A Força Do Amor

Escrito por Fernanda Diniz | Revisado por Feer

Tamanho da fonte: | 

  His POV

  Hoje eu vim contar uma história para vocês, eu vim contar como eu, Hall conheci a minha esposa, . É uma história bem bonita, mas ao mesmo tempo cômica. Chega de ladainha e vamos a história, tudo aconteceu há 10 anos.

  Narrador
  10 anos atrás.

   tinha acabado de se mudar para Malibu, ela tinha vindo de Sacramento, o pai tinha sido transferido para a cidade por causa do trabalho, ele era engenheiro e a firma precisava de um representante em Malibu para a filial que iria abrir e o Sr. era o mais indicado para o tal cargo.
   teve que deixar para trás todas as amizades, todas as suas lembranças, o seu último ano no colégio, toda a sua vida e seguir com seus pais para uma cidade desconhecida, uma cidade pequena, uma cidade litorânea, o que mais doeu em deixar para trás foi seu namorado, Gabriel. Eles namoravam há 2 anos, mas por uma obra do destino, tiveram que se separar, o que não foi nada fácil para ela.
  Uma nova escola, no último ano, onde todos se conhecem há anos, onde todos são amigos, onde todos já têm sua turma, para isso era difícil, ela teria que se acostumar em um ano, e quando tivesse acostumando ela estaria se formando e indo embora de novo.
  Primeiro dia de aula, chegou como qualquer menina normal, bem ao seu estilo básico, ao olhar em volta, meninas com mini-saias, blusas curtas, salto alto, ela se sentiu totalmente deslocada, usava um short, pois a cidade era quente, uma regata, um vans vermelho e uma trança, estava básica, se sentiu como um peixe fora d'água, as meninas a olhavam com cara de desprezo, seguiu caminho até a secretária, quando esbarrou em um menino, tudo o que tinha nas mãos caíram do chão.

  Her POV

  - Desculpa – o menino se abaixou para pegar as minhas coisas.
  - Eu estava distraída – me agachei para ajuda-lo, levantamos, ele me entregou o material, tinha um olho muito bonito, um sorriso maravilhoso.
  - Você é nova? – ele perguntou estranhando, lógico, deve estar há anos na escola, eu era a novata.
  - Sim – respondi timidamente, pode não parecer, mas eu sou tímida.
  - Qual o seu nome?
  - e o seu?
  - – respondeu, me estendendo a mão, que apertei.
  - Eu te acompanho até a secretária – ele sorriu, estava sendo muito simpático comigo.
  - Obrigada – eu sorrio para ele, era um menino gentil, simpático.
  - Vai fazer qual ano? – ele tentou puxar assunto.
  - O último.
  - Você veio de onde? – ele parecia bem curioso.
  - Sacramento.
  - Hum, nunca fui para lá, na verdade mal sai da minha cidade – como assim?
  - Seus pais? – perguntei, estranho nunca ter viajado.
  - Morreu em um acidente de carro, quando eu ainda era um bebê – pra que eu fui perguntar?
  - Sinto muito – eu sei que essa era uma frase que não se diz em um momento desses, mas eu não tinha o que falar.
  - Não tem problema, já faz 18 anos e eu não me lembro deles, meus avós que me criaram – ele falava com uma naturalidade impressionante, logo avistei a secretaria – Chegamos – sorriu.
  - Obrigada – agradeci com um sorriso.
  - Quer que eu te espero para te acompanhar até a sua sala?
  - Não precisa, obrigada, pode ir para a sua aula – agradeci mais uma vez, ele se curvou um pouco e se aproximou de mim, eu me assustei dando um passo para trás, ele sorriu e deu um beijo em minha bochecha. Me assustei com aquilo, ele se afastou e sorriu.
  - Te vejo no intervalo ou então na aula – sorriu e piscou, saindo da secretaria e indo em direção ao corredor, eu fiquei o olhando com cara de idiota, como assim? Esse menino era simpático, gentil e extremamente fofo.

