos para fora do salão principal, dei um beijo nele e depois seguimos em direção à sala de Transfiguração. A sala era grande e muito bem arrumada e já estava cheia de alunos da Lufa Lufa. Nos sentamos em nossos lugares e, em apenas alguns segundos, a Professora Minerva entra na sala fazendo todos se calarem.

Capítulo 21. Meus Amigos Atacam Um Inocente

Gaunt.

  - Essa mulher é assustadora. – Draco sussurrou para mim no momento seguinte que a professora passou por nós para chegar a sua mesa.
  Concordei silenciosamente com apenas um aceno. Apesar de assustadora, a aula da professora McGonagall era realmente uma das melhores que eu tinha. Tão rápido quanto tinha entrado, a professora Mcgonagall começou sua aula e acabou.
  - Essa professora adora nós encher de trabalhos... Como se não bastasse os outros professores. – Goyle reclamou mais uma vez enquanto saiamos da sala.
  - Sabe o que é pior? É que eu provavelmente não vou terminar nenhum deles! – Crabbe gemeu.
  - Hey, eu combinei com a da gente estudar na biblioteca hoje depois da aula do Snape. Vocês não querem se juntar a nós? – perguntei cheia de esperança para as meus amigos.
  Todos olharam para mim como se eu estivesse delirando. Bufei em resposta a reação deles. Como eles poderiam ser desse jeito? Quer dizer, eles eram tão legais, mas assim que eu mencionava a ou a Eduarda, eles faziam aquelas caretas engraçadas e me olhavam como se eu fosse louca. Continuamos nosso caminho para as masmorras, mas antes que pudéssemos virar o corredor Draco, Crabbe e Goyle saíram correndo em direção a um menino que eu não conhecia.
  - Olhem pra ele. – Draco ria escandalosamente enquanto falava com os meninos ao seu lado.
  - É... Além de pequeno, é um covarde. – Goyle falou se juntando a risada escandalosa de Draco.
  - Ei, não era para os garotos da Grifinória serem corajosos? – Draco falou maldosamente para o pobre menino.
  Cheguei mais perto do pequeno grupo para poder ver exatamente o que estava acontecendo. Um menino que provavelmente era do primeiro ano estava encolhido no meio de alguns meninos da Sonserina. O garotinho tinha uns caminhos claros de lágrimas em suas bochechas e as calças completamente molhadas.
  - O que está acontecendo aqui? – perguntei tocando o ombro de Draco.
  - ! Que bom que você veio aqui, vai poder rir um pouquinho também. – Draco falou animado me dando um abraço de lado.
  - Por que ele está chorando? – perguntei desconfiada.
  - , acredita que esse perdedor mijou nas calças porque a gente deu um susto nele? – Goyle gritou rindo como um hiena louco apontando para o menino que voltou a chorar.
  Encarei meus amigos abismada com o que eles haviam feito com o pobre garotinho. Livrei-me do abraço de Draco e caminhei calmamente até o garotinho.
  - Você está bem? – perguntei preocupada para o menino que apenas acenou uma vez afirmando que sim. – Está tudo bem, esses garotos são idiotas. Enxugue suas lágrimas e vá se limpar.
  Assim que falei aquelas palavras, o pobre garotinho correu para longe. Virei-me para Draco cheia de raiva e sem acreditar no que eles tinham feito com o menino.
  - Ai, Draco, coitada da criança... Não faça mais isso! – falei revoltada com o que havia acontecido.
  - Ok, vamos, a aula do Snape nos espera. – Draco falou me abraçando e sussurrando um 'desculpa' em meu ouvido.
  A aula de Poções foi legal, chata aos olhos dos outros, mas foi legal fazer o Elixir da Euforia, pelo menos eu achei. Snape ficara orgulhoso a cada poção minha completada com perfeição, até eu achei estranha essas atitudes de Snape, pois ele – como seu prórprio nome – sempre fora tão severo em relação aos alunos.
  Quando a aula terminou saí lentamente e sozinha caminhando sem rumo. Até uma coruja vim até mim com um bilhete:

Querida ,
Desculpe, mas não poderei me encontrar com você na biblioteca.
Motivo: Teste de quadribol.
Desculpe, quando nos virmos de novo, explicarei.
Beijos, .