  His POV

  Fui para o laboratório de Biologia, encontrando meus amigos ali, , e . A garota era linda, eu não podia negar, tímida, diferente de todas aquelas meninas da escola. Ela me chamou a atenção, não posso falar que não, ela tinha um jeito tão diferente, um jeito único, eu não sei explicar, mas algo nela me atraía.
  - O que houve ? – perguntou.
  - Dude, chegou uma garota nova na escola, no último ano – comentei.
  - Como assim? – é retardado ou só se faz? Como assim como?
  - , meu amigo, entrou uma garota nova, é tão difícil de entender? – como sempre o zoando.
  - Eu sei, o lerdo, eu quero entender como que ficou sabendo disso, o cara nunca deu importância para nada na vida, agora sabe que está entrando uma garota nova – realmente eu tinha que concordar, eu não sabia de nada que rolava nessa escola, só ficaria sabendo se me contassem.
  - É que eu esbarrei na menina e a levei até a secretaria – respondi.
  - Gostosa? – sempre sendo inconveniente.
  - Cala a boca – porra, por que não pode respeitar?
  - Calma dude, eu só estava brincando – ele levantou as mãos em forma de redenção.   - Turma – eu nem tinha visto o professor chegar, Charles – quero que conheça a nova colega de turma de vocês – vi entrar na sala, ela estava com as bochechas coradas, eu não podia acreditar, que ela seria da minha turma de Biologia.
  - É ela – eu sussurrei, mas tenho certeza que eles ouviram.
  - Puta que pariu, ela é linda – babava nela, não curti aquilo – com todo o respeito – ele riu da minha cara, o que estava acontecendo comigo? Aquilo era só atração.
   sentou na bancada em frente à mesa do professor, com Sarah Jill, a garota mais nerd de toda a escola. Seria uma aula difícil para me concentrar.

  Narrador

  Os dias foram passando, que passaram semanas e assim meses se passaram, se adequou bem a escola, , , e tornaram seus melhores amigos, e tinha uma conexão extraordinária, não sabia explicar e classificar, aquilo era de outro mundo, ninguém conseguia não sentir inveja daquilo, eles conversavam pelo um olhar, um sorriso, aquilo para muitos era amor, paixão, mas para eles, era uma coisa mais forte, uma coisa que eles não conseguiria descrever.
  Depois de , tinha uma relação de melhor amigo com , piadinhas, brincadeiras, sempre tudo na maior alegria, eles eram como irmãos, não que e não fossem, mas e se identificaram muito.
   fazia sucesso entre os garotos da escola, deixando todas as meninas revoltadas, por ela ter todos aos seus pés, mas o mais importante, fazia tudo por ela, tudo que ela pedisse, ele estava disposto a fazer, isso gerava inveja, raiva, ódio.

  His POV

   hoje tinha um encontro com Mike, eu estava bufando de raiva, tentava me concentrar em outra coisa, mas não conseguia, não era por ciúmes e sim, porque Mike não presta, o cara maltrata todas as garotas que sai, ele é um idiota e o que ele sempre quis é levar todas para a cama, desde de quando pisou naquele colégio, ele ficou atrás dela, ele quer leva-la para a cama, eu tentei falar isso para ela, mas quem disse que ela me escutou? E ainda brigou comigo.
  Eu andava de um lado para o outro da sala, eles sairiam dali meia hora e eu estava nervoso.
  - , você vai abrir um buraco no chão, tem como você colocar essa porra de bunda em uma cadeira? – jogava o vídeo game.
  - Eu não consigo – foi a única coisa que respondi.
  - É por causa do encontro da não é? – tinha que falar disso.
  - Não – menti.
  - Mentiroso – riu.
  - O Mike? Logo o Mike? – eu não conseguia acreditar que , a minha , minha pequena estava saindo com o cara mais nojento de todo o colégio.
  - Dude você fica mal toda vez que ela tem um encontro – começou – eu sei, Mike é um filho da puta, mas você fica assim toda vez que ela sai com alguém, dude, você gosta dela? – eu me engasguei com a pergunta.
  - Não, claro que não – respondi rápido demais.
  - Dude, a gente vê o jeito que você olha para ela, o jeito que você cuida dela, o jeito que você faz tudo que ela pede, o jeito que você sorri para ela, a gente é idiota, mas nem tanto – até parou de jogar, resmungou alguma coisa que não decifrei, mas se virou para a conversa.
  - Quando eu a conheci no colégio eu tive uma atração por ela, lógico, ela é linda, toda tímida, um estilo diferente de todas as garotas – quando eu começo a falar dela, eu não paro mais – ai a gente começou a ficar amigos, ela virou a minha pequena, a minha menina, minha melhor amiga, é um sentimento bom, eu quero protege-la, eu não gosto quando alguém chega de gracinha, eu não gosto de falem mal, eu não gosto que a magoe, eu moveria céus e terras por um sorriso dela, eu sou capaz de qualquer coisa para vê-la feliz – eu devia estar que nem um idiota falando dela, mas estava pouco me lixando, eles eram os meus melhores amigos.
  - Dude, se alguém me falasse isso há algum tempo atrás eu ia rir na cara da pessoa, mas eu tenho que te dizer, que você está apaixonado na – gargalhou.
  - Tenho que concordar com o pela primeira vez na vida – riu.
  - Claro que não – eu neguei, e negaria até a morte, sim, eu sabia que eu me sentia diferente perto dela, que o sorriso dela era o meu, mas não era paixão, assim eu espero.
  - não se engana, você está gamadão na – me zoou – e se eu fosse você, não perdia mais tempo não e falava para ela, quem sabe ela não sente o mesmo? – será? Não, ela não sentia, se não, não sairia com outros, eles só estão querendo me iludir.
  - Claro que ela não sente o mesmo – os três riram da minha cara, eu tinha acabado de admitir que estava apaixonado por ela, como eu sou burro, meu Deus.
  - Eu não duvidaria – disse, ele conhecia muito bem , às vezes eu tinha até ciúmes dos dois, mas logo passava, eu sabia que eles eram praticamente irmãos.
  Não deu tempo de responder, meu celular começou a tocar, assim que vi no visor, estava o nome da minha pequena ali, piscando, assustei, será que tinha acontecido alguma coisa? Atendi rapidamente.
  - Pequena? – tinha medo do que podia escutar.
  - , você pode vim me buscar no Drink's? – a voz dela tinha um pouco de irritação e chateação.
  - O que houve? – achei estranho, ela não estava com Mike?
  - Por favor, só venha, te explico quando estiver aqui, pode ser? – a voz dela falhou um pouco, eu vou matar esse desgraçado, se ele machucou a minha menina, eu mato.
  - Estou indo – peguei a chaves do carro que estava na mesa de centro, coloquei meu tênis rapidamente.
  - Obrigada – ela desligou, eu já estava indo em direção a porta, quando ouvi meu nome.
  - Onde vai? – perguntou.
  - Buscar a – respondi e sai disparada ao carro, o caminho nunca pareceu tão longo, e olha que não era tão longe, ao chegar em frente ao restaurante, encontrei sentada na calçada com os braços cruzados e com um bico enorme, sai do carro rapidamente – Pequena o que houve? – me sentei ao seu lado e a puxando para os meus braços.
  - Desculpa, eu devia ter te escutado – o que aquele filho da mãe aprontou?
  - Ele te machucou? – eu estava puto, meu sangue fervia.
  - Não, mas ele começou a falar mal de você e não aceito isso – sorri, ela tinha ficado desse jeito por que o idiota estava falando mal de mim? Eu amo essa menina.
  - Você me deixou assustado – dei um beijo em seus cabelos.
  - Ninguém pode falar mal de você para mim, eu não aceito – ela fez um bico, meu Deus, essa menina ia me enlouquecer.
  - Oh minha pequena, obrigado por me defender – ela sorriu, puta que la merda, que sorriso.
  - , eu sempre irei te defender – ela deu um beijo na minha bochecha, meu coração deu uma paulada em meu peito.
  - E eu você – sorri para ela, que retribuiu – Agora vamos para casa – me levantei a ajudando, ela entrou no carro, ligou o som em uma música que eu nem prestei a atenção e seguimos caminho para a minha casa, onde os meninos me esperavam.

  Narrador

   não teve coragem de contar o que sentia para por medo que ela risse da cara dele e rejeitasse, ainda colocando a sua amizade em risco.
  Ele não conseguia segurar os seus sentimentos e aquilo estava o enlouquecendo, estava complicado para ele conseguir ficar forte, ela sempre o abraçava e beijava suas bochechas e aquilo era tortura. , e tentava convencer a se declarar, mas ele não conseguia, se xingava por isso, mas não queria que tudo que eles tinham, mesmo que não fosse o que ele queria, acabasse, era melhor estar do jeito que estavam do que acabar de uma vez.