  Uma vez fora da das masmorras, comecei a andar mais calmamente. Passei o resto do dia terminando meus trabalhos sozinha, já que havia me dado um bolo e mandado sua coruja Frost me avisar. O pior nem era o fato de ter que fazer os trabalhos sozinhas, mas sim o fato de que eu não conseguia entender nenhuma matéria sequer.
  Já à noite, caminhei para o salão principal para o jantar, as mesas já estavam cheias de estudantes e os professores já se encontravam nos seus devidos lugares.
  Encontrei um lugar entre Draco e Blásio e me sentei dando um beijo na bochecha de Draco.
  Senti ele corar levemente com meu ato.
  - Como foi seu dia? – perguntei.
  No momento em que Draco iria me responder, Dumbledore pediu silêncio a todos. Olhei instintivamente para a mesa da Grifinória, sempre que podia dava uma pequena olhada para lá e cumprimentava . Era quase um ritual, no café, almoço e no jantar. Acenei e ela me acenou novamente.
  - Caros alunos, tenho algo de extrema importância para falar para vocês e peço que prestem muita atenção. – Dumbledore fez uma pequena pausa enquanto todos aguardavam ansiosos por suas próximas palavras. – Bom apetite! – falou somente sorrindo e depois voltou para a mesa dos professores.
  - Esse homem é doido! – Blásio exclamou antes de atacar o prato a sua frente. Todos concordaram rapidamente e seguiram prontamente devorando suas comidas.
  Olhei para meu prato e minha barriga roncou muito alto, por um momento cheguei a jurar que alguém tivesse ouvido, mas não dei bola e comecei a atacar minha comida.
  Após o jantar, todos fomos até o salão comunal e ficamos sentados por ali, Draco estava lendo um livro trouxa que eu emprestei a ele: Percy Jackson e O Mar de Monstros.
  Me sentei no chão e comecei a jogar xadrez bruxo com Blásio, que definitivamente não jogava nada. Quando nos demos conta, já era tarde demais e todos nos despedimos e subimos para nossos respectivos quartos. Apaguei logo que me deitei na cama, exausta depois do dia cheio.
  Meu último devaneio fora de mim e Draco nos beijando na Ala Hospitalar.

Capítulo 22. Caminho em Direção à Morte

Gaunt.

  Sim, hoje seria o dia, eu deveria salvar Cedrico Diggory. Acordei bem mais cedo do que todos os alunos. Acordei 5:30 da manhã. Fui direto para a sala do Professor Snape, deveria falar com ele.
  - Professor Snape? – perguntei entrando silenciosamente em sua sala.
  - Srta. , o que faz aqui tão cedo? – perguntou Snape saindo de um canto escuro.
  - Bom – pigarreei –, o senhor sabe que hoje é a final do Torneio Tribruxo, certo? – ele assentiu – Pois é... Eu venho do mundo trouxa e lá existem livros... Livros que contam essa história...
  - Prossiga.
  - Contam sobre tudo o que irá acontecer em Hogwarts nos próximos três anos.
  - Continue.
  - E... Contam sobre o Torneio Tribruxo. – respirei fundo – Contam que... Cedrico Diggory irá morrer, hoje.
  - E o quê você pretende fazer sobre isso? – perguntou Snape sentando-se em uma cadeira.
  - Impredir. – olhei nos olhos dele – Eu posso, eu sei que posso, leia minha mente se quiser, descubra meu plano.
  - Não preciso, li na primeira vez em que lhe ensinei Legliminência, pegue, pegue a poção Polissuco, e boa sorte.
  - Obrigada, professor. – falei pegando um frasco com a poção polissuco e saindo correndo da sala dele.
  Fui rapidamente em direção à entrada da Sala Comunal da Lufa-Lufa e esperei por Cedrico.
  Quando ele saiu o abordei imediatamente.
  - Oi, ! – Cedrico disse me abraçando – Veio me desejar boa sorte?
  - Desculpe Cedrico, mas tenho uma notícia desagradável para você...
  - O que houve? Aconteceu alguma coisa com a Dudah?
  - Não, não é isso... Cedrico você vai morrer. – Cedrico arqueou uma sombrancelha.
  - O quê? Como você sabe? Você tá louca ?!
  - Não! Eu...
  Depois de contar tudo sobre o que iria acontecer, expliquei a ele meu plano, eu iria tomar a poção polissuco para me transformar no Cedrico e ele trocaria de lugar comigo, para não levantar mais suspeitas. Cedrico concordou, mas achou estranho ele se transformar em uma garota. Depois de tomarmos a poção e trocarmos de roupa, eu (Cedrico/) fui até a tenda dos Campeões e (Cedrico) foi até as arquibancadas.
  Torcia por Deus, pelos deuses, por Merlin e por Aslan que meu plano iria dar certo.
  Caso contrário, EU iria morrer.

Capítulo 23. Vejo o Mal ao Vivo

Cedrico Diggory
( Gaunt)

  Cheguei à tenda dos Campeões bem a tempo da reunião de Dumbledore conosco. Logo depois, fomos até um labirinto de cercas-vivas, a Taça Tribruxo estava em algum lugar dentro do labirinto.
  - Boa sorte, Cedrico. – falou Harry.
  Eu tinha que tentar fazer uma voz grossa.
  - Boa – pigarreei – Boa sorte pra você também Harry.
  E então, o sinal de liberação tocou, entrei com minha varinha a postos, já sabia o que devia fazer, o que devia procurar, fui correndo para o meio do Labirinto desviando dos obstáculos, saltando sobre visgos-do-diabo e sempre tendo cuidado para não me deparar com Victor Krum – que nesse momento estava enfeitiçado.
  Logo cheguei em um grande corredor, já sabia que corredor era aquele e o que havia nele, então, fui correndo em direção ao norte, me deparando com Harry tão desnorteado quanto um peixe no deserto. Krum estava duelando contra mim e Harry caiu bem no meio do caminho.
  - Abaixe-se! – gritei para Harry mas nada adiantou – Abaixe-se! – ele ouviu dessa vez e saiu do caminho. – Expelliarmus! – gritei fazendo Krum ser jogado para trás e perder sua varinha.
  Logo depois comecei a correr em direção à Taça Tribruxo, Harry veio bem atrás de mim e então nós dois fomos correndo em direção à Taça, e agarramo-la no mesmo tempo. A única coisa que pude ver fora um clarão enorme, e então, me deparei com um cenário macabro: o cemitério em que Lord Voldemort voltaria à vida.
  Logo de chegada, pisei em falso e caí para trás de uma lápide. Então, vi Harry sendo preso por uma estátua com a forma de morte. Reparei que a Taça havia caído alguns metros longe. Harry se levantou rapidamente e então deparou-se com uma grande estátua da Morte – com o sobrenome Riddle escrito na mesma – que prendeu Harry pelo pescoço, o impossibilitando de sair. Um velho caldeirão que estava em frente à estátua acendeu se com um fogo mágico provido do chão. Logo, Pedro Pettigrew, apareceu de dentro de um jazigo, estava junto com uma criatura feia que parecia um elfo anoréxico contorcido.
  Pettigrew jogou o bicho dentro do caldeirão – que estava cheio de alguma poção – e então começou a falar.
  - Osso do pai tirado de sem consentimento... – murmurava Pettigrew enquanto colocava os itens junto do caldeirão – Carne do servo dada de bom gado. – falou decepando sua própria mão e a jogando dentro do caldeirão – E sangue do inimigo tirado à força – falou indo até Harry cortando o pulso do mesmo e colocando as gotas de sangue que restaram na adaga dentro do caldeirão. – O Lord das Trevas renascerá outra vez.
  E imediatamente, o caldeirão começou a pegar fogo instantaneamente, logo, algo surgiu dentre as labaredas, algo parecido com um humano: Voldemort.
  No começo ele parecera um alienígena deformado, mas aos poucos, fora ficando mais humano, porém, sua pele era extremamente branca e em vez de um nariz, ele tinha fendas, parecidas com nariz de cobra.