  Her POV

   estava em minha casa, eu ia sair com um garoto, eu sei que pode parecer que estou desesperada, mas não é isso, até porque eu não fico com quase nenhum que eu saio, todos acabam sendo um idiota, eu só queria chamar a atenção de , mas ele parece que não percebe, desde de quando eu o conheci eu gostei dele, após conhecer mais sobre ele, eu me encantei, e foi nascendo um sentimento forte, porém acho que ele não sente o mesmo.
  - , jura que você vai sair com o Jake? – ele sempre discutia comigo com quem eu saia.
  - Sim , pela milésima vez que eu vou falar, eu vou sair com o Jake – revirei os olhos, eu nunca entendia essas crises dele, porra, eu fazia tudo para ele perceber algo, mas o burro nada.
  - Jake é um filho da mãe, é galinha, não presta, ele só quer se aproveitar de você.
- , você sempre fala isso – realmente, todos os garotos que eu saia, ele falava que não prestava.
  - Mas é a verdade, você só sai com idiotas – ele estava realmente nervoso.
  - Obrigada pela parte que me toca – me sentei na cama.
  - Eu só quero te proteger, pequena – ele se ajoelhou em minha frente, eu me perdia em seus olhos, eles transmitiam tanta coisa, e eu podia jurar que ele sentia algo, toda vez que o olhava, mas ele nunca deu indicio de nada.
  - Eu sei me proteger – eu me levantei, não queria brigar com ele, mas sempre se metia em meus encontros.
  - Porra – ele passou as mãos nervosamente nos cabelos – eu te imploro não sai com o Jake – ele se virou para mim, com os olhos implorando por isso.
  - Por quê? – eu queria entender o motivo disso, ele sempre implorava e nunca dava os motivos.
  - Por favor , não sai, eu te imploro – ele estava desesperado, os olhos dele transmitiam dor.
  - Me diz o motivo para isso e eu faço – eu queria entender, só isso, eu só queria saber o que ele sentia.
  - Porra – ele se relutava com algo dentro dele, eu percebia isso.
  - Fala – eu suplicava para que ele falasse.
  - Porque eu estou apaixonado por você – ele despejou em cima de mim.
  - Co-como as-assim? – gaguejei, eu acho que não escutei direito.
  - , eu estou apaixonado por você, eu gosto muito, mais do que achei que podia gostar, por favor, quando você sai com esses caras é como me matar por dentro, dói, e muito, por favor não vai – ele se aproximou segurando o meu rosto e olhando em meus olhos.
  - Por que não me disse antes? – eu não entendi, sempre quis chamar a atenção e ele gostava de mim?
  - Porque eu sou um idiota, burro e medroso, que não queria te perder – ele aproximou seu rosto do meu e encostou nossos narizes, me fazendo sorrir.
  - Posso te confessar uma coisa? – eu estava nas nuvens, ele assentiu – eu também sou apaixonada por você – ele sorriu – e eu só saia com esses garotos para lhe chamar a atenção, mas você não tinha reação – dei um tapa em seu braço, ele sorriu mais ainda e colou nossos lábios, um beijo calmo, suave, onde transbordava tudo o que sentíamos um pelo o outro.

  Narrador

  Dali para frente, e não se desgrudavam mais, , e já não aguentavam mais aqueles dois não admitindo e sabiam que ia virar namoro, desde do começo.
  O resto do ano letivo foi tranquilo para todos, e estavam mais que felizes em estarem juntos, e ainda tinha a faculdade, que por sorte passaram na mesma, UCLA, em Jornalismo e em Engenharia. foi para UC Berkeley, estudar fisioterapia; foi para USC, estudar educação física e foi para UCSD, que passou no curso de administração. Mas todas as férias se encontravam em Malibu e a amizade só se fortalecia.

  5 anos depois

  Todos estavam se formando na faculdade, era uma das melhores alunas da universidade, tinha orgulho de sua namorada.
  O namoro teve suas crises, mas sempre conseguia contornar e ser feliz, o amor era mais forte nada abalaria, até a notícia que despedaçou e .

  Her POV

  Eu tinha recebido uma proposta de emprego para trabalhar no New York Times, eu não podia deixar isso passar, eu tinha que ir, mas o problema era , ele tinha um emprego em uma empresa muito conceituada em Los Angeles. Eu não sabia como contar, ouvi a porta se abrindo, eu estava aflita, agoniada.
  - Oi amor – veio até mim para me dar um beijo – o que houve? – era óbvio que ele ia perceber.
  - Eu preciso te contar uma coisa – eu estava apreensiva.
  - O que aconteceu? – ele se sentou, ele estava preocupado.
  - Eu recebi uma proposta de emprego – ele sorriu – em Nova Iorque – o sorriso sumiu – no New York Times – ele sorriu, mesmo que triste.
  - Amor, isso é ótimo, você não pode deixar passar isso – ele me abraçou, eu sempre soube que ele ia me incentivar a ir, mesmo que isso o matasse, ele nunca ia me fazer ficar e deixar minha carreira ir embora.
  - Você não vai me fazer ficar? – mesmo sabendo que não eu precisava saber.
  - Não, nunca, é sua carreira, a gente pode dar um jeito, vai ser namoro a distância, podemos tentar – ele sorriu, mesmo sabendo que aquilo estava sendo difícil para ele.
  - Eu te amo tanto – o beijei, ele precisava saber o quanto eu o amava.
  - Eu também te amo muito pequena – sorri com o apelido, e voltamos a nos beijar.