  - Minha varinha – sussurrou para Pettigrew – Rabicho.
  O mesmo entregou a varinha a Voldemort curvando-se em direção a ele.
  - Mostre seu braço – continuou Voldemort.
  - Ah mestre... – falou Rabicho – Obrigado, mestre – falou mostrando o braço que pertencia à mão que o mesmo decepara minutos antes.
  - O outro braço, Rabicho. – falou Voldemort enquanto Rabicho fazia uma expressão assustada.
  Voldemort então, pegou o braço de Rabicho pressionando a ponta de sua varinha na Marca da Morte que o mesmo tinha, chamando os outros comensais.
  Logo após aquilo, nuvens negras surgiram formando um círculo, eram os comensais. Estavam todos de preto e com máscaras. Porém, Voldemort começou a xingá-los dizendo que eles não faziam nada direito e blá, blá, blá. Até que chegou em frente do último comensal que reatara de pé e falou:
  - ... Nem mesmo você, Lucius. – falou arrancando a máscara do comensal revelando-se Lucius Malfoy.
  - Milord – falou Lucius enquanto ajoelhava-se diante de seu mestre – Se eu tivesse recebido algum sinal... Alguma pista do seu paradeiro...
  Reparei que esse seria o momento certo e então tomei coragem e sussurrei.
  - Harry! – falei ainda atrás da Lápide – Harry!
  - ? – Harry arregalou os olhos – O que você...
  Olhei para meu reflexo em uma poça d'água próxima e vi que o efeito da poção polissuco havia passado. Reuni o máximo de coragem possível e me pus de pé. Vendo a expressão de surpresa de Lucius Malfoy e Lord Voldemort, juro que tive vontade de rir.
  - Ora ora, se não é Gaunt... – Voldemort disse enquanto Rabicho aproximava-se de mim.
  - Saia de perto de mim, Pettigrew – falei apontando minha varinha para o rosto de Rabicho –, sabe muito bem que eu não tenho medo de usar uma Imperdoável.
  Rabicho estremeceu.
  Voldemort me olhou dos pés a cabeça.
  - Vejo que cresceu muito desde a última vez em que nos vimos... – falou Voldemort – vejo também que não ficou na casa em que sua família realmente pertence. Lufa-Lufa... acho que não é motivo de orgulho para sua família.
  - Você não sabe nada sobre mim. – falei friamente.
  Pude notar o olhar desesperado de Harry em minha direção.
  - Você acha? – perguntou Voldemort – Acha que um tio não saberia nada sobre sua sobrinha?
  Meu coração disparou, como assim "Tio"?
  Dei um passo para trás e Rabicho me segurou.
  - Solte-me! – gritei mas fora em vão, então, apoiei meu cotovelo nas costas de Pettigrew fazendo então, eu ficar atrás dele.
  - O que vai fazer? – perguntou Rabicho – Chamar seus paizinhos?
  - Não fale de meus pais! – falei jogando Rabicho no chão e apontando minha varinha para seu rosto.
  - Pare, ! – gritou Harry.
  Olhei de soslaio para trás e vi Harry tentando de todas as maneiras escapar da estátua enquanto Voldemort me olhava com expectativa de que algo acontecesse.
  - Vai chamar seu papaizinho? – Rabicho riu ainda no chão.
  - Argh! Cale a boca, seu imundo! – apontei a varinha mais uma vez para testa de Rabicho e bradei – Crucio!

Capítulo 24. Salvo a Vida de um Amigo

Cedrico Diggory
( Gaunt)

  - Isso! – Exclamou Voldemort – Sabia que você era mesmo do meu sangue!
  Nesse momento rompi o feitiço e então, parti o encantamento da estátua de Harry. Ele se soltou e então, entrei em seus pensamentos, sinalizando para ele pegar a taça. Enquanto Voldemort ria achando que tinha ganhado mais uma aliada, fui correndo junto de Harry que exclamou:
  - Accio Taça! – E então, nós dois pegamos a Taça juntos, e voltando assim para o ponto de partida.
  Rapidamente, desabei no chão, e antes que todos tivessem visto minha verdadeira forma, Snape me atirou um frasco de poção polissuco, tomei aquela coisa nojenta e me transformei novamente em Cedrico. Vi que Harry colocou um braço meu por cima do pescoço e sussurrou "Finja que está desacordada" assenti e ele começou a gritar "Voldemort voltou! Ele Voltou! Voldemort voltou!". Olhei com os olhos cemicerrados para as arquibancadas e me vi (Cedrico) na arquibancada, junto de Draco, respirei aliviada por meu plano der certo.
  - Deu certo, Harry – sussurrei para Harry enquanto ele me colocava em um banco próximo.
  - Deu certo o quê? você me deve explicações.
  Olhei bem no fundo dos olhos cor de esmeralda de Harry e mostrei meu plano, e minhas memórias sobre o filme 'Harry Potter e o Cálice de Fogo'. Os olhos de Harry se arregalaram.
  - Já não me deve mais – ele sorriu – Obrigado por ter salvo a vida de Cedrico.
  - Cedrico? Como eu poderia ter salvo minha própria vida Harry? – perguntei rindo.
  Harry começou a rir também.
  - Vá, comemore, você ganhou. – falei para ele.
  Harry foi em direção a Dumbledore e ergueu suas mãos para a torcida, que vibrou.
  Respirei fundo e fui em direção a Snape.
  - Obrigada, Severus, por confiar em mim. – falei o abraçando.
  - De nada, , aliás, preciso contar-lhe algo.
  - Claro, mas primeiro, preciso assumir minha própria forma. – falei rindo e indo em direção aos vestiários, (Cedrico) já esperava por mim lá.
  Esperei o efeito da poção passar e olhei para Cedrico, já com as vestes que eu usara enquanto me passava por ele, e com o rosto sujo, exatamente como eu estivera momentos atrás.
  - Obrigado – falou.
  - De nada, Cedrico – falei o abraçando.
  Nós voltamos para o castelo, já que todos já estavam ali e fui ao encontro de Draco, dando um abraço tão apertado nele que parecia que ele iria morrer sufocado.
  - Pra que tudo isso, ? – perguntou confuso.
  - Pra você saber o quanto gosto de você.

Capítulo 25. Devo Explicações a Todo Mundo

Gaunt.

  - – falou Draco sério – Você me deve explicações, você estava estranha durante a última prova do Torneio, você não me abraçou, não falou comigo, não fez nada... Você não é assim.
  - Eu sei, Draco, mas, não era eu! Era Cedrico, ele havia tomado a poção polissuco para assumir minha forma, enquanto eu tomei a posição dele, realizando a última prova, eu... Salvei a vida dele.
  - Eu, eu preciso ler o livro, eu estou muito confuso...
  - Claro, vá no dormitório feminino e pegue o livro dentro de meu malão. Eu preciso falar com Snape.
  Draco assentiu e foi em direção a Sala Comunal da Sonserina enquanto eu seguia em direção à sala do Snape.
  - Com licença... – falei batendo na porta e entrando.
  - Srta. , pensei que não vinha – falou Severus, calmamente.
  - O senhor disse que precisava conversar comigo... O que aconteceu?
  - Bom, devo lhe contar sobre algo que devia ter contado há muito tempo... Mas não contei pois você não estava segura... Bom, você ainda não está, mas se mostrou apta para lutar contra bruxos das trevas, então poderei contar – Snape respirou fundo – Você é minha afilhada.
  Minha boca se abriu em um perfeito "O".
  Eu? Afilhada do Snape? Por isso que ele sempre se mostrava orgulhoso a cada poção completada com sucesso, por isso que ele sempre fora gentil comigo... ah meus deuses minha vida está de cabeça para baixo!
  - Eu, eu... Eu estou sem palavras...
  - Eu também ficaria assim, mas há outra coisa... A família Gaunt, sua família, a família de Merlin e Salazar Slytherin, tem uma casa nos arredores de Londres... E... Ela lhe pertence.
  - Me pertence? Q-quer dizer que eu tenho uma casa? – perguntei – Eu vou poder ir lá?
  - Eu levarei você, nas férias, se você quiser.
  - Quero! Quero sim, Severus! – o abracei – Preciso ir...
  - Até mais. – ele falou.
  - Até logo, padrinho – notei que Snape sorriu quando pronunciei estas palavras – Ah, Severus!
  - O que houve, ?