  Narrador

  O dia que foi para NY, a levou para o aeroporto, a despedida foi doída, os dois choraram muito, mas tentariam mante o relacionamento, eles tinham que tentar. Mesmo que fosse um namoro a distância de 4490 km.
  Quando podia, ia para Nova Iorque visitar e vice-versa, a despedidas nos aeroportos sempre foram dolorosas e chorosas.
  Um ano depois da mudança, os dois sofriam, mas a relação estava desgastada, namoro a distância não é tão fácil como eles pensavam.

  His POV

  Eu e sabíamos que nossa relação não estava boa, parecia que tínhamos retrocedido há anos atrás, quando escondíamos o que sentíamos, agora a gente escondia a dor, a saudade e o desgaste.
  Estava levando para o aeroporto, onde ela viajaria para Nova Iorque de novo. Eu estava com um aperto no peito, eu sabia que tinha que fazer, mas não queria e ela estava na mesma situação.
  Ao descermos do carro, foi fazer o check in, e depois fomos sentar em uma das mesas à espera do chamado.
  - Acho que precisamos conversar – tomou a iniciativa, eu sabia que tínhamos, mas estava adiando o máximo possível – , você sabe que eu te amo muito, mas nossa relação está mal, estamos desgastados, estamos sofrendo, isso vai doer mais do que tudo, mas acho que precisamos seguir em frente, precisamos terminar, e quem sabe daqui um tempo a gente não recomeça? – os olhos dela estavam cheios de lágrimas, como seu rosto tinha marcas delas, eu não estava muito diferente daquilo, eu sabia que a quilo viria, eu tinha certeza, desde de quando ela foi embora, desde quando ela saiu de casa e se mudou, isso um dia ia acontecer, mas doía mais do que eu esperava, meu coração se despedaçou e toda a dor que eu sentia transbordava pelos meus olhos.
  - E eu espero que esse dia chegue – foi a única coisa que consegui falar.

"Primeira chamada para o voo 184, com destino a Nova Iorque, dirigir a sala de embarque"

  A hora da pior despedida de todas estava chegando, nos levantamos e seguimos até a sala de embarque, não falamos nada, a dor era grande, só lágrimas sai de meus olhos, segurei em sua mão, eu a amava e não podia negar, mas eu estava sendo um fardo para ela, eu sentia isso, e era o que mais me doía.
  - Adeus – a abracei assim que cheguei ao limite que podia, chorei em seu ombro, sentia que ela soluçava, ela também chorava.
  - Isso não é um adeus – ela segurou o meu rosto e colou seus lábios nos meus, um beijo de despedida, um último beijo? Talvez, mas foi nele que me agarrei a última chance de esperança de tê-la de novo – Isso é um até logo – ela me deu um selinho, um último abraço e seguiu seu caminho, eu fiquei ali vendo ela se distanciar cada vez mais de mim, eu sentia que estava a perdendo, mas eu tinha a esperança que quem sabe um dia tudo se resolveria. Ela olhou uma última vez para trás, me mandou um beijo e abanou a mão, eu podia ver lágrimas em seu rosto, e foi ali na cadeira em frente a sala de embarque que me desabei e chorei a dor que tinha dentro de mim.

  Narrador
  2 anos depois.
  Malibu, 20 de Dezembro de 2012.

   estava indo para passar com a sua família, dessa vez, seus pais fizeram questão dela vim, já que no ano anterior ela não queria voltar para lá e ter aquela dor que a acompanha desde da despedida com em Los Angeles.
   sempre passava as festas em Malibu, seu avô tinha falecido no ano anterior, ligou para saber como ele estava assim que ficou sabendo pelo , sua avó estava bem na medida do possível, então ficava um tempo com ela e depois ia para a casa de seus amigos para passar com eles.
   era o que mais mantinha contato com , e conversavam, mas depois de tudo as coisas distanciaram um pouco, e era que sempre dava notícias, até que ele comunicou que passaria o natal na cidade.
  Ele não sabia o que fazia, se a visitava, mas a dor era tão grande, ele sofria até hoje, relacionamento? Não teve, garotas de uma noite depois de várias doses de bebidas, se afundava cada vez mais em seu sofrimento, , e se preocupava com o amigo, nunca tinha o visto daquela maneira e isso já tinha se passado dois anos.