Capítulo 26. Descubro um Comensão em Hogwarts

Harry Tiago Potter

  Então era tudo verdade! O que ela disse, que Cedrico iria morrer! com certeza é uma bruxa de poderes espetaculares, mas... Pelo o que ela me contou, Voldemort a quer, do seu lado, mas eu preciso impedir, se ela for para o lado de Voldemort... Eu não sei o que poderia acontecer. Ninguém tem noção dos poderes dela, nem mesmo ela própria, mas, como ela sendo uma Gaunt e herdeira de Slytherin poderá fazer muitas coisas, como até mudar o rumo da história.
  Depois da comemoração, Moody me levou em sua sala e me fez sentar em um banco qualquer para perguntar o que havia acontecido.
  - Está doendo, Potter? – perguntou Moody dirigindo-se ao corte que Pettigrew fez em meu braço.
  - Não agora, não mais. A Taça era a chave de um portal...
  - Como foi lá? – perguntou ele saindo de perto de mim – Como era ele?
  - Ele?
  - O Lord das Trevas! Como era? Como foi?
  - Foi como se eu tivesse caído em um dos meus pesadelos...
  Moody do nada começou a vasculhar sua sala à procura de algo que parecia não achar.
  - Quem mais estava? – perguntou Moody – No cemitério, quem mais estava?
  - Bom eu... Ér, eu... Eu não me lembro de ter falado do cemitério professor.
  Moddy veio devagar em minha direção com um olhar assustador.
  - Criaturas maravilhosas os dragões, não é mesmo? – perguntou ainda vasculhando as prateleiras – Você acha que aquele idiota não teria te levado à floresta se eu não tivesse sugerido?
  Nesse momento lembrei-me de quando Hagrid me levou para a Floresta Proibida para mostrar-me sobre a segunda tarefa com dragões.
  - Acha que Cedrico Diggory, teria dito para abrir o ovo debaixo d'agua se EU mesmo não tivesse dito isso a ele? – fez uma pergunta retórica gritando.
  Lembrei-me de quando Cedrico havia me avisado sobre abrir o ovo de ouro embaixo d'água para descobrir a segunda tarefa.
  - Acha que Neville Longbotton teria lhe dado Guelrricho se eu não tivesse lhe dado o livro com essa informação hein? – Lembrei-me de quando Neville me deu a planta Guelrricho para eu poder respirar debaixo d'água para poder salvar Rony do Lago Negro, na segunda prova. – Ãn?
  - Era o senhor desde o início... – falei – Pôs meu nome no Cálice de Fogo, o senhor enfeitiçou Krum mas?
  - Mas, mas, mas, mas, mas, mas, mas? – debochou – Você venceu, eu fiz tornar isso possível, foi parar naquele cemitério porquê era pra ser assim! E agora o ato se realizou – falou, pegando em meu corte – O sangue que corre em suas veias, corre também no Lorde das Trevas – saiu de perto de mim e depois me olhou, seu rosto estava derretendo, deformando-se – Imagine como ele vai me recompensar quando souber que eu o silenciei de uma vez por todas – comecei a sair de perto dele – O grande Harry Potter!
  Nesse momento alguma coisa bateu fortemente na porta a derrubando, era Dumbledore, Snape, McGonagall e , logo que a porta caiu Dumbledore bradou:
  - Expelliarmus! – e então Moody foi lançado longe, perdendo sua varinha, Snape e McGonagall foram junto de Dumbledore segurar Moody e Snape deu uma poção para Moody. veio em minha direção. – Severus! – chamou Dumbledore.
  - Você está bem? – perguntou vindo em minha direção.
  - Agora acho que sim – respondi.
  - Tome! – falou Dumbledore fazendo Moody tomar a poção Veritaserum – Você sabe quem sou? – perguntou Dumbledore em tom ríspido.
  - Alvo Dumbledore! – falou Moody.
  - Você é Alastor Moody? É você? – perguntou Dumbledore enquanto apontava a varinha para Moody.
  - Não. – respondeu Moody.
  - Ele está nessa sala. Ele está nessa sala? – gritou Dumbledore para o homem.
  - Lá – apontou para o baú que estava em minha frente e na frente de .
  - Harry! ! – falou Dumbledore enquanto o trio vinha em nossa direção – Saiam daí!
  Nós dois saímos dali rapidamente indo para outro canto da sala.
  Snape lançou um feitiço para abrir o baú e ele foi se abrindo em muitas partes até dar para uma espécie de fosso, Snape, Minerva e Dumbledore foram ver o que tinha lá e viram Moody lá embaixo.
  - Você está bem Alastor? – perguntou Dumbledore.
  - Eu sinto muito Alvo – falou Moody com a voz fraca.
  - Esse é o Moody então quem? – perguntei ao lado de olhando para Moody dentro do fosso.
  Snape abriu o frasco que o falso Moody tomava algo e cheirou.
  - Poção Polissuco – falou Snape.
  - Agora sabemos quem vêm roubando de nossos estoques Severus – falou Dumbledore – Vamos trazê-lo para cima! – falou dirigindo-se a Alastor.
  De repente, o Moody falso começou a gemer, olhamos para trás e ele estava definitivamente derretendo, seu rosto, agora parecia massa de modelar, era simplesmente horrível.
  O homem tomou sua forma original e ficou de cabeça baixa, cheguei mais perto para ver quem era e ele avançou em mim.
  - Harry! – exclamou Dumbledore me ajudando a sair de perto do homem.
  Minerva chegou perto do homem e apontou sua varinha no rosto do louco.
  - Bartow Craudd Júnior – falou Dumbledore.
  - Quer que eu mostre a minha marca? – falou erguendo a manga de sua blusa mostrando a Marca Negra – Agora me mostre a sua.