  His POV

  - , você não está bem, você está sofrendo – tentava ajudar.
  - Eu sei cara, não precisa me falar o que eu sei.
  - Vai atrás dela – o incentivou.
  - Fazer o que? Vê-la e sofrer mais ainda por não poder tê-la para mim? – lágrimas transbordavam em seus olhos.
  - Ela está chega amanhã, vai até o aeroporto busca-la – deu a ideia.
  - Pede-a em casamento – deu a ideia.
  - Você pode arranjar um bom emprego em Nova Iorque, você é um dos melhores engenheiros de LA – me incentivava.
  - Vocês acham que é uma boa ideia? – meus olhos se acenderam, eles assentiram – Mas e se ela recusar? E se ela estiver com alguém? – meu maior medo era que ela tivesse seguido em frente.
  - Eu te garanto que ela não tem ninguém, há dois anos que ela não consegue se relacionar com ninguém – me contou.
  - E se ela recusar? – Eu tinha medo.
  - Dude, ela te ama, não vai recusar – me encorajava.
  - Vocês me ajudam a escolher uma aliança? – eu tomei a coragem, era melhor tentar do que nunca ter tentado.
  - É claro – sorriu.

  Narrador

  No dia seguinte, faltava meia hora para chegar de viagem, , , e já a esperava no aeroporto.
  A hora par não passava, assim como não passava para , ela estava ansiosa para voltar para a cidade, mas tinha medo de ver o que não queria, com outra, mesmo a garantindo que isso não aconteceria, ele sempre dava as notícias que ela pedia.
  Quando os passageiros do avião que tinha acabado de pousar saia da sala de desembarque, se levantou, tremia de nervoso, tentava o acalmar, e estavam nervosos pelo amigo.
  , ao sair da sala, avistou, , sorriu, logo depois viu e conversando, ela parou estática ao ver sentado, balançando a perna em sinal de nervosismo, seus olhos estavam baixos, presos em algo no chão.
  - Ela chegou – praticamente gritou no meio do aeroporto, se levantou e foi em sua direção, ela acordou de seu transe e seguiu também em direção ao homem.
  - Eu estava com saudades – foi a única coisa que saiu da boca de quando eles estavam frente a frente, a puxou para um abraço, onde ali transmitia toda a falta que um fazia ao outro.
  - Eu tenho um pedido para te fazer – sussurrou em seu ouvido.
  - Qual? – eles se separam do abraço, ele ajoelhou em sua frente.
  - , eu sei que faz dois anos que não estamos juntos, mas ficamos por seis e eu quero passar o resto da minha vida com você, aceita a se casar comigo pequena? – abriu a caixinha de veludo e a estendeu, tinha os olhos cheios de lágrimas, sua boca se abriu de surpresa, transformando em um sorriso.
  - É claro que eu aceito – se levantou a puxando para seus braços, a tirando do chão e colando seus lábios aos dela, em um beijo de amor e saudade. Se separaram ao ouvir os gritos dos amigos e as palmas dos passageiros do aeroporto.
  , e a abraçaram e disseram a falta que ela fazia, e os parabenizaram.
   voltou para NY em Janeiro, só iria em fevereiro, pois tinha que acertar no trabalho, onde seu chefe disse que indicaria ele para um amigo de lá, e tinha também que vender a casa.

  1 ano depois

  Dia 25/08/2013, foi quando e disseram sim para viver uma vida a dois e construir uma família.

  Her POV

  E essa é a nossa história, espero que tenha gostado, e uma novidade a vocês, seremos pais, nosso bebê está a caminho. E assim a família é construída.

  Narrador

  Uma palavra, quatro letras, um sentimento, amor, isso é o que nos transforma, isso é o que nos move, e isso é o que essa história quis mostrar. Quando se tem amor, tudo pode ser vencido, até uma distância de 4490 km, e uma separação de 2 anos. E assim finaliza a história de , agora e e seu futuro filho, James .

FIM