Capítulo 27. Querem me Mudar de Casa.

Gaunt.

  - Seu braço, Harry – Dumbledore pegou o braço cortado de Harry e mostrou ao comensal.
  - Sabe o que isso quer dizer? Ele voltou. Lord Voldemort voltou.
  - Sinto muito, senhor, não pude evitar – Harry falou.
  - Mande uma coruja a Askaban, vão notar que está faltando um prisioneiro – falou Dumbledore.
  - Serei recebido de volta como um herói! – falou Bartow.
  - Não mesmo – falou Dumbledore saindo da sala com Harry.
  Snape apontou a varinha bem no rosto de Bartow, enquanto eu assistia a tudo. Até que os Dementadores chegaram e levaram o prisioneiro.
  - Vamos, , você precisa descansar, o dia foi cheio – falou Snape enquanto saíamos da sala.
  - Não preciso, Severus, não estou cansada – falei.
  - Então venha comigo – Snape falou me guiando até a sala de Dumbledore.
  Quando chegamos, Harry não estava lá, Severus ficou em um canto da sala e vi que McGonagall estava ao lado de Snape.
  - Devemos muito a você Srta. – começou Dumbledore–, você salvou a vida de um dos nossos melhores alunos e ainda ajudou a desmascarar um comensal infiltrado em Hogwarts, tudo isso em apenas um dia. A senhorita provou ser mais corajosa do que qualquer membro da Grifinória.
  Olhei para Severus rapidamente e percebi: iriam me mudar de casa.
  - E... o que isso quer dizer professor? – perguntei a Dumbledore.
  - Você é a herdeira de Salazar Slytherin, mas tem a alma de uma legítima Grifinória... Estávamos conversando e chegamos em uma conclusão, de que se a senhorita quiser, poderá se tornar uma grifina.
  - S-sair da Sonserina? M-mas eu amo a Sonserina... Não tenho nada contra a Grifinória, os alunos de lá são valentes e corajosos, – percebi Minerva sorrindo quando disse isso – mas... A Sonserina é minha verdadeira casa.
  - Se essa é sua escolha, continuará como uma sonserina.
  Snape sorriu.

+++

  - Nesse último ano, acontecimentos históricos ocorreram em Hogwarts – falou Dumbledore para todos os alunos no Salão Principal – um acontecimento em especial teria um fim trágico, porém, uma nova aluna entrou em Hogwarts, e ela impediu, devido ao grau de gravidade que seria o acontecimento se não fosse por ela, o Ministério da Magia me repreendeu quando disse a eles que iria contar a verdade sobre o que aconteceu, mas seria um erro gravíssimo se eu omitisse essa importante notícia, irei contar à todos: A final do torneio Tribruxo teria uma morte – os alunos cochichavam entre si coisas tipo "quem iria morrer?" "Aluna? Deve ser a ou a " – Cedrico Diggory iria morrer – olhei para Cedrico sentado ao meu lado e ele estava murmurando algo do tipo "obrigado " – iria morrer nas mãos de Lord Voldemort – os alunos abriram suas bocas em `O´ – foi quem impediu, salvando também, Harry Potter – olhei para Harry, também ao meu lado e me senti corar – Além disso, ela descobriu um Comensal da Morte infiltrado na escola, o desmascarando, junto de Severus Snape. Por isso, digo a vocês que não fiquem tristes pelo o que poderia acontecer, mas que fiquem felizes pois uma tragédia foi evitada.
  Todos começaram a gritar e comemorar e então, Harry levantou-se e saiu.
  - O que houve com ele? – perguntou Cedrico.
  - Ele precisa pensar. – respondi.
  Me despedi de Cedrico e fui em direção a Draco, Crabbe, Goyle e Blásio que estavam a minha espera.
  - ! Olha o que eu trouxe! – Draco falou me entregando uma caixa de .
  - Obrigada Draco! – falei o abraçando – Obrigada – falei dando um beijo em sua bochecha.
  - Ah, eu sei que você me ama – Draco brincou e nós cinco caímos na gargalhada.

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  Hoje seria o dia da despedida, os alunos de Durmstrang e Beauxbatons iriam embora, todos estávamos no pátio pavimentado nos despedindo de nossos amigos, e eu estávamos juntos de Draco e Blásio. viu Fred e foi ao seu encontro, enquanto eu fiquei ali com eles.
  - Até que enfim o ano está terminando – falou Blásio.
  - Eu vou voltar para casa, quero ficar dormindo até não querer mais – falou Draco, me abraçando de lado.
  - Minhas férias vão ser cansativas... – desabafei.
  - O que você vai fazer? – perguntou Draco.
  - Descobrir sobre meu passado.

+++

  Depois que as delegações de Durmstrang e Beauxbatons partiram, todos voltaram para suas casas para pegar as bagagens e irmos embora, Severus avisou-me que eu devia ficar no Caldeirão Furado apenas esta noite e no próximo dia ele iria me buscar para me levar a minha casa. Pegamos o Expresso Hogwarts e partimos para Londres.
  Quando chegamos na Plataforma 9¾ descemos e me despedi de Draco e de Blásio, depois segui caminhando, pelas ruas de Londres até o Noitebus chegar.
  Sim, essas seriam umas férias inesquecíveis, isso eu não poderia negar.

Fim.


Comentários da autora


Nota da autora: Olá minhas queridas Potterheads! Tudo bem? E então, amei os comentários que vocês deixaram ali em baixo para mim, foi o máximo! Quero agradecer à todas as leitoras que comentaram minha primeira fic no All Time e me motivaram a continuar, e quero agradecer à Beatriz, Marília e a Shaiane, minhas lindas Bff's que me encorajaram e me elogiaram sempre que podiam. Agradeço a todas vocês suas Liamdas! Amo demais vocês! Quero agradecer à minha linda beta Luh, que me aconselhou e deu sua opnião no que precisei. E mais uma última coisinha aqui, vocês devem ter reparado que a fic não teve um final digno à todas vocês, pois é... é que TEM UMA CONTINUÇÃO – levantem suas varinhas! o_/* – sim, tem uma continuação! E vai estar recheada de surpresas e mistérios \o/ e então, quando vocês abrirem a página do All Time Fics na categoria Harry Potter/Em Andamento e verem uma fanfic com o nome: A Herdeira de Slytherin - The True Love never Die, COOORRE que é a continuação huehuehue. Pois é... então, me despeço de vocês aqui – #Chorei – espero vê-las novamente! E como sempre, animá-las com minhas atts gigantes KKKKKK. Espero vê-las em AHS II Bye!

Nota da beta (NÃO sou a autora!): Comente! Não demora e deixa a autora feliz e inspirada. Qualquer erro, me avise no betagemdaluh@gmail.com ou em um dos meus contatos no meu tumblr de betagem